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PARECER CONSULTA Nº 006/2012 – CRM/PA – PROCESSO CONSULTA Nº 387/2012

PROTOCOLO N° 2844/2012
INTERESSADO: N.B.
PARECERISTA: CONSELHEIRO ARISTÓTELES GUILLIOD DE MIRANDA.

Ementa: Dispõe sobre responsabilidade


técnica e a constante presença do mesmo em
clínicas de vacinação.

1) DA CONSULTA

O consulente, Representante Regional da Associação Brasileira de


Imunizações (SBIm) no Pará, questiona este Regional “através da
Associação Brasileira de Imunizações no Pará (SBIm-PA)”, e “à luz das
prerrogativas de seu Estatuto Social*, para ampla divulgação entre
instituições envolvidas na prática de serviços de imunizações para que
fiquem indiscutivelmente balizadas para o seu exercício”.
De acordo com o consulente, “No estado do Pará serviços de vacinações vêm
sendo praticados privativamente por companhias de mineração, indústrias,
serviços sociais, estabelecimentos de saúde não licenciados para essa
atividade, geralmente por, somente, técnicos de enfermagem”.
Reiterando os termos da Consulta formulada a este Conselho em 9 de março
de 2012, em que o consulente fazia os seguintes questionamentos:
“Para melhor entendimento, o estabelecimento privado
licenciado para a prestação de serviço de vacinação /
imunização (conforme a Portaria Conjunta ANVISA/FUNASA Nº
01, de 02 de agosto de 2000), o médico seu diretor técnico /
diretor clínico:
1. Pode ausentar-se do estabelecimento, do qual é
responsável, durante seu horário de funcionamento?
2. Sendo positiva a resposta ao primeiro item, por quanto
tempo o estabelecimento pode permanecer sem sua presença?

Av. Generalíssimo Deodoro, 223 - Umarizal - CEP 66050-160 - Belém-PA


Fone: (91) 3204-4000 (91) 3204-4022/4033 Fax:(91) 3204-4012.
e-mail: assjuridica@cremepa.org.br
3. Sendo positiva a resposta ao primeiro item, pode o
médico, diretor técnico / diretor clínico, delegar sua
função / responsabilidade a profissional não médico?
4. Pode um serviço de vacinação funcionar sem a presença de
médico?”

Em resposta, o Cremepa encaminhou o parecer consulta CFM 10 /2011


(transcrito abaixo) o que não satisfez o consulente.

PROCESSO-CONSULTA CFM nº 10.372/09– PARECER CFM nº 10/11


INTERESSADO: Clínica de Medicina Preventiva do Pará -
Climep
ASSUNTO: Trabalho do médico no processo de vacinação
RELATOR: Cons. Celso Murad

EMENTA: O Programa Nacional de Imunizações é regido e


regulamentado pela Lei no 6.529, de 30/10/1975, pelo Decreto
no 78.231, de 12/8/1976, e pela Portaria Conjunta
Anvisa/Funasa n° 1, de 2/8/2000. O médico é parte integrante
das equipes de vacinação, com as obrigações inerentes à sua
formação profissional, não podendo delegá-las a outras
profissões. As clínicas privadas de vacinação devem sempre
ter diretor técnico, mantendo seu funcionamento estritamente
dentro das normas oriundas do Poder Público e dos Conselhos
Regionais e Federal de Medicina.

A Clínica de Medicina Preventiva do Pará – Climep, por


intermédio de seu responsável técnico, dr. N.B., encaminha
consulta a este CFM sobre o trabalho médico no processo de
vacinação, questionando pontualmente os seguintes tópicos :
1 - O processo de vacinação constitui atribuição do
profissional médico?
2 - O médico responsável técnico e seus assistentes podem
delegar todo o processo de vacinação aos profissionais de
outras áreas da saúde?

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Fone: (91) 3204-4000 (91) 3204-4022/4033 Fax:(91) 3204-4012.
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3 - O médico responsável técnico ou seus assistentes podem
deixar de participar in loco do processo de vacinação e seus
desdobramentos?

O processo de vacinação, em todo o território nacional, é


regido pela Lei n° 6.529, de 30 de outubro de 1975, Senado
Federal, que dispõe sobre a organização das ações de
Vigilância Epidemiológica, e sobre o Programa Nacional de
Imunizações, entre outros. É regulamentado pelo Decreto N°
78.231, de 12 de agosto de 1976, Senado
Federal/Subsecretaria de Informações, e ainda pela Portaria
Conjunta Anvisa/Funasa n° 1, de 2 de agosto de 2000,
formando este conjunto de decisões os pilares fundamentais
para a organização e operacionalização dos sistemas de
imunização no Brasil. Congrega a União, por meio do
Ministério da Saúde, estados e municípios, por suas
respectivas secretarias de Saúde ─ estruturas públicas,
gestoras e responsáveis pelos resultados dos investimentos
aplicados.
Nestes termos, pode estender permissão para a iniciativa
privada, mantendo, entretanto, o poder e o dever de
estabelecer os requisitos e exigências para o funcionamento,
licenciamento, fiscalização e controle desses
estabelecimentos. Assim, os serviços privados de vacinação
devem obrigatoriamente seguir as diretrizes funcionais
emanadas das normas do Poder Público e as éticas, sob a
égide dos Conselhos Regionais e Federal de Medicina.
Quando parte da equipe de trabalho, cabe ao médico avaliar
os pacientes a serem vacinados, com relação ao seu estado de
saúde, uso de medicamentos ou quaisquer outros fatores que
contraindiquem a imunização, ou mesmo os cuidados a serem
tomados após o procedimento. Essa responsabilidade é
profissional e não pode ser transferida, sob pena de
possível infração ética e legal. Tal assertiva é também
válida para a clínica privada, caso em que deve sempre
existir a figura do diretor técnico, legalmente responsável

Av. Generalíssimo Deodoro, 223 - Umarizal - CEP 66050-160 - Belém-PA


Fone: (91) 3204-4000 (91) 3204-4022/4033 Fax:(91) 3204-4012.
e-mail: assjuridica@cremepa.org.br
pela operacionalização do processo, inclusive pela
obediência às normas sanitárias.
O médico deve, sempre que possível, fazer parte das equipes
de vacinação. Determinadas complicações, mesmo raras,
mormente as de anafilaxia, que quando IgE mediadas podem
levar a quadros graves, necessitam detecção precoce,
fundamental para a resolução do quadro. Quanto mais tardio o
reconhecimento do agravo, e seu correto tratamento,
substancialmente aumenta a chance de mau resultado. Sabe-se
que as reações vacinais, quando bem orientado o
procedimento, são raras, sendo as precoces as mais graves,
daí a necessidade da presença do profissional médico.
Sabemos, contudo, que o Brasil tem características sociais e
geográficas que nem sempre tornam isto possível, não sendo
este fato, porém, fator de obstrução à atividade,
considerando-se que o benefício é incomensuravelmente maior
que o risco.
Pelas condições contrárias, o mesmo não acontece nas
clínicas privadas, onde, aí sim, deve sempre haver a figura
do diretor técnico, ou outro profissional médico por ele
delegado, para fiscalizar as condutas e orientar os cuidados
com os pacientes, mesmo nos casos com menor possibilidade de
risco.

Este é o parecer, SMJ.


Brasília-DF, 10 de fevereiro de 2011
CELSO MURAD
Conselheiro relator

Assim, reiterando a consulta o consulente formula quesitos, para melhor


entendimento, o estabelecimento privado licenciado para a prestação de
serviço de vacinação / imunização (conforme a Portaria Conjunta
ANVISA/FUNASA Nº 01, de 02 de agosto de 2000), o médico seu diretor
técnico / diretor clínico:
1. Pode ausentar-se do estabelecimento, do qual é responsável, durante
seu horário de funcionamento?
Av. Generalíssimo Deodoro, 223 - Umarizal - CEP 66050-160 - Belém-PA
Fone: (91) 3204-4000 (91) 3204-4022/4033 Fax:(91) 3204-4012.
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2. Sendo positiva a resposta ao primeiro item, por quanto tempo o
estabelecimento pode permanecer sem sua presença?
3. Sendo positiva a resposta ao primeiro item, pode o médico, diretor
técnico / diretor clínico, delegar sua função / responsabilidade a
profissional não médico?
4. Pode um serviço de vacinação funcionar sem a presença de médico?

2) DO PARECER

Esperando chegar a um denominador comum, contemplando as preocupações do


representante da Associação Brasileira de Imunizações (SBIm) no Pará,
temos a expor que, a cartilha editada pela FUNASA, diz que a equipe de
vacinação é composta preferencialmente, por dois técnicos ou auxiliares
de enfermagem, para cada turno de trabalho. A supervisão e o treinamento
em serviço são realizados por um enfermeiro. A equipe pode ser ampliada,
dependendo da demanda ao serviço de saúde.
Nos serviços públicos ou privados, por força de lei (art.28 do Decreto nº
20.931/32), a existência do Diretor Técnico é obrigatória em qualquer
organização hospitalar ou de assistência médica, sendo ele o principal
responsável pelo funcionamento da instituição, nos termos do artigo 11 da
Resolução CFM nº 997/80. Suas atribuições estão previstas pela a
Resolução CFM nº 1.342/91, corroboradas pelo Parecer CFM 12/2002, o qual
reforça as atribuições do diretor técnico, as quais implicariam em uma
atuação efetiva que só pode ocorrer com sua constante presença, ficando
impedida pelo exercício de cargo ou função em outra localidade, distante.
É evidente que, no serviço privado, o médico responsável pelo serviço
deve se fazer presente durante o expediente no serviço, o que não
significa sua literal fixação ao mesmo, não se encontrando, na legislação
consultada, previsão para esta possível nova “atribuição” do Diretor
Técnico.
Em resposta aos quesitos reformulados temos a responder que:
Considerando que as normas da ANVISA tratam de maneira diferente os
serviços de vacinação públicos e os privados; considerando que
supostamente os que procuram os serviços privados o fazem por indicação
de seus médicos assistentes ou procuram nos referidos serviços uma
orientação médica; considerando que o ato de vacinação não é atividade
médica, entendemos estarem respondidos os questionamentos do médico N.B.,
Av. Generalíssimo Deodoro, 223 - Umarizal - CEP 66050-160 - Belém-PA
Fone: (91) 3204-4000 (91) 3204-4022/4033 Fax:(91) 3204-4012.
e-mail: assjuridica@cremepa.org.br
ilustre representante da Associação Brasileira de Imunizações (SBIm) no
Pará, através do Parecer CFM nº 10/2011.

É o parecer, salvo melhor juízo.


Belém, 21 de maio de 2012.

DR. ARISTÓTELES GUILLIOD DE MIRANDA


CONSELHEIRO – CRM/PA

Av. Generalíssimo Deodoro, 223 - Umarizal - CEP 66050-160 - Belém-PA


Fone: (91) 3204-4000 (91) 3204-4022/4033 Fax:(91) 3204-4012.
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