EXCELENTÍSSIMO SR. DR.

JUIZ DE DIREITO DA XX VARA DE FAMÍLIA

DA COMARCA DE XXXXXXX

XXX, brasileiro, empresário, portador do CPF de nº 00000000, atualmente residente

e domiciliado na avenida XXX, 00, bairro XXX, em XXX, CEP 0000000, e, XXX,
brasileira, do lar, portadora do CPF de nº 0000000, residente e domiciliada na rua
XXX, 00, bairro XXX, em XXX, CEP nº 000000, por seus comuns procuradores,
infra assinados, mandato incluso, vem a ilustre presença de Vossa Excelência requerer
prestação jurisdicional em

INTERDIÇÃO E CURATELA

em face de XXX, brasileiro, aposentado, portador do CPF de nº 00000000,

atualmente residente e domiciliado na avenida XXX, 00, bairro XXX, em XXX, CEP
0000000 pelos motivos de fato e de direito que a seguir se expõe:

DOS FATOS

Os requerentes e o interditando são filhos de XXX e XXX, já falecidos,

respectivamente, em XXX e XXX, conforme faz prova a inclusa documentação.

Os requerentes e o interditando tinham outro irmão, de nome XXX, também já falecido,

em XXX, conforme faz prova os documentos apresentados. Consequentemente, os
requerentes são os únicos parentes vivos do interditando.

Vale frisar que, consoante os anexos laudos e receituários médicos o interditando é

portador de um quadro de "DEFICIÊNCIA MENTAL GRAVE", impedindo-o, por
conseguinte, de gerir e administrar sua pessoa e bens.

A doença do interditando, segundo informações médicas colhidas pelos requerentes, é

irreversível, o qual, por tal motivo, foi matriculado na APAE (documento anexo), com o
objetivo de amenizar as conseqüências da deficiência mental grave.

Destarte, em virtude dos falecimentos de seus pais, e diante da situação do interditando,

que não têm condições de gerir e administrar suas pessoas e bens, é imprescindível que
sejam legalmente representados, notadamente no que se refere ao direito de pleitear e
receber a pensão junto ao INSTITUTO NACIONAL DE SEGURIDADE SOCIAL -
INSS, decorrente da condição de segurado de seu finado pai.

DO DIREITO

O Código Civil, no art. 1767, prevê que estão sujeitos à curatela:

 Art. 1.767. Estão sujeitos a curatela:
I - aqueles que, por enfermidade ou deficiência mental, não
tiverem o necessário discernimento para os atos da vida
civil; (destacou-se)
II - aqueles que, por outra causa duradoura, não puderem
exprimir a sua vontade;
III - os deficientes mentais, os ébrios habituais e os viciados em
tóxicos;
IV - os excepcionais sem completo desenvolvimento mental;
V - os pródigos.

De outro lado, no art. 1768, traz o rol dos legitimados a promovê-las, qual seja:

Art. 1.768. A interdição deve ser promovida:

I - pelos pais ou tutores;
II - pelo cônjuge, ou por qualquer parente;
III - pelo Ministério Público.

DIANTE DO EXPOSTO, vêm pedir e requerer o seguinte:

a) tendo-se em vista que o interditando não têm condições de gerir e administrar sua
pessoa e bens, que seja deferida à requerente a CURATELA PROVISÓRIA, para
representá-lo em Juízo ou fora dele, na administração de sua pessoa e bens, prestando
para tanto, o compromisso legal ;

b) o prosseguimento deste pedido, nos termos do disposto nos artigos 1.180 e seguintes,
do Código de Processo Civil;

c) ao final, decretada a interdição, que seja a requerente nomeada CURADORA de seu

irmão, transformando-se, portanto, de provisória em definitiva, julgando-se
PROCEDENTE a presente ação;

d) a intervenção do digno membro do Ministério Público sobre este processo;

e) a produção de todas as provas admitidas em direito.

Dá-se à presente o valor de R$ ....

Termos em que
pede deferimento.

Cidade, data.

Advogado
OAB