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DAVIELY MESQUITA PINHO

O DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM NA PESSOA SURDA

RESUMO

Foram inúmeras as injustiças que ocorreram ao longo da história, tudo por


ignorância, desconhecimento ou desinteresse. Uma verdadeira preocupação a respeito do
desenvolvimento do surdo surgiu somente nos últimos 500 anos, quando estudiosos
passaram a preocupar-se com a educação de pessoas com surdez, porém mais uma vez no

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século XVII com o Oralismo a grande maioria sem considerar a opinião dos surdos, deu um
imenso passo ao passado. Hoje passamos essa etapa vivemos a inclusão de pessoas surdas e
a difusão da língua, os avanços existem, contudo ainda estão em passos lentos, pouco se
sabe sobre os surdos, a Libras e sua comunidade. Por isso esse artigo pretende apresentar,
esclarecer e evidenciar que os surdos apresentam as mesmas capacidades comunicativas
que ouvintes, porém a deficiência que existe no sistema na comunidade de modo geral que
não é capaz de educar e incluir esse cidadão de maneira efetiva.

PALAVRAS CHAVE: SURDEZ, LINGUAGEM, DESENVOLVIMENTO.

INTRUDUÇÃO

Por um longo período na história da humanidade os surdos foram descriminados,


desvalorizados e considerados com doentes mentais, sem direitos como cidadão os surdos
foram tratados de acordo como os ideais de pessoas ouvintes. E estes, no entanto, no que se
refere ao surdo: pra cada passo que dar para, segue com dois para trás, as vezes mais outras
menos. Na sociedade Egípcia os surdos não eram considerados cidadãos normais porque
acreditava-se que os surdos se comunicavam com os deuses por meio do silencia. Contudo
na idade média houve um imenso regresso, pois além de não terem direitos de cidadãos,
inclusive não podiam receber suas heranças. Nas sociedades indígenas, eram largados na
floresta para serem devorados por animais selvagens.

Como foi mencionado, são recentes as preocupações sobre e como educar os surdos,
porém o maior erro foi desconsiderar a opinião dos surdos. O que causou maior atraso na
história da educação dos surdos foi o Congresso de Milão realizado em 1880, onde pessoas
ouvintes decidiram sobre como proceder a respeito da educação dos surdos. Na época
existiam duas principais filosofias, o Oralismo e a Comunicação Total, infelizmente os
próprios surdos foram proibidos de entrar na reunião e opinar a respeito. Depois de muitas
discursões fora votado e decidido que o Oralismo que buscava reabilitar o surdo a
comunidade, ensinando-lhes a falar, no que consistia de práticas de repetição massivas e
desgastantes em que crianças surdas eram submetidas, seria a melhor maneira de educar os

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surdos. Então novamente os surdos sofreram as consequências, sendo proibidos de
comunicarem-se por meio da língua de Sinais. Muitos tiveram suas mãos amarradas nas
escolas, para que não utilizassem a Língua de Sinais que era vista como negativa para o
desenvolvimento da linguagem. Cem anos se passaram para que o Oralismo perdesse força e
a Língua de Sinais fosse vista de maneira positiva, sendo hoje considerada a língua Materna
dos surdo e fundamental para o desenvolvimento da linguagem, da fala, da escrita e da L2.

A educação passou por algumas fases, no que diz respeito a relação do aluno surdo
com a escola. Por muito tempo os surdos foram totalmente excluídos do processo
educacional, ou seja não faziam parte. No século XVII os fonoaudiólogos eram os
responsáveis por esse papel, de modo que os surdos eram segregados da sociedade
educacional. Porém percebeu-se que pertencia a escola esse papel, então o surdo, assim
como os demais alunos com necessidades especiais eram mantidos em salas para educação
especial, mas ainda sim os surdos estavam integrados enquanto precisava ser incluídos e por
isso, hoje, a educação segue a corrente do Bilinguismo que consiste em educar a criança
surda em sua língua materna, e de maneira simultânea ensinar-lhe a língua Portuguesa em
sua modalidade escrita, para que esta tenha as verdadeiras condições de desenvolver-se.

DESENVOLVIMENTO

Existem muitas crenças a respeito da língua de Sinais: alguns pensam que ela é uma
espécie de mímica, outros imaginam que exista apenas uma língua de sinais para todos os
surdos no mundo... Isso revela a ignorância da grande maioria sobre a Comunidade Surda e a
Língua de Sinais. Esta como o próprio nome diz é uma língua tal qual o Português, Espanhol e
o Polonês, apresentam aspectos como: variação linguística, gramatica e literatura, por isso
ela não se resume apenas a mímica. Ela é capaz de representar não apenas objetos ou ações,
porém também conceitos abstratos, literais e filosóficos.

Com condições adequadas para o desenvolvimento o surdo tem as mesmas


capacidades que um ouvinte pois a Libras compreende em sistemas simbólico de

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significação, ao que Matos e Saúde esclarecem:

A construção estrutural do pensamento ocorre por um sistema de


símbolos definidos, lógicos, formatados, em especial o símbolo da
linguagem. Portanto, uma criança em contato com os códigos
linguísticos desenvolve cada vez pensamentos mais complexos
ampliando seus conhecimentos e aprendizado. (MATOS; SSAÚDE e
ETC... p. 5)

Em abril de 2002 foi promulgada a lei de Libras no Brasil (Lei n 10.436) reconhecendo-
a como língua Materna dos surdos, apresentando modalidade Gestual-visual; diferente do
Português que é uma Língua Oral-Auditiva a LIBRAS atende as necessidades do surdos
podendo facilmente ser compreendida. De acordo com a Lei citada não será exigido que o
surdo aprenda o Português na modalidade oral, porém a modalidade escrita deve ser
ensinada nas escolas essa lei inclusive garante aos alunos surdos o direito a um interprete
em sala de aula.

A partir de seus experimentos, Vygotsky (1984) constatou que a fala


da criança é tão importante quanto a ação, no que se refere a atingir
o objetivo. A fala e a ação fazem parte de uma mesma função
psicológica complexa, dirigida para a solução do problema em
questão. (RODRIGUERO, 2000. P.102)

Como aponta Rodriguero a teoria do Sociointeracionismo ou socioconstrutivista de


Lev Vygotsky revela uma relação entre ação e linguagem, dependendo apenas que a criança
surda interaja com o meio linguístico para poder então desenvolver a linguagem. As fases de
aquisição da Libras como língua materna se processará da mesma maneira que a aquisição
da língua oral. Quadros (1997) elenca quatro fases de desenvolvimento da linguagem na
criança surda: pré-linguístico, estágio de um sinal, estágio das primeiras combinações e
estágio das múltiplas combinações.

Elisa Godoy e Luzia Schalkoski Dias no livro “Psicolinguística em Foco: Linguagem -


Aquisição e Aprendizagem” revelam que a criança surda tal qual a criança ouvinte
apresentam no período pré-linguístico o balbucio, que acorre nos primeiros meses de vida.

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Os sons manisfestados pelas crianças corresponde não somente a sons que podem ser
percebidos em seu convívio, mas também a sons incomuns para o seu contexto linguístico. O
innatismo, de Chomisky, umas das teorias de aquisição da linguagem mais aceita entre os
estudiosos, argumenta sobre a gramática universal, que seria um pré-disposição ao
desenvolvimento da linguagem que toda criança possue. "Neste sentido, observa-se que
tanto o bebê surdo quanto o ouvinte desenvolvem o balbucio oral e manual" (NASCIMENTO
E FRANÇA), no entanto, diferentemente dos ouvintes os surdos não recebem estímulos por
meio da audição e por isso logo encerram suas tentativas o mesmo ocorre com os ouvintes
que não são suficientemente estimulados por meio de gestos.

Como apontaram Elisa e Luzia, as crianças na idade entre 12 e 18 meses é o período


da "emissão de palavras isoladas" que de igual modo os surdos possuem a emissão de sinais
isolados, os quais inclusive podem representar além de palavras, frases ou emoções. Assim
como a criança ouvinte o surdo consegue expressar-se utilizando uma palavras apenas e com
o passar do tempo essa manifestação vai ficando mais elaborada.

Segundo a autora, no estágio das primeiras combinações, que se


inicia por volta dos dois anos de idade, verifica-se o estabelecimento
da ordem das palavras que é utilizada nas relações gramaticais. Por
exemplo, a criança surda a partir desse estágio, começa a ordenar
palavras para estabelecer relações gramaticais como SV (sujeito-
verbo), VO (verbo-objeto) ou no SVO (sujeito-verbo-objeto).
(NASCIMENTO; FRANÇA. p. 5)

“O estágio das múltiplas combinações tem como característica a ampliação do


vocabulário nas crianças surdas e ouvintes por volta dos dois anos e meio até três anos de
idade.” (NASCIMENTO; FRANÇA. p. 5).

O contexto em que a criança está inserida lhe permitirá maior


capacidade de se comunicar pela percepção que ela tem de mundo
e, também, pelas interferências externas e internas que ela reúne em
seu cotidiano. Por isso, os avanços que ela obterá das línguas será
parte das motivações e estímulos que ela terá neste meio.
(NASCIMENTO; FRANÇA. P. 7)

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A partir dos dois anos de idade a criança, passa a elaborar cada vez mais seu
vocabulário linguístico, sendo capaz de lidar com diferentes tipos de situações. Na idade
entre 6 e 7 anos a crianças consolida a formação, pragmática e social da língua, porém caso a
crianças não receba este estímulo até o final do período de aquisição da língua fica mais
difícil fazê-lo pois findo esse período a mente limita suas possibilidades de aquisição de
línguas, como ressaltam, Godoy e Dias.

Quando a criança se encontra em condições normais, no


sentido biológico e social, a aquisição da linguagem se
completa aos 10-12 anos de idade, e a idade de 13-14 anos é
chamada de período crítico, que limita a possibiliadade de
surgimento e desenvolvimento da linguagem. (GODOY; DIAS.
2014, P. 53-54)

A Partir deste período a crianças ainda consolida alguns aspecto da linguagem como a
gramática por exemplo, também sendo possível aprender novos léxicos pelo resto da vida.

CONCLUSÃO.

A criança surda dispõe de uma língua com estruturas próprias para atender a suas
necessidades físicas, pois o surdo possuem condições suficientes para o desenvolvimento da
linguagem que como vimos no artigo, para o surdo os processos de aquisição da linguagem
são os mesmo que para um ouvinte. A sociedade deficiente dificulta esse processo não
dando as mesmas condições aos surdos, pois o desenvolvimento da linguagem que
determina o desenvolvimento do pensamento.

O papel da escola é de coadjuvante para a formação do aluno surdo, pois a sociedade


ainda não está preparada para lidar com a surdez; a desinformação é o principal fator que
desfavorece os surdos e a falta de compromisso dos professores efetivos também dificulta a
inclusão em sala de aula, pois surdos estão em sala, mas são ignorados por professores e
colegas de classe que sentem-se inseguros para comunicar-se por meio da libras, o surdo por
sua vez, sem oportunidades de relacionar-se por meio da língua Portuguesa estanca nas
séries iniciais e não consegue desenvolver-se linguisticamente. Se faz necessário refletir mais

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sobre o tema, Alencar propostas em eventos e congressos, difundir a Libras e a Surdez,
desmistificar tantas crenças para que os surdos possam ser incluídos não somente nas
escolas, como também na sociedade.

BIBLIOGRAFIAS

NASCIMENTO, Gisélia Nunes do (UnB); FRANÇA, Jeronilson de Oliveira Santos (UnB):


Aquisição simultânea de Língua de Sinais e Língua Portuguesa. Disponível em: <
http://unb.revistaintercambio.net.br/24h/pessoa/temp/anexo/1/249/203.pdf> . Acessado
em 17 de junho de 2018.

RODRIGUERO, Celma Regina Borghi.2000 O Desenvolvimento Da Linguagem E A Educação Do


Surdo. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/pe/v5n2/v5n2a08.pdf>. Acessado em 17
de junho de 2018.

SILVA, Lislayane Oliveira; SILVA, Willian Costa da; MELO, Líllian Gonçalves de.
Desenvolvimento Cognitivo Do Sujeito Surdo No Processo De Aquisição Da Língua De Sinais –
Libras. Disponível em: <
http://www.revistahumanidades.com.br/arquivos_up/artigos/a38.pdf> . Acessado em 17 de
junho de 2018.

QUADROS, Ronice Müller. Educação de surdos: a aquisição da linguagem. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1997.

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