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FACULDADE DE DIREITO DE SANTA MARIA

TEORIA GERAL DO DIREITO – PROF MATHEUS DE GREGORI – 22/06/2018

QUESTÕES PROVA ORAL – TGD

1. O que são os fatos jurídicos? Como se caracterizam?


a. Fato jurídico é todo o acontecimento da vida que o ordenamento jurídico considera
relevante no campo do direito. Ex.: compra e venda
2. Quais são as duas classificações do fato jurídico?
a. Fato natural: manifestação da natureza, por exemplo nascimento, morte, raios,
tempestades etc.
b. Fato humano: é aquele decorrente da atividade humana que pode ser lícito ou ilícito.
3. Qual é a diferença entre fato jurídico lícito e ilícito?
a. Ilícito: age-se em desacordo com o que está prescrito no ordenamento jurídico,
gerando efeitos involuntários, mas previstos na regra.
b. Lícito: atos praticados em conformidade com o ordenamento jurídico.
4. O que é um ato jurídico em sentido estrito? Qual é sua principal característica?
a. Os Atos jurídicos em sentido estrito são aqueles que derivam de um comportamento
humano, nos quais os efeitos jurídicos estão fundamentalmente previstos na lei.
b. O agente não possui a faculdade de moldar os efeitos que sua manifestação de vontade
produzirá. Ex.: reconhecimento de paternidade.
5. Conceitue o ato-fato jurídico.
a. Ato-fato jurídico: não há nem vontade e tampouco intenção ou a consciência do
agente, é mais importante a consequência, sem levar em consideração a vontade de
praticá-lo. Ex.: achado de tesouro
6. O que é um negócio jurídico?
a. Negócio jurídico: vontade qualificada, busca-se alcançar determinada finalidade
permitida em lei.
b. CONCEITO: é a declaração de vontade privada destinada a produzir efeitos
(constituição, modificação ou extinção de relações jurídicas) que o agente pretende e
o direito reconhece. Em suma, é a realização da autonomia privada e o seu símbolo é
o contrato.
7. Quais são as três correntes que explicam como o juiz interpreta a lei?
a. Subjetiva, objetiva e livre pesquisa.
b. 1. Interpretação subjetiva: deve-se buscar, com a interpretação a vontade do
legislador;
c. 2. Interpretação objetiva: deve-se buscar a vontade da norma, visto que uma vez
promulgada, ela se separa de seu autor;
d. 3. Livre pesquisa: a lei deve ser interpretada de acordo com as concepções vigente a
época de sua aplicação.
8. Quais são os dois elementos que compõem o dever de reparação?
a. VIOLAÇÃO DE DIREITO
b. DANO A OUTREM
9. Qual é a diferença entre responsabilidade contratual e extracontratual?
a. Uma exige a obrigação contratual.
b. Outra o dever de não lesar.
c. Na primeira o credor deve provar a inadimplência e a culpa se presume.
d. Na segunda a vítima deve provar o dano.
10. O que é responsabilidade aquiliana?
a. É a responsabilidade extracontratutal.
11. Sobre quais bens jurídicos recaem, normalmente, as responsabilizações civis e penais?
a. Civil: Patrimonial, não existe prisão civil, salvo no caso de devedor de alimentos.
Pode-se responder pelo dano causado por outrem.
b. Penal: Pessoal, não ultrapassa a pessoa do condenado
12. Qual é a imputabilidade na responsabilidade civil e na penal?
a. Civil: Menor de 18 anos pode responder desde que respeitados requisitos do art. 928,
CC/02.
b. Penal: Apenas maiores de 18 anos.
13. Diferencie a responsabilidade subjetiva e a responsabilidade objetiva.
a. Subjetiva: para haver responsabilidade civil deve-se apurar a culpa lato sensu (dolo e
culpa estrito sensu) do agente.
b. Objetiva: não é necessário apurar a culpa, apenas se analisa ação/omissão; nexo causal
e resultado danoso. São casos em que a lei impõe a certas pessoas em determinadas
situações a reparação de um dano cometido sem culpa.
14. Se uma criança causar dano a outrem, responderá pela reparação?
a. Pelos danos causados pelos menores responderão os pais ou tutores (art. 932, I e II,
CC). Teoria da Substituição: os pais substituem os filhos, o tutor substitui o tutelado
15. Quem responde por danos causados por alguém privado de discernimento?
a. Ato praticado por um inimputável (por exemplo louco, amental etc.): o curador
responderá pelos atos do curatelado que estiver sob sua autoridade.
b. Adota-se o princípio da responsabilidade subsidiária e mitigada.
16. Quais são os quatro elementos da responsabilidade extracontratual?
a. Ação/omissão
b. Dolo/culpa
c. Nexo causal
d. Resultado danoso
17. Quais são os três tipos de elementos do negócio jurídico?
a. Essenciais: estruturais, indispensáveis à existência do ato. Por exemplo, declaração de
vontade nos contratos em geral;
b. Naturais: são os efeitos ou consequências que decorrem da própria natureza do
negócio, ou seja, a norma determina o que ocorre, caso as partes não estipulem de
forma diversa.
c. Acidentais: as partes podem, facultativamente, acrescentar no negócio jurídico para
modificar alguma de suas consequências naturais.
18. Quais são os três planos do negócio jurídico. Diferencie-os brevemente.
a. Existência: Elementos. O fato ingressa no mundo jurídico
b. Validade: Requisitos. O ato é perfeito ou tem algum defeito inviabilizante?
c. Eficácia: Plano em que os atos jurídicos produzem os seus efeitos.
19. Cite e explique os três elementos do plano da existência.
a. Declaração de vontade É o instrumento da manifestação de vontade (a vontade por si
só não produz efeitos jurídicos, o que apenas ocorre quando manifestada), que pode
ser expressa (manifestada por meio da palavra, escrita, mímicas etc.), tácita (do
comportamento do agente se deduz a sua intenção. Ex.: aquisição da propriedade
móvel pela ocupação – art. 1.263 CC) ou presumida (a lei deduz o resultado de certos
comportamentos do agente – Ex.: 322 CC).
b. Finalidade Negocial É o propósito de adquirir, preservar, modificar ou extinguir
direitos. Se um desses propósitos não estiver presente não se fala em negócio jurídico
(poder de escolha da categoria jurídica), pode-se falar em ato jurídico em sentido
estrito
c. Objeto Idôneo Deve apresentar os requisitos ou qualidades que a lei exige para que o
negócio produza os efeitos desejados. Ex: O mútuo somente pode ter por objeto bem
fungível; o comodato bem infungível; a hipoteca bem imóvel, navio ou avião.
20. Quais são as diferenças entre negócios jurídicos nulos e anuláveis?
a. Nulos: - Já nasce nulo, Efeitos inválidos, juiz declara, não se convalida com o tempo,
questões de ordem pública. Ex: menor de 16, objeto ilícito.
b. Anuláveis: - Efeitos valem até a anulação, Juiz anula, pode prescrever (4 anos), se
convalida no tempo.
21. Quando se dá a manifestação presumida da vontade do agente?
a. Vontade presumida: a lei deduz o resultado de certos comportamentos do agente. Ex.:
Herança. Após 30 dias, não manifestada a intenção do herdeiro, presume-se a
aceitação da herança.
22. Qual é a diferença entre declaração de vontade receptícia e não receptícia?
a. Receptícias: é necessário que uma outra pessoa tenha ciência do fato para que o
mesmo surta efeitos, se assim não for será ineficaz. Ex.: proposta (art. 427).
b. Não receptícia: se perfectibiliza com a manifestação do agente, não necessitando
chegar ao conhecimento de outra pessoa determinada. Ex.: revogação do testamento.
23. Para o direito, “quem cala consente”? Qual é o efeito do silencio nos negócios jurídicos?
a. DEPENDE. O silêncio pode ser entendido como manifestação presumida de vontade
quando a lei conferir a ele tal efeito e não for necessária declaração de vontade
expressa.
24. O que é a reserva mental? Ela anula/invalida o negócio jurídico?
a. Conceito: é uma manifestação de vontade não querida em seu conteúdo e, tampouco,
em seu resultado, tendo como único desiderato enganar o declaratório.
b. Invalida o negócio quando a verdade intenção é conhecida pela outra parte.
25. Qual é a diferença entre reserva mental lícita e ilícita?
a. Lícita: Só eu sei, não tem relevância para o direito.
b. Ilícita: A outra parte também sabe, gera inexistência do negócio.
26. O que significa a finalidade negocial?
a. É o propósito de adquirir, preservar, modificar ou extinguir direitos.
b. Se um desses propósitos não estiver presente não se fala em negócio jurídico.
27. Quais são os dois tipos de incapacidade do agente para a realização do negócio jurídico?
a. Absoluta: art. 3º CC, a pessoa deve ser representada, sob pena de nulidade do ato. Ex:
menor de 16 anos.
b. Relativa: art. 4º CC, a pessoa deve ser assistida sob pena de anulabilidade do ato,
salvo alguns casos, por exemplo art. 666, que permite que seja mandatário. Ex: menor
de 18 e maior que 16, viciados em tóxicos, alcoólatras.
28. Qual é a diferença entre um objeto lícito e um objeto juridicamente impossível?
a. Objeto lícito é aquele que não atenta contra a lei, a moral ou os bons costumes.
b. Juridicamente impossível: Quando o ordenamento jurídico proíbe que determinado
bem seja objeto de negócio jurídico.
29. O que é um objeto fisicamente impossível?
a. Não está dentro das forças humanas ou da natureza. Ex.: viajar ao sol.
30. Se o objeto não for lícito, possível ou determinado, o negócio será nulo ou anulável?
a. NULO.
31. Qual é a regra quanto à forma a ser empregada nos negócios jurídicos?
a. Regra: livre (consensualismo)
b. EXCEÇÃO: Formalismo
i. Quando a forma for solene (prevista em lei)
ii. A forma pode ser ainda a determinada pelas partes (convencionada pelas partes): os
contratantes podem determinar que o instrumento público seja essencial para a validade do
negócio.
iii. Se houver uma forma prevista em lei e a mesma não for observada o negócio jurídico será
nulo (art. 166, VI);
32. Se houver forma prescrita em lei e ela não for seguida, qual será a consequência jurídica
do negócio jurídico?
a. O negócio será NULO.
33. Quais são os dois tipos/grupos de vícios do negócio jurídico?
a. 1. Vícios de consentimento: erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão.
b. 2. Vícios sociais: fraude contra credores e simulação (ÚNICO vício que torna o
negócio jurídico NULO – art. 167 CC)
34. Qual é o principal problema no pertinente aos vícios de consentimento?
a. Conflito entre a vontade exteriorizada e a real intenção de quem a exteriorizou.
b. A vontade exteriorizada não é a verdadeira. Seja por erro, dolo, coação, estado de
perigo ou lesão.
35. O que caracteriza o erro e quais são seus três elementos?
a. Falsa representação da realidade. Nesse caso, o agente engana-se sozinho. Quando
induzido em erro por outro contratante ou por terceiro ficará caracterizado o dolo. Os
elementos são:
i. SUBSTANCIAL (recai sobre causa determinante, ou seja, reconhecida a
realidade, o negócio não seria celebrado),
ii. ESCUSÁVEL (erro justificável, desculpável, ou seja, é aquele que é de tal
monta que uma pessoa mediana o cometeria. É o contrário do erro grosseiro
ou inescusável)
iii. REAL (causador de prejuízo concreto para o interessado (R$), ou seja, deve
ser palpável, tangível etc.).
36. O que caracteriza o dolo?
a. É artifício ou expediente astucioso, empregado para INDUZIR alguém a prática de um
ato que o prejudica e beneficia o autor do dolo ou terceiro.
37. A ação de terceiro que induz a erro, poderá caracterizar o dolo?
a. SIM
38. O que caracteriza a coação?
a. É toda a AMEAÇA ou PRESSÃO INJUSTA exercida sobre um indivíduo para
força-lo contra a sua vontade a praticar um ato ou realizar um negócio jurídico.
39. O que caracteriza o estado de perigo?
a. Alguém premido da necessidade de salvar-se ou a pessoa de sua família, de grave dano
conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.
40. O que é o “dolo de aproveitamento”? É necessário para configurar estado de perigo?
a. É intenção da outra parte de tirar proveito do negociante.
b. Não é necessário, mas é possível.
41. O que caracteriza a lesão?
a. É o prejuízo decorrente da enorme desproporção existente entre as prestações de um
contrato, no momento de sua celebração, determinada pela premente necessidade ou
inexperiência de uma das partes.
42. Existe alguma maneira de evitar-se a anulação do negócio jurídico no caso de lesão?
a. O negócio jurídico não será anulado se houver oferecimento de suplementação
suficiente ou a parte favorecida concordar com a redução do proveito.
b. Assim, o lesionado poderá optar pela anulação ou revisão do pacto.
43. O que é a fraude contra credores?
a. Se o devedor DESFALCA consideravelmente e de forma MALICIOSA o seu
patrimônio, a ponto de não mais garantir o pagamento de todas as suas dívidas.
44. Quais são os dois elementos que constituem a fraude contra credores?
a. Objetivo (eventus damni): prejuízo em razão de o devedor ser insolvente ou
reduzido à insolvência (passivo supera o ativo)
b. Subjetivo (concililum fraudis ou conluio fraudulento): má-fé do devedor e do
adquirente, não é necessário que haja um pacto entre o devedor e o terceiro para
prejudicar os credores, basta que este saiba ou devesse saber da situação de
insolvência.
45. O que é a simulação?
a. É uma declaração falsa da vontade, visando aparentar negócio diverso do efetivamente
desejado. Ou seja, é aquele que possui aparência contrária à realidade. Significa:
fingir, enganar. Ex.: emissão de títulos de crédito, que não representam qualquer
negócio, feita pelo marido, em favor de amigos, antes da separação judicial para
prejudicar a mulher na partilha de bens.
46. Quais são as duas classificações da simulação?
a. Absoluta: não se queria realizar, de fato, nenhum negócio.
b. Relativa: As partes elas pretendem realizar um negócio que é prejudicial a terceiro ou
é contrário a lei, em razão disso (para escondê-lo ou dar-lhe aparência diversa)
realizam outro negócio.
47. Os elementos que compõem o plano da eficácia influenciam na existência ou validade do
negócio jurídico?
a. Não, São introduzidos facultativamente pela parte, não sendo necessários a existência
ou validade do negócio jurídico. Dependem da vontade das partes.
48. Quando haverá uma condição dentro do negócio jurídico?
a. Quando a eficácia do negócio jurídico depender de um negócio FUTURO e
INCERTO.
49. Qual é a diferença entre uma condição suspensiva e uma resolutiva?
a. Suspensiva: IMPEDE que o ato produza efeitos até a realização do evento futuro e
incerto.
b. Resolutiva: EXTINGUE os efeitos produzidos pelo negócio com a ocorrência do
evento futuro e incerto.
50. O que é uma condição imprópria?
a. Quando diz respeito a evento que já ocorreu ou está ocorrendo, não se tem uma
condição propriamente dita, mas sim uma “condição” imprópria.
51. Cite ao menos três negócios que não permitem condição.
a. Alguns atos não admitem condições: casamento, adoção, emancipação, renúncia e
aceitação da herança, a procuração judicial, existência de pessoa jurídica, fixação de
domicilio, direito à vida, à honra etc.
52. O que é um termo e de que elementos é composto?
a. Subordina a eficácia do negócio jurídico a evento FUTURO e CERTO. Há, pois, uma
data certa para iniciar ou extinguir o negócio jurídico.
b. Elementos:
53. Diferencie termo certo de termo incerto.
a. CERTO: sabe-se a data em que o evento ocorrerá.
b. INCERTO: embora seja inevitável a ocorrência do evento, não se sabe a data precisa
em que o evento ocorrerá.
54. Quando o termo será inicial e quando será final?
a. INICIAL ou SUSPENSIVO: aponta quando iniciará o exercício do direito.
b. FINAL ou RESOLUTIVO: aponta quando terminará o exercício do direito. Ex.:
locação com prazo de 1 ano.
55. Em que tipo de negócio jurídico poderá haver um encargo/modo?
a. É uma cláusula acessória às liberalidades (doação, testamento), que adere a estas,
restringindo-as, por meio da imposição de uma obrigação ao beneficiário.
b. EX.: Ganhou um terreno de herança, porém, deve construir um hospital no mesmo ou
perderá o direito a este.

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