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Cássio (XXXX)
Mesmo que alguns autores considerem que vivemos na sociedade do consumo,
mesmo nela o trabalho ainda é central por ser a promotora desse consumo, tanto pela
renda, como pela elaboração da mercadoria.
Atualmente, vivemos em um ambiente que se encolheu o número de trabalhadores e
o crescimento dos subempregos
A terceirização se configura como um processo de vulnerabilização da população.
Soma-se a outros: falta de acesso a informação e educação, bem como de socialização.
Essa vulnerabilização corrobora para a desfiliação (Castells)
A terceirização faz parte dos processos de flexibilização e precarização.
A partir da reestruturação produtiva, geraram-se três eixos de filiação social
o Trabalho estável e manutenção dos laços sociais (zona de integração social)
o Trabalho precário e fragilização dos laços sociais (zona de vulnerabilidade)
o Não trabalho e destruição dos laços sociais (zona de assistência e de
desfiliação)
O que estão na zona de vulnerabilidade podem a qualquer variação descer para a
terceira zoa.
A vivência em uma zona de vulnerabilidade acarreta problemas de saúde, como o
esgotamento físico e psíquico, estresse, acidentes e doenças ocupacionais. Não por
acaso que os terceirizados
o Recebem menos (24%),
o Trabalham mais horas (7,5%)
o Maior rotatividade (53,5%) – o que acarreta na dificuldade em se estabelecer o
nexo causal
o Estão mais sujeitos a acidentes (47%) e ao trabalho escravo.
Cassio (XXXX)
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Indicadores de precarização
o Forma de mercantilização da força de trabalho (desemprego e
informalidade)
o Organização e condições de trabalho (intensificação do trabalho)
o Condições de segurança no trabalho (exposição a riscos)
o Valorização simbólica
o Condições de representação e organização sindical
Ribeiro (2009)
o Introdução:
Séc. XX: sociedade do emprego
Séc. XXI: sociedade do desemprego e subemprego
o Trabalho e vida humana
Dualidade ontológica:
Dimensão emancipatória (obra como expressão humana)
Dimensão robotizante (esforço rotineiro e repetitivo)
Hanna Arendt
Labor: atividade mecânica
Trabalho: produção de bens duráveis
Ação: construção da história pelos laços do trabalho
Marx (dimensão socioeconômica)
Protoforma da atividade humana
Dejours (dimensão psicossocial)
Permite a significação do contato de si com o real
Castels
Impossibilidade de trabalho leva à vulnerabilidade social
o Emprego e desemprego como organizador social
Sistema Emprego-Desemprego (Joseph Blanch):
Desemprego
o Temporal, causado por um desequilíbrio
temporário
o Escolha voluntária
o Necessidade de exército de reserva
Característica do sistema
o Tempo de Chronos: previsibilidade
o Rigidez
o Homogeneidade
o Normatividade
o Estabilidade e ordem
Sistema Emprego-Subemprego-Desemprego
Características
o Tempo de Kairós: mudanças
o Flexibilização funcional, legal, espaço-temporal e
salarial (Mattoso)
o Com a escassez de trabalhos, o subemprego passa
a ser um elemento da dinâmica do trabalho
o O subemprego corresponderia às formas
precárias ou flexíveis de trabalho
o Esse novo sistema leva tem impactos:
Macrossociais: enfraquecimento de
coletivos e do Estado,
desregulamentações e transformação da
sociabilidade
Organizacionais: precarização do trabalho
e individualização da gestão
Psicossociais: deterioração identitária,
trabalhadores solitários
o A luta passa de melhores condições, para evitar a
exclusão, havendo menor poder de pleito
o O medo do desemprego ganha destaque, bem
como a flexissegurança
o No desemprego os trabalhadores tendem a ter a
sua identidade ligada a um deslegitimação,
redundando em isolamento, transtornos
identitários, doenças, desconstrução de projetos
o Visão psicossocial
O desemprego pode ser analisado na dimensão
Normativo-Institucional: aspectos estruturais e
econômicos
Biográfico-subjetivo: construção de uma identidade
estigmatizada
Ele teria efeitos de ruptura biográfica semelhante à crises
psicóticas: desfiliação, perda de referência, trajetórias
descontínuas, necessidade de reconstrução de laços
Há três saídas (todas gerado sofrimento)
Passividade: desesperança, violência ou adaptação
instrumental
Saídas tradicionais
Resistência com alternativas na geração de trabalho
O desemprego pode levar a uma síndrome específica
Gera impactos diretos (em quem está desempregado) e
indiretos (vício em trabalhar, insensibilidade, cinismo viril)
o Alternativas
É importante também pensar a orientação dos trabalhadores
para a construção de um projeto de futuro
Deve-se adotar saídas macrossociais, concatenadas com
resoluções individuais
o Ações da Psicologia
Dois públicos
Empregados: elaborando as trajetórias
Desempregados: situação de crise
Dois níveis
Indireto: assessorando as políticas públicas
Direto: programas integrados
Três dimensões
Teórico: compreensão psicossocial do desemprego
Político: construção de políticas públicas
Programática: compor equipes das Centrais de
Atendimento aos Trabalhadores
Ação: intervir em Psicologia
O que a Psicologia tem feito:
Suporte psicossocial
Troca de experiência
Redes de apoio
Informações sobre o mundo do trabalho
Repercussões do desemprego
Reconstrução da trajetória de vida
Instrumentação das estratégias de obtenção de renda
Coelho-Lima (mimeo)
o Teorias de 1970
ONU
Iniciou com Hart e sua pesquisa em Gana, com um
conceito descritivo (propriedade familiar, baixa
produção, não legalizada, uso intensivo da força de
trabalho). Essa posição foi retificada durante a década de
1990 pela ONU
Desenvolvimentistas
Dualismo transitório: com base na teoria de Lewis,
pensasse que os países atrasados iriam alcançar as
economias avançadas, assim como a informalidade seria
transformada em formalidade com o desenvolvimento
econômico
CEPAL: a dualidade é estrutural devido ao histórico do
desenvolvimento econômico desses países
Crítica: ambos consideram a facilidade de entrada na
informalidade, o que resultaria na igualdade entre
desemprego aberto e voluntário.
Teoria da dependência
Não se explica o subdesenvolvimento dos países por sua
história particular, mas pela articulação entre eles no
cenário capitalista
o Teorias das décadas de 1980-1990
Os modelos da década de 1970 não previam a permanência da
informalidade pós-crises
Neoliberais (De Soto)
A informalidade representa a crise de institucionalidade
do trabalho frente ao Estado, sendo uma saída a sua
regulação que é maléfica ao mercado de trabalho
Economia subterrânea e nova informalidade (OIT)
São os trabalhos que escapam a legalidade e foram
elaborados em resposta a derrocada do Estado de Bem-
Estar Social
Inclui tanto unidades produtivas, como algumas
ocupações específicas
Escolha individual (Banco Mundial)
De acordo com as características dos trabalhadores, pode
ser melhor se inserir em um ou em outro mercado
(formal e informal), acreditando q todas as vagas estão
disponíveis
Trabalho não fordista (CUT e Jakobsen)
Informalidade seria equivalente a precariedade e sua
marca é não ter acesso aos direitos e a organização do
trabalho prevista no fordismo
Sociedade informacional (Castels)
Predominam os subempregos na era da individualização
do trabalho, havendo um obscurecimento do que seria
informalidade
o Teorias da década de 2000
Processo de informalidade (Cacciamali)
ECONOMIA SOLIDÁRIA
Singer (XXXX)
Cooperativismo revolucionário (século XIX)
o Cooperativismo Oweniano (Grã-Bretanha, Robert Owen)
O cooperativismo surgiu junto com o capitalismo industrial do
século XIX, na Grã-Bretanha
Robert Owen foi o seu idealizador na forma das Aldeias
Cooperativas
Projeto para além de uma redistribuição para os pobres,
mas forma de utilizar a força de trabalho ociosa, gerar
renda e ampliar a produção global
Em 1825, Owen se instala nos EUA, New Harmony para fundar
as Aldeias – que não dão certo
Se potencializa quando se alia ao sindicalismo pujante da época
Primeira cooperativa era de jornalistas
A greve não era por melhorias de salário, mas para eliminar os
salários. Os grevistas passam a competir com os capitalistas
Para complementar as cooperativas de produção, surgem os
armazéns cooperativos para permitir o comércio
Para não cair no problema do comércio capitalista, também é
criado um dinheiro próprio e os clubes de trocas
A proposta final de Owen é a criação de uma República
Cooperativa tocada pelo movimento dos trabalhadores
o Falanstérios Furierianos (França, Charles Furier)
Buscava apoio dos capitalistas
Uma sociedade de 1800 pessoas em que se pudesse escolher o
trabalho de acordo com as paixões individuais
Mantinha a propriedade privada e a lógica acionista
(determinava a posse dos meios de produção)
Definia mecanismos de redistribuição para evitar estratificações
por renda
Antecessor do anarquismo (o Estado seria supérfluo)
Teve força nos EUA
Novo cooperativismo (século XX)
o No Estado de Bem-Estar Social os sindicatos são cooptados e passam a
defender o assalariamento.
o Devido às melhorias nas condições de vida, o cooperativismo é deixado
para trás
o Os fatores que colaboraram para o seu ressurgimento foram:
Crise de 1970 e a elevação do desemprego
Avanço do Estado Neoliberal
Derrocada do socialismo real
Limitação dos governos social-democratas
Ascenção dos movimentos sociais com base na sociedade civil (e
não tomada do Estado)
o Tem base na
Democracia interna
Igualdade
Autogestão
Repúdio ao assalariamento
o Dilemas do novo cooperativismo
Se tornar uma economia complementar ao capitalismo para os
que não conseguem se inserir em vagas formais
Tomar com base exclusivamente o consumo solidário, que
interrompe o desenvolvimento tecnológico
Competir com o grande capital pelo consumo não solidário
Gerar um bem-estar para os trabalhadores superior ao
assalariamento