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SOCIALISMO

O socialismo propõe a supressão de propriedade privada e das classes


sociais. Os primeiros teóricos buscaram solucionar os problemas
da classe operária por meio de projetos idealistas, em geral voltados para
grupos restritos. Esses estudos ficariam conhecidos como socialismo
utópico.
Em 1848, com a publicação do Manifesto Comunista, os alemães Karl
Marx e Friedrich Engels inauguraram o socialismo científico. Eles
defendiam a tese de que a história é uma sucessão de lutas de classes e,
durante o capitalismo, o conflito se dá entre burgueses e proletários
(trabalhadores que vendem sua força de trabalho).
Para explicar como esses últimos são explorados, Marx e Engels criaram
o conceito da mais-valia. Ela corresponde ao trabalho excedente
realizado pelo trabalhador, isto é, a diferença entre o valor do trabalho que
ele realiza e o valor que ele recebe na forma de salário. É desse excedente
que as classes proprietárias retiram o lucro, o juro e a renda da terra.
Os teóricos estimulavam os proletários a se unir e lutar contra os
burgueses. A vitória resultaria no socialismo, caracterizado pela abolição
da propriedade privada dos meios de produção e a instalação de um
estado forte (“ditadura do proletariado“), capaz de consolidar o regime e
promover a diminuição da desigualdade social, num governo dirigido por
trabalhadores e camponeses.
O Estado originado nesse processo passaria a gerir a economia com
critérios socialistas, agindo em favor da maioria da população. Seria o fim
da propriedade privada sobre os grandes meios de produção, ou seja,
fábricas, bancos e fazendas seriam controladas pelo Estado, que seria
controlado, por sua vez, por toda a população.

O socialismo seria uma etapa de transição para o comunismo. No


comunismo, o próprio estado seria abolido, com a instauração de uma
igualdade radical entre os homens. Tais ideias influenciariam a Revoluç ão
Russa, de 1917.
Porém, na prática política do século XX, socialismo e comunismo
ganharam outro significado. O termo comunismo passou a se referir a
movimentos políticos revolucionários de origem marxista e aos estados
que surgiram a partir daí (União Soviética, China, Coreia do Norte, Cuba),
caracterizados pela abolição da propriedade privada dos meios de
produção e autoritarismo político.

O termo socialismo passou a se referir a grupos reformistas, que


ambicionavam a realização de mudanças sociais através do voto,
preservando a democracia liberal. Assim, existiram governos socialistas
na França, Inglaterra (através do trabalhismo), Alemanha (através da
social-democracia), países escandinavos e outros.
REVOLUCAO RUSSA
A Revolução Russa foi um movimento ocorrido entre 1917 e 1928 que
derrubou a monarquia no país e culminou na criação da União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) – ou apenas União Soviética -,
o primeiro país socialista do mundo.

O processo foi de intensa agitação política e militar e influenciou de


maneira decisiva a história do século XX, ao dar origem a uma das
potências que dominariam por décadas a geopolítica global.

Antecedentes
No fim do século XIX, a Rússia não havia passado pelas reformas
ocorridas na Europa Ocidental a partir do fim da Idade Moderna. Na
política, vigorava ainda o absolutismo, personificado na figura do czar, o
imperador russo.

E, na economia, a servidão feudal fora abolida em 1861, mas a agricultura


continuava predominantemente baseada no trabalho dos camponeses. A
maioria das terras pertencia à nobreza – os boiardos – e ao clero da Igreja
Ortodoxa.
A industrialização, tardia, era um fenômeno recente, restrito a algumas
cidades. Por depender do capital de outros países, a Rússia não foi capaz
de produzir uma burguesia local forte.

O proletariado, ao contrário, embora também fosse pequeno, organizou -


se de forma sólida e combativa, mantendo vínculos estreitos com as
massas camponesas.

Entre esses operários, germinaram as ideias revolucionárias vindas da


Europa Ocidental, o que permitiu o aparecimento de grupos políticos de
oposição ao regime czarista. O mais influente era o Partido Operário
Social-Democrata Russo (POSDR), inspirado no ideário marxista.

Em 1903, o POSDR se dividiu em duas facções: os bolcheviques,


liderados por Vladimir Lênin, defensores da tomada do poder pelos
operários e camponeses; e os mencheviques encabeçados por Iulii
Martov – adeptos da revolução gradual, por meio de reformas.
Após a derrota na Guerra Russo-Japonesa, os ânimos populares se
inflamaram, e estourou a Revolução de 1905. No episódio mais marcante,
o Domingo Sangrento, uma manifestação pacífica em São Petersburgo foi
massacrada pelo Exército.
O clima ficou tenso, seguindo-se greves e protestos. Operários,
camponeses e soldados organizaram-se em conselhos denominados
sovietes – mais tarde controlados pelos bolcheviques. A burguesia forçou
a instalação de um Parlamento – a Duma -, em 1906.

Revolução Menchevique
Os altos gastos militares com a I Guerra Mundial intensificaram o
descontentamento com o governo. A insatisfação alcançou o auge em
1917, na Revolução de Fevereiro, quando o Exército se negou a marchar
contra uma manifestação popular em Petrogrado (como era conhecida
São Petersburgo). Enfraquecido, o czar Nicolau II foi obrigado a abdicar.
Os mencheviques, apoiados pela burguesia, instalaram a República da
Duma, de caráter liberal, liderada por um nobre, o príncipe Lvov. O
fracasso na I Guerra levou à sua substituição por um socialista moderado,
Alexander Kerensky.
Apesar da concessão, a oposição bolchevique se fortaleceu. Leon Trótski,
presidente do soviete de Petrogrado, criou a Guarda Vermelha, formada
por milicianos operários. Lênin, que estava exilado na Finlândia, voltou
clandestinamente ao país e incitou os sovietes a tomar o poder por meio
de uma revolução.
Sob os lemas “Pão, paz e terra” e “Todo o poder aos sovietes”, os
bolcheviques defendiam a retirada do país da guerra, a tomada de poder
pelos conselhos populares e uma ampla reforma agrária.

Revolução Bolchevique
Em 25 de outubro (segundo o calendário juliano, que vigorava na Rússia),
eclodiu a revolução popular. Apoiados pelas massas, os bolcheviques
derrubaram a República da Duma e instituíram o Conselho dos
Comissários do Povo, presidido por Lênin.
Ele então deu início à mudança do sistema econômico do país,
concedendo aos camponeses o direito exclusivo de exploração das terras,
transferindo o controle das fábricas aos operários, expropriando as
indústrias e nacionalizando os bancos.

No ano seguinte, a Rússia saiu da I Guerra Mundial ao assinar a paz em


separado com a Alemanha, aceitando entregar a Polônia, a Ucrânia e a
Finlândia. O POSDR passou a se chamar Partido Comunista Russo – o
único permitido no país.
Aristocratas e mencheviques reagiram. Chamados de Brancos, eles
receberam ajuda de países como Reino Unido, França, Japão e Estados
Unidos, e a nação mergulhou numa guerra civil.
Para combater os contrarrevolucionários, Trótski organizou o Exército
Vermelho. O conflito acabou em 1921, com a vitória bolchevique. Milhares
de adversários do governo foram fuzilados, incluindo o czar e sua família.
Para recuperar a economia, abalada pelo confronto, Lênin estabelec eu
a Nova Política Econômica (NEP): uma série de medidas capitalistas
temporárias que deveriam preparar terreno para a instalação do
socialismo. Ele permitiu a criação de empresas privadas e o comércio em
pequena escala e autorizou empréstimos externos. Em 1922 foi instituída
a URSS, reunindo as diversas regiões do antigo Império Russo.
A morte de Lênin, em 1924, provocou uma luta pelo poder entre Trótski e
Josef Stálin, secretário-geral do Partido Comunista.

O primeiro defendia a ampliação da revolução para outros países –


a revolução permanente. Já o segundo pretendia implantar o socialismo
apenas na URSS. Stálin venceu, expulsou o adversário do país e
implantou, a partir de 1928, o regime mais tarde batizado de stalinismo.

Stalinismo
Stálin substituiu o NEP por uma nova política econômica baseada em
planos quinquenais. Priorizou a indústria pesada e coletivizou as terras à
força – processo durante o qual foram mortos milhões de camponeses.

Politicamente, o stalinismo foi caracterizado pelo totalitarismo e pelo culto


à personalidade de Stálin. Ele expulsou do partido e do Exército os
inimigos declarados, potenciais ou meros suspeitos, chegando até a fazer
montagens e adulterações de fotos para “apagar” seus desafetos da
história.

Milhões de pessoas foram presas, executadas ou enviadas a campos de


trabalho forçado. Trótski foi assassinado no México, em 1940.

Com governo forte e economia pujante, a URSS começou a se transformar


na potência que teria papel decisivo na II Guerra Mundial e dividiria o poder
global com os Estados Unidos durante a Guerra Fria.

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