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Roteiro para o dimensionamento de uma viga pré-fabricada protendida:

O intuito desse roteiro é o de prover ao aluno do INBEC, do módulo de Estruturas


de Concreto Protendido I, um texto claro e objetivo em relação aos conceitos aprendidos
nessa etapa do curso de Especialização em Estruturas de Concreto e Fundação. Dessa
forma, será apresentado um passo-a-passo do exemplo de uma viga pré-tracionada de
seção retangular simples sob um dado carregamento. São apresentados conceitos
referentes ao dimensionamento no ELU; às perdas de protensão e às verificações de
tensões em vazio (verificação simplificada do ELU no ato da protensão).
Este exemplo foi elaborado com o intuito de fixar os conceitos supracitados,
buscando torná-los mais claros ao aluno e que sirva de consulta para sua futura atuação
profissional.
Neste roteiro não serão apresentadas as etapas de verificações no Estado Limite
de Serviço (objeto de estudo do módulo II – Estruturas de Concreto Protendido II). Para
este módulo será elaborado outro roteiro, considerando a situação de uma viga com
seção composta.

PROF. M.SC. GABRIEL DA MOTTA TREVIZOLI


1-) Características geométricas, dos materiais e dos carregamentos
O roteiro inicia-se definindo os parâmetros geométricos, dos materiais e dos
carregamentos atuantes na viga.
Seção transversal

Carregamento atuante sobre a viga


CARREGAMENTO INTENSIDADE (KN/M) VÃO (M)
Peso próprio (g1) 5,00 8,0
Laje (g2) 7,50 8,0
Parede (g3) 4,20 8,0
Revestimento (g4) 3,80 8,0
Acidental (q) 9,00 8,0

Características relativas ao material


fcj,peça (MPa) 25 Aço CP190RB Ur (%) 75
fck,peça (MPa) 40 Ep (MPa) 200000 Lpista (m) 100
αp,i 7 Idade p/ prot 1 dia ∆l (mm) 6
αp,f 5 CAA II
fcj,peça: resistência do concreto da peça pré-moldada na idade da efetivação da protensão;
fck,peça: resistência característica do concreto da peça pré-moldada;
αp,i: relação Ep / Ec na idade da efetivação da protensão;
αp,f: relação Ep / Ec na idade de 28 dias do concreto;
Aço: tipo do aço (aço para Concreto Protendido com tensão de ruptura de 1900 MPa e de
Relaxação Baixa);
Ep: módulo de elasticidade do aço de protensão;
Idade p/ prot: idade do concreto quando ocorre a efetivação da protensão (quando a
protensão passa a atuar na viga);
CAA: Classe de agressividade ambiental;
Ur: umidade do ambiente;
Lpista: comprimento da pista de protensão na fábrica;
∆l: acomodação da ancoragem quando da protensão (fornecido pela fabricante);
Tratando-se de uma viga de seção retangular simples, calculam-se suas
características geométricas.
𝐴 = 𝑏 ∗ ℎ = 0,25 ∗ 0,8 = 0,20 𝑚²
𝑏 ∗ ℎ3 0,25 ∗ 0,83
𝐼= = = 0,0107 𝑚4
12 12
Sabendo que, em uma seção retangular, a distância entre o centro de gravidade
da seção até a borda superior (ys) é igual à distância até a borda inferior (yi), o módulo
de rigidez à flexão (W) também será igual. Logo:
𝐼 0,0107
𝑊𝑖 = 𝑊𝑠 = = = 0,02675 𝑚3
𝑦 0,4
Em seguida, vamos obter os diagramas de momento fletor decorrentes de cada
carregamento a cada décimo de vão (L/10). Esses esforços serão obtidos pelo FTool.

Figura 1: Divisão da viga em seções a cada décimo de vão.

Carregamento de peso próprio (g1)


Carregamento de laje (g2)

Carregamento de parede (g3)

Carregamento de revestimento (g4)


Carregamento acidental (q)

Tabela resumo dos momentos fletores decorrentes de cada carregamento a cada


décimo de vão (em kN.m)
S1 (0,80 S2 (1,60 m) S3 (2,40 m) S4 (3,20 m) S5 (4,00 m)
Peso próprio 14,4 25,6 33,6 38,4 40,0
m)
Laje 21,6 38,4 50,4 57,6 60,0
Parede 12,1 21,5 28,2 32,3 33,6
Revestimento 10,9 19,5 25,5 29,2 30,4
Acidental 25,9 46,1 60,5 69,1 72,0

Com todas essas informações, pode-se passar para as etapas de cálculo, onde
serão feitos os dimensionamentos e as verificações referentes a esta viga.
Sabendo que no concreto protendido as verificações no Estado Limite de Serviço
(ELS) podem ser determinantes para o dimensionamento da armadura longitudinal, ou
seja, muitas vezes a armadura dimensionada no Estado Limite Último (ELU) não é
suficiente para que as condições mínimas de durabilidade, previstas na norma, sejam
atendidas, muitos engenheiros determinam a área de armadura ativa (Ap) partindo-se
das verificações no ELS e, depois, verificando se são suficientes para satisfazer o ELU.
Neste roteiro, no entanto, a área de armadura ativa será definida considerando
o ELU, ou seja, a viga trabalhando no estádio III (maiores informações sobre as hipóteses
de cálculo podem ser obtidas em Estruturas em Concreto Protendido: Cálculo e
Detalhamento, Carvalho, 2012).
2-) Dimensionamento da armadura longitudinal no ELU
O dimensionamento da armadura, a princípio, implica em adotar alguns
parâmetros de cálculo que não são possíveis de obter enquanto não se sabe a
quantidade e disposição das cordoalhas. Portanto, pode-se dizer que, nesse momento,
estamos efetuando um pré-dimensionamento da armadura.
Após definidos os dados definitivos, estes deverão ser confrontados com os
valores estimados para obtermos, assim, o correto dimensionamento.
Os parâmetros estimados são: a altura útil (d) e as perdas totais de protensão
(Δσpt=∞).
Em relação a altura útil, é necessário estimar a posição do centro de gravidade
da armadura. Vamos considerar que teremos apenas uma camada de armadura.
Para CAA II, a tabela 7.2 da NBR 6118:2014 diz que o cobrimento mínimo é de
3,5 cm.

Logo, um valor plausível para considerar o CG da armadura é de 5 cm. Portanto,


sabendo que a altura total da seção é de 80 cm, a altura útil será 75 cm.
Em relação as perdas de protensão, pode-se aceitar um valor de 20% como
sendo plausível.
Com esses parâmetros definidos, inicia-se o dimensionamento.

∑(𝑀𝑔1 + 𝑀𝑔2 + 𝑀𝑔3 + 𝑀𝑔4 + 𝑀𝑞 )

∑ (40,0 + 60,0 + 33,6 + 30,4 + 72,0) = 236,0 𝑘𝑁. 𝑚

A partir do momento máximo, determina-se o momento de cálculo Md,


considerando os majoradores de carga previstos pela NBR 8681:2003. Pode-se adotar,
por opção do engenheiro, majoradores de carga considerando as ações separadamente
ou em conjunto.
Neste exemplo, o majorador de esforços será definido optando pelo efeito
conjunto entre os carregamentos.
𝑀𝑑 = 1,4 ∗ 236,0 = 330,4 𝑘𝑁. 𝑚
A partir o momento de cálculo Md, inicia-se o cálculo para a determinação da
armadura de protensão (Ap), por meio do uso das fórmulas e coeficientes adimensionais.
𝑀𝑑 330,4
𝐾𝑀𝐷 = = = 0,08
𝑑2 ∗ 𝑏𝑤 ∗ 𝑓𝑐𝑑 2 40000
0,75 ∗ 0,25 ∗ 1,4

Sendo:
d: altura útil da seção;
Md: momento de cálculo;
fcd: resistência de projeto à compressão do concreto;
bw: largura da seção.

A partir do KMD, determina-se o valor de KX, KZ e εs, por uso da tabela.


Logo:
KMD = 0,08;
KX = 0,1238;
KZ = 0,9505;
εs (deformação da armadura provocado pelo carregamento) = 10‰.
Sabendo que:
𝑥
𝐾𝑋 = = 0,1238 < 0,45
𝑑
Portanto, garante-se o comportamento dúctil da viga no ELU (item 14.6.4.3 da
NBR6118:2014).
Verificada a posição da L.N., parte-se para a etapa de definir a deformação de
pré-alongamento da armadura de protensão. Sabe-se que, no ELU, a deformação da
armadura (εt) é composta pela deformação decorrente do carregamento (εs) somada à
deformação decorrente da protensão, chamada de pré-alongamento (εp). A deformação
provocada pelo carregamento (εs) foi definido acima. Resta saber qual a deformação de
pré-alongamento e, para isso, é necessário saber qual a tensão atuante na armadura
decorrente da atividade da protensão no tempo infinito, ou seja, a tensão inicial de
protensão descontadas suas perdas totais. As perdas foram estimadas em 20%, logo,
deve-se definir qual a tensão de protensão inicial.
Para evitar que ocorra ruptura, escoamento ou relaxação não linear da armadura
de protensão e que também não haja a possibilidade de danos na ancoragem por
esforço muito elevado, a norma estabelece valores máximos para evitar estes
problemas. Os valores limites por ocasião da operação de protensão:
 Armadura pré-tracionada

Por ocasião da aplicação da força Np, a tensão σpi da armadura de protensão na saída
do aparelho de tração deve respeitar os limites normativos:
Obs: quando não for fornecido o valor característico de escoamento do aço,
considerar fpyk = 0,9 fptk.
Em que:
fpyk: valor característico de escoamento do aço;
fptk: valor característico da resistência a tração do aço.

Para o aço CP190 RB e pré-tração:


0,77 ∗ 𝑓𝑝𝑡𝑘 0,77 ∗ 1900 1463 𝑀𝑃𝑎
𝜎𝑝𝑖 ≤ { ={ ={
0,85 ∗ 𝑓𝑝𝑦𝑘 0,85 ∗ 0,9 ∗ 1900 1453,5 𝑀𝑃𝑎
O menor dos valores será adotado, a fim de se evitar qualquer problema tais
quais os elencados anteriormente. Portanto:
σpi = 1453,5 MPa
Estimadas as perdas totais de protensão em 20%, define-se a tensão na
armadura no tempo infinito:
𝜎𝑝,𝑡=∞ = 𝜎𝑝𝑖 ∗ (1 − ∆𝑝,𝑡𝑜𝑡𝑎𝑖𝑠 ) = 1453,5 ∗ (1 − 0,20) = 1162,80 𝑀𝑃𝑎
Obtidas as tensões de protensão com as respectivas perdas de protensão,
determina-se o valor da deformação do aço para o tempo infinito, por meio da tabela
do Vasconcelos que relaciona os valores de tensão e deformação específica do aço de
protensão.

Como não há um valor exato de deformação específica para a tensão de 1162,80


MPa, é executada uma interpolação.
5,25 𝜀𝑝 6,794
= =
1025 1162,8 1314
Resolvendo:
6,794 − 5,25 𝜀𝑝 − 5,25
=
1314 − 1025 1162,8 − 1025
𝜀𝑝 = 5,986 ‰
Sabendo os valores de deformação decorrentes do carregamento (εs) e de pré-
alongamento (εp), sabe-se qual será a deformação da armadura quando esta estiver
trabalhando no ELU.
Assim sendo:
𝜀𝑡 = 𝜀𝑠 + 𝜀𝑝 = 5,986 + 10 = 15,986 ‰
A partir da deformação específica de 15,986 ‰, por meio da mesma tabela, é
possível determinar a tensão necessária para causar tal alongamento no aço.
15,00 15,986 17,50
= =
1507 𝜎𝑠𝑑 1517
17,50 − 15,00 15,986 − 15,00
=
1517 − 1507 𝜎𝑠𝑑 − 1507
𝜎𝑠𝑑 = 1511 𝑀𝑃𝑎
Portanto, essa é a tensão máxima na qual a armadura de protensão estará
submetida. Assim, é possível determinar a área de aço e, consequentemente, a
quantidade de cordoalhas.
𝑀𝑑 330,4
𝐴𝑝 = = = 3,1 𝑐𝑚²
𝑑 ∗ 𝐾𝑍 ∗ 𝜎𝑠𝑑 0,75 ∗ 0,9505 ∗ 151,1
Pensando em uma cordoalha de 12,7 mm (1/2”)  Área ≈ 1cm², adotam-se 4
cordoalhas (4φ12,7).
3-) Cálculo das perdas de protensão
Feito o pré-dimensionamento da armadura, devemos, agora, calcular as perdas
de protensão para confirmar se os valores estimados estão coerentes e se há
necessidade de recalcular a armadura ativa.
No caso da pré-tração, as perdas de protensão são as seguintes:
Perdas imediatas: Perda por deformação da ancoragem; perda pela relaxação do aço
até a efetivação da protensão; perda pela deformação imediata do concreto.
Perdas diferidas: Perda pela retração do concreto; perda pela fluência do concreto;
perda por relaxação do aço.
As perdas imediatas ocorrem em situações distintas. Portanto, deve-se
descontá-las da tensão inicial de protensão (σpi) quando da sua ocorrência.
Já as perdas diferidas, como ocorrem de forma concomitante, são calculadas
considerando a tensão de protensão descontadas as perdas imediatas (chamada de
tensão de protensão no tempo zero ou em vazio - σp,t=0).
Como calculado anteriormente, a tensão inicial de protensão (σpi) é de 1453,5
MPa.
3.1-) Perda por deformação da ancoragem
Essa perda ocorre por causa de uma leve acomodação da ancoragem no instante
após o estiramento da armadura. Quando a armadura é ancorada no anteparo rígido na
extremidade da pista, ocorre um pequeno encurtamento nas cordoalhas e,
consequentemente, gera uma perda de protensão. Essa perda ocorre de forma
uniforme ao longo das cordoalhas.
O valor da deformação da ancoragem é fornecida pela fabricante dos
componentes. Nesse exercício irá se considerar um valor de 6 mm. Sabendo que a pista
de protensão possui 100 m de comprimento:
∆𝑙 0,6 𝑐𝑚
𝜀= = = 0,00006
𝐿 10000 𝑐𝑚
Onde:
Δl: valor da acomodação da ancoragem fornecido pelo fabricante;
L: comprimento da pista de protensão;
ε: deformação relativa provocado pela encurtamento da cordoalha.
∆𝜎𝑑𝑒𝑓,𝑎𝑛𝑐 = 𝜀 ∗ 𝐸𝑝 = 0,00006 ∗ 200000 = 12 𝑀𝑃𝑎
Onde:
Δσdef,anc: perda de protensão por deformação da ancoragem;
ε: deformação relativa provocado pela encurtamento da cordoalha;
Ep: módulo de elasticidade do aço de protensão.

Logo:
𝜎𝑑𝑒𝑓,𝑎𝑛𝑐 = 𝜎𝑝𝑖 − ∆𝜎𝑑𝑒𝑓,𝑎𝑛𝑐 = 1453,5 − 12 = 1441,5 𝑀𝑃𝑎

3.2-) Perda por relaxação da armadura até a efetivação da protensão


A relaxação da armadura é um efeito que ocorre no aço quando solicitado sob
altas tensão. Quando este se encontra tracionado, há uma tendência natural de perder
tensão. Na pré-tração, esse efeito ocorre em dois momentos: 1-) quando a cordoalha
esta estirada na pista de protensão antes de sua solidarização com o concreto, e 2-) a
partir do momento em que a armadura passa a atuar junto ao concreto.
Nesse exemplo, consideramos que a armadura ficou estirada durante 1 dia antes
da liberação da protensão (situação em que a armadura passa a atuar na viga). Logo,
calcula-se a perda por relaxação decorrente nesse intervalo de tempo.
1441,5
𝑅= = 0,76
1900
Onde:
R: relação entre a tensão atuando na armadura e sua tensão de ruptura;

Sabendo qual essa relação, pode-se obter o valor do coeficiente Ψ1000 definido
pela tabela 8.4 da NBR 6118:2014:
Para cordoalhas do tipo RB, efetua-se uma interpolação entre os falores de 0,7
fptk e 0,8 fptk.
0,7 0,76 0,8
= =
2,5 𝛹1000 3,5
0,8 − 0,7 0,76 − 0,7
=
3,5 − 2,5 𝛹1000 − 2,5
𝛹1000 = 3,1
Para 1 dia de relaxação:
𝑡 − 𝑡0 0,15 1 − 0 0,15
𝛹(𝑡,𝑡0) = 𝛹1000 ∗ ( ) = 3,1 ∗ ( ) = 1,77 %
41,67 41,67
∆𝜎𝑟𝑒𝑙,𝑖𝑛𝑖 = 𝜎𝑑𝑒𝑓,𝑎𝑛𝑐 ∗ 𝛹(𝑡,𝑡0) = 1441,5 ∗ 0,0177 = 25,5 𝑀𝑃𝑎
Logo:
𝜎𝑟𝑒𝑙,𝑖𝑛𝑖 = 𝜎𝑑𝑒𝑓,𝑎𝑛𝑐 − ∆𝜎𝑟𝑒𝑙,𝑖𝑛𝑖 = 1441,5 − 25,5 = 1416 𝑀𝑃𝑎

3.3-) Perda por deformação imediata do concreto


No momento em que a protensão passa a atuar na viga, ocorre uma deformação
de encurtamento, provocado pela compressão do elemento. Como a armadura está
aderida ao concreto, esse encurtamento ocorre, também, na armadura.
A definição dessa perda é obtida pela seguinte equação:
𝑁𝑝 𝑁𝑝 ∗ 𝑒𝑝 2 𝑀𝑔1 ∗ 𝑒𝑝
𝛥𝜎𝑑𝑒𝑓,𝑐𝑜𝑛𝑐 = 𝛼𝑝,𝑖 ∗ ( + − )
𝐴 𝐼 𝐼
Onde:
αp,i: relação Ep / Ec na idade da efetivação da protensão (dado no enunciado do exercício);
Np: força de protensão;
ep: excentricidade entre a força de protensão e o centro de gravidade da seção de concreto;
Mg1: momento fletor do peso próprio da viga;
A: área da seção transversal da viga;
I: momento de inércia da seção transversal da viga.

Como se pode observar na equação, a perda por deformação do concreto ocorre


de forma variada, dependendo do momento fletor de peso próprio atuando na seção.
Como estamos analisando a seção do meio do vão, a perda de protensão será de:
Inicia-se pelo cálculo da força de protensão. No instante em que a protensão
passa a atuar na viga, sua tensão é de 1416 MPa, conforme encontrado após a perda
por relaxação inicial. Como estamos utilizando 4 cordoalhas de 12,7 mm (A p = 4 cm²).
𝑁𝑝 = 𝜎𝑟𝑒𝑙,𝑖𝑛𝑖 ∗ 𝐴𝑝 = 141,6 ∗ 4 = 566,4 𝑘𝑁
Obs.: A tensão σrel,ini estava, a princípio, em MPa. Seu valor foi dividido por 10
para alterar sua unidade para kN/cm².
E, quanto a excentricidade, sabendo que o centro de gravidade da armadura está
a 5 cm da borda inferior, sua distância até o centro de gravidade da peça é de 35 cm.

Finalmente:
566,4 566,4 ∗ 0,352 40 ∗ 0,35 𝑘𝑁
𝛥𝜎𝑑𝑒𝑓,𝑐𝑜𝑛𝑐 =7∗( + − ) = 56056,5 2 = 56,1 𝑀𝑃𝑎
0,2 0,0107 0,0107 𝑚
Logo:
𝜎𝑝,𝑡=0 = 𝜎𝑟𝑒𝑙,𝑖𝑛𝑖 − ∆𝜎𝑑𝑒𝑓,𝑐𝑜𝑛𝑐 = 1416 − 56,1 = 1359,9 𝑀𝑃𝑎
E assim define-se a tensão no tempo zero (ou em vazio) que será utilizada para
as verificações em vazio.

Agora, iniciam-se os cálculos das perdas diferidas de protensão. Essas perdas


ocorrem ao longo do tempo em função de diversos parâmetros: temperatura do
ambiente; umidade do ambiente; idade da protensão; características geométricas da
seção; esforços de protensão.
A tensão de referência para seus cálculos será a tensão no tempo zero,
previamente calculada (σp,t=0).
Para o cálculo da retração e da fluência, utiliza-se a tabela 8.2 da NBR 6118:2014,
como uma forma mais simplificada para o cálculo dessas perdas.

3.4-) Perda por retração


A retração é a variação volumétrica do concreto que tende a reduzir seu volume.
Dentre outras coisas, ocorre pela saída de água que não reagiu com o cimento. Alguns
parâmetros que interferem com este fenômeno são: temperatura ambiente; umidade
do ambiente; geometria da seção e a plasticidade do concreto.
Sendo um processo que interfere no concreto, sua perda é uniforme para todas
as seções. Aqui, seu cálculo será realizado por meio da tabela disponibilizada na
NBR6118:2014.
Para obter os dados da tabela, é necessário calcular a espessura fictícia da seção.
2 ∗ 𝐴𝑐 2 ∗ (0,2 ∗ 0,8)
= = 0,19 𝑚
𝑢 2 ∗ (0,2 + 0,8)
Onde:
Ac: área da seção transversal;
u: perímetro da seção em contato com o ar (aqui se considerou que todo o perímetro está em
contato com o ar).

Encontrado o valor de espessura fictícia, entra-se na tabela na coluna


correspondente a 75% de umidade média do ambiente e para uma idade de 5 dias da
inserção da protensão (dados do exercício). Aproximando o valor de espessura fictícia
de 0,19 m para 0,20 m, o valor da deformação específica (εcs(t,t0)) é de -0,36 ‰.
E, com esse valor, encontra-se a perda por retração.
∆𝜎𝑟𝑒𝑡𝑟𝑎çã𝑜 = 𝐸𝑝 ∗ 𝜀𝑐𝑠(𝑡,𝑡0) = 200000 ∗ 0,00036 = 72 𝑀𝑃𝑎

3.5-) Perda por fluência


De forma simplificada, a fluência ocorre como consequência de uma ação
introduzida em um determinado momento e que se mantém aplicada ao longo do
tempo, como é o caso da protensão atuando de forma contínua no concreto.
A fluência varia de seção para seção, e seu cálculo implica em definir o
coeficiente de fluência (𝜑(𝑡∞,𝑡0) ) na tabela 8.2 da NBR 6118:2014, de forma semelhante
que na retração.
2 ∗ 𝐴𝑐 2 ∗ (0,2 ∗ 0,8)
= = 0,19 𝑚
𝑢 2 ∗ (0,2 + 0,8)
Onde:
Ac: área da seção transversal;
u: perímetro da seção em contato com o ar (aqui se considerou que todo o perímetro está em
contato com o ar).
Encontrado o valor de espessura fictícia, entra-se na tabela na coluna
correspondente a 75% de umidade média do ambiente e para uma idade de 5 dias da
inserção da protensão (dados do exercício). Aproximando o valor de espessura fictícia
de 0,19 m para 0,20 m, o valor do coeficiente de fluência (𝜑(𝑡∞,𝑡0) ) é de 2,8.
Em seguida, é preciso definir qual a tensão no concreto na altura do centro de
gravidade da armadura considerando os carregamentos permanentes.
𝑁𝑝 𝑁𝑝 ∗ 𝑒𝑝 2 (∑ 𝑀𝑔 + 𝛹2 ∗ 𝑀𝑞 ) ∗ 𝑒𝑝
𝜎𝐶𝐺,𝑝 = + −
𝐴 𝐼 𝐼
Onde:
Np: força de protensão no tempo zero;
ep: excentricidade entre a força de protensão e o centro de gravidade da seção de concreto;
ΣMg: somatório dos momentos fletores decorrentes de ações permanentes;
Mq: momento fletor decorrente da ação acidental;
Ψ2: coeficiente de combinação de ações quase permanente (considerado para edifícios
comerciais – 0,4);
A: área da seção transversal da viga;
I: momento de inércia da seção transversal da viga
Inicia-se pelo cálculo da força de protensão. Considerando a tensão no tempo
zero (σp,t=0) de 1341,6 MPa e como estamos utilizando 4 cordoalhas de 12,7 mm (Ap = 4
cm²).
𝑁𝑝 = 𝜎𝑝,𝑡=0 ∗ 𝐴𝑝 = 135,99 ∗ 4 = 543,96 𝑘𝑁
Obs.: A tensão estava, a princípio, em MPa. Seu valor foi dividido por 10 para
alterar sua unidade para kN/cm².
E, quanto a excentricidade, esta não alterou, seu centro de gravidade está a 5 cm
da borda inferior, sua distância até o centro de gravidade da peça é, portanto, de 35 cm.
Logo:
543,96 543,96 ∗ 0,352 (40 + 60 + 33,6 + 30,4 + 0,4 ∗ 72) ∗ 0,35
𝜎𝐶𝐺,𝑝 = + −
0,2 0,0107 0,0107
𝑘𝑁
= 2640,8 = 2,64 𝑀𝑃𝑎
𝑚2
E, finalmente, a perda por fluência será de:
∆𝜎𝑓𝑙𝑢ê𝑛𝑐𝑖𝑎 = 𝛼𝑝,𝑖 ∗ 𝜎𝑐𝑔,𝑝 ∗ 𝜑(𝑡∞,𝑡0) = 5 ∗ 2,64 ∗ 2,8 = 37,0 𝑀𝑃𝑎
Onde:
αp,f: relação Ep / Ec na idade de 28 dias do concreto (dado no enunciado do exercício);

3.4-) Perda por relaxação total da armadura


Como já explicado, na pré-tração a relaxação é calculada em dois momentos: no
intervalo de dias entre o estiramento da armadura e a aplicação da protensão, e após
essa etapa, até que a perda por relaxação se estabilize (considerado um intervalo de
tempo “infinito”).
Agora será calculado essa segunda situação:
1359,9
𝑅= = 0,716
1900
Onde:
R: relação entre a tensão atuando na armadura e sua tensão de ruptura;

Sabendo qual essa relação, pode-se obter o valor do coeficiente Ψ1000 definido
pela tabela 8.4 da NBR 6118:2014:

Para cordoalhas do tipo RB, efetua-se uma interpolação entre os falores de 0,7
fptk e 0,8 fptk.
0,7 0,716 0,8
= =
2,5 𝛹1000 3,5
0,8 − 0,7 0,716 − 0,7
=
3,5 − 2,5 𝛹1000 − 2,5
𝛹1000 = 2,66
Para um intervalor de tempo “infinito” de relaxação:
𝛹(∞,𝑡0) = 2,5 ∗ 𝛹1000 = 2,5 ∗ 2,66 = 6,65 %
∆𝜎𝑟𝑒𝑙,𝑓𝑖𝑛 = 𝜎𝑝,𝑡=0 ∗ 𝛹(∞,𝑡0) = 1359,9 ∗ 0,0665 = 90,4 𝑀𝑃𝑎
Portanto, as perdas diferidas totais foram:
∆𝜎𝑑𝑖𝑓𝑒𝑟𝑖𝑑𝑎𝑠 = ∆𝜎𝑟𝑒𝑡𝑟𝑎çã𝑜 + ∆𝜎𝑓𝑙𝑢ê𝑛𝑐𝑖𝑎 + ∆𝜎𝑟𝑒𝑙,𝑓𝑖𝑛 = 72,0 + 37,0 + 90,4 = 199,4 𝑀𝑃𝑎
E a tensão de protensão no tempo infinito (σp,t=∞), utilizado para as verificações
em serviço e para o dimensionamento no ELU, será de:
𝜎𝑝,𝑡=∞ = 𝜎𝑝,𝑡=0 − ∆𝜎𝑑𝑖𝑓𝑒𝑟𝑖𝑑𝑎𝑠 = 1359,9 − 199,4 = 1160,5 𝑀𝑃𝑎
A perda total de protensão foi de:
𝜎𝑝,𝑡=∞ 1160,5
∆𝜎𝑝,𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = (1 − ) = (1 − ) = (1 − 0,80) = 0,20 𝑜𝑢 20%
𝜎𝑝𝑖 1453,5
As perdas de protensão foram iguais à estimada. Se o resultado fosse diferente,
o engenheiro poderia efetuar o dimensionamento da armadura ativa novamente para
ter certeza se a quantidade de cordoalhas adotadas é o suficiente para satisfazer a
seção. Se, nesse caso, o dimensionamento resultar em uma quantidade diferente de
cordoalhas (para mais ou para menos), torna-se necessário recalcular as perdas de
protensão com o novo arranjo de armadura.
4-) Verificação do ELU em vazio (verificação de tensão na seção)
Sabendo qual a armadura a ser utilizada e calculadas as perdas de protensão,
inicia-se a etapa de verificações de tensão da seção transversal, iniciando no tempo zero
(deve ser feito, também, no tempo infinito, mas isso é assunto para o módulo II do
curso).
Nessa verificação, considera-se a tensão de protensão no tempo zero (σp,t=0),
apenas o carregamento de peso próprio e a resistência fcj do concreto (na idade da
efetivação da protensão).
Para o estado limite em vazio deve-se atender:
− 1,2 × 𝑓𝑐𝑡𝑗
+ 0,7 × 𝑓𝑐𝑗
Obs: o sinal negativo indica tração e o positivo indica compressão.
fcj = resistência à compressão do concreto, em j dias;
fctj = resistência à tração do concreto, em j dias.
Sendo:
3 3
𝑓𝑐𝑡𝑗 = 0,3 × √𝑓𝑐𝑗 2 = 0,3 × √252 = 2,56 𝑀𝑃𝑎

Desse modo:
− 1,2 × 2,56 = −3,08 𝑀𝑃𝑎 = −3080 𝑘𝑁/𝑚²
+ 0,7 × 25 = +17,5 𝑀𝑃𝑎 = +17500 𝑘𝑁/𝑚²
Os valores limites encontrados acima, devem ser comparados com as tensões no
estado em vazio e satisfazer a seguinte condição:
−3080 𝑘𝑁/𝑚² ≤ 𝜎𝑠 𝑜𝑢 𝜎𝑖 ≤ 17500 𝑘𝑁/𝑚²
Sendo:
Na parte superior da viga:
𝑁𝑝 𝑁𝑝 ∗ 𝑒𝑝 𝑀𝑔1
𝜎𝑠 = + − +
𝐴 𝑊𝑠 𝑊𝑠
σp,t=0 = 1359,9 MPa (imediatamente após liberar a protensão, porém ainda na
pista de concretagem)
𝑁𝑝
𝜎𝑝,𝑡=0 =
𝐴𝑝
𝑁𝑝
135,99 =
4
𝑁𝑝 = 543,96 𝑘𝑁
543,96 543,96 ∗ 0,35 40
𝜎𝑠 = + − + = −2902 𝑘𝑁/𝑚²
0,2 0,02675 0,02675
> −3080 𝑘𝑁/𝑚2 (𝑂𝐾!)
Na parte inferior da viga:
𝑁𝑝 𝑁𝑝 ∗ 𝑒𝑝 𝑀𝑔1
𝜎𝑖 = + + −
𝐴 𝑊𝑖 𝑊𝑖
543,96 543,96 ∗ 0,35 40
𝜎𝑖 = + + −
0,2 0,02675 0,02675
𝑘𝑁
𝜎𝑖 = +8342 < 17500 𝑘𝑁/𝑚2 (𝑂𝐾!)
𝑚2
Portanto os limites de -3080 kN/m² e +17500 não são ultrapassados pelas
tensões no estado em vazio. Portanto, OK!!!
Apesar das tensões estarem dentro dos limites, como ocorreu tensão de tração
na borda superior, de acordo com a norma deve-se dimensionar uma armadura passiva,
no estádio II, para controle dessa tensão.
Portanto:

Por semelhança de triângulos, encontra-se a posição da linha neutra:


𝑥 80
= → 𝑥 = 20,6 𝑐𝑚
2902 2902 + 8342
Agora é possível calcular a força resultante decorrente da tensão de tração:
𝜎𝑡 ∗ 𝑥 ∗ 𝑏𝑤 2902 ∗ 0,206 ∗ 0,25
𝐹𝑡 = = = 74,7 𝑘𝑁
2 2
E, finalmente, sabendo que essa força de tração não pode provocar na
armadura passiva tensões superiores a 250 MPa (no caso de barras nervuradas),
calcula-se a área de As:
𝐹𝑡 74,7
𝐴𝑠 = = = 2,99 𝑐𝑚²
25 25
Totalizando 4φ10mm (As = 3,2 cm²).
Portanto, a verificação no meio do vão (S5) está verificada.
Resta, em seguida, verificar as outras seções. Costuma-se analisar seções a cada
décimo de vão. Tratando-se de uma viga simétrica e com carregamento simétrico, basta
verificar as seções S1 até a S5.

Obs.: Fazemos fazer uma simplificação nesse momento. Como um dos


parâmetros para calcular as perdas por deformação imediata do concreto e a perda
por fluência é o momento fletor atuante na seção, pode-se concluir que elas serão
diferentes para cada décimo de vão da viga. Portanto, o correto dimensionamento
deve ser feito considerando as perdas de protensão em cada seção. Neste exemplo,
no entanto, vamos considerar que as perdas em cada seção são as mesmas já
calculadas (meio do vão – ou seção S5).
Abaixo reproduzimos parte da tabela de momentos fletores decorrentes de cada
carregamento em cada seção (como vamos verificar em vazio, somente nos convém os
dados de peso próprio). Ela está presente no início do exercício quando estávamos
obtendo as características geométricas e de carregamento.
S1 (0,80 S2 (1,60 m) S3 (2,40 m) S4 (3,20 m) S5 (4,00 m)
Peso próprio 14,4 25,6 33,6 38,4 40,0
m)

Com ela, podemos calcular as tensões na borda superior e inferior, em vazio, em


suas respectivas seções. Seu cálculo é feito da mesma forma que já apresentado no
tópico sobre verificações em vazio.
A tabela abaixo apresenta esses resultados:
Borda S1 (0,80 S2 (1,60 m) S3 (2,40 m) S4 (3,20 m) S5 (4,00 m)
Superior -3859 -3440 -3141 -2962 -2902
m)
Inferior 9299 8880 8581 8402 8342

Lembrando que os limites de tensão são de -3080 kN/m² de tração e 17500


kN/m² de compressão. Portanto, as tensões nas bordas superiores nas seções S1, S2 e
S3 estariam excedendo esses limites (a protensão está gerando uma tensão de tração
muito elevada naquelas seções – local onde se costuma ter problemas de tração em
vigas pré-tracionadas devido ao baixo momento fletor do peso próprio).
Dentre as soluções cabíveis para este caso, sugere-se promover o isolamento de
cordoalhas até a seção S3.
O isolamento de cordoalhas é feito quando revestimos determinado trecho da
armadura (no caso, até a seção S3) com um material que impeça a aderência entre o
concreto e a armadura (esse material pode ser um simples tubo plástico e liso ou uma
fita isolante – cada fábrica tem sua própria solução). Dessa forma, naquela trecho a
armadura não transmite esforços ao concreto, reduzindo a força de protensão e,
consequentemente, as tensões nas bordas da viga.
Com uma planilha de cálculo, a verificação de quantas cordoalhas devem ser
isoladas fica simples, basta ir testando quantas cordoalhas são suficientes para satisfazer
o excesso de tensão e verificar os resultados.
Podemos, também, descobrir por meios matemáticos. Utilizando as mesmas
equações de equilíbrio de tensão, podemos fazer a seguinte manipulação algébrica:
𝑁𝑝 𝑁𝑝 ∗ 𝑒𝑝 𝑀𝑔1
𝜎𝑠 = + − +
𝐴 𝑊𝑠 𝑊𝑠
𝑁𝑝 𝑁𝑝 ∗ 𝑒𝑝 𝑀𝑔1
𝜎𝑖 = + + −
𝐴 𝑊𝑖 𝑊𝑖
𝑁𝑝 = 𝜎𝑝,𝑡=0 ∗ 𝐴𝑝 = 𝜎𝑝,𝑡=0 ∗ 𝑛 ∗ 𝐴𝑝,𝑢𝑛𝑖𝑡
Para cordoalhas de diâmetro de 12,7 mm, Ap,unit = 1,00 cm².
𝑁𝑝 = 135,99 ∗ 1,00 ∗ 𝑛 = 135,99 ∗ 𝑛
Onde:
Ap,unit: é a área de armadura ativa de cada cordoalha;
n: é o número de cordoalhas.

135,99 ∗ 𝑛 135,99 ∗ 𝑛 ∗ 0,35 𝑀𝑔1


𝜎𝑠 = − + ≥ −3080
0,2 0,02675 0,02675
135,99 ∗ 𝑛 135,99 ∗ 𝑛 ∗ 0,35 𝑀𝑔1
𝜎𝑖 = + − ≤ 17500
0,2 0,02675 0,02675
Montamos uma inequação de 1° grau cuja incógnita é o número de cordoalhas e
inserimos a informação do limite de tensão.
- Para a seção S1 (mais crítica):
135,99 ∗ 𝑛 135,99 ∗ 𝑛 ∗ 0,35 14,4
𝜎𝑠 = − + ≥ −3080
0,2 0,02675 0,02675
𝑛 ≤ 3,3 𝑐𝑜𝑟𝑑𝑜𝑎𝑙ℎ𝑎𝑠
Concluindo, é necessário utilizar menos que 3,3 cordoalhas para impedir que a
tensão de tração na borda superior exceda o limite permitido. Com 3 cordoalhas,
portanto, essa seção estaria verificada. No entanto, é importante fazer uma ressalva
nesse caso. É importante que o arranjo das cordoalhas mantenha certa simetria e, como
nossa viga está dimensionada com 4 cordoalhas, isolar apenas 1 pode tornar o arranjo
assimétrico. Portanto, nesse caso, recomenda-se que 2 cordoalhas sejam isoladas até a
seção S3, de forma a garantir que não surjam esforços não previstos decorrentes da
assimetria.
Obs.: No início desse roteiro, dissemos que há duas formas de dimensionar a
armadura ativa: 1-) partindo do dimensionamento no ELU e verificando as condições
em vazio e em serviço (situação que este roteiro adota), e 2-) partindo das verificações
de tensão e, em seguida, verificando no ELU. Essa segunda forma de definir a
quantidade de armadura ativa (Ap) nada mais é do que utilizar essas inequações de
equilíbrio de tensões e deixar como incógnita a quantidade de armadura. Assim, para
cada verificação, teríamos um intervalo de Ap que satisfaria a equação. Propomos um
exercício: resolva essa viga novamente, mas, ao invés de começar dimensionando a
armadura no ELU, comece pelas verificações em vazio.
Desconsiderando, então, a ação de 2 cordoalhas (por meio do isolamento), as
tensões nas bordas inferior e superior ficam da seguinte forma:
Borda S1 (0,80 S2 (1,60 m) S3 (2,40 m) S4 (3,20 m) S5 (4,00 m)
Superior -1660 -1242 -943 -2902 -2843
m)
Inferior 4380 3962 3662 8268 8209
Com todas as seções satisfeitas em relação às tensões!
Este módulo do curso encerra-se por aqui. Ainda é necessário verificar as
condições no Estado Limite de Serviço, assunto esse do módulo II.

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