Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Faculdade de Direito
Filosofia do Direito
Docente: Otávio Souza e Rocha Dias Maciel
Discente: Pedro Henrique Marinho Carvalho
Artigo Final da disciplina Filosofia do Direito
Resumo:
O Filósofo Franco argelino Jacques Derrida, postula que “se a justiça não
é necessariamente o direito ou a lei, ela só pode tornar-se justiça, por direito ou em
direito, quando detém a força, ou antes, quando recorre à força desde seu primeiro
instante, sua primeira palavra”. Deste modo, percebe-se que a força está na origem da
justiça, desde o princípio. Vale notar que desde o primeiro momento – o momento do
nascimento - a lei já possui a força que a faz ser lei. Assim, a justiça enquanto
exteriorizado mediante o direito positivado em nossas constituições, códigos e leis
extravagantes, só existe na medida em que se apropria da força desde o momento criador,
ou, o instante em que, se edificam o direito e a lei por meio da palavra inicial.
O instante fundador da lei, que é aquele que “rasga por uma decisão”, que
altera e promove uma ruptura com a continuidade da história, é um momento
naturalmente violento, é o momento em que uma antiga ordem preestabelecida será
quebrada para que surja outra, nova e igualmente violente. Nessa direção, percebe-se que
existe uma violência fundadora no instante em que um novo direito se apresenta e finca
suas raízes no “fazer a lei”, e essa violência é “performativa” e “interpretativa”, o que
remete á ideia de que desde a primeira palavra, o primeiro instante, a lei se faz impor por
uma força violenta que lhe garante sua aplicação à esfera pública, bem como, á esfera
privada dos cidadãos. É importante destacar que em seu momento fundador, ou seja,
naquele em que a lei está sendo construída, haverá apenas a força e a lei nasce a partir da
força que é violenta.
O que é o justo?
De acordo com essa linha de raciocínio, não existiria justiça nem injustiça;
o momento fundador, este que é a ruptura do contínuo e circular movimento da história,
irá sempre e inevitavelmente depender dessa força violenta que é performativa e geradora
de um novo direito. Essa ideia de que no momento fundador da lei, e consequentemente
do direito, não há justiça nem injustiça, mas apenas a força, relembra o pensamento de
Pascal que, conforme vimos anteriormente, afirma que o justo é e sempre foi – e sempre
será ? - aquilo ou aquele que detém a força, “é justo que o que é mais forte seja seguido”.
Assim, o “justo” direito, se apresenta como aquele que possui força para
“fazer-se lei”. Ainda quanto à questão da violência fundadora das leis, Derrida irá
escrever que:
Esse momento criador do direito é uma instância de não-direito. Derrida postula esse
evento peculiar e transformador, que pode ser observado inúmeras vezes ao longo da
história de todas as nações civilizadas, é: