Sei sulla pagina 1di 13

See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.

net/publication/276265549

Evaluation of the influence of neoprene in determining the compressive


strength of the concrete.

Conference Paper · October 2013

CITATIONS READS

0 40

5 authors, including:

Bruno Do Vale Silva Josué Argenta Chies


FAI - Faculdades Adamantinenses Integradas Faculdade da Serra Gaúcha
36 PUBLICATIONS   60 CITATIONS    31 PUBLICATIONS   10 CITATIONS   

SEE PROFILE SEE PROFILE

Fabio Costa Magalhães Lucas Serrano Girotto


Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande… Universidade Federal do Rio Grande do Sul
9 PUBLICATIONS   8 CITATIONS    13 PUBLICATIONS   2 CITATIONS   

SEE PROFILE SEE PROFILE

Some of the authors of this publication are also working on these related projects:

Confiabilidade de Estruturas de Concreto View project

Desempenho de Edificações View project

All content following this page was uploaded by Bruno Do Vale Silva on 30 August 2015.

The user has requested enhancement of the downloaded file.


Avaliação do uso do neoprene em ensaios de compressão do concreto.

Evaluation of the use neoprene in compression testing of concrete.


Josué Argenta Chies (1); Bruno da Vale Silva (2); Fábio Costa Magalhães (2);
Lucas Serrano Girotto (2); Luiz Carlos Pinto da Silva Filho (3)

(1) Mestrando em Engenharia Civil, PPGEC/UFRG/LEME


(2) Doutorando em Engenharia Civil, PPGEC/UFRGS/LEME
(3) Professor Doutor, PPGEC/UFRGS/LEME

LEME - Laboratório de Ensaios e Modelos Estruturais (http://www.ufrgs.br/leme)


Av. Bento Gonçalves, 9500, Setor 4, Prédio nº 43436 - Bairro Agronomia - Porto Alegre - RS - Brasil

Resumo
Embora não seja uma metodologia de ensaio normatizada no Brasil, o uso de compostos poliméricos, tais
como o neoprene, para o nivelamento dos topos de corpos de prova de concreto, vem sendo cada vez mais
difundida nos laboratórios de controle tecnológico do país. Seu baixo custo de operação, somado à
simplicidade de execução do ensaio, têm tornado esta alternativa um dos métodos mais atrativos. Neste
contexto, uma das grandes questões quanto à utilização de tal procedimento refere-se às possíveis
influências que o mesmo possa exercer no resultado da resistência à compressão do concreto analisado.
Este trabalho é parte integrante de um projeto de investigação das situações que levam a não
conformidades no atendimento aos requisitos do concreto especificados em projeto e apresenta uma
avaliação do potencial de utilização do neoprene na determinação da resistência à compressão quando
submetido a uma frequência elevada de ensaios. Devido à ausência de uma normatização nacional
estabelecendo procedimentos e parâmetros dos materiais, utilizou-se para avaliação a ASTM C1231/12. Foi
analisado um concreto de classe C40 submetido a 120 repetições, podendo-se verificar a viabilidade da
utilização de tal procedimento de ensaio, desde que obedecidas às exigências mínimas recomendadas pela
norma citada.
Palavra-Chave: neoprene, resistência à compressão, controle tecnológico

Abstract
Although not a standardized test methodology in Brazil, the use of polymeric compounds such as neoprene,
for leveling the tops of concrete specimens, is becoming more widespread in the laboratories of
technological control of the country. Its low operating cost, combined with the simplicity of implementation of
the test, this alternative has become one of the most attractive. In this context, one of the major issues
regarding the use of such a procedure refers to the possible influence that the same result can exert the
compressive strength of the concrete analyzed. This paper is part of a research project of the situations that
lead to non-compliance in meeting the requirements specified in the concrete project and presents an
evaluation of the potential use of neoprene on the determination of the compressive strength when subjected
to a high frequency of tests . Due to the absence of a national standardization established procedures and
parameters of the material was used for evaluation ASTM C1231/12. We analyzed a concrete class C40
subjected to 120 repetitions, being able to verify the feasibility of the use of this test procedure, provided they
obey the minimum requirements recommended by the standard cited.
Keywords: neorprene, compressive strength, tecnological control

ANAIS DO 55º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2013 – 55CBC 1


1 Introdução
Em obras executadas com concreto armado, um dos ensaios mais conhecidos e
aplicados no controle de qualidade é o ensaio de compressão axial em corpos de prova
cilíndricos de concreto. Por meio desse ensaio é possível obter a resistência à
compressão do concreto, parâmetro de fundamental importância para o controle de
qualidade de uma obra. Entretanto existem diversas variáveis que influem nos resultados
desse ensaio, cujas prescrições são definidas pelas normas NBR 5738/2003 e NBR
5739/2007. Algumas das variáveis que podem afetar os resultados dos ensaios de
compressão de corpos de prova cilíndricos de concreto:
Execução do ensaio;
Controle do ambiente de ensaio;
Características físicas dos corpos de prova como dimensão, geometria e
regularização dos topos dos corpos de prova (superior e inferior);
Adensamento do material;
Tipos de formas utilizadas;
Processos de cura;
Equipamento de ensaio;
Velocidade de aplicação de carga.
Dentro dos procedimentos de regularização dos topos dos corpos de prova (preparação
das bases) existem diferentes métodos que podem ser aplicados. O resultado final do
método escolhido deve proporcionar que os topos fiquem planos, paralelos e lisos, de
modo que o carregamento seja uniformemente distribuído durante o ensaio. Pequenas
irregularidades na superfície provocam excentricidade pelo carregamento não uniforme,
restringindo a resistência do material. A NBR 5738/2003 recomenda que as superfícies
dos corpos de prova sejam previamente preparadas através dos métodos de remate com
pasta de cimento, capeamento dos topos ou de retificação por meios mecânicos. Como
parâmetro de verificação a norma prevê que o tratamento utilizado não deve reproduzir
desvios de planicidade superiores à 0,05 mm e desvio entre as faces paralelas e o eixo
longitudinal superiores a 0,5º.
As normas internacionais que regulamentam o ensaio de resistência à compressão do
concreto, por vezes diferem da normalização brasileira em termos de valores limitadores,
tipo de material e equipamentos utilizados. Em relação ao tratamento superficial realizado
sobre os topos dos corpos de prova, a ASTM C 617/2010 e ASTM C 1231/2012, além do
capeamento colado usando pasta de cimento, argamassa de enxofre ou gesso de alta
resistência, regulamenta o uso de capeamento não colado, por meio de almofadas de
neoprene. Da mesma forma, a EN 12390-2/2009 estabelece o uso de argamassa de
cimento, argamassa de enxofre, retificação mecânica e capeamento não colado por meio
do método da caixa de areia. Para os casos em que os corpos de prova apresentarem
superfície muito irregular e os capeamentos tradicionais não puderem ser realizados, a
NM 77/1996 prevê a utilização de corte com disco diamantado. A Tabela 1 apresenta um
resumo dos tipos de regularização de topos de corpos de prova submetidos à
compressão.

ANAIS DO 55º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2013 – 55CBC 2


Tabela 1 – Sistemas de regularização para topos de corpos de prova submetidos à compressão (BEZERRA, 2007).
Sistema de regularização Característica Exemplo
Utilização de material com aderência • Mistura de enxofre;
Capeamento aderente química ou física formando camada • Pasta ou argamassa de
regularizadora. cimento.
Utilização de material não aderente • Elastômeros (Policloroprene
Capeamento não aderente ao corpo de prova o qual pode estar ou Neopreme);
confinado ou não. • Areia confinada.
Remove-se uma fina camada de
Desgaste mecânico ambos os lados do corpo de prova • Sistema de retífica.
pelo processo mecânico de desgaste.

Apesar de não regulamentado pela normalização brasileira, o tipo de capeamento não


colocado, por meio de almofadas confinadas de neoprene, vem sendo utilizado, cada vez
mais, nos laboratórios de controle tecnológico do concreto, devido principalmente a
rapidez proporcionada por este método quando comparado aos outros procedimentos de
regularização de topos de corpos de prova. A norma brasileria faz alusão à realização de
outros tipos de métodos para regularização de topos: “Outros processos podem ser
adotados desde que estes sejam submetidos à avaliação prévia por comparação
estatística, com resultados obtidos de corpos de prova capeados por porcesso tradicional,
e os resultados obtidos apresentem-se compatíveis.”
O policloroprene, que é conhecido comercialmente como neoprene, é um tipo de
capeamento elastomérico não aderido em forma de disco, fabricado com diferentes
durezas Shore A, que pode ser utilizado confinado em base metálica ou não. A forma em
que se obtêm os melhores resultados de resistência à compressão é confinando esse
material, visto que, não confinada, a almofada de neoprene deforma-se radialmente,
gerando forças de tração na base dos corpos-de-prova. Para diminuir esse efeito, se
recomenda confinar a almofada de neoprene através de uma base metálica, resultados
experimentais obtidos por Marco et al. (2003) e Pereira (2008) comprovam este fato.
Segundo Bezerra (2007) os discos de neoprene deformam-se no carregamento inicial
para conformarem-se às extremidades do corpo de prova e são contidos da propagação
excessiva da lateral por placas e anéis de metal que garantem uma distribuição uniforme
da carga aplicada pelo equipamento de ensaio. Além disso, o mesmo autor cita que os
corpos de prova ensaiados com almofadas de neoprene apresentam ruptura mais brusca
que os capeamentos colados, devido ao fato dos capeamentos elastoméricos absorverem
mais energia de deformação. Segundo Trejo et al. (2003) e Barbosa et al. (2010), cilindros
capeados com enxofre produzem os melhores valores de resistência comparativamente
às almofadas de neoprene, entretanto os outros métodos testados pelos autores
produzem resultados satisfatórios.
O Grupo de pesquisa LEME vem estudando nos últimos anos as variáveis envolvidas no
processo de controle tecnológico do concreto, o trabalho desenvolvido por Jerônimo et al.
(2011) mostrou que o neoprene apresenta resultados similares aos da retificação e o
trabalho de Chies (2011) apontou que o neorpene possui uso restrito para concretos de
alta resistência.

ANAIS DO 55º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2013 – 55CBC 3


A ASTM C1231/12 abrange os requisitos para sistema de nivelamento usando almofadas
não aderentes para testar corpos de prova cilíndricos de concreto. Dentre as observações
feitas, destaca-se a Tabela 2, a qual correlaciona a resistência a compressão dos corpos
de prova e características intrínsecas ao neoprene como dureza, teste de qualificação e
número máximo de reuso.

Tabela 2 – Recomendações da ASTM C1231/12 para o uso do Neoprene.


Resistência à Teste de Número
Dureza
compressão qualificação máximo
SHORE A
(MPa) do Neoprene para reuso
10 a 40 50 Não 100
17 a 50 60 Não 100
28 a 50 70 Não 100
50 a 80 70 Necessário 50
Acima de 80 ----------- Não Permitido -----------

O envoltório metálico que confinada o neoprene é parâmetro fundamental para o ensaio,


deste modo a ASTM C1231/12 recomenda que o envoltório tenha diâmetro interno entre
102% a 107% do diâmetro do corpo de prova cilíndrico ensaiado e a base do envoltório
seja no mínimo de 8 mm para corpos de prova Ø10x20cm e 12 mm para Ø15x30cm. A
altura do envoltório deve ser de 25±3mm e a sua espessura deve ser no mínimo de 9 mm
para corpos de prova Ø10x20cm e 12 mm para corpos de prova Ø15x30cm. A superfície
de contato do envoltório deve possuir desvios de planicidade menores que 0,05 mm.

2 Programa Experimental
O programa experimental consistiu em verificar a influência exercida pelo uso do
neoprene confinado nos ensaios de compressão do concreto, deste modo foram
analisados os resultados do rompimento de 120 corpos de prova cilíndricos (Ø10x20cm)
para uma mesma amassada de concreto, rompidos sequencialmente na mesma data (28
dias de idade). Foi elaborado um traço de concreto de classe C40, utilizando cimento CP-
V ARI e os agregados oriundos da região metropolitana de Porto Alegre – RS. A dosagem
utilizada para uma betonada de concreto está apresentada na Tabela 3. Os testemunhos
foram preenchidos, adensados e acabados pelos mesmos operadores, numa rotina
sequencial, objetivando reduzir ao máximo a variabilidade decorrente do processo de
moldagem. O processo de moldagem obedeceu às recomendações da NBR 5738 (2008).
Tabela 3 – Dosagem do concreto utilizado na análise.
Cimento CP-V Areia média Brita 01
Água Relação Abatimento
Material marca Nacional natural (basáltica)
[l] água/cimento [mm]
[kg] [kg] [kg]
Consumo
80 190 265 42,5 0,53 150
na dosagem

A almofada de neoprene com diâmetro igual a 105 mm, espessura de 15 mm e dureza de


70 ShoreA foi confinada dentro de um envoltório metálico, essa foi mantida constante e na
mesma posição (superior/inferior) para todos os rompimentos (Figura 1). Como forma de
controle foram rompidos 9 corpos de provas utilizando a retificação para a regularização.
ANAIS DO 55º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2013 – 55CBC 4
Foram realizadas análises visuais dos modos de ruptura, a fim de verificar o
comportamento do uso de neoprene confinado. A velocidade de carregamento foi mantida
constante em 0,45 MPa/s para todos os corpos de prova.

Figura 1: Envoltório metálico para o confinamento do neoprene.

3 Resultados
A Tabela 4 e 5 apresentam as resistências à compressão obtidas nos ensaios de cada um
dos 120 corpos de prova ensaiados com uso de neoprene e dos 9 corpos de prova com
utilização de retificação.

Tabela 4 – Resultados de resistência à compressão na sequência de ruptura (Neoprene).


Nº CP fc (MPa) Nº CP fc (MPa) Nº CP fc (MPa) Nº CP fc (MPa) Nº CP fc (MPa) Nº CP fc (MPa)
1º 44,7 21º 42,8 41º 41,8 61º 44,9 81º 46,4 101º 44,3
2º 42,5 22º 43,4 42º 42,5 62º 44,7 82º 39,7 102º 47,7
3º 47,2 23º 45,2 43º 45,0 63º 44,7 83º 40,1 103º 45,1
4º 44,9 24º 44,0 44º 41,1 64º 45,8 84º 45,1 104º 44,0
5º 45,6 25º 44,3 45º 43,9 65º 44,3 85º 46,3 105º 44,9
6º 46,0 26º 43,0 46º 44,7 66º 43,2 86º 43,2 106º 44,6
7º 44,3 27º 42,9 47º 43,0 67º 43,9 87º 41,8 107º 44,2
8º 45,0 28º 42,4 48º 39,9 68º 45,4 88º 46,6 108º 45,7
9º 41,3 29º 44,6 49º 43,9 69º 43,1 89º 45,4 109º 45,6
10º 41,6 30º 43,1 50º 44,2 70º 45,4 90º 45,0 110º 42,8
11º 44,5 31º 42,1 51º 40,9 71º 44,4 91º 45,5 111º 48,8
12º 44,6 32º 41,9 52º 41,0 72º 43,8 92º 45,4 112º 42,8
13º 43,3 33º 43,5 53º 42,0 73º 44,2 93º 39,5 113º 43,3
14º 42,7 34º 42,6 54º 44,4 74º 47,1 94º 42,5 114º 47,8
15º 41,7 35º 43,3 55º 43,2 75º 43,8 95º 42,4 115º 41,3
16º 43,2 36º 42,6 56º 45,0 76º 46,2 96º 43,7 116º 42,5
17º 41,6 37º 43,3 57º 43,5 77º 44,8 97º 41,9 117º 44,1
18º 41,2 38º 43,5 58º 45,8 78º 44,6 98º 41,5 118º 43,2
19º 46,6 39º 41,3 59º 41,0 79º 46,4 99º 42,6 119º 42,4
20º 41,9 40º 41,8 60º 47,0 80º 41,7 100º 41,1 120º 44,0

ANAIS DO 55º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2013 – 55CBC 5


Tabela 5 – Resultados de resistência à compressão na sequência de ruptura (Retificação).
Nº CP fc (MPa) Nº CP fc (MPa) Nº CP fc (MPa)
1º 43,6 4º 41,3 7º 41,4
2º 45,7 5º 42,9 8º 44,1
3º 42,7 6º 45,0 9º 42,2

A Figura 2 ilustra os resultados obtidos sequencialmente dos 120 corpos de prova


ensaiados com uso de neoprene e dos 9 corpos de prova ensaiados com utilização de
retifica. Nota-se que não houve tendência de queda da resistência a compressão.

50

48
Resistência à compressão (MPa)

46

44

42

40

Neop rene
Retifi ca
38
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
Num eração da s equênci a de ruptura dos cps

Figura 4 – Resultados de resistência à compressão na sequência de ruptura.

A Tabela 6 mostra os resultados obtidos com a utilização do neoprene e de retifica,


juntamente com as características dos ensaios. A Figura 5 mostra a distribuição normal
dos resultados com utilização do neoprene, como intuito de mostrar a dispersão dos
resultados.

Tabela 4 – Características dos corpos de prova.


Características Neoprene Retifica
Número de CPs rompidos 120 9
Resistência à compressão média (MPa) 43,7 43,2
Desvio Padrão (MPa) 1,8 1,5
Coeficiente de Variação (%) 4,1% 3,5%
Máxima resistência à compressão (MPa) 48,8 45,7
Mínima resistência à compressão (MPa) 39,5 41,3

ANAIS DO 55º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2013 – 55CBC 6


fc (MPa) = 120*1*norm al(x;43,72;1,83)
28
26

24

22

20
Número de ob servaçõ es

18

16

14

12

10

0
38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
fc (MPa)

Figura 5 – Distribuição normal dos resultados de resistência à compressão (neoprene).

A Figura 6 ilustra os tipos de ruptura de cada corpo de prova testado com utilização da
retífica. A Figura 7 (a) a (x) ilustram os tipos de ruptura de cada corpo de prova testado
com utilização do neoprene.

Figura 6 – Corpos de prova retificados após ruptura.

ANAIS DO 55º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2013 – 55CBC 7


(a) (b)

(c) (d)

(e) (f)

(g) (h)

(i) (j)

(k) (l)

ANAIS DO 55º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2013 – 55CBC 8


(m) (n)

(o) (p)

(q) (r)

(s) (t)

(u) (v)

(w) (x)

Figura 7 – Corpos de prova após ruptura com a utilização do neoprene.

ANAIS DO 55º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2013 – 55CBC 9


A Tabela 3 ilustra os tipos de ruptura indicados pela NBR 5739/2007. A Figura 8 mostra
um quantitativo dos tipos de ruptura. Os resultados mostram que 45,8% dos corpos de
prova apresentam ruptura tipo F. Entretanto, vale salientar que todas as rupturas com a
utilização de retificação não apresentaram ruptura tipo F.

Tabela 3 – Tipo de ruptura de corpos de prova (NBR 5739/2007).


Formas de Ruptura Classificação

Tipo A – Cônica e cônica afastada 25mm do capeamento.

Tipo B – Cônica e bipartida e Cônica com mais de uma partição.

Tipo C – Colunar com formação de cones.

Tipo D – Cônica e cisalhada

Tipo E - Cisalhada.

Tipo F – Fraturas no topo e/ou na base abaixo do capeamento.

Tipo G – Similar ao Tipo F com fraturas próximas ao topo.

ANAIS DO 55º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2013 – 55CBC 10


60
55
55
50
45
40
Número de cps

35
30
25
20 23
20
15
10 13

5 7
1 1
0
Tipo A Tipo B Tipo C Tipo D Tipo E Tipo F Tipo G
Tipo de Ruptura

Figura 8 – Quantitativo de tipos de ruptura.

4 Conclusões
Os resultados mostram que a regularização realizada com neoprene confinado é eficaz
para determinação da resistência à compressão do concreto em até 120 repetições (limite
que foi testado) para concretos de classe C40. Fato que confirma as recomendações da
ASTM C1231/12, que estabelece um limite de 100 repetições para classes de concretos
entre 28 e 50 MPa.
Os valores obtidos de resistência à compressão com utilização do neoprene não
apresentaram diferenças significativas dos resultados obtidos com a utilização da retifica.
No entanto o tipo de ruptura apresentado com uso de neoprene foi na maioria do tipo F
(45,8%) e com a utilização da retifica não houve este tipo de ruptura. Fato que não
desqualifica a utilização do neoprene confinado, pois como mostra os resultados a
resistência à compressão não diminuiu devido a esse tipo de ruptura.

5 Referências

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS. ASTM C 1231/C 1231M:


Standard practice for use of unbonded caps in determination of compressive strength of
hardened concrete cylinders. ASTM Committee C09 on Concrete and concrete
Aggregates, 2012.

ANAIS DO 55º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2013 – 55CBC 11


AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS. ASTM C 617: standard practice
for capping cylindrical concrete specimens. ASTM Committee C09 on Concrete and
concrete Aggregates, 2010.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5738: Concreto –
Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova. Rio de Janeiro, 2008.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5739: Concreto – Ensaio de
compressão de corpos de prova cilíndricos. Rio de Janeiro, 2007.
ASSOCIAÇÃO MERCOSUL DE NORMALIZAÇÃO. NM 77: concreto - preparação das
bases dos corpos-de-prova e testemunhos cilíndricos para ensaio de compressão. CSM
05 – Comitê Setorial de Cimento e Concreto, 1996.
BARBOSA, F. R. ; MOTA, J. M. F. ; SILVA, A. J. C. E. ; OLIVEIRA, R. A. . Influência do
capeamento de corpos-de-prova cilíndricos na resistência à compressão do
concreto. Concreto & Construção, v. 38, p. 82-87, 2010.
BEZERRA, A. C. S. Influência das Variáveis de Ensaio nos Resultados de
Resistência à Compressão de Concretos: uma análise experimental e
computacional. Dissertação. UFMG. Belo Horizonte. 2007.
CHIES, J. A. Corpos de prova submetidos à compressão: influencia do tipo de
preparação das faces para diferentes níveis de resistência do concreto. Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS. Trabalho de Diplomação (Graduação em
Engenharia Civil). Porto Alegre, 2011.
JERÔNIMO, V. L.; SOUZA, L. A. A.; VALE SILVA, B.; MARQUES, G. G.; SILVA FILHO, L.
C. P. Análise da influência da regularização dos topos de corpos de prova
cilíndricos sobre a resistência à compressão do concreto. 53º Congresso Brasileiro
do Concreto, IBRACON, Florianópolis/SC, 2011.
MARCO, F. F.; REGINATTO, G. M. e JACOSKI, C. A. - Estudo comparativo entre
capeamento de neoprene, enxofre e pasta de cimento para corpos-de-prova
cilíndricos de concreto. 45° Congresso Brasileiro do Concreto, IBRACON, Vitória/ES,
2003.
EUROPEAN COMMITTEE STANDARDIZATION. EN 12390-2: Testing hardened concrete
- Part 2: making and curing specimens for strength tests. 2009.
PEREIRA, M. S. Controle da resistência do concreto: paradigmas e variabilidades -
estudo de caso. 2008. 229 p. Dissertação (Mestrado em Estruturas e construção Civil) -
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, Universidade de Brasília, Brasília, 2008.
TREJO, M. D.; FOLLIARD, K.; DU, L. Alternative Cap Materials for Evaluating the
Compressive Strength of Controlled Low-Strength Materials. Journal of Materials in Civil
Engineering, v. 15, n. 5, p. 484-490, 2003.

ANAIS DO 55º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2013 – 55CBC 12

View publication stats

Potrebbero piacerti anche