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All content following this page was uploaded by Bruno Do Vale Silva on 30 August 2015.
Resumo
Embora não seja uma metodologia de ensaio normatizada no Brasil, o uso de compostos poliméricos, tais
como o neoprene, para o nivelamento dos topos de corpos de prova de concreto, vem sendo cada vez mais
difundida nos laboratórios de controle tecnológico do país. Seu baixo custo de operação, somado à
simplicidade de execução do ensaio, têm tornado esta alternativa um dos métodos mais atrativos. Neste
contexto, uma das grandes questões quanto à utilização de tal procedimento refere-se às possíveis
influências que o mesmo possa exercer no resultado da resistência à compressão do concreto analisado.
Este trabalho é parte integrante de um projeto de investigação das situações que levam a não
conformidades no atendimento aos requisitos do concreto especificados em projeto e apresenta uma
avaliação do potencial de utilização do neoprene na determinação da resistência à compressão quando
submetido a uma frequência elevada de ensaios. Devido à ausência de uma normatização nacional
estabelecendo procedimentos e parâmetros dos materiais, utilizou-se para avaliação a ASTM C1231/12. Foi
analisado um concreto de classe C40 submetido a 120 repetições, podendo-se verificar a viabilidade da
utilização de tal procedimento de ensaio, desde que obedecidas às exigências mínimas recomendadas pela
norma citada.
Palavra-Chave: neoprene, resistência à compressão, controle tecnológico
Abstract
Although not a standardized test methodology in Brazil, the use of polymeric compounds such as neoprene,
for leveling the tops of concrete specimens, is becoming more widespread in the laboratories of
technological control of the country. Its low operating cost, combined with the simplicity of implementation of
the test, this alternative has become one of the most attractive. In this context, one of the major issues
regarding the use of such a procedure refers to the possible influence that the same result can exert the
compressive strength of the concrete analyzed. This paper is part of a research project of the situations that
lead to non-compliance in meeting the requirements specified in the concrete project and presents an
evaluation of the potential use of neoprene on the determination of the compressive strength when subjected
to a high frequency of tests . Due to the absence of a national standardization established procedures and
parameters of the material was used for evaluation ASTM C1231/12. We analyzed a concrete class C40
subjected to 120 repetitions, being able to verify the feasibility of the use of this test procedure, provided they
obey the minimum requirements recommended by the standard cited.
Keywords: neorprene, compressive strength, tecnological control
2 Programa Experimental
O programa experimental consistiu em verificar a influência exercida pelo uso do
neoprene confinado nos ensaios de compressão do concreto, deste modo foram
analisados os resultados do rompimento de 120 corpos de prova cilíndricos (Ø10x20cm)
para uma mesma amassada de concreto, rompidos sequencialmente na mesma data (28
dias de idade). Foi elaborado um traço de concreto de classe C40, utilizando cimento CP-
V ARI e os agregados oriundos da região metropolitana de Porto Alegre – RS. A dosagem
utilizada para uma betonada de concreto está apresentada na Tabela 3. Os testemunhos
foram preenchidos, adensados e acabados pelos mesmos operadores, numa rotina
sequencial, objetivando reduzir ao máximo a variabilidade decorrente do processo de
moldagem. O processo de moldagem obedeceu às recomendações da NBR 5738 (2008).
Tabela 3 – Dosagem do concreto utilizado na análise.
Cimento CP-V Areia média Brita 01
Água Relação Abatimento
Material marca Nacional natural (basáltica)
[l] água/cimento [mm]
[kg] [kg] [kg]
Consumo
80 190 265 42,5 0,53 150
na dosagem
3 Resultados
A Tabela 4 e 5 apresentam as resistências à compressão obtidas nos ensaios de cada um
dos 120 corpos de prova ensaiados com uso de neoprene e dos 9 corpos de prova com
utilização de retificação.
50
48
Resistência à compressão (MPa)
46
44
42
40
Neop rene
Retifi ca
38
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120
Num eração da s equênci a de ruptura dos cps
24
22
20
Número de ob servaçõ es
18
16
14
12
10
0
38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
fc (MPa)
A Figura 6 ilustra os tipos de ruptura de cada corpo de prova testado com utilização da
retífica. A Figura 7 (a) a (x) ilustram os tipos de ruptura de cada corpo de prova testado
com utilização do neoprene.
(c) (d)
(e) (f)
(g) (h)
(i) (j)
(k) (l)
(o) (p)
(q) (r)
(s) (t)
(u) (v)
(w) (x)
Tipo E - Cisalhada.
35
30
25
20 23
20
15
10 13
5 7
1 1
0
Tipo A Tipo B Tipo C Tipo D Tipo E Tipo F Tipo G
Tipo de Ruptura
4 Conclusões
Os resultados mostram que a regularização realizada com neoprene confinado é eficaz
para determinação da resistência à compressão do concreto em até 120 repetições (limite
que foi testado) para concretos de classe C40. Fato que confirma as recomendações da
ASTM C1231/12, que estabelece um limite de 100 repetições para classes de concretos
entre 28 e 50 MPa.
Os valores obtidos de resistência à compressão com utilização do neoprene não
apresentaram diferenças significativas dos resultados obtidos com a utilização da retifica.
No entanto o tipo de ruptura apresentado com uso de neoprene foi na maioria do tipo F
(45,8%) e com a utilização da retifica não houve este tipo de ruptura. Fato que não
desqualifica a utilização do neoprene confinado, pois como mostra os resultados a
resistência à compressão não diminuiu devido a esse tipo de ruptura.
5 Referências