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Texto 3

Disponível em: http://www.recicloteca.org.br/ciclo-de-vida-2/glossario-obsolescencia-programada

Considere as informações acima para desenvolver um texto dissertativo a respeito do seguinte


tema: perigos da obsolescência1 programada”.

Proposta 8

TEXTO I
  Lembra-te de que tempo é dinheiro. Aquele que pode ganhar dez xelins* por dia com seu
trabalho e vai passear, ou fica vadiando metade do dia, embora não despenda mais do que seis
pence durante seu divertimento ou vadiação, não deve computar apenas essa despesa; gastou,
na realidade, ou melhor, jogou fora, cinco xelins a mais. (…) Aquele que perde cinco xelins, não
perde somente esta soma, mas todo o proveito que, investindo-a, dela poderia ser tirado, e
que durante o tempo em que um jovem se torna velho, integraria uma considerável soma de
dinheiro.
BENJAMIN FRANKLIN
* xelim − unidade de moeda equivalente a 12 pence.
WEBER, Max. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 19

TEXTO II
  Dizemos, com frequência, que fomos atropelados pelos acontecimentos − mas quais acon-
tecimentos têm poder de atropelar o sujeito? Aqueles em direção aos quais ele se precipita,
com medo de ser deixado para trás. Deixamo-nos atropelar, em nossa sociedade competitiva,
porque medimos o valor do tempo pelo dinheiro que ele pode nos render. Nesse ponto, reme-
to o leitor à palavra exata do professor Antonio Candido: “O capitalismo é o senhor do tempo.
Mas tempo não é dinheiro. Isso é uma brutalidade. O tempo é o tecido de nossas vidas”. A
velocidade normal da vida contemporânea não nos permite parar para ver o que atropelamos;
torna as coisas passageiras, irrelevantes, supérfluas.
MARIA RITA KEHL

1 obsolescência: de obsoleto (ultrapassado, superado). Tornar obsoleto, quando um componente digital ou tecnológi-
co se torna ultrapassado e essa obsolescência o torna desatualizado, apesar de poder continuar a ser usado.

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TRT-SP – Instruções e Propostas para Envio de Redação

Os textos I e II apresentam posições opostas sobre a relação do ser humano com o tempo: para
o primeiro, tempo é dinheiro, porque deve ser empregado em produzir riqueza; para o segun-
do, tempo não pode ser resumido ao dinheiro, porque isso é uma brutalidade.
Considere as informações acima para desenvolver um texto dissertativo no qual se evidencie a
escolha por uma das duas posições e a sua defesa.

Proposta 9

Leia os textos abaixo.

Texto 1
  Nossa tradição cultural, por diversas razões, criou um ideal de cidadania política sem vín-
culos com a efetiva vida social dos brasileiros. Na teoria, aprendemos que devemos ser cida-
dãos; na prática, que não é possível, nem desejável, comportarmo-nos como cidadãos. A face
política do modelo de identidade nacional é permanentemente corroída pelo desrespeito aos
nossos ideais de conduta. Idealmente, ser brasileiro significa herdar a tradição democrática na
qual somos todos iguais perante a lei e em que o direito à vida, à liberdade e à busca da feli-
cidade é uma propriedade inalienável de cada um de nós; na realidade, ser brasileiro significa
viver em um sistema socioeconômico injusto, no qual a lei só existe para os pobres e para os
inimigos e em que os direitos individuais são monopólio dos poucos que têm muito. Preso nes-
se impasse, o brasileiro vem sendo coagido a reagir de duas maneiras. Na primeira, com apatia
e desesperança. É o caso dos que continuam acreditando nos valores ideais da cultura e não
querem converter-se ao cinismo das classes dominantes e de seus seguidores. Essas pesso-
as experimentam uma notável diminuição da autoestima na identidade de cidadão, pois não
aceitam conviver com o baixo padrão de moralidade vigente, mas tampouco sabem como agir
honradamente sem se tornarem vítimas de abusos e humilhações de toda ordem. Deixam-se
assim contagiar pela inércia ou sonham em renunciar à identidade nacional, abandonando o
país. Na segunda maneira, a mais nociva, o indivíduo adere à ética da sobrevivência ou à lei do
vale-tudo: pensa escapar à delinquência, tornando-se delinquente.
Jurandir Freire Costa. http://super.abril.com.br. Adaptado.

Texto 2
  Se o eleitorado tem bastante clareza quanto à falta de honestidade dos políticos brasilei-
ros, não se pode dizer o mesmo em relação à sua própria imagem como “povo brasileiro”. Isso
pode ser um reflexo do aclamado “jeitinho brasileiro”, ora motivo de orgulho, ora de vergonha.
De qualquer forma, fica claro que há problemas tanto quando se fala de honestidade de uma
forma genérica, como quando há abordagem específica de comportamentos antiéticos, alguns
ilegais: a “caixinha” para o guarda não multar, a sonegação de impostos, a compra de produtos
piratas, as fraudes no seguro, entre outros. A questão que está posta aqui é que a população
parece não relacionar seus “pequenos desvios” com o comportamento desonesto atribuído
aos políticos.
Silvia Cervellini.www.ibope.com.br. Adaptado.

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