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RADIOLOGIA

RAIOS X
A radiação X corresponde a uma gama especifica do espetro eletromagnético, cujo
comprimento de onda varia entre os 0,01 e os 10 nm e a energia varia entre 0 120 eV e os 120
Kev.
Os Raios-X têm maior energia e menor frequência que os raios visíveis o que permite a
ionização de tecidos e quebra de ligações
Produção de Raio X:
Os raios X são produzidos fazendo chocar
eletrões altamente energéticos com um alvo.
A ampola de raio X é constituída por:
• Um cátodo (placa negativa) – tem um
filamento de tungsténio que é aquecido
através de uma corrente elétrica, gerando
uma nuvem de eletrões em torno do
filamento por efeito termiónico.
• Um ânodo (placa positiva);
Os eletrões são acelerados devido a uma
diferença de potencial entre o cátodo e o ânodo.
Ao chocarem com o alvo (constituinte do ânodo)
os eletrões vêm a sua energia cinética convertida em:
radiação X (1%) e calor (99%).
Os raios X são produzidos no alvo de duas formas
através de dois fenómenos físicos:
• Radiação característica:
o Um fotão ao incidir num eletrão de camada anterior, obriga-o a passar para uma
camada mais exterior, abrindo uma lacuna, que precisa de ser preenchida. Esta
lacuna vais ser preenchida através do retorno do eletrão que saiu.
o Quando este passa de uma camada mais exterior para uma mais interior liberta
energia em forma de raio X.
o O espetro é discreto o que é muito importante para a radiologia.
• Radiação de travagem ou de Bremsstrahlung:
o Quando um eletrão com elevada densidade penetra num meio pode passar muito
perto de um núcleo que devido à sua força atrativa, lhe diminuirá a sua velocidade.

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Esta diminuição corresponderá à emissão de radiação com energia igual à variação
da energia do eletrão.
o O espetro é contínuo.
A combinação destes dois fenómenos físicos resulta num espetro contínuo com riscas
espetrais (Imagem da esquerda)
A corrente aplicada ao filamento influencia a área do espetro. Só influencia a quantidade
de raio X. (Imagem do meio)
A diferença de potencial aplicada define a posição e influencia a área do espetro. (Imagem da
direita)

Quando mudo a voltagem entre o ânodo e o cátodo o espetro estica para cima e para o
lado. Para cima porque para uma maior diferença de potencial, maior será o numero de fotões
que se movimentaram. Para o lado, pois com uma maior diferença de potencial, maior será a
velocidade com que os fotões embatem no alvo e maior será a energia transformada em
radiação X.
Formação de imagem radiográfica:
A imagem resulta da diferença de radiações absorvidas pelos tecidos.
56 /57
𝐼"#$%&'(#)*+ = 𝐼- 𝑒 /01 𝐶3/4 =
56 857

Interação da Radiação com a matéria:


Na gama de energias consideradas em radiologia os efeitos que produzem esta absorção
diferencial são:
• Efeito fotoelétrico
o Incidindo um feixe de radiação sobre um metal, com energia superior à energia de
remoção dos eletrões no metal, provoca a saída do eletrão da sua orbita.
o A energia do fotão incidente é completamente
absorvida, isto é, o fotão desaparece. Toda a energia do
fotão é transferida para o eletrão do átomo, ficando
este com uma energia cinética igual à diferença entra a
energia do fotão incidente e a sua energia de ligação.
o Este efeito permite o contraste.

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• Efeito de Compton
o O fotão incide num eletrão de um certo átomo com se este tivesse livre. O eletrão
recebe uma parte da energia do fotão e sai da influencia do núcleo com ângulo φ.
O fotão vê a sua energia reduzida e é difundida com um ângulo Θ.
o Quando o angulo φ é muito grande, a
energia do fotão resultante diminui.
o Para que o efeito de Compton não
danifique a nossa imagem, podemos
selecionar energias de forma a não
apanhar as mais baixas.
o Quanto maior o efeito de Compton menor é o contraste.
Para energias mais elevadas existe uma maior probabilidade de ocorrer efeito de Compton
e uma menor probabilidade de ocorrer efeito fotoelétrico.
Produção de raios X – questões instrumentais:
1. Invólucro:
a. Feito em vidro;
b. Resistente a altas temperaturas;
c. Tem a capacidade de manter o anterior em vácuo;
É necessário vácuo na ampola para diminuir a condutividade térmica e haver menos percas
de energia por calor.
2. Filamento:
a. Normalmente é de tungsténio com tório;
b. Apresenta um ponto de fusão elevado;
c. O seu comprimento influencia a dimensão do ponto focal;
d. A quantidade de eletrões acelerados é descrita pela corrente no tubo;
Para termos uma aceleração entre o cátodo e o ânodo, é necessário ter uma diferença de
potencial de ordem dos keV. Para tal, temos que ter um gerador de voltagem com diferença de
potencial o mais constante possível e que seja ajustável.
3. Gerador de alta tensão:
O gerador deve permitir não só permitir o aumento do valor da diferença de potencial para
a ordem dos keV (80 keV – 100 keV), como também retificar a corrente (nós temos alterna e
queremos corrente contínua).
A eficácia da utilização depende do tipo de gerador. Quando maior a frequência, menor o
ripple, ou seja, menor é o tempo entre máximos consecutivos e obtemos o sinal mais contínuo.
Usamos um circuito trifásico retificado.

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4. Ânodo:
a. É uma superfície angulada de tungsténio, de sódio ou molibdénio, inserida
numa estrutura dissipativa de cobre;
b. É uma estrutura rotativa para evitar o sobreaquecimento.
O ângulo do ânodo e a dimensão do filamento define a dimensão do ponto focal e a
dimensão da área irradiada.
Quando maior o ângulo do ânodo (quanto maior o cone) mais disperso estão os fotões.










O ânodo tem um grande problema, o efeito Heel, este efeito descreve o fenómeno no qual
a intensidade de radiação emitida da extremidade do cátodo é maior do que aquela na
extremidade no ânodo. Isto deve-se ao ângulo do ânodo, que provoca atenuação ou absorção
dos raios X na extremidade do ânodo.
O facto de os raios percorrem diversos percursos do cátodo até ao ânodo ajuda na
heterogeneidade. Para compensar este efeito normaliza-se a imagem de forma a torna-la mais
homogénea.
Normalmente, as ampolas de raios X já têm no seu interior, filamentos móveis. Estes, vão
subir ou descer, dependendo do objetivo da radiografia.
5. Filtro:
Antes de sair da ampola, os raios X são filtrados. O objetivo é remover do feixe os raios X
que nunca chegariam ao detetor, pois seriam absorvidos pelo paciente. Deste modo,
conseguimos reduzir a dose recebida pelo paciente sem
danificar a qualidade da imagem.
No espetro temos uma redução do número de fotões,
a área diminui, mas não de uma forma constante. Tem
uma diminuição substancial em baixas energias.

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6. Controlo automático de exposição:
a. É um dispositivo que controla o nível de exposição no recetor.
b. Estes dispositivos suspendem a geração de raio X sempre que é atingido no
recetor de imagem um nível predeterminado de radiação, considerado ideal
para um determinado tipo de exame.
7. Grelhas anti-difusas:
a. Colocadas entre o paciente e o recetor de imagem de forma a absorver a
radiação difusa secundária (devida ao efeito de Compton).
b. São constituídas por lâminas de chumbo separadas por camadas de material
pouco absorvente.
c. As grelhas podem ser mais ou menos seletivas.
d. O uso destas melhora a qualidade da imagem, mas requer um aumento de
intensidade do feixe aumentando, assim, a dose no paciente.
Detetores de Raio X:
1. Película:
o São sistemas de deteção analógicos.
o Quando a película é irradiada ocorre uma alteração atómica visível a olho nu quando
revelada. A pelicula é associada a um ecrã fluorescente que transforma raios X em
luz visível.
o Vantagens da utilização de peliculas:
• Baixo preço
• Sensibilidade
• Durabilidade
• Resolução Espacial ´
2. Detetores CR:
o São sistemas digital de aquisição indireta.
o Quando são irradiados, alguns eletrões do material detetor são libertados da
camada de fósforo, mas ficam retidos na estrutura cristalina, formando uma
imagem latente.
o Quando o detetor é colocado no leitor, este é irradiado com um laser que devolve
eletrões ao estado fundamental, resultando na emissão de luz.
o São os mais comuns nos hospitais.

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3. Sistemas digital de aquisição direta:
o Cristais de iodeto de césio:
§ Permite que os raios X provoquem instantaneamente a formação de uma
imagem digital.
§ São sistemas digitais de aquisição direta e conversão indireta, porque têm um
sistema de conversão intermédia. (Raios X -> Luz visível -> Corrente elétrica)
o Detetores de selénio amorfo:
§ Surgiram para aumentar a resolução espacial.
§ São detetores digitais de aquisição diretos e conversão diretos (raios X ->
corrente elétrica).
§ Só conseguem ser sensíveis a energias até os 40-50 keV, portanto só é
utilizado em mamografias (não é usado em radiografias convencionais).
RADIOGRAFIA CONVENCIONAL
Os sistemas mais comuns consistem numa ampola, normalmente suspensa e com
capacidade de rodar na maioria das direções. O detetor poderá estar colocado numa mesa
própria ou em potters que podem ou não ter a capacidade de basculação (fazer rodar sobre um
eixo horizontal).
FLUOROSCÓPIA
Consiste na aquisição em tempo real de imagens com movimento de órgãos ou estruturas
internas. Este sistema permite obter uma sequencia de imagens radiológicas sem usar uma dose
excessiva no paciente.
Usa-se um tubo intensificador acoplada a uma camara CCD. O detetor capta rapidamente
as imagens e rapidamente passam para o ecrã. Como são usados poucos raios X é necessário a
sua multiplicação.
O cátodo converte os fotões de luz visível em eletrões. O fósforo de saída pode estar ligado
a uma câmara que permite a captação da imagem.
A fluoroscópia deve ser feita em impulsos.

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Várias aplicações da fluoroscópia são: angiografia, radiologia de intervenção e imagens do
sistema digestivo.

MAMOGRAFIA
Este tipo de exame é ambicioso pois permite detetar alterações dos tecidos num contraste
físico muito reduzido. Ainda pretende detetar microcalcificações de tamanho milimétrico.
A mamografia tem resolução de contraste – capacidade de distinguir tecido muito
semelhantes.
Como do ponto de vista radiológico os tecidos observáveis são semelhantes a gama de
energia utilizável é baixa. A redução de energia favorece o contraste, mas também acaba por
aumentar a dose no paciente, pois a baixas energias o efeito mais frequente é o efeito
fotoelétrico. O efeito de Compton não ocorre devido ao facto de estarmos a lidar com baixas
energias.
Fica na mão do técnico optar por um melhor contraste ou menor dose. A dificuldade desta
escolha é ainda acentuada pela variação do valor ótimo com a densidade da mama.
As projeções mais comuns são a projeção crânio-caudal e medio lateral obliqua.
Diferença entre a mamografia e a radiologia convencional:
A principal diferença entre a ampola de raio X utilizada em radiologia convencional e a
utilizada nas mamografias é o material do ânodo. Quanto maiores ou mais densas as mamas,
mais o feixe tem que ser energético e penetrante. Nestes casos usa-se um ânodo de tungsténio.
Nos outros casos, usa-se um ânodo de molibdénio.
O ponto focal é de menores dimensões (0,1 mm a 0,3 mm), cerca de uma ordem de
grandeza menor que a radiografia convencional.
Na mamografia não é necessário termos as grelhas difusoras.
Os filtros em mamografia denominam-se por filtros K-edge onde se utilizam o mesmo
matéria que no ânodo, com o objetivo de absorver radiação mais próxima da risca de radiação
secundária. O filtro tem duas funções:
a. Retirar do feixe fotões com energias demasiado baixas (iam ser sempre
absorvidas pelo paciente e não chegavam ao detetor).

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b. Retirar do feixe fotões com energias demasiado altas (chegariam
sempre ao detetor e não produziam contraste).

Devido às elevadas exigências da mamografia, no que respeita à resolução espacial, a
mamografia foi das modalidades imagiológicas onde a tecnologia digital demorou mais a
substituir o sistema de filmes.
Os sistemas mais modernos permitem automaticamente fazer biopsias enquanto adquirem
as imagens.
TOMOSSÍNTESE
A tomossíntese é uma das evoluções mais recentes da tomografia. Este tipo de exame
permite obter uma visualização da mama em cortes de aproximadamente 1 mm, não havendo
sobreposição de estruturas.
A aquisição é feita em várias posições angulares e o tempo de exposição em cada posição
é inferior ao da mamografia, contudo a dose total deste procedimento é o dobro da dose total
de uma mamografia.

Reconstrução de imagem
A reconstrução da imagem de cada corte é feita deslocando cada projeção uma distância
que depende da posição relativa do corte em relação ao detetor.

Espera-se da tomossíntese:
• Aumento da sensibilidade, ou seja, melhor contraste e menor sobreposição de
tecidos.
• Aumento da especificidade, como, por exemplo, possibilitar a análise
tridimensional da distribuição das microcalcificações.
• Possível redução da compressão da mama.
TOMOGRAFIA COMPUTORIZADA (CT)
A tomografia é uma produção de imagens em cortes. Neste processo não há sobreposição
de estruturas.
Tomografia convencional
A ideia inicial era movimentar sincronizadamente e em sentidos opostos o tubo de raio X e
o filme. A imagem criada pelos pontos no plano focal aparece com melhor qualidade enquanto
que as imagens de outros pontos são aniquiladas como ruído.

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O tempo que demora a fazer cada corte é das características que, neste procedimento, tem
melhorado a larga escala.
Gerações
• 1ª Geração:
o O movimento da ampola e do detetor é de translação e de rotação.
o Tem apenas um detetor.
o A duração de um scan é de 25 a 30 minutos.
o O feixe é em forma de lápis.









• 2ª Geração:
o Tem 30 detetores que só fazem o
movimento de rotação.
o A ampola contínua a fazer o movimento
de rotação e de traslação.
o Movimento de translação é só na
ampola porque temos um detetor
suficientemente grande.
o O feixe é em forma de leque.
o A duração do scan é de menos de 90
segundos.

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• 3ª Geração:
o Num só disparo conseguiu-se varrer toda a projeção.
o Passamos a ter uma ampola com maior abertura só a fazer movimento de rotação,
assim, como o detetor.
o Têm cerca de 700 detetores.
o Duração de scan de cada corte é de cerca de 5 segundos.
o O feixe é em forma de leque.
o Grande problema desta geração era o enrolamento dos fios. A partir do momento em
que se arranjou uma solução para este problema, a geração 3 desenvolveu-se.









• 4ª Geração:
o Só o que se movimenta é a ampola e os
detetores estão fixos, pois cobriam toda a
circunferência.
o A duração do scan é de poucos segundos.
o O feixe tem a forma de leque.




Constituintes:
• Tubos de Raios X:
Os tubos de raios X usados neste procedimento têm diferentes tamanhos e formas,
contudo têm o mesmo modo de funcionamento.
Os tubos mais modernos têm revestimento metálico o que permite diminuir o espaço entre
o ânodo e o revestimento e uma melhor absorção dos eletrões que não incidem no alvo.

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• Ânodo:

O ânodo teve que ser modificado pela procura de sistemas mais rápidos. Esta procura levou
a que a rotação deixa de ser suficiente para evitar o sobre aquecimento do equipamento. As
novas ampolas arrefecem três vezes mais rápido e têm um quarto do tamanho o que facilita o
movimento de rotação.
Nas ampolas de alto desempenho usadas no procedimento de TC a parte de trás do ânodo
está em contacto direto com o meio de arrefecimento. Neste tipo de ampolas todo o conjunto
roda e o feixe é defletido por um campo magnético variável.
• Detetores:
Os detetores usados em TC são de dois tipos:
1. Detetores de gás inertes a alta pressão:
a. o gás inerte dentro da caixa interage com os raios X e provoca iões que vão
migrar para as paredes, sendo atraídas por estas. Assim, vai-se criar uma
diferença de potencial entre as placas. Esta diferença de potencial é
diretamente proporcional à intensidade da radiação.
b. Estes tipos de detetores de Xénon têm normalmente uma eficiência de
deteção baixa que pode ser aumentada com pressões mais elevadas ou com
maiores compartimentos.
c. O seu custo é reduzido permitindo aumentar o numero de detetores num
equipamento.
2. Cintiladores de estado sólido acoplados a fotodíodos de avalanche.
• Gantry:
A gantry dá estabilidade ao sistema. O lado rotacional da gantry contém o tubo de raio X, o
detetor, o dispositivo de alta voltagem, slip-rings e o tanque de refrigeração de tubos. Estes
componentes são muito pesados e mesmo assim a gantry precisa de manter:
1. precisão angular – requer que a gantry tenha um movimento de rotação com
elevada velocidade e contante.
2. precisão de posição – requer que a gantry esteja livre de quaisquer vibrações em
quaisquer direções.

Antigamente os scans de CT eram equipados com motores de correias que limitavam o
número de rotações, o número de projeções e a precisão da velocidade. Atualmente, a rotação
é feita através de motores de indução linear que permitem que dois objetos deslizem sem
fricção. O movimento é conseguido através de indução elétrica.

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• Slip-Rings
Nos sistemas mais antigos todos os elementos de deteção e a ampola eram alimentados
por cabos, que após uma rotação teriam de fazer o movimento inverso para voltar à posição
inicial. A própria presença dos cabos provocava a diminuição da velocidade de rotação.
As slip-rings permitem alimentar e recolher os sinais sem a necessidade de uma ligação fixa.
A transferência é feita através de um conjunto de anéis deslizantes.
Controlo automático de exposição:
Foi necessário criar um mecanismo para controlar a dose no paciente.
O maior passo para a redução de dose em CT foi conseguido através da modelação da
corrente no tubo. A corrente é ajustada entre cortes (tendo em conta as densidades vistas no
topograma) e dentro de cada corte (modelo de corrente modulada). A corrente é definida em
função da densidade dos tecidos em cada corte e também em função da espessura a atravessar
em cada posição da ampola (dentro do próprio corte).

Topograma Modelo de Corrente Modulada

A modulação do sinal pode ser feita com base numa aquisição previa de baixa intensidade
(topograma) ou com base na atenuação da rotação anterior.
Reconstrução da Imagem:
É um processo matemático que permite obter o mapa tridimensional dos coeficientes de
atenuação em função das projeções medidas. Neste tipo de exame o que sai do detetor são
números. Estes indicam a quantidade de raio X que, num dado ponto, alcançaram o detetor.
A reconstrução de imagem de forma analítica chama-se filtered backprojection (usa a
transformada de Laplace). Neste método, para retirar o ruído aplicamos um filtro.
Em alternativa aos métodos analíticos existem métodos interativos para obter coeficientes
de atenuação. Estes métodos têm maior qualidade, maior poder de calculo e são mais lentos.
Método Interativo - Algebraic Reconstrution technique

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TC espiral ou helicoidal:
Este tipo de técnica foi a primeira que permitiu obter uma imagem volumétrica. Não existe
uma volta completa em cada corte e deste modo a espessura do corte passou a ser definida
apenas na reconstrução da imagem, após a aquisição.
Passou a ser possível obter uma imagem rapidamente e ter sobreposição de cortes.
Do ponto de vista instrumental todo o sistema passou a funcionar continuamente (rotação
continua da ampola, irradiação continua no paciente, aquisição de dados continua e movimento
continuo da mesa).
Os algoritmos de reconstrução de imagem falados anteriormente não servem para a espiral
TC. Em cada plano só temos uma projeção e não uma amostragem circular completa. Para obter
uma imagem de cada plano sem artefactos (efeitos que aparecem na imagem, mas que não
estão lá) é necessário obter as projeções em falta por interpolação.
Apesar de tudo, os exames de regiões mais longas continuavam muito lentos ou teriam um
pitch (avanço da mesa por largura de cada corte) demasiado elevado. Estes sistemas não podem
garantir uma resolução isotrópica.
Quando:
§ Pitch = 1 → aquisições sequenciais.
§ Pitch > 1 → redução de dose no paciente.
§ Pitch < 1 → sobreposição de cortes.
TC multicorte:
Neste tipo de sistema a espessura de cada corte deixa de ser definida pela colimação pré-
paciente.
Passamos a ter um feixe em forma de cone o que leva à aquisição de mais cortes em cada
projeção. Este mecanismo permitiu acelerar o processo e diminuir o tempo de exposição do
paciente à radiação.
Os detetores podem ser de três tipos:
1. Matrix detector
2. Adaptative array detector
3. Mixed matrix detetor
Desta forma já é permitido cortes em espessuras próximas da resolução espacial dentro de
cada slice. O utilizador pode ver imagem de diversas perspetivas com a mesma resolução
espacial passando a ter uma resolução isotrópica.


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Tecnologia Z-sharp:
Um corte é definido pelo plano que liga o ponto focal ao detetor. Esta tecnologia permite
duplicar os cortes sem duplicar os detetores. Apenas o sítio de onde vem a radiação é
ligeiramente ao lado. Esta mudança do sítio tem que ser muito rápida de modo a não ter
interrupções grandes em trajetórias elípticas.
Dual Energy Systems:
𝜇"(H)*+ − 𝜇áKL$
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝐻𝑜𝑢𝑛𝑠𝑓𝑖𝑒𝑙𝑑 = 𝐻𝑈 = ∗ 1000
𝜇áKL$
O número de Hounsfield de cada material depende da energia do feixe. Através destes
sistemas conseguimos separar calcificações ou osso em imagens de angiografia por CT, melhorar
a quantificação da densidade óssea e aumentar a resolução de alto contraste em tecidos moles.
De forma geral, conseguimos separar melhor as estruturas.
Estes sistemas de dupla energia podem ter três diferentes tipos de scan:
1. Duas ampolas e dois conjuntos de detetores a funcionarem em simultâneo com
uma diferença angular. É o mais caro.
2. Detetores com capacidades de distinguir energias – menos caro do ponto de vista
da instrumentação, mas caro a nível dos detetores. É o que tem mais dose para
o paciente.
3. Ampola com energia switch – ao longo da volta vai fazendo disparos de várias
energias. Cada exame realizado com este sistema consiste em três imagens: uma
de alta energia, uma de baixa energia e uma imagem composta.
Para responder à necessidade de scanners com duas
energias foram criados recentemente scanners com duas
ampolas e dois nódulos de deteção – sistema dual source.
Este sistema reduz o tempo de aquisição.



EBCT (Eletron beam computed tomography)
Uma das maiores dificuldades para acelerar ainda mais a aquisição é a necessidade de rodar
a ampola em torno do paciente. A solução encontrada foi parar o movimento da ampola. O
ânodo e o cátodo deixaram de estar selados numa ampola. Neste sistema o feixe de eletrões é
disparado e defletido para atingir alvos semicirculares colocados em torno do paciente.
Devido à ausência do movimento da ampola é possível fazer um corte em 0,025 segundos.

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TC portátil:
Equipamento mais leve e com menos requisitos de blindagem e de alimentação o que
permite que seja transportado.
Apesar do grande benefício que é conseguir movimentar este sistema no hospital a imagem
obtida tem menor qualidade, é um feixe menos intenso.
Breast CT:
É um sistema de CT dedicado especificamente á imagem da mama. É possível obter imagens
sem sobreposição e sem compressão. Apenas a mama é irradiada. A dose é reduzida
comparativamente com os outros sistemas de TC.
Como os UH dos tecidos em causa são suficientemente separáveis conseguimos uma
imagem semelhante à de ressonância magnética, mas com equipamentos mais baratos.
CT espectral:
O feixe de raios X usados em CT é sempre polienergético. Os diferentes materiais
apresentam respostas diferentes consoante o tipo de espetro de radiação que os atravessa.
Os detetores deste tipo de sistemas não só contabilizam o numero de fotões detetados
com cada energia como também quantificam a intensidade do feixe. Comparando os espetros
das radiações emitidas e transmitidas é possível identificar os materiais atravessados.
Visualização em CT:
A forma de visualização o mais comum em CT denomina-se por MPR (reconstrução
multiplanar). O volume reconstruído é visualizado através de imagens de três cortes com
orientações diferentes, normalmente perpendiculares.
Para uma maior perceção da tridimensionalidade da imagem é possível optar por várias
técnicas de visualização:
1. SSD – shaded surface display – a perceção 3D é conseguida através de um efeito de
iluminação artificial que cria uma sensação de sombra.
2. MIP – máximo intensity projection – a imagem é formada através de raios que partem
da posição do observador e atravessam o objeto. Contribuem para a imagem os voxeis
com maior intensidade atravessados por cada raio. Cada imagem MIP corresponde a
uma projeção. A sensação 3D é conseguida correndo uma sequencia MIP com ângulos
seguidos.
3. VRT – volume rendering technique – a cada valor UH é atribuído o nível de opacidade e
um de cor. Desta forma, é possível observar órgãos sobrepostos, mas com tecidos
diferentes.

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MEDICINA NUCLEAR
A imagiologia na medicina nuclear consiste na obtenção de imagens da distribuição de um
radiotraçador ou de um radiofármaco (interveniente num processo fisiológico de interesse) num
determinado órgão ou tecido.
As principais modalidades de imagiologia são: cintigrafia, PET e SPECT.
As alterações anatómicas são antecedidas por alterações metabólicas. Assim, o PET
(posítron emission tomography) e o SPECT (single photon emission computed tomography) são
técnicas de imagiologia funcionais, isto é, servem para observar metabolismos e não estruturas.
Além de permitir a localização e extensão da doença permite também avaliar o estádio da
mesma.
Princípios Gerais:
Injeta-se no paciente um radiofármaco (fármaco marcado com um isótopo radioativo). Este
fixa-se em zonas onde ocorre o metabolismo que se pretende estudar.
Como resultado de um decaimento radioativo, são emitidos fotões a partir da zona onde
se fixa o radiofármaco. Os fotões são detetados por um conjunto de cristais de cintilação
colocados em torno do paciente.
Decaimento radioativo:
O núcleo tem vários níveis energéticos, em função do numero de protões e de neutrões. Os
níveis podem mudar através de reações que transformam protões em neutrões ou vice-versa.
Destas reações resulta a libertação ou absorção de energia.
À transformação espontânea de um núcleo instável num núcleo estável com libertação de
massa ou energia chama-se radioatividade.
Núcleos estáveis podem ser transformados em isótopos radioativos através do
bombardeamento com partículas de elevada energia.
Os decaimentos revelantes para a imagiologia são os que originam emissão de radiação
gama: o decaimento gama e o decaimento β+.
O decaimento gama:
• Captura eletrónica
• Transmissão isométrica
O decaimento β+:
É um protão que é convertido num neutrão e é libertado um positrão (partícula β+, que vai
compensar a carga) e um neutrino (que vai compensar a massa).
𝑝 ⟶ 𝑛 + 𝑒 8 + 𝑣%

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Não conseguimos determinar quando um determinado átomo se vai desintegrar. Contudo,


conseguimos dizer que no tempo de semi-vida, metade dos átomos se vão desintegrar.
"
/-,VWX∗
Y7
𝑁 = 𝑁+ 𝑒 6

Câmara Gama:

É o equipamento usado para detetar e localizar a origem espacial de raios gama emitidos
pelos radiofármacos ingeridos pelo paciente.
Se se tratar de apenas uma imagem plana é uma cintigrafia, se se detetar várias projeções
para formar uma imagem 3D trata-se de um SPECT.
Um dos principais elementos da camara gama é o tubo fotomultiplicador (PMT). Estes:
• Geram e ampliam o sinal elétrico proporcionalmente à luz recebida – converte luz
visível em sinal elétrico no fotocátodo (geram) e nos dínodos (ampliam).
• Cada PMT recebe luz de vários cristais de cintilação e amplifica a corrente.
A luz que os PMT recebem provêm dos cristais de cintilação. Um cristal de cintilação é um
detetor de raios X contido numa caixa negra que transforma a energia de cada raio gama em
fotões de luz.
Características que queremos num colimador:
• Muito densos (para absorver a maior quantidade de radiação gama).
• Ter um numero atómico efetivo elevado, de modo a ser sensível a energias mais
altas.
• Tempo de decaimento da luz seja curto, isto é, queremos que emita luz num curto
período de tempo, mas com elevada intensidade.
• Tem que ser sensível, principalmente a uma energia.

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Como a radiação gama é emitida de forma isotrópica, ou seja, de forma homogénea em
todas as direções, é necessário um colimador para limitar a direção de emissão dos fotões
detetados.
Colimadores:
O desenho do colimador utilizado pode permitir imagens com melhor resolução ou com
maior sensibilidade de deteção de radiação.
Usando um colimador selecionamos os fotões com as direções de emissão vantajosas para
a reconstrução da imagem.
Há alta resolução quando o espaçamento entre os buracos é reduzido ou quando os tubos
são altos.








Os colimadores podem ainda:
• Selecionar a origem da radiação.
• Ajudar a separar os órgãos.
• Observar áreas maiores.
• Ampliar pequenas regiões.
Cintigrafia:
A cintigrafia consiste numa distribuição planar do radiofármaco. Um dos principais
problemas é a sobreposição de órgãos/tecidos.
SPECT:
O SPECT é realizado com uma câmara gama idêntica às de cintigrafia. O objetivo é obter
uma distribuição tridimensional do radiofármaco a partir de um conjunto de projeções.
Para acelerar o exame, os equipamentos SPECT podem ter mais que uma camara gama com
capacidade de adquirir radiação em diferentes posições.
Os radioisótopos usados em SPECT são emissores de raios gama. Um dos isótopos mais
utilizados é os 99mTc, que é produzido a partir do 99Mo.

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A produção de 99mTc é feita em geradores, nos quais o produto
99
é eluído de uma amostra de Mo. Depois de produzido o
radioisótopo é preciso marcar o traçador. Este procedimento é
realizado num radiofarmácia. Por exemplo, a desoxi-glucose é
marcada com 18F formando FDG.
Das várias aplicações a oncologia e a cardiologia são as mais consideradas.
As consequências resultantes da interação de radiação com a matéria podem levar à
degradação da imagem final. O efeito mais significativo é a atenuação dos raios gama. Isto faz
com que zonas mais interiores do corpo apareçam menos intensas, apesar de nessas zonas a
fixação do fármaco não ter sido inferior. Recorrendo a uma imagem de transmissão, por
exemplo, o CT, é possível determinar a atenuação que a radiação emitida em várias zonas sofre
em média. Desta forma, é possível compensar na imagem os fotões absorvidos pelo corpo.
Radioisótopos usados em PET:
Em PET utilizam-se moléculas biológicas que são marcadas com isótopos radioativos
capazes de emitir positrões. Estas moléculas biológicas têm um tempo de vida relativamente
curto e não são identificadas como elementos estranhos pelo organismo e fixam-se nas zonas
onde ocorre o metabolismo que se quer estudar.
Os radioisótopos mais comuns são: 11C, 15O, 13N e o 18F.
Os radioisótopos capazes de emitir positrões são produzidos em ciclotrões por
bombardeamento de isótopos estáveis com feixes de protões.
Os radioisótopos são usados para marcar moléculas formando radiofármacos. Estes são
sempre produzidos no dia em que são usados e são injetados no local do exame. A utilização de
um radioisótopo/radiofármaco vai estar condicionada pelo tempo de semi-vida e pela distância
entre o sitio de produção e o sítio do exame.
Fotodíodos de Avalanche:
Além dos PMT’s outra forma de detetar a luz de cintilação cada vez mais utilizada são os
fotodíodos de avalanche.
Um fotodíodo de avalanche é um semi-condutor eletrónico altamente sensível que explora
o efeito fotoelétrico de forma a converter luz em eletricidade.
Estes podem ser:
• Acoplados a um único cristal.
• Utilizados com campos magnéticos elevados.
• Mais sensíveis a variações térmicas.
• Têm mais ruído.

19

Deteção em coincidência e Linhas de resposta (LOR)
Os eventos que ocorrem ao mesmo tempo pensasse que provêm da mesma libertação de
fotões de um certo positrão, ou seja, há dois eventos com o mesmo ponto inicial. Cada
coincidência é armazenada como uma linha que une os dois detetores em coincidência. A LOR
é caracterizada por 6 pontos cartesianos, 3 de um detetor e 3 do outro detetor.








Para garantir que cada par de fotões provêm da mesma aniquilação, a deteção é feita em
coincidência.
Como o paciente não ocupa todo o espaço no interior do scanner, não é necessário verificar
a existência de coincidências entre todos os pares de cristais.
Sinograma
O sinograma é uma figura bidimensional, na qual se representa, no eixo horizontal o local
de deteção dos fotões e na vertical a posição angular do detetor.
por uma questão de eficiência de reconstrução LOR’s semelhantes são agrupadas e
reconstruídas em simultâneo. Um sinograma é um histograma com características sinusoidais.

20

Reconstrução da Imagem
1. Analítica:
Um dos métodos mais utilizados para reconstruir imagens de PET e SPECT é o método
analítica FBP.
2. Iterativa:









2.1. ART (Algebraic Reconstruction Technique)


21

2.2. Maximum likelihood – expectation maximization ML-EM

O número de fotões emitidos em cada voxel segue uma distribuição de Poisson.


Função de Verossemelhança -> permite calcular a probabilidade de obter um determinado
conjunto de medições yi se a distribuição da atividade Fj é verdadeira.
Conseguimos calcular a distribuição da atividade de forma iterativa.

Vantagens dos dois tipos de Métodos
Métodos Analíticos Métodos Iterativos
• Mais rápidos. • Não necessitam da filtragem de projeções.
• Comportamento bem conhecido. • Permitem incluir informação à priori.
• Utilizados há muito tempo. • Permitem utilizar um modelo de emissão e
de deteção.
Gated PET
Por exemplo, nos estudos cardíacos é necessário minimizar o efeito do batimento cardíaco.
Para resolver esta questão é possível sincronizar a aquisição com um ECG e registar
coincidências apenas num determinado ponto do ciclo cardíaco.
Modos de aquisição
Um scanner de PET é composto por vários anéis de
cristais. É possível registar apenas coincidências entre
cristais de um único anel – Modo 2D.
Aquisições em modo 3D apresentam uma maior
sensibilidade de deteção de fotões, permitindo exames
mais rápidos.
A colimação, nestes modos de deteção, pode ser física ou eletrónica.
Efeitos Físicos do PET
1. O positrão não se aniquila no mesmo ponto onde se deu a sua emissão. A linha de resposta,
não passa exatamente no ponto de emissão do positrão.





22

2. Como a aniquilação do positrão ocorre quando este ainda não perdeu toda a sua
velocidade, a emissão dos dois fotões acaba por não ser exatamente em direções
diametralmente opostas.









3. Tal como o SPECT, o PET também tem o problema das atenuações.
4. Nem todas as coincidências registadas correspondem a pares de fotões provenientes da
mesma atenuação.


5. Dispersão de Compton:
A maioria das coincidências resultantes de difusão de Compton têm uma energia inferior a
511 keV. Para reduzir este efeito podemos excluir todas as energias fora de uma janela apertada
em 511 keV. Esta solução reduz o efeito de dispersão de Compton, contudo ao reduzir o numero
de contagens aumenta o ruído, o que se traduz numa imagem de pior qualidade.
Em alternativa, podemos corrigir este problema, a partir de métodos como o método de
dupla janela.




23

6. Coincidências aleatórias:
Uma forma de minimizar o número de coincidências aleatórias é diminuir a janela de tempo
para as coincidências. Em alternativa, é possível estimar o número de coincidências aleatórias
entre cada par de cristais atrasando todos os eventos de um dos cristais.
7. Movimento do paciente:
Em aquisições longas, onde se pretende visualizar estruturas de pequenas dimensões, o
movimento aleatório do paciente pode comprometer o exame.
Para corrigir este problema podemos obter a anatomia do paciente de forma a obtermos o
seu referencial próprio. O mais comum é ter marcadores que permitem localizar o paciente.
Estes estão localizados em torno da zona que queremos observar.
Este efeito também pode ser corrigido sincronizando o PET com algo exterior (Gated).
8. Efeito do volume parcial:
Em PET observa-se uma degradação da qualidade de imagem quando se pretende observar
estruturas com dimensões próximas da resolução espacial do sistema. Quanto maior a resolução
espacial o numero médio de contagens diminui, logo a imagem vai tornar-se, cada vez mais,
num borrão.
Estruturas mais pequenas que os voxeis não vão ter a sua forma bem definida, tal como
diferentes tecidos dentro do mesmo voxel não vão ser distinguíveis.
Usando técnicas de melhor resolução espacial e obtendo uma imagem anatómica de
grande detalhe, a partir de CT e de RM, por exemplo, torna-se possível incluir informação sobre
contornos reais das estruturas durante a reconstrução da imagem PET.
Aplicações em PET:
• Oncologia:
o Permite obter a evolução do tumor durante a radioterapia.
o Ajuda no estadiamento.
• Imagem do cérebro
Estudos Cinéticos:
Estes tipos de estudos permitem avaliar a fixação do radiofármaco em diferentes órgãos e
momentos.
PET CT:
• os exames não são feitos em simultâneo.
• A correção da atenuação faz-se automaticamente.

24

• Desvantagens:
o Coeficientes de atenuação no CT são para energias de 120 KeV enquanto que
no PET utilizam-se energias de 511 KeV.
o Como os exames não são simultâneos, a pessoa pode movimentar-se entre eles.
o É mais dose para o paciente.
PET RM:
• A utilização das duas técnicas permite uma melhor imagem anatomicamente centrada
com a de PET.
• Vantagens:
o A dose necessária para as imagens e menor.
o Podemos estar sempre a usar RM, pois esta técnica não contribui para o
aumento da dose no paciente.
• Este tipo de aquisição, atualmente, já se pode fazer em simultâneo.
PET para pequenos animais:
Para pequenos animais posso só ter uma placa de detetores e o animal a rodar. Deste
modo, evito ter um anel de detetores e todo o procedimento fica mais barato.
PEM (posítron emisson mamography)
• Consiste numa câmara de PET de pequenas dimensões, dedicada à deteção do cancro
da mama.
• Vantagens:
o Geometria é adaptável à anatomia do paciente.
o Maior sensibilidade.
o Exames mais rápidos.
o Menores doses para o paciente.
o Detetores de menores dimensões, com uma melhor resolução espacial.
PEM – elastografia (ultrassons)
• Permite fazer uma imagem de ultrassons ao mesmo tempo que se faz uma imagem de
PET.
• Diferencia os tecidos em termo de elasticidade.
• Este tipo de exame é ideal para diferencial nódulos benignos e cancerígenos.



25

Existem vários sistemas PET otimizados para certos resultados a obter.
1. Sistema PET para imagem da próstata.
2. Sistema PET para imagem do cérebro.
3. Sistema PET para imagem do cérebro de pequenos animais:
a. Como é muito difícil imobilizar pequenos animais, sem comprometer a imagem,
criaram-se uns capacetes acoplados ao sistema de detetores que registam e
captam os fotões independentemente do movimento do animal.
TOF PET:
TOF – diferença entre os tempos de chegadas dos fotões coincidentes aos detetores.
Um dos fotões vai chegar primeiro, que é o mais próximo dos detetores, e esta diferença
temporal, ajuda-nos a localizar o local onde ocorreu a aniquilação. Ao tornar-se possível uma
melhor localização do local de aniquilação, a imagem tem muito mais detalhe.
Imagem molecular – genética:
• O radioisótopo não fica na célula.
• O promotor sintetiza uma proteína que sai do núcleo em forma de mRNA e que vais
produzir organelos chamados recetores para radioisótopos.


26

ULTRASSONS
Classificam-se ultrassons como ondas sonoras com uma frequência acima do limite de
deteção do ouvido humano.
Os ultrassons podem ser usados para obter imagens de estruturas estáticas ou em
movimento no organismo.
As imagens são obtidas pela interação mecânica dos tecidos com pulsos de ondas sonoras
de alta frequência.
Tanto a emissão como a deteção são feita com transdutores.
As imagens resultam da interação de matéria com pulsos e não com uma onda contínua,
pois se estivéssemos a emitir de forma contínua o eco ia chegar ao mesmo tempo (sobreposição
de ecos) e não conseguiríamos distinguir de onde vinham.
Queremos que os períodos, isto é, que o tempo entre dois pontos de igual compressão ou
rarefação estejam bem marcados, porque queremos perceber exatamente quanto tempo
demora o sinal a voltar. A intensidade não é um fator importante.
Características fundamentais dos ultrassons:
• Ondas longitudinais.
• Compressão/rarefação do meio de transmissão
• Frequência superior a 20 kHz
• Ultrassons usados em imagem médica tem frequência entre 2 MHz e 10 MHz
Velocidade de propagação:
A velocidade de propagação relaciona-se com o comprimento de onda e com a frequência.
𝑐 = lf
A velocidade de propagação varia de tecido para tecido, relacionando-se com as
\
características dos tecidos através de: 𝑐 =
]

Dependendo do material a velocidade, c, pode variar até cem ordens de grandeza.


Atenuação:
Tanto a resolução espacial como a atenuação do feixe de ultrassons dependem da
frequência e do comprimento de onda.


Menos intensidade piora a resolução espacial, mas sem aumentarmos a intensidade, temos
o problema do calor.

27

Feixes com maiores frequências são mais atenuados pelos tecidos. A atenuação deve-se,
em grande parte, à dissipação térmica do impulso sonoro.
𝐼 = 𝐼- 𝑒 /4^% , sendo 𝛼 = 𝛽- + 𝛽3 𝑓 (b é uma característica própria de cada material)
O coeficiente de atenuação também depende dos tecidos.
Intensidade
A intensidade do feixe depende das variações de pressão provocadas pela passagem da
onda sonora.
Definindo p como a diferença entre a pressão máxima e a pressão mínima temos que a
intensidade é diretamente proporcional ao quadrado do p.
A intensidade relativa é medida em dB.
Interações de ultrassons com a matéria:
Além da absorção, os ultrassons podem sofrer ainda reflexão, refração e scatter.
A reflexão ocorre quando um feixe de ultrassons incide numa superfície de separação entre
dois tecidos. A quantidade de energia refletida depende da diferença de impedância dos tecidos.
Quando o feixe incide obliquamente numa superfície de separação, o facto de a velocidade
de propagação variar leva a uma mudança de direção, a refração.
A mudança de direção será tanto maior quanto maior for a diferença entre as velocidades
de propagação – lei de Snell.
Quando as superfícies de separação são lisas e muito maiores que l, verifica-se uma
reflexão especular. Quando as superfícies são rugosas ou os objetos são de dimensão de l
ocorre difusão não especular (Scatter)
Scatter é a redução da amplitude dos ecos, sendo que algumas estruturas têm um scatter
específico.
Transdutores
São os elementos responsáveis pela emissão de feixes de ultrassons e pela medição dos
ecos. Um transdutor é composto por elementos cerâmicos que são capazes de converter um
sinal elétrico numa vibração mecânica e vice-versa.
No início um transdutor tinha apenas um elemento cerâmico, mas, atualmente, é composto
por vários capazes de produzir uma banda de frequências.
Piezoelétricos
São os elementos funcionais do transdutor.
Quando sujeitos a um sinal elétrico produzem um sinal mecânico através da alteração da
sua estrutura cristalina. Quando sujeitos a uma pressão mecânica produzem sinal elétrico. Desta
capacidade, resulta uma mudança de orientação dos dipolos existentes no material.

28

Quando aquecidos acima de uma determinada temperatura, a temperatura de Curi, os
cristais perdem as suas características piezoelétricas.

• Quando o sinal é positivo temos compressão. As cargas estão ordenadas.
• Quando o sinal é neutro, temos equilíbrio. As cargas estão alinhadas de forma
aleatória.
• Quando o sinal é negativo, temos expansão. As cargas estão orientadas de acordo
com a polarização de cada margem.








• A partir das ordenações das partículas também se podem induzir um potencial.










Os transdutores são desenhados de modo a que os materiais piezoelétricos se contraiam e
depois vibrem segundo uma frequência de ressonância
quando sujeitos a um “spike” de voltagem.
Essa frequência especifica depende da largura do
material piezoelétrico.

29

Depois de provocar a vibração com a frequência de ressonância é necessário amortecer o
sinal. A existência de um backing block atrás do piezoelétrico permite absorver parte das
vibrações e limitar a duração do pulso.
A duração do pulso será proporcional à resolução espacial, por outro lado, o
amortecimento resulta numa perda da pureza das frequências emitidas. Este efeito é avaliado
através do fator Q, que mede a largura de banda das frequências emitidas, ou seja, o fator Q é
uma medida de qualidade do feixe/ pureza do material.
𝑓-
𝑄=
𝐵𝑎𝑛𝑑𝑊𝑖𝑑𝑡ℎ
Características dos vários sinais:
Sinais longos:
• Conseguidos amortecendo pouco.
• Mais pureza do ponto de vista da frequência.
• Bons para detetar varações na frequência.
• Q elevado.
• Má resolução espacial.
Sinais curtos:
• Melhor resolução espacial.
• Mistura de muitas frequências
• Não conseguimos detetar variações na frequência.
• Q baixo.

Características físicas dos piezoelétricos que afetam o sinal:
• Espessura afeta a frequência e o ponto de focagem indiretamente.
• Diâmetro afeta o ponto de focagem.
o Quando diâmetro é maior foca mais à frente.
• Forma como o piezoelétrico é cortado.

Organização dos piezoelétricos nos transdutores:
Na maioria dos transdutores os piezoelétricos estão organizados como uma matriz:
1. Linear array – nessa matriz podem ser ativados sequencialmente parte dos
elementos, produzindo diferentes feixes.
2. Phased array – nessa matriz podem ser todos ativados mais ou menos todos ao
mesmo tempo (apenas com uma diferença de fase), produzindo um único feixe com
diferentes focagens.

30

Feixe ultrassónico:
O feixe de ultrassons propaga-se longitudinalmente como uma frente de onda de várias
ondas formadas pelos diferentes piezoelétricos.
A interferência entre estas várias ondas resulta em duas zonas distintas do feixe:
• Uma zona ligeiramente convergente – Zona de Fresnel
o O comprimento desta zona depende da frequência produzida e do
diâmetro do transdutor.
• Uma zona divergente – Zona de Fraunhoffer


Resolução Espacial:
• Resolução axial, linear, longitudinal e em profundidade:
Define-se como a capacidade de distinguir dois objetos na direção de propagação do feixe.
Para se distinguir dois objetos é necessário que produzam ecos distintos e sem
sobreposição.
A distância mínima a que dois objetos possam estar e mesmo assim serem distinguidos é
igual a metade do comprimento do pulso (Spatial pulse length – SPL).

31

• Resolução lateral ou azimutal:
Define-se como a capacidade de distinguir dois objetos na direção perpendicular à direção
de propagação do feixe.
Depende da largura do feixe e, como esta varia consoante a profundidade (zona de Fresnel
e de Fraunhoffer), a resolução lateral também irá variar.
O máximo da resolução é obtido na interação das duas zonas.
É possível focar o feixe com lentes acústicas, aumentando a resolução lateral em pontos
específicos. Este procedimento resulta na melhoria da resolução a pequenas profundidades,
mas também na degradação a profundidades maiores.
Com transdutores Phased array é possível ir moldando o feixe de maneira a obter uma
resolução lateral mais homogénea.
• Resolução elevacional ou espessura de corte:
Depende essencialmente da altura dos elementos do transdutor.
O efeito de degradação da resolução é semelhante ao da resolução lateral pois a forma do
feixe tem simetria.
Para focar o feixe é possível usar lentes acústicas ou arrays de 1,5D.
Aquisição de dados:
A aquisição de dados pode ser realizada de diferentes modos:
• Modo A:
o Foi o primeiro modo a ser desenvolvido.
o Os ecos são visualizados como picos de amplitude registados em função do
tempo.
o Relacionando o tempo de chegada do eco com a velocidade de propagação
é possível determinar a posição das estruturas.
o É usado em oftalmologia, em eco cardiologia, em conjunto com o Modo B
quando se requer informação sobre a profundidade.
• Modo B:
o Conversão de cada sinal adquirido no modo A em pontos numa escala de
cinzentos.
o O brilho de cada ponto é proporcional à intensidade do eco.
o Permite obter imagens das varias superfícies atravessadas, movimentando
o transdutor e adquirindo ecos em várias direções.
Nos equipamentos mais antigos as direções adquiridas eram definidas por quem executava
o exame e eram registadas através da posição do braço do transdutor.

32

A evolução seguinte passou por criar um sistema de varrimento automático baseado no
sistema com um transdutor rotativo.
Os sistemas mais modernos já dispensam este mecanismo, pois aproveitam os vários
elementos da matriz de piezoelétricos para varrer a área a visualizar.
• Modo M ou TM:
o Os sinais do modo A também são convertidos em pontos.
o São registados os movimentos dos pontos ao longo do tempo.
o É utilizado no estudo do movimento das válvulas cardíacas.
Efeito Doppler:
Consiste na alteração da frequência de uma onda emitida por uma fonte em movimento.
2𝑓𝑠 ∗ cos (𝜃)
Δ𝑓 =
𝑣
Com dois elementos piezoelétricos é possível detetar alterações de frequência entre o sinal
emitido e relacioná-la com o movimento de estruturas.

Frequência mal definidas à sinal muito amortecido à melhor resolução à Q mais
reduzido à pior doppler

Frequência bem definidas à sinais longos à pior resoluçãoà Q elevado à melhor doppler

Maior frequência à mais Δ𝑓 à só se vêm estruturas superficiais
Para se ver estruturas mais profundas diminuímos a frequência.
Agentes de contraste:
Os agentes de contraste mais usados são microesferas, normalmente revestidas por um
material que lhe aumenta a estabilidade, cheias de gás ou líquido (ar, azoto, octafluropropano).
O objetivo é aumentar a diferença de impedâncias, em particular no sangue.
Elastografia:
Permite avaliar o grau de elasticidade /rigidez dos tecidos.
É aplicado um feixe ultrassónico na ausência e na presença de compressão mecânica ou
vibração. Com base nos tempos de eco antes e durante a compressão, é elaborado o
elastograma que evidencia as zonas onde a elasticidade foi menor.

33

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Momento angular nuclear:
Como resultado dos spins dos nucleões, o núcleo pode possuir momento angular. Este
depende do número de protões e de neutrões, só existindo se o número de protões ou de
neutrões for ímpar.
Nem todos os elementos químicos produzem sinal de RM. O mais utilizado é o átomo de
hidrogénio devido à sua abundancia no corpo humano e à sua alta sensibilidade à RM. É possível
obter imagens com outros núcleos, mas sempre com sinais com pelo menos uma ordem de
magnitude inferior.
O núcleo carregado eletricamente a rodar assemelha-se a uma espira percorrida por
corrente elétrica. Tal como a espira com corrente, o movimento circular resulta num campo
magnético perpendicular à trajetória.







Momento magnético nuclear:
Na ausência de um campo magnético exterior, os átomos comportam-se como um
conjunto de pequenos magnetos orientados aleatoriamente. Quando sujeitos a um campo
magnético exterior, todos estes pequenos magnetos orientam-se segundo a direção do campo
exterior.
De acordo com a mecânica quântica estes dipolos magnéticos podem ficar orientados com
o campo exterior de um modo paralelo ou antiparalelo.



34

Ao nível energético correspondente aos dipolos paralelos chama-se estado fundamental
enquanto que os dipolos antiparalelos estão num estado excitado.
O número de núcleos no estado fundamental é ligeiramente superior ao do estado
excitado, sendo a diferença proporcional ao campo exterior e inversamente proporcional à
temperatura. Da diferença de núcleos paralelos e antiparalelos resulta o vetor magnetização
(M).
Precessão do núcleo:
Na realidade, os protões não ficam totalmente alinhados com o campo exterior. Devido ao
movimento rotacional ficam a precessar com uma frequência que depende do campo exterior
e que se chama frequência de Larmor.
𝛾𝐵
𝑣o =
2𝜋
A frequência de Larmor varia, então, de equipamento para equipamento em função do
núcleo analisado e do campo. Esta frequência está ainda relacionada com a energia de transição
entre níveis de energia do núcleo.
Quando sujeitos apenas ao campo magnético estático, a frequência acaba por não afetar a
magnetização pois os vários núcleos precessam desfasadamente.
Ressonância Magnética:
Bases da RM:
• Indução de transições entre estados energéticos do núcleo por absorção e
transferência de energia.
• Através da aplicação de um pulso de radiofrequência (pulso RF) com frequência de
Larmor origina-se uma componente transversal da magnetização suscetível de ser
medida.

Se analisarmos o processo do ponto de vista da mecânica quântica, constata-se que se o


pulso RF tiver uma frequência que corresponda aos dois níveis energéticos do núcleo estes
podem provocar a passagem de protões do estado paralelo para o estado antiparalelo (explica

35

a diminuição da componente longitudinal do vetor magnetização à Mz). Se os núcleos
passarem a precessar em fase, deixamos de ter magnetização apenas longitudinal, para
passarmos a ter uma componente transversal dessa magnetização (Mxy).
Se analisarmos o fenómeno do ponto de vista da mecânica clássica temos que a
componente do campo magnético da RF pode contribuir para um aparecimento de uma
componente da magnetização. Passamos a ter o campo B1 além do original B0. Este campo só
contribui para a formação de uma magnetização transversal se a frequência for igual à
frequência de precessão, a frequência de Larmor. O vetor magnetização passa a precessar em
torno de B0 e em torno de B1. Num referencial rotativo, solidário com o vetor B1, vemos o
desvio que o vetor sofre da posição longitudinal para a posição transversal.
O flip angle depende da duração do pulso RF. Este é o ângulo que o vetor M tinha quando
separou o pulso RF.
𝑓𝑙𝑖𝑝 𝑎𝑛𝑔𝑙𝑒 = 𝛼 = 2𝜋𝛾𝐵3 𝑡

FID – Free Induction:
Quando o pulso RF termina, os protões tendem a realinhar-se e a voltar à configuração
original. Estes emitem radiação com frequência igual à de Larmor e voltam a precessar em torno
de B0. A variação da magnetização transversal, Mxy, induz uma corrente numa antena recetora.









Aplicação do FID à espectroscopia:
A variação periódica do sinal FID deve-se à precessão do vetor magnetização (M).
Como diferentes átomos têm razões giromagnéticas diferentes e, consequentemente,
diferentes frequências de Larmor, para que todos os átomos entrem em ressonância é
necessário que o pulso RF tenha uma banda de frequências larga. Através da análise de Fourier
é possível separar as várias frequências e identificar os diferentes elementos presentes.

36

Relaxação Spin-Spin ou T2:
A perda de magnetização transversal medida pelo FID resulta da perda de coerência de fase
provocada por variações do campo magnético. A interação entre spins provoca pequenas
heterogeneidades no campo. A magnetização transversal diminui e acaba por desaparecer,
sendo descrita por uma exponencial negativa, que depende da interação entre spins vizinhos
que perturbam o campo magnético e a heterogeneidade do campo magnético B0. Esta perda
de magnetização transversal corresponde a uma transferência de energia dos núcleos excitados
para outros núcleos vizinhos não excitados. Além disso, esta heterogeneidades fazem com que
a perda de magnetização transversal seja mais rápida do que seria suposto.

M0 é o valor máximo da magnetização quando desligamos o pulso RF.


T2 é o tempo a que corresponde ficar com 37% da magnetização inicial e depende do tecido
em questão.
O decaimento real tem em conta dois efeitos e tem um tempo de relaxação T2*. Estes dois
fenómenos são:
• A perturbação dos vizinhos (T2)
• A heterogeneidade do equipamento (T2’)






O mecanismo de decaimento T2 depende da estrutura molecular, portanto moléculas mais
móveis apresentam T2 mais longos e moléculas maiores e com movimentos mais limitados
apresentam T2 mais curtos.


37

Relaxação Spin – Rede ou T1:
A perda da magnetização transversal é relativamente rápida. Porém, a recuperação da
magnetização longitudinal original é mais demorada. Esta recuperação requer que os spins
excitados transfiram a sua energia para moléculas vizinhas (rede) regressando ao estado
fundamental. O excesso de núcleos no estado paralelo é reposto.
O crescimento da magnetização
longitudinal é uma exponencial.


T1 corresponde ao tempo necessário para
que 63% dos núcleos regresse ao estado paralelo. Depende de B0 e da estrutura atómica onde
se encontra, pois, a transferência de energia é mais eficiente quando a frequência de protões
excitados corresponde à frequência de vibração das moléculas vizinhas. O T1 permite, portanto,
verificar qual o estado físico das moléculas.
O T1 pode ser estimado a partir de sequencias de medição FID e, portanto, o exame é mais
lento.


T1 vs T2:

• T1 depende essencialmente da eficiência da transferência energética (à frequência


de Larmor) entre os protões e as moléculas vizinhas.
• T1 depende do campo exterior B.
• T2 depende da proximidade dos núcleos de hidrogénio, de modo a que possam
transferir a energia (à frequência de Larmor) de maneira eficaz.

38

Contraste em RM:

O contraste em RM pode ser provocado por diferenças de:


• Densidade de protões
• T1
• T2
Para maximizar o efeito de algum destes fatores, usam-se sequencias pulsadas RF.
Sequência SPIN-ECHO (SE):
A sequencia spin-echo corresponde à excitação dos protões com um pulso RF para produzir
um sinal FID seguido de um segundo pulso RF para produzir um eco.
O primeiro pulso (90º) coloca os spins em fase. Após os spins começarem a sair de fase
aplica-se um pulso de 180º que inverte os spins. O eco corresponde ao sinal provocado pelos
spins ao voltarem a ficar em fase.
O tempo de separação entre os dois pulsos RF e o T2 do tecido vão definir a separação entre
o sinal FID e o eco e consequentemente, o contraste entre os tecidos.
Tempo de eco (TE) corresponde à diferença entre o primeiro pulso (90º) e a medição do
pico correspondente ao eco.
O processo pode ser repetido com uma sequencia de pulsos de 180º para provocar ecos
sucessivos.

39

O decaimento do sinal FID a seguir ao primeiro pulso depende de T2*. O decaimento dos
valores de amplitude dos sinais de eco depende de T2 pois as heterogeneidades do campo
exterior não se alteraram.

A escolha do tempo entre pulsos vais definir a duração do TE. A escolha de TE permite
maximizar o contraste com maior dependência de T2.
Quando temos:
• TE curtos:
o O T2 não influência a imagem.
o Estamos a manter todos os núcleos em fase.
o Queremos que a imagem dependa principalmente de T1 e da densidade
protónica.
• TE longos:
o Quando queremos ter influência de T2.
• T2 longo:
o Demorou mais tempo a desfasar.
o Produzem um eco com mais intensidade.
o Imagem é mais clara.
• T2 curto:
o Demorou menos tempo a desfasar.
o Eco mais fraco.
o Imagem mais escura.





40

Numa sequencia Spin-eco é, normalmente, repetida várias vezes. Ao tempo entre pulsos
de 90º chama-se tempo de repetição (TR). Quanto maior for TR mais spins recuperam a
magnetização longitudinal e maior será o sinal medido com o pulso seguinte. Com TR curtos o
resultado será altamente dependente das diferenças de T1.
Se queremos que a imagem não dependa de T1 escolhemos TR longos. Com o mesmo TR,
um maior T1 implica um sinal menos intenso, porque recupera mais lentamente, originando
imagens mais escuras. Já com um T1 curto o sinal produzido é mais intenso porque recupera
mais depressa e temos imagens mais brancas.


Inversion Recovery:
As sequencias de Inversion Recovery podem ser utilizadas quando se pretende suprimir
determinados tecidos das imagens. Trata-se de sequencias semelhantes às de spin eco, mas que
são precedidas por um pulso de 180º que inverte a magnetização longitudinal.

Define-se Tempo de Inversão (TI) como o tempo entre o pulso original de 180º e o pulso de
90º que coloca os spins em fase. Se for definido um TE curto, o sinal medido será medido
altamente dependente de T1.
Aproveitando o facto de a magnetização longitudinal ser crescente após a inversão e passar
obrigatoriamente por zero, é possível escolher um valor de TI que suprima determinados tecidos
da imagem. 

• No caso de se escolher um TI muito curto, Short Tau Inversion Recovery (STIR), é
possível suprimir a gordura. 

• Com tempos TI mais longos, Fluid Attenuated Inversion Recovey (FLAIR), é possível
suprimir o CSF. 


41

Sequência Gradiente Eco (GE):
Em sequências de Gradiente Echo, é aplicado um gradiente ao campo magnético após o
pulso RF (90º ou inferior). 

Pequenas variações locais do campo magnético levam a uma desfasagem pois alguns spins
passam a precessar mais depressa e outros mais devagar. 

Se passado um tempo pré-determinado o gradiente for invertido, os spins que precessavam
mais devagar vão acelerar e vice-versa. Se o gradiente oposto for aplicado durante o mesmo
tempo que o gradiente original, aparecerá um eco do sinal FID. 

Esta sequencia surgiu para acelerar o processo do ponto de vista longitudinal. Aplica-se o
gradiente para que a desfasagem seja mais rápida e consequentemente o aparecimento do eco
seja mais rápido.

Com TR maiores que 200 ms e flip angles maiores que 45º, sequências GE resultam em
imagens semelhantes às SE, mas permitindo imagens em T1 com TE mais curtos. 

Com TR curtos e flip angles pequenos, temos uma recuperação mais rápida de Mz e uma
maior MXY. 

A grande diferença reside no facto de deixarmos de ter um sinal dependente de T2 e a
passarmos a ter uma dependência de T2*. 

Imagens por Ressonância Magnética (MRI):
A base da imagem por ressonância magnética é a capacidade de localizar espacialmente os
sinais de RM. 

O valor do campo magnético aplicado para colocar os núcleos a precessar define o valor da
frequência de precessão (frequência de Larmor). 

A sensibilidade da magnetização aos pulsos de RF depende da concordância entre a
frequência de Larmor e a frequência da RF. 

Se o campo exterior deixar de ser homogéneo e passar a existir um gradiente espacial,
núcleos em regiões diferentes precessarão com frequências diferentes. 
Se a RF tiver uma

42

frequência bem definida, garante-se que apenas alterará a magnetização numa região limitada
do corpo. 
Dessa forma, os sinais FID medidos pela antena virão obrigatoriamente dessa região.
Codificação espacial:
1. Corte/ seleção de corte (SS):
o Consideremos que se aplica um campo magnético que varia linearmente em Z.
o A frequência do pulso RF definirá o corte da imagem. 

o Ressonância ocorre apenas nesta secção 

o A espessura do corte é definida pela correspondência entre largura da banda de
frequências RF e variação do campo magnético.
o Aproveitando o tempo morto entre TRs é possível adquirir vários cortes. 

Como o gradiente acaba por desfasar os spins que tinha sido colocado em fase pelo pulso
RF, depois do corte estar selecionado é necessário aplicar um gradiente contrário para repor a
fase. 


O gradiente do campo magnético é conseguido sobrepondo o campo de mais do que uma


bobine. Para definir cortes com orientações diferentes basta criar o gradiente do campo
segundo a direção pretendida. Para tal existem bobines segundo as 3 direções principais que
podem ser combinados para criar um campo em qualquer direção.
Dentro de cada corte é necessário separar os sinais de cada linha e de cada coluna. 

2. Codificação em Fase:
o Resulta de um gradiente aplicado durante poucos ms segundo uma direção
perpendicular à já codificada. 

o Este gradiente resulta numa variação da frequência de Larmor que origina uma
desfasagem. 


43

o Quando o gradiente deixa de ser aplicado, todos os spins do corte voltam a ficar
com a mesma frequência, mas agora cada linha com uma fase diferente. 

o O número de TR e de gradientes aplicados define o número de linhas e colunas da
imagem.
A partir do momento em que cada linha corresponde a uma fase diferente, é necessário
distinguir os vários elementos dessa linha.
3. Terceira Codificação:
Aplica-se um novo gradiente, na direção perpendicular à do gradiente da codificação em
fase. 
Este último gradiente é aplicado durante a leitura do sinal FID e induz frequências de
precessão diferenciadas. 


No final de todas as sequências teremos sinal vindo de um determinado corte, com uma
frequência específica de cada coluna (ou linha) e com uma fase específica de cada linha (ou
coluna).

44

Reconstrução de Imagem em MRI:
A aplicação do gradiente de codificação em frequência irá provocar um eco específico dos
núcleos presentes em cada ponto da linha. Esse eco corresponde a uma série temporal de
medições, seguindo o tempo real.


Por outro lado, a aplicação sucessiva de gradientes de seleção de fase cada vez maiores,
levará a uma variação dos ecos segundo um tempo (pseudo-tempo) definido por TR.


Cada linha apresentará uma variação de fase periódica em função de TR que apresentará
uma frequência específica.

45

Os vários ecos registados em cada TR são guardados numa matriz a que se dá o nome de
espaço k.


A reconstrução de imagem passa agora por aplicar FT para determinar as várias frequências
presentes no espaço k e que seriam específicas de um ponto na imagem.
Para preencher o espaço k é necessário amostrar o sinal do eco. O número de amostras
recolhidas ao longo do eco (no de colunas do espaço k) vai limitar o número de frequências
diferentes que se podem identificar no sinal. 
Considerando que o eco é amostrado em M
instantes diferentes, podemos aplicar a seguinte transformação de variáveis. 



Raciocínio semelhante pode ser aplicado para transformar a variável pseudo-tempo em
KPE, admitindo que são aplicados N gradientes de fase diferentes com uma duração t.


O sinal medido num instante de tempo t e num instante de pseudo-tempo t é dado por:


A expressão tem a forma de FT inversa. Com esta transformação de variáveis garante-se
que (x,y) e (kFE,kPE) são um par de FT. 
(kFE, kPE) têm como unidades mm-1 e podem ser vistos
como frequências espaciais presentes na imagem de RM. 


O centro do espaço k corresponde às frequências espaciais baixas (estrutura da imagem)
enquanto que a periferia do espaço k corresponde às frequências espaciais elevadas (detalhes
da imagem)

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Para um determinado FOV, a resolução espacial depende da amplitude dos gradientes e da
dimensão da matriz do espaço k (número de gradientes de fase e número de amostragens
temporais). 

Preenchimento do espaço k:
1. A forma mais simples de preencher o espaço k é começar pelo menor gradiente de
fase e ir adquirindo os ecos para cada linha da matriz. Esta forma de aquisição é lenta
e pode limitar algumas das aplicações clínicas.
2. Half Fourier – Esta propriedade pode ser aproveitada para adquirir apenas metade do
espaço k na direção KPE, reduzindo 50% o tempo de aquisição sem grande perda de
resolução espacial.
3. Eco Parcial - A simetria do conjugado permite também adquirir apenas metade do
espaço k na direção kFE e dessa forma permitir TE e TR mais curtos.
4. Reduced Matrix - Outra alternativa é abdicar de adquirir todos os gradientes de fase,
substituindo o bins do espaço k correspondentes por 0. Como consequência,
estaremos a retirar frequências espaciais da nossa imagem, abdicando da resolução
espacial.

5. FOV retangular - Definir um FOV retangular pode permitir também um ganho em


tempo de aquisição sem degradar a qualidade de imagem. Se o lado mais curto da
FOV corresponder à direção de aplicação do gradiente de fase, isso permite que
sejam adquiridos menos TRs.

A qualidade de imagem em MRI pode ser avaliada pela resolução espacial ou pela relação
SNR. O valor de SNR depende de vários fatores:


Ressonância Magnética funcional (fMRI)
A perfusão dos tecidos através da rede de capilares permite “entregar” nas células oxigénio
e nutrientes e “remover” CO2. Estas medidas de perfusão podem ser realizadas através da
medição da fixação e da remoção de um traçador (endógeno ou exógeno). 

O traçador exógeno mais comum em ressonância é o Gd-DTPA que reduz o tempo T2* dos
núcleos. 

Imagens BOLD (blood oxygen level - dependent) são baseadas na redução de T2* resultante
da conversão de oxihemoglobina em deoxihemoglobina. 

Assim, Áreas com maior atividade metabólica vão produzir maiores contrastes – fMRI
(Functional Magnetic Resonance Imaging).

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O aumento de atividade metabólica origina um
enriquecimento em oxigénio do sangue. Este enriquecimento é
maior do que o aumento de necessidades das células.
Assim, a concentração relativa de deoxihemoglobina vai
diminuir. 

Numa sequência BOLD começa-se sempre por adquirir uma
imagem sem qualquer estímulo, ponderada em T2*. 

O paciente é sujeito a um estímulo seguindo-se uma nova
aquisição ponderada em T2*. 
O resultado final obtém-se
repetindo várias vezes esta sequência e no fim diminuindo a
soma das imagens sem estímulo da soma das imagens com
estímulo.
DWI (ressonância magnética por difusão):
A difusão depende do movimento aleatório das moléculas de água. 
As interações com a
estrutura celular levam a que este movimento seja anisotrópico. 

Se não houvesse constrangimentos, o movimento das moléculas dependeria do coeficiente
de difusão D. Havendo constrangimentos, o coeficiente é alterado para D*. 

O movimento das moléculas leva a perdas localizadas de sinal, estando estas relacionadas
de forma direta, ou seja, 
quanto maior for a difusão, maior será a perda de sinal. 

No caso de lesões isquémicas, a difusão é limitada e consequentemente não haverá uma
perda de sinal e essa região aparecerá mais brilhante na imagem.
Imagens de difusão podem ser obtidas com sequências pulsed gradient spin-echo. São
aplicados gradientes adicionais antes e depois do pulso
de refocagem de 180o. 

Em regiões onde não há difusão, os gradientes
cancelam-se. Por outro lado, em regiões onde há
difusão, protões sofrem desfasagens diferentes de um
gradiente para o outro. 
Diferença de intensidade
sobrepõe-se à ponderação T2. 

A atenuação de sinal devido à difusão é dada por:
6v6w6 ∆/3 Xw y ∗ ]
𝑅 = 𝑒 /[u
A expressão é normalmente simplificada para:
∗)
𝑅 = 𝑒 /({y

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Para distinguir se a perda de sinal se deve à difusão ou a T2, fazem-se sequências com pelo
menos duas aquisições com diferentes valores de b (sensibilidade à difusão) – sequência
Apparent Diffusion Coefficient (ADC).
DTI – Diffusion Tensor Imaging:
Pode ainda considerar-se D* como um tensor e não como uma constante. Esta informação
pode ser parametrizada numa imagem a que se convencionou chamar Diffusion Tensor Imaging.
Se:
• Gradiente da esquerda para a direita à cor vermelha.
• Gradiente da cabeça para os pés à cor azul.
• Gradiente da posição anterior para posição posterior à cor azul.
Usando esta combinações de cores é possível realizar uma tratografia que consiste numa
técnica de imagem que permite desenhar as “estradas” do nosso cérebro.
Angiografia RM (RMA)
Angiografia por RM obtém imagens do fluxo de sangue nos vasos aproveitando a
sensibilidade da MRI ao movimento de estruturas.
As duas técnicas mais utilizadas são:
• Time of flight (TOF) – Baseada nas alterações da magnetização 
longitudinal
provocadas pelo fluxo.
• Phase contrast (PC) – Baseada nas alterações da magnetização transversal
provocadas pelo fluxo 

O efeito do movimento na imagem deve-se ao facto de a TF usada assumir que o sinal vindo
de cada voxel não muda entre TR, exceto devido ao gradiente de fase. Todas as alterações
verificadas entre TR assumem-se que resultam de diferentes gradientes de fase.
Efeito TOF:
Este efeito resulta de parte ou da totalidade do sangue presente num determinado corte
ser substituído entre TR ou entre os pulsos de 90º e 180º. Se o sangue for totalmente substituído
entre os pulsos de 90º e 180º não será medido qualquer eco.
Neste efeito, a perda de sinal será tanto maior quanto maior for a velocidade.

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Com uma sequência Gradient Echo (sem pulso 180º) o efeito TOF ocorre entre TRs.
Os spins presentes originalmente no corte, com Mz ainda a recuperar, são substituídos por
spins de outros cortes que continuam com Mz no máximo, resultando num aumento do sinal.
Assim, imagens com um TR muito curtos implica imagens com pouco sinal.
Nestas imagens, as estruturas em
movimento irão apresentar uma cor
branca, sendo que está diretamente
relacionado com a velocidade, ou seja,
quanto maior a velocidade mais branca
a estrutura vai aparecer na imagem. Por
sua vez, se as estruturas estiverem
paradas vão aparecer na imagem em
tons de cinzentos.
MRA por TOF:
Uma imagem de MRA é obtida com sequências Gradient Echo com TE e TR curtos para
minimizar o sinal de spins estacionários. Os spins que entram no corte têm a magnetização
longitudinal maximizada. A visualização é otimizada com MIP e os cortes são adquiridos
perpendicularmente ao fluxo.
Phase contrast (PC):
Todos os gradientes de uma sequência que não o de codificação de fase são compensados
para não introduzirem diferenças de fase. Esta compensação são funciona com protões
estáticos. Protões em movimento adquirirão uma diferença de fase proporcional à sua
velocidade.
MRA por PC:
Para obter uma imagem de MRA por PC são aplicados segundo cada uma das direções da
codificação espacial gradientes bipolares que não alteram a fase de protões estáticos, mas que
produziram uma diferença de fase que varia linearmente com a velocidade dos protões segundo
essa direção.
Breast MRI
O diagnóstico de câncer de mama pode ser aprimorado pela MRI.
As imagens de ressonância magnética são adquiridas num scanner de corpo inteiro com
uma bobine específica para a mama. A MRI permite visualizar e avaliar a vascularização em torno
de um possível tumor.
Para mulheres com um peito denso deve ser considerada como um método de triagem.

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MEDIÇÃO DE BIOSSINAIS ELETROMAGNÉTICOS

Bioelectromagnetismo:
O Bioelectromagnetismo estuda fenómenos relacionados com o comportamento de
tecidos excitáveis no corpo humano.
Conceitos relevantes:
• Correntes e potenciais elétricos num condutor volúmico.
• Campo magnético no interior e vizinhança do corpo.
• Resposta de células excitáveis a estimulação elétrica e magnética.
• Propriedades elétricas e magnéticas intrínsecas do tecido. 

Modalidades a analisar:
• Eletromiografia
• Eletroencefalografia
• Magnetoencefalografia 

A associação entre os sinais eletromagnéticos medidos e uma determinada característica
do organismo é classificado como um problema inverso.
Eletromiografia (EMG):
Registo (por meio de elétrodos) da atividade elétrica do músculo esquelético (músculo:
esquelético, liso, cardíaco).
Reflete informação sobre o controlo exercido pelo sistema nervoso sobre os músculos.
Aplicações:
• estudo da função muscular normal
• distrofia
• reabilitação
• controlo de próteses.
Contração muscular: deslocamento relativo das miofibrilas de actina e miosina.
Unidade motora: conjunto de todas as fibras musculares enervadas por um neurónio motor
Potencial de ação muscular: gerado ao nível da junção neuromuscular; propaga-se a toda a
unidade motora.
MUAP = “motor unit action potential”
Cada MUAP corresponde à soma dos potenciais gerados por cada fibra muscular individual.
O registo EMG corresponde à soma de todos os MUAPs suficientemente próximos do
elétrodo. 

Padrões registados fornecem informação importante sobre integridade do músculo.

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Registo do eletromiograma:
1. Elétrodos invasivos inseridos diretamente no músculo através da pele:
• Permitem melhor resolução espacial e medição de MUAPs individuais.
• Usados essencialmente em ambiente clínico.
2. Elétrodos de superfície
• Registam a soma de uma grande quantidade de MUAPs
• Resolução espacial mais limitada.
• Usados quando a informação relevante está contida na amplitude do sinal ou no
tempo de ativação de um músculo.
• Controlo de próteses, análise de movimento, medicina desportiva.
Diagnóstico clínico:
• EMG durante a contração de músculos específicos.
• Análise da morfologia dos MUAPs
• Despistagem de situações de distrofia, infeção muscular, etc.
Estudo do movimento corporal:
• Elétrodos de superfície.
• Estratégias de controlo motor, postura
Ergonomia:
• Amplitude do EMG de superfície permite estudar carga muscular durante tarefa,
por exemplo, manejo de utensílio ou ferramenta.
• Deteção de fadiga muscular (alterações no espectro de frequências do EMG de
superfície).
Controlo de próteses
• Amputados ou indivíduos com malformações.
• Elétrodos de superfície colocados sobre o membro residual.
• EMG registado serve de sinal de controlo da prótese.
Eletroencefalografia:
Consiste no Registo, ao nível do escalpe, dos potenciais elétricos produzidos pelo
funcionamento do cérebro humano.
Aquisição dos sinais EEG:
• Elétrodos posicionados junto ao escalpe
o Utilização de gel eletrolítico
• Elétrodos dispostos segundo esquemas padrão
o Referências: nasion, inion, orelhas, mento (queixo)

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• Medição relativa:
o Montagem bipolar (A):
§ ddp entre elétrodos sucessivos;
§ mais sensível a alterações locais;
o Montagem monopolar (B):
§ referência comum (por exemplo as orelhas, mento);
§ facilita comparação dos diferentes elétrodos;

• Atividade cerebral espontânea:


o O EEG normal é caracterizado por uma atividade rítmica + descargas
transientes
o Ritmo alfa: 8-13 Hz, 20-60 µV (repouso, vigília, olhos fechados; predomina
nos elétrodos occipitais)
o Ritmo beta: 13-30 Hz, 1-10 µV (Vigília, atenção; predominantemente
frontal)
o Ritmo teta: 4-7 Hz, 10-50 µV (Transição vigília-sono; frontal e temporal)
o Ritmo delta: < 4 Hz (Normal em crianças e no sono profundo dos adultos)

• Atividade cerebral anormal, caracterizada por mudança abrupta de frequência e


aumento da amplitude dos potenciais, detetáveis por EEG. 


Eletroencefalografia – Potenciais Evocados

• Atividade elétrica, medida no escalpe, gerada por estímulo:


o Verbal
o Visual
o Auditivo
o Somático 

• Amplitude muito inferior à da atividade espontânea 

o medição requer a elaboração de médias (maximização sinal/ruído) 

• Resolução temporal ~1 ms 

• Aplicações:
o Diagnóstico (integridade das vias sensoriais)
o Estudo das funções cognitivas 

• Registo EEG do sono
Durante o sono ocorrem variações importantes que são
retratadas no EEG. Estas variações permitem elaborar um gráfico,
o hipnograma que representa a sequencia das fases do sono
durante a noite.

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Magnetoencefalografia (MEG)
• Deteção e estudo dos campos magnéticos extracranianos gerados por correntes
iónicas no cérebro.
• Correntes iónicas neuronais originam campo magnético na sua vizinhança 

• Potencial de ação:

o Modalizável por um quadruplo (2 fontes + 2 sumidouros)
o Magnitude do campo varia com o inverso do cubo da distância
o Transiente no tempo e no espaço 

• Potenciais pós-sinápticos (PPS):
o Modelizáveis por um dipolo (fonte + sumidouro)
o Magnitude do campo varia com o inverso do quadrado da distância
o Prestam-se a soma no tempo e no espaço 

• Sinais MEG resultam essencialmente de PPSs.
• O campo magnético associado com a atividade cortical é 7 a 8 ordens de
grandeza inferior ao campo terrestre.
• Sistemas de medida baseados no SQUID (Superconducting QUantum
Interference Device)
o Conversor corrente-voltagem com elevado ganho
o Corrente induzida em bobina supercondutora por campo variável é
convertida em voltagem no SQUID
o SQUID sensível à variação do campo magnético, e não a campos
estáticos (terrestre) 

• A sala onde se realiza o exame é blindada com o objetivo de isolar o local onde
ocorre a medição do ruído magnético exterior.
• Comparação entre MEG e EEG:
o Sinal medido por MEG não sofre influência do crânio (isolante)
o MEG sensível apenas a dipolos tangenciais
o Área ativa mais pequena

o MEG possui maior precisão na localização espacial (~ 5 mm)
o MEG dispensa colocação de elétrodos
• Desvantagens da MEG:
o Custo
o Insensibilidade a fontes radiais pode ser um problema em certos
estudos
o Pouco portátil

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SISTEMAS MULTIMODAIS

Qual o interesse de combinar imagens médicas cerebrais de diferentes modalidades?


• Acumulação de informação relevante.
• Suprimir as lacunas de cada modalidade:
o Informação anatómica /informação espacial.
o Resolução temporal / resolução espacial
Registo de Imagens:
Antes de terem sido desenvolvidos sistemas híbridos, já era possível combinar informação
anatómica com funcional através do co-registo de imagens ou sinal. Co-registo consiste em:
• Definição de relação espacial entre imagens de diferentes modalidades.
• Situação típica: localização das medições em função do sistema de coordenadas
implícito de uma imagem MRI.
• Obtenção da transformação que converte uma imagem noutra.
• Utilização de Templates anatómicos.
Apresenta a desvantagem de a informação poder não ser combinável por não ter sido
adquirida em simultâneo.
Sistemas de aquisição de imagens híbridos:
Além de combinarem informação distinta, estes sistemas permitem melhorar a informação
de cada um deles individualmente.
• Correção de atenuação (PET-CT e SPECT-CT)
• Correção de movimento e efeito de volume parcial (PET-MR)
fMRI + EEG
Combinar fMRI com EEG permite localizar ativações (fMRI) e estimar séries temporais
(EEG).
Esta combinação apresenta diversos problemas:
• Interferência do campo magnético estático na instrumentação EEG.
• Artefactos MRI provocadas pelos elétrodos EEG.
• Correntes induzidas e elétrodos EEG pelos gradientes MRI
• Ruído EEG devido ao movimento de material paramagnético.
• Limitações inerentes à MRI.
Potencialidades:
• Localização das fontes EEG constrangida por: Informação anatómica MRI e
informação fMRI (regiões ativas recebem ponderação maior do que regiões não
ativas.

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RADIOTERAPIA

Radioterapia consiste no tratamento de tumores por radiação, uma vez que o tecido
canceroso é mais sensível à radioatividade (divisão celular mitótica).
Portanto, o objetivo é maximizar a exposição do tumor e minimizar a exposição do tecido
circundante.
Modalidades de radioterapia:
• Teleterapia (fontes distantes).
• Braquiterapia (fontes próximas).
• Terapia por radionuclídeos.
Radiações ionizantes utilizadas:
• Raios X.
• Raios g
• Eletrões
• Mesões p, hadrões, etc.
A radioterapia pode ser combinada com outros tipos de terapia (quimioterapia, cirurgia).
Avaliação do tumor em tratamento:
Uma vez diagnosticado, um tumor é avaliado para decidir qual o tratamento a seguir.
Quando a escolha recai sobre a radioterapia, isoladamente ou em conjunto com outra
terapia, a resposta do tumor à radiação tem de ser avaliada.
Os fatores a ter em conta são:
• A relação entre radiossensibilidade, radiocurabilidade e dose tolerável;
• O efeito do oxigénio;
• Fraccionamento de dose;
• Efeito de volume;
• Transferência linear de energia da radiação.
Radiossensibilidade, radiocurabilidade e dose tolerável:
O objetivo da radioterapia é depositar uma dose suficientemente alta para esterilizar as
células tumorais, provocando o mínimo dano nas zonas circundantes.
A radiossensibilidade:
• é, em primeira aproximação, uma função do tecido do qual se formou o tumor;
• pode ser definida como a capacidade da radiação de alterar biologicamente as
células que compõem o tumor, quer por morte ou por destruição da sua
capacidade reprodutiva.

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A radiação não consegue distinguir tecidos normais de tecidos tumorais. Todos os tecidos
normais têm uma dose tolerável – a dose máxima que pode ser depositada nos tecidos.
Assim, a dose tolerável é normalmente superior à radiossensibilidade, pois tem em conta a
capacidade de reparação dos tecidos.
A dose curativa é definida como a dose necessária para esterilizar um tumor.
É necessário comparar a dose tolerável e a dose curativa para averiguar sobre o sucesso do
tratamento. Deste modo, para que a radioterapia seja possível, a dose tolerável não pode ser
inferior à dose curativa.
Efeito do oxigénio
O oxigénio pode limitar ou aumentar os efeitos da radioterapia. A presença do oxigénio
aumenta o efeito dos radicais livres. Tumores contendo células hipóxicas requerem doses mais
elevadas.
Células completamente oxigenadas têm uma sensibilidade 2,5 a 3 vezes superiores às
células hipóxicas.
Células hipóxicas podem reoxigenar. Isto pode ocorrer apos células bem oxigenadas do
tumor serem destruídas com as doses iniciais de radiação. Assim, as células que eram
inicialmente radio-resistentes, serão mais sensíveis, o que pode melhorar a capacidade
terapêutica. O método utilizado passa pelo fracionamento da dose.
Fracionamento da dose:
O fracionamento de dose consiste em dividir doses elevadas necessários ao tratamento em
doses mais pequenas, normalmente diárias.
Este procedimento permite esterilizar as células tumorais, diminuindo o efeito nas células
circundantes.
Efeito do volume
O efeito de volume está relacionado com a incapacidade de proteger tecidos sãos próximos
do tumor.
À medida que o volume tumoral aumenta, a zona que acabará por ser irradiada num
tratamento de radioterapia também aumenta, o que impõe constrangimentos ao nível da dose
que pode ser administrada ao tumor.
Transferência linear de energia e Ionização específica:
A transferência linear de energia (TLE ou LET) é definida como a taxa a que a radiação
ionizante deposita energia nos tecidos ao longo do seu percurso. É o parâmetro físico que
descreve a qualidade da radiação.
A TLE é expressa em keV/µm (energia por unidade de distância). A TLE dos raios X de
diagnóstico é aproximadamente 3 keV/µm.

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A ionização específica é o numero de pares iónicos produzidos por unidade de distância
percorrida pela radiação. É expressa em m-1 e aumenta quando a TLE aumenta.
A capacidade da radiação ionizante produzir respostas biológicas aumenta com o aumento
da TLE e da IE. A capacidade de penetração nos tecidos diminui com o aumento de TLE e de IE








Efeitos moleculares da irradiação:
As células do organismo humano são altamente especializadas, sendo cada uma delas
responsável pela realização de uma tarefa bem determinada. A função de uma célula é definida
pela estrutura das moléculas que a constituem. Os danos moleculares resultantes da Acão da
radiação ionizante podem comprometer o funcionamento normal das células.
A Acão da radiação nas células é classificada por:
• Acão direta: produzida em macromoléculas biológicas vitais, como o DNA, o RNA,
proteínas e enzimas.
• Acão indireta: os efeitos são produzidos por radicais livres muito reativos que se
formam por reação da radiação com as moléculas da água.
O principal mecanismo de interação indireta da radiação com as estruturas biológicas é a
radiólise (quebra por radiação) da água.
Assim, o resultado da radiólise da água é a formação de dois pares iónicos, H+ e OH- e de
dois radicais livres H e OH.
Os radicais livres:
• São átomos eletricamente neutros que contêm um eletrão desemparelhado na
orbital de valência.
• São extremamente reativos, pois o eletrão desemparelhado procurará emparelhar-
se com outro eletrão, mesmo que para isso tenha que quebrar ligações químicas.
• São instáveis, durando apenas alguns milissegundos. Durante este período de
tempo são capazes de se difundir através da célula, interagindo longe do local da
sua formação.

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Dois radicais livres OH podem ainda juntar-se, originando H2O2, que é tóxico para a célula.
O radical livre H pode interagir com uma molécula de oxigénio para formar um radical livre
hidroperóxil HO2.
Teleterapia
A teleterapia consiste na irradiação do paciente com radiação proveniente de fontes
externas.
A irradiação pode ser feita com raios-X, neutrões, protões ou iões pesados.
A teleterapia pode ser realizada com 3 tipos de equipamentos:
• Geradores de Raios-X de quilovoltagem
• Aceleradores Lineares (Linac)
• Bombas de Cobalto-60
Geradores de Raios-X de quilovoltagem
Historicamente, foram os primeiros a ser usados em radioterapia.
Atualmente, usados apenas em lesões superficiais.
• Até 5 mm (50-150kV)
• 1-2 cm (150 – 400 kV)
Filtragem do feixe à saída do tubo para endurecimento do feixe, isto é, retira do feixe as
energias mais baixas de modo a que a média das energias seja mais elevada.
Bombas de Cobalto-60
As bombas de cobalto-60 consistem numa fonte de cobalto colocada dentro de um
invólucro selado. O Co-60 é um emissor de raios gama de elevada energia com potencial
terapêutico. O Co-60 decai para Ni-60 através de um decaimento beta menos acompanhado
pela emissão de eletrões de 1,17 e 1,33 MeV.
Desvantagens:
• Caíram em desuso devido à dificuldade de proteção para os técnicos.
• O preço do Cobalto-60
• O que fazer quando o Co-60 deixa de ter a atividade necessária para o tratamento,
mas que continua a ser radioativo.
Aceleradores Lineares:
• Os LINAC permitem acelerar eletrões até energias superiores a 6 MeV. 

• Um LINAC consiste num tubo cilíndrico onde são injetadas ondas de RF. 

• A configuração de um LINAC permite que este se comporte como uma guia de
ondas, fazendo com que as ondas RF se propaguem a velocidades pré-
determinadas. 


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• Os eletrões são emitidos numa extremidade e acelerados pelas ondas RF. 

• A velocidade de propagação das ondes RF, aumentando ao mesmo que ritmo que
a velocidade dos eletrões.
• Os eletrões acelerados podem servir para:
o Fazer diretamente terapia (lesões com profundidades até 70 mm);
o Incidir num alvo com Z elevado (p.ex. tungsténio) e produzir radiação X por
bremsstrahlung (energia máxima ~ 22 MeV, devido a constrangimentos
espaciais).
• O LINAC tem a possibilidade de ser rodado para irradiar o paciente de diferentes
posições.
Colimação Multileaf (MLC):
O feixe de partículas produzido deverá ser colimado para restringir ao máximo a área
irradiada. Colimadores multileaf (MLC) permitem atribuir ao feixe a forma pretendida.
IMRT:
A Radioterapia de Modulação de Intensidade (IMRT) é um modo avançado de radioterapia
de alta precisão que usa aceleradores lineares controlados por computador para fornecer doses
de radiação precisas para um tumor maligno ou áreas específicas dentro do tumor.
IMRT permite que a dose de radiação se conforme mais precisamente à forma
tridimensional do tumor modulando a intensidade do feixe de radiação em múltiplos volumes
pequenos.
Planeamento:
1. Escolher posicionamento e método de imobilização adequados. 

2. Identificar a localização e formado tumor (alvo) e dos
órgãos em risco. 

3. Selecionar um feixe adequado 

4. Avaliar a distribuição de dose 
resultante. 

5. Ajustar os parâmetros do equipamento de produção
do feixe, de modo a ajustar a dose resultante à dose
pretendida.
6. Tanto a forma(MLC) como a intensidade (IMRT) do
feixe pode ser modelada. 

7. A utilização de imagens de TC, RM, SPECT, PET para a definição de volume-alvo.
8. A criação dos contornos correspondentes aos volumes alvo depende da fiabilidade
das imagens de partida e do software utilizado para o efeito.

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Tomoterapia:
É uma terapia conceptualmente semelhante à tomografia:
• A cada instante, uma ou mais secções do paciente são 
irradiadas 

• Os perfis de intensidade são gerados por um colimador especial 

• Paciente movido longitudinalmente 


• Combinação com equipamento CT 



• O sistema mais atual consiste na instalação de um colimador do tipo multifolhas
num sistema do tipo CT espiral 

Braquiterapia:
• As fontes radioativas são diretamente inseridas no corpo, em contacto com o
tecido tumoral 

• É aplicada elevada dose de radiação de modo muito localizado. 

• Tipos de braquiterapia:

o Intercavitária (cavidades naturais do corpo humano)
o Intersticial (interior de tecidos)

o Intraluminal (estruturas tubulares, p.ex. esófago, trato digestivo)
o Superficial 

• Fontes usadas em braquiterapia:
o Rádio-226, Rádon-222, Césio-137, Irídio-192, Cobalto-60, Ouro-198, Iodo-
125, Estrôncio-90 

Terapia com iões

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Outras formas de terapia:
HIFU – Higt Intensity Focus Ultrassound
É uma forma de tratamento de cancro que consiste na deposição de elevadas quantidades
de cancro que consiste na deposição de elevadas quantidades de energia nos tecidos tumorais,
elevando a temperatura. São utilizados feixes de ultrassons de elevada energia e altamente
focados. Pode ser considerado em tumores de: próstata, rim, fígado, pâncreas e bexiga. O
tratamento pode ser guiado por RM.
As principais vantagens são:
• Ser não-invasivo.
• Não provoca hemorragias
• Não afeta tecidos circundantes
• Não utiliza radiação ionizante
• Permite recuperações rápidas.
Terapia com Micro-Ondas:
O tratamento de tumores através de seu sobreaquecimento também pode ser realizado
com micro-ondas. A fonte é colocada próxima do tumor e a monitorização pode ser feita com
MRI.

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