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do Programa Nacional de
Alimentação Escolar
(PNAE)
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
República Federativa do Brasil
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO
Tribunal de Contas da União
Ministros
MINISTROS Raimundo Carreiro (Presidente)
José Múcio Monteiro (Vice-presidente)
Ubiratan Aguiar, Presidente
Walton Alencar Rodrigues
Benjamin Zymler, Vice-Presidente
Benjamin Zymler
Marcos Vinicios Vilaça
Augusto Nardes
Valmir Campelo
Aroldo Cedraz de Oliveira
Walton Alencar Rodrigues
Ana Arraes
Augusto Nardes
Bruno Dantas
Aroldo Cedraz
Vital do Rêgo
Raimundo Carreiro
José Jorge
Auditores
MINISTROS-SUBSTITUTOS Augusto Sherman Cavalcanti
Marcos Bemquerer Costa
Augusto Sherman Cavalcanti
André Luís de Carvalho
Marcos Bemquerer Costa
Weder de Oliveira
André Luís de Carvalho
Weder de Oliveira
Ministério Público
MINISTÉRIO PÚBLICO JUNTO AO TCU Paulo Soares Bugarin (Procurador-Geral)
Lucas Rocha Furtado (Subprocurador-Geral)
Lucas Rocha Furtado, Procurador-Geral
Cristina Machado da Costa e Silva
Paulo Soares Bugarin, Subprocurador-Geral
(Subprocuradora-Geral)
Maria Alzira Ferreira, Subprocuradora-Geral
Marinus Eduardo De Vries Marsico (Procurador)
Marinus Eduardo de Vries Marsico, Procurador
Júlio Marcelo de Oliveira (Procurador)
Cristina Machado da Costa e Silva, Procuradora
Sérgio Ricardo Costa Caribé (Procurador)
Júlio Marcelo de Oliveira, Procurador
Rodrigo Medeiros de Lima (Procurador)
Sérgio Ricardo Costa Caribé, Procurador
Brasília, 2017
© Copyright 2017, Tribunal de Contas da União
http://www.tcu.gov.br
SAFS, Quadra 4, Lote 01
CEP 70042-900 – Brasília/DF
APRESENTAÇÃO DO
PRESIDENTE DO TCU
• Analisar a prestação de contas do gestor; Por isso, a presente edição visa atualizar a
fundamentação legal, trazer novos conceitos
• Fornecer e apresentar relatórios acerca do e ferramentas e incorporar as mudanças na
acompanhamento da execução do PNAE; e execução do PNAE, em especial aquelas rela-
cionadas à sustentabilidade nas aquisições
• Comunicar ao Fundo Nacional de de alimentos para o Programa e à verificação
Desenvolvimento da Educação, ao Tribunal das condições higiênico-sanitárias das esco-
de Contas da União, à Controladoria-Geral las que oferecem alimentação escolar. Além
da União, ao Ministério Público e aos de- disso, outra relevante alteração diz respeito
mais órgãos de controle responsáveis à inclusão de informações relacionadas ao
quaisquer irregularidades identificadas na Sistema de Gestão de Conselhos (Sigecon).
execução do PNAE.
Com mais esta edição, o TCU reitera seu apoio
Para desenvolver atribuições tão importan- aos Conselhos de Alimentação Escolar, visando
tes, os conselheiros necessitam de informa- contribuir para o fortalecimento do controle
ção e orientação. social do PNAE.
4 RAIMUNDO CARREIRO
Presidente do Tribunal de Contas da União
APRESENTAÇÃO DO
PRESIDENTE DO FNDE
CARTA AOS
CONSELHEIROS
Há mais de 60 anos, o PNAE ajuda na luta Talvez você não conheça o Tribunal de Contas
contra a desnutrição pela promoção de hábi- da União. O TCU é um tribunal diferente! É um
tos alimentares saudáveis e pela educação de órgão auxiliar do Congresso Nacional que tem
qualidade. São mais de 40 milhões de alunos a responsabilidade de exercer a fiscalização da
matriculados e mais de 50 milhões de refei- aplicação de recursos públicos federais garan-
ções por dia! Além disso, o PNAE contribui com tindo a sua correta utilização. O TCU tem bus-
o sustento de dezenas de milhares de agricul- cado formas de atuar de maneira preventiva,
tores familiares, distribuindo renda e contri- antes que a ineficiência ou a fraude aconte-
Outra forma de controle é aquele exercido pela Por isso, nesta publicação o Conselheiro
população em geral e pelo próprio beneficiário. Conselheiro encontrará informações que
Esse tipo de controle, que pode se dar formal ou vão ajudar no desempenho de sua tarefa.
informalmente, é chamado de controle social. O Conselheiro terá, ainda, a oportunidade
de refletir sobre a importância de ser um
No caso da alimentação escolar, foram criados Conselheiro da Alimentação Escolar e de en-
os Conselhos de Alimentação Escolar, conheci- tender que a atividade de controle social é
dos pela sigla CAE. O CAE é o responsável ofi- fundamental para a cidadania e para a demo-
cial pelo controle social sobre o PNAE. cracia de nosso país!
E é para os CAEs que essa publicação foi criada. Com a participação do CAE, o FNDE, o TCU e
Sabe por quê? os demais órgãos responsáveis pelo controle
desse Programa podem conhecer melhor o
Por que o TCU e o FNDE reconhecem que a seu funcionamento no seu Município e, se for
melhor forma de garantir que os alunos se- o caso, identificar rapidamente os problemas,
jam cada vez mais bem atendidos pelo PNAE é podendo assim tomar as providências neces-
acompanhar de perto a execução do Programa. sárias para solucioná-los.
Reconhecem, também, que sozinhos não con- Nunca se esqueçam que a atuação de vocês 7
seguem acompanhar um programa que alcan- é peça fundamental para melhor alimenta-
ça todos os Municípios do Brasil. E o CAE, por ção e educação para crianças e melhor con-
estar bem próximo das escolas, é fundamental dição de vida para agricultores familiares. A
para o seu acompanhamento. sociedade brasileira reconhece e agradece a
importante função que vocês, Conselheiros,
Reconhecem, ainda, que o Conselho de desempenham para o cumprimento dos ob-
Alimentação Escolar só poderá exercer a sua jetivos do PNAE.
Bom trabalho!
SUMÁRIO
Capítulo 1 10
O que é o Programa Nacional de
Alimentação Escolar (PNAE)?
Capítulo 2 18
O controle social do PNAE: o Conselho
de Alimentação Escolar (CAE)
Capítulo 3 26
8
Como acompanhar a
execução do PNAE?
Capítulo 4 68
O parecer que o Conselho
encaminha ao FNDE
Palavras finais 82
Anexo 1 84
Anexo 2 88
Anexo 3 91
Anexo 4 93
10
CAPÍTULO 1
O que é o Programa
Nacional de
Alimentação
Escolar (PNAE)?
1. O que é o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)?
escolar do seu Município ou Estado, conside- regionais, para a elaboração das chamadas
rando, por exemplo: públicas, priorizando a aquisição de ali-
mentos orgânicos, de base agroecológica
• se os cardápios da alimentação escolar e da sociobiodiversidade e também a com-
são elaborados por nutricionista respon- pra de agricultores familiares de povos e
sável técnico pelo PNAE do seu Município comunidades tradicionais;
ou Estado;
• se o Programa oferece, no mínimo, três por-
• se a cultura alimentar da região é considera- ções de frutas e hortaliças por semana nas
da no momento da elaboração do cardápio; refeições; e
Utilização de pelo menos 30% dos recursos transferidos pelo Governo Federal
na aquisição de produtos da agricultura familiar
O terceiro aspecto a ser considerado no PNAE malmente mais bem aceitos pelos estudan-
é a obrigatoriedade da utilização de 30% dos tes. Lembre-se sempre de que a refeição ofe-
recursos federais na aquisição de produtos da recida pelo PNAE deve respeitar e fomentar a
14 agricultura familiar. cultura alimentar local.
tores a comercialização de seus produtos, au- • Utilizar alimentos mais frescos quanto
mentando a sua qualidade de vida e a de sua possível;
família. Por tudo isso, é importante salientar • Fazer uso de alimentos relacionados à cul-
que a elaboração dos cardápios escolares deve tura alimentar local;
aproveitar os produtos da região. O contrário • Preservar o meio ambiente; e
também pode ocorrer: alguns alimentos do • Promover a inclusão social.
cardápio podem servir de estímulo à produção
pelos agricultores familiares. E veja só! Uma das mais importantes tarefas
dos Conselheiros de Alimentação Escolar é ve-
Em resumo, a aquisição de produtos da ali- rificar se a exigência legal, ou seja, a utilização
mentação escolar deve: de no mínimo 30% do total de recursos do
PNAE está sendo efetivamente destinada para
• Fomentar a economia local; compra da agricultura familiar.
Do ponto de vista operacional, o PNAE funcio- A Unidade Executora (UEx) - A unidade execu-
na assim: tora é uma sociedade civil com personalidade
jurídica de direito privado, vinculada à escola,
O Governo Federal, por meio do FNDE, é o res- sem fins lucrativos, que pode ser instituída por 15
ponsável pela definição das regras do Programa. iniciativa da escola, da comunidade ou de am-
É aqui que se inicia o processo de financiamen- bas. Podem ser chamadas de “Caixa Escolar”,
to e execução da alimentação escolar; “Associação de Pais e Mestres”, ‘Círculo de Pais
e Mestres” ou “Unidade Executora”. Representa
As Entidades Executoras (EEx) – que são a comunidade educativa;
as Secretarias de Educação dos Estados, do
Distrito Federal, e dos Municípios e as esco- O Conselho de Alimentação Escolar é res-
las federais – se responsabilizam pelo desen- ponsável pelo controle social do PNAE, isto é,
volvimento de todas as condições para que o por acompanhar a aquisição dos produtos, a
Programa seja executado de acordo com o que qualidade da alimentação ofertada aos alu-
a legislação determina; nos, as condições higiênico-sanitárias em que
• O Ministério Público Federal que, em par- Além disso, as EEx são responsáveis por definir
ceria com o FNDE, recebe e investiga as de- a forma de gestão do programa.
núncias de má gestão do Programa;
Existem três formas de gestão do PNAE:
• As Secretarias de Saúde e de Agricultura
dos Estados, do Distrito Federal e dos a . Centralizada: o FNDE envia o recurso e a
Municípios, que são responsáveis pela ins- EEx compra e distribui os alimentos;
16 peção sanitária, por atestar a qualidade
dos produtos utilizados na alimentação b. Semidescentralizada ou semi-escolari-
ofertada e por articular a produção da agri- zada: a EEx recebe os recursos, compra e
cultura familiar com o PNAE; e distribui alguns alimentos e repassa às es-
colas parte dos recursos para a aquisição
• O Conselho Federal e os Conselhos de outros alimentos; e
Regionais de Nutricionistas, que fiscalizam
a atuação desses profissionais. c . Descentralizada ou escolarizada: o FNDE
repassa o recurso à EEx que, por sua vez, o
As EEx, isto é, as Secretarias Estaduais e repassa para as escolas e estas realizam a
Municipais de Educação, e as escolas federais, compra dos alimentos.
têm várias obrigações. São elas:
O modelo mais adotado na maioria das cida-
• Realizar o censo educacional todos os anos des brasileiras é o centralizado. No caso das
para informar o número de alunos, pois o redes estaduais, que possuem escolas espa-
recurso a ser recebido é calculado a partir lhadas por todo o Estado, a opção pelo mode-
do número de alunos matriculados; lo escolarizado também é bastante utilizada.
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18
CAPÍTULO 2
O controle social do
PNAE: o Conselho
de Alimentação
Escolar (CAE)
2. O controle social do PNAE: o Conselho de Alimentação Escolar (CAE)
LEMBRE-SE:
é obrigação do Governo, seja
Federal, Estadual ou Municipal,
criar, manter e promover espaços
para que o exercício do controle
social possa se dar de forma efetiva
Mas esse apoio operacional não pode gerar A palavra deliberar quer dizer “de-
constrangimentos. A autonomia do CAE é fun- cidir, determinar, ordenar, resolver
damental para o desempenho de seu trabalho! ou dispor”. Logo, ao afirmar que o
Por exemplo, ao visitar escolas para o monitora- CAE tem caráter deliberativo, o que
mento, o CAE não precisa comunicar com ante- se quer dizer é que ele tem compe-
cedência às escolas que serão visitadas. Dessa tência para decidir, em instância
forma, ao chegar ao local, o Conselho encontra- final, sobre determinadas questões
rá a realidade diária. no PNAE, como no caso da elabora-
ção do parecer conclusivo (atribui-
Por que o CAE tem caráter permanente? ção deliberativa).
ATENÇÃO!
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Qualquer pessoa pode acompanhar o programa de
alimentação escolar.
Mas o que o CAE tem que fazer? • Visitar periodicamente as escolas para
verificar se a alimentação está efetiva-
Em resumo, o CAE deve: mente acontecendo dentro dos padrões
desejados, com o cardápio previsto. Ou
• Monitorar e fiscalizar a aplicação dos re- seja, “monitorar” a execução do progra-
cursos públicos e o cumprimento do que ma. É importante que não se deixe de
está estabelecido nos documentos que de- visitar as escolas mais distantes. Quanto
finem a execução do Programa (artigo 35 mais difícil o acesso e mais remota a co-
da Resolução CD/FNDE nº26/2013); munidade, maior a chance de se encon-
trar problemas na execução do Programa;
• Analisar o Relatório de acompanhamento
da gestão do PNAE antes de elaborar o • Organizar reuniões periódicas para discu-
Parecer Conclusivo; tir os problemas observados durante as vi-
sitas às escolas, acompanhar os processos
• Analisar a prestação de contas e emitir o de aquisição de alimentos, observar os car-
Parecer Conclusivo; dápios, estudar e se atualizar em relação a
alterações no Programa. Uma boa forma
• Comunicar ao FNDE, ao TCU e a outros órgãos de permanecer atualizado é participar das
de controle as irregularidades observadas; capacitações promovidas pelo FNDE, pelos
Centros Colaboradores em Alimentação e
• Fornecer informações e apresentar relatórios Nutrição do Escolar (CECANEs) e acompa-
de acompanhamento da execução do PNAE nhar a página do FNDE (www.fnde.gov. 23
sempre que solicitado; br), sobretudo o tópico referente às Notas
Técnicas, aos Pareceres e aos Relatórios;
• Realizar reunião específica para avaliar
a prestação e contas com a participa- • Fazer ata das reuniões;
ção de, no mínimo, 2/3 (dois terços) dos
Conselheiros titulares; • Fazer relatórios escritos depois de cada
visita e manter os documentos organiza-
• Elaborar o regimento interno; e dos; e
• Preparar plano de ação com previsão das • Dialogar muito com os atores envolvidos
atividades a serem realizadas durante o na alimentação escolar (diretores de esco-
ano, com estimativa de custos, e enviar o las, nutricionistas, professores, merendei-
plano de ação para a Entidade Executora ras, alunos, pais de alunos...) para conhecer
tomar conhecimento e providenciar o que a realidade, entender os problemas e bus-
for necessário. car, em conjunto, as soluções!
E para que tudo isso se realize adequadamen- Trabalhar de forma organizada é um impor-
te, o CAE precisa: tante passo para dar visibilidade ao Conselho
de Alimentação Escolar. Quando o Conselho
• Ser organizado, fazer o planejamento das é conhecido e valorizado pela comunidade, o
atividades e ter o cuidado de documentar trabalho dos Conselheiros é respeitado e tudo
tudo o que acontece; fica mais fácil.
Portanto, ao final do período letivo, o Conselho bom visitar escolas em dias especiais (em
deve se reunir e preparar um Plano de Ação data de festa nacionais, em dias de con-
para o ano seguinte. selhos de classe, entre outras) porque os
Conselheiros não vão poder observar a re-
Nesse Plano deverá estar contido: alidade cotidiana; e
ATENÇÃO!
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CAPÍTULO 3
Como acompanhar a
execução do PNAE?
• 3.4 - Os valores pagos estão de acordo com • 3.9 - Houve aquisição no percentual mínimo
os preços de mercado? de 30% de gêneros alimentícios da agricultu-
ra familiar? Como foi realizado esse processo?
• 3.5 - A modalidade de licitação aplicada
está correta e o edital foi adequadamente • 3.10 - Os produtos comprados são de boa
divulgado? qualidade?
• 3.6 - Os produtos comprados estão sendo • 3.11 - O que verificar nas visitas às escolas?
utilizados na alimentação escolar para os
alunos? • 3.12 - Como verificar se os alimentos
oferecidos aos alunos estão livres de
• 3.7 - Que tipo de alimentação deve ser ofe- contaminação?
recida aos alunos?
• 3.13 - O que verificar no caso de a Prefeitura
• 3.8 - A compra de alimentos pelo PNAE con- repassar o dinheiro do Programa para as
tribui para o desenvolvimento sustentável? escolas?
Para facilitar a compreensão, vamos dividir A primeira conferência que deve ser feita
esse processo em duas etapas: 1ª conferên- pelo Conselheiro é a comparação entre o va-
cia financeira e 2ª conferência financeira. lor transferido (VT), previsto pela fórmula da
Essa última você vai conhecer no próximo Resolução FNDE nº 26/2013, e o valor infor-
item (item 3.2). mado pelo FNDE por ofício ou em seu Portal
Eletrônico (www.fnde.gov.br).
1ª Conferência financeira: tem o objetivo de
verificar se os valores transferidos pelo FNDE Nessa etapa, os Conselheiros deverão verificar
são os depositados na conta corrente se A = B, ou seja:
Para isso o Conselheiro deve calcular o montante a ser transferido. Veja a seguir como se faz para
calcular o total a ser recebido pela EEx.
(VT = A x D x C)
Sendo:
VT A D C
Valor transferido; Número de alunos; Número de dias de Valor per capita para a
atendimento; aquisição de gêneros
para o alunado
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(A) O número de alunos beneficiados pelo programa é fornecido pelo censo escolar do ano
anterior ao do atendimento. Ou seja, em 2017 será utilizado o censo de 2016, e assim
sucessivamente. Esse número pode ser consultado no site do FNDE, já detalhado por
ação do PNAE, no seguinte caminho: Programas > Alimentação Escolar > Consultas >
Clientela atendida pelo PNAE (censo escolar);
(D) O número de dias de atendimento a ser considerado nos cálculos é de 200 dias letivos
por ano; e
(C) O valor per capita (por aluno) é a quantia estipulada pelo governo para custear a ali-
mentação escolar1. São utilizados diferentes valores por aluno para os diferentes grupos
escolares (EJA, Programa Mais Educação, Educação Indígena e Quilombola, etc). Esse valor
pode ser alterado por decisão do Governo Federal. O conselheiro de Alimentação escolar
deve ficar atento!
Para saber sobre o valor per capita vigente, consulte o Anexo III.
Para saber os valores que foram transferidos, O conselheiro pode encontrar essa informação
basta consultar o site do FNDE. de duas maneiras. Há um espaço chamado de
“Sistema de Consultas à liberação de recur-
(www.fnde.gov.br) sos do FNDE”
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Após o preenchimento, aperte o botão “Buscar”. • O programa que atende a um grupo es-
pecífico de alunos, por exemplo, creche,
Deverá aparecer uma tabela contendo: pré-escola, fundamental, indígena etc (na
coluna “Programa”);
• A data do depósito do FNDE (na coluna
“Data Pgto”); • O banco e agência em que o recurso foi de-
positado (em colunas com os respectivos
• O número da ordem bancária (na coluna nomes); e
“OB”);
• A conta corrente em que o recurso foi de-
• O valor individualizado do depósito feito positado (na coluna “C/C”).
(na coluna “Valor”);
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Verificou o valor que foi transferido? Está cor- Então vamos passar a 2ª conferência financei-
reto? Ótimo! ra, isto é, verificar se o valor correto foi efetiva-
mente depositado na conta corrente do PNAE.
ATENÇÃO!
Nessa etapa, os Conselheiros deverão fazer a Entidade Executora são os valores devidos. De
2ª conferência financeira, ou seja, conferir se outra forma, podemos dizer que na segunda
os valores depositados na conta corrente da etapa vamos verificar se VD = VCB, ou seja:
Os valores do PNAE devem aparecer como depósitos em uma conta bancária específica que é
aberta pelo FNDE.2
Vamos treinar!
Veja abaixo: 33
Você encontra um modelo de uma planilha de controle para a execução financeira do PNAE.
O documento apresenta:
2 Art. 5, § 5º Lei nº 11.947/2009 e Art. 38, Inciso VI da Resolução/CD/FNDE nº 26, de 17 de junho de 2013
70.402,00 67.615,00
A conferência da movimentação financeira deve zes que o Conselho solicitar. Os extratos bancá-
ser feita no extrato bancário que a Entidade rios, bem como as notas que comprovam despe-
Executora deve apresentar ao CAE todas as ve- sas, devem ser arquivados ao final do processo.
3 Resolução nº 21, de 13 de outubro de 2014, que “Regulamenta a operacionalização dos repasses financeiros do FNDE a partir de
2014 e a reprogramação de saldos de Programas Educacionais cujas prestações de contas sejam realizadas por meio do Sistema
de Gestão de Prestação de Contas (SIGPC)”.
O recurso federal só pode ser utilizado para a Se o gestor não apresentar o comprovante
aquisição de gêneros alimentícios para alimen- para o gasto realizado com dinheiro transfe-
tação escolar. Qualquer outro produto ou servi- rido para a alimentação escolar, isso deve ser
ço, como a alimentação em capacitação de pro- considerado como irregularidade. E deve ser
fessores, comemorações (festas e premiações na levado em consideração na hora da emissão
escola), reformas, taxas bancárias ou compra de do parecer conclusivo!
materiais nas escolas, aquisição de gás e utensí-
lios ou a remuneração de professores ou meren- Pode acontecer, ainda, de serem apresenta-
deiras devem ser financiados com recursos pró- das notas fiscais de alimentos para a alimen-
prios das Prefeituras ou Secretarias Estaduais. tação escolar que não correspondam a saí-
das (transferências) da conta do Programa,
Assim sendo, depois que o Conselheiro verificou o ou seja, a quantidade de alimentos compra-
valor que a Entidade Executora dispunha naque- dos pela Entidade Executora é maior que a
le período, é preciso verificar o que foi comprado. quantidade possível de ser comprada com
Cada saída da conta do PNAE ou despesa realiza- os recursos repassados pelo FNDE. Isso pode
da deve corresponder a uma compra de gêneros indicar que foram comprados alimentos
alimentícios a serem utilizados para a alimenta- com dinheiro da própria Entidade Executora,
36 ção escolar. A compra que deve ser devidamente o que é bom sinal. Com mais recursos, o
documentada. Por isso, o Conselho deve solici- Município ou o Estado podem oferecer re-
tar à Entidade Executora os documentos rela- feições mais frescas, sustentáveis, variadas
tivos às despesas. E não esqueça que os valores e nutritivas!
desses documentos devem corresponder a débi-
tos na conta bancária específica do Programa. É necessário, ainda, conferir se os produtos
comprados são aqueles previstos no cardá-
Pode ocorrer de o valor de um único débito cor- pio elaborado por nutricionista. Por exemplo,
responder à soma dos valores de duas ou mais as notas fiscais apresentadas pela Entidade
notas fiscais, caso a Entidade Executora tenha Executora trazem informações sobre com-
usado o dinheiro para pagamento de peque- pras sobre determinado tipo de carne, de
nas compras. peixe ou de frango. Mas esses alimentos fa-
zem parte dos cardápios previstos? É comum
O importante é que todos os débitos da conta que nesses produtos de maior valor, o cardá-
bancária correspondam aos comprovantes de pio preveja, por exemplo, carne de segunda,
compras (notas fiscais ou recibos, dependo do mas a compra seja de carne de terceira. Ou
caso) de alimentos para a alimentação escolar. ainda, que a Entidade Executora pague por
carne de primeira, mas o fornecedor entre-
Solicite explicações, caso exista al- gue carne de terceira. Esteja atento!
gum débito em conta corrente sem
o respectivo documento que com- Nesse caso você deverá averiguar com as
prove a compra de alimentos pre- merendeiras e os alunos qual o alimento foi
vistos nos cardápios escolares. realmente servido nas refeições.
SAIU NA MÍDIA!
• A empresa tem porte adequado para a Pode acontecer, ainda, que a Entidade
quantidade de produtos que estão sendo Executora decida contratar uma empresa
vendidos? para fornecer a alimentação escolar. A em-
presa prepara os alimentos e serve a alimen-
• A empresa é de propriedade própria ou de tação escolar já pronta para o consumo. É o
familiares de alguém relacionado à com- que se chama de terceirização.
pra (nutricionista, licitante, Secretário de
Educação, Prefeito)?
Em casos assim, a Entidade Executora deverá realizar dois procedimentos distintos: um para compra
de gêneros alimentícios e outro para contratação de serviço.
• verificar se as porções servidas foram defini- foi combinado é uma forma de cobrar mais
das no contrato e se estão sendo obedecidas! caro pelos alimentos, e isso está errado!
• Se o valor pago está de acordo com a qualida- • E se existe um fiscal de contrato que deve ela-
de dos alimentos e com o tamanho da porção. borar um relatório mensal com o objetivo de
Diminuir a porção servida depois que o preço subsidiar o pagamento.
No final desta cartilha, no Anexo I, foram incluídos dois roteiros de verificação da aplicação dos recur-
sos, um para o Modelo Centralizado e outro para o Modelo Descentralizado.
É muito importante verificar se os preços pa- lidade dos produtos, já que é comum que os
gos pelos produtos adquiridos estão de acor- preços dos alimentos diminuam na época
do com os preços de mercado. da safra. E há, ainda, a inflação. É importan-
te considerar também as quantidades, pois
Mas o que significa “preços de mercado”? E há uma regra no mercado em que os preços
por que isso é importante? variam conforme a quantidade contratada:
quanto maior a quantidade, menor o preço.
Preços de mercado são os valores praticados Utilizando-se o jargão técnico: devemos con-
na mesma época e nas mesmas quantidades siderar o “ganho de escala”.
contratadas, ou seja, quantidades que cons-
tavam no edital e no contrato feito entre a Por exemplo, na compra de diferentes quan-
Entidade Executora e a empresa ganhadora. tidades de banana prata orgânica, os preços
É importante considerar a época, pois podem estimados ou praticados deverão, em regra,
ocorrer variações de preços devido à sazona- diminuir quanto maior o valor comprado.
Quantidade demandada
Preço por dúzia
(dúzias de banana prata orgânica)
1000 R$ 4,00
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2000 R$ 3,80
3000 R$ 3,70
4000 R$ 3,65
5000 R$ 3,63
6000 R$ 3,62
Preço da banana prata orgânica (por quilo) para diferentes quantidades compradas
R$ 4,10
R$ 4,00
R$ 3,90
R$ 3,80
R$ 3,70
R$ 3,60
R$ 3,50
1000 2000 3000 4000 5000 6000
Verificar os preços de mercado é importante. Fique atento para não comparar produtos di-
Diferenças de preço podem indicar irregularida- ferentes, por exemplo:
des e problemas. Aquisições com valores abaixo
do mercado podem indicar que o fornecedor • banana prata orgânica tem preço de mer-
não conseguirá sustentar o fornecimento de cado diferente de banana-da-terra orgâ-
acordo com o combinado. Compras com valores nica; e
acima dos preços do mercado podem indicar
desvios. Por isso, o Conselheiro deve verificar se • banana prata orgânica tem preço diferen-
os preços pagos estão coerentes com aqueles te de banana prata não orgânica.
praticados no mercado. Mas como fazer isso?
E se o Conselho constatar que há pre-
Uma dica é verificar os valores dos produtos ços menores no mercado?
nas centrais de abastecimento, em grandes
armazéns, atacadistas, em mercados da re- O que fazer?
gião, preferencialmente os maiores, e até em
cidades vizinhas. Se, ao pesquisar, o Conselheiro encontrar no
mercado produtos com preços menores do
MAS, ATENÇÃO: o preço prati- que os preços pagos à empresa contratadas,
cado para grandes quantidades a primeira providência é avisar a Entidade
(conhecido como “atacado”) é Executora sobre a existência de produtos
diferente do preço praticado para mais baratos e pedir informações sobre os
40 quantidades pequenas (conhecido motivos da compra por preços maiores (ou
como “varejo”). Por isso, esteja seja, por qual motivo a Prefeitura ou secreta-
bem atento, pois se: ria pagou mais caro).
Uma coisa muito importante que o Conselho sobre a modalidade a ser utilizada é de respon-
de Alimentação Escolar deve observar é como sabilidade da Entidade Executora. Ao Conselho
a compra dos gêneros alimentícios se deu. de Alimentação Escolar cabe a obrigação de
acompanhar o processo para se certificar que
De forma geral, a compra de alimentos deve- os procedimentos estão sendo conduzidos da
rá observar critérios e modalidades previstas maneira correta.
na Lei nº 8666, de 21 de junho de 1993, que
institui normas para licitações e contratos da Mas, atenção! Em qualquer modalidade, a divul-
administração pública. gação tem que ser ampla de forma que qualquer
fornecedor saiba com a devida antecedência e
O que quer dizer que em aquisições de valor possa concorrer. A Prefeitura deve colocar em lo-
superior a R$8.000 (oito mil reais) por ano, a lei cal apropriado, bem visível, a informação sobre
exige que a Entidade Executora divulgue com a compra que pretende fazer. Fornecedores que
antecedência os produtos que pretende com- não forem convidados também podem parti-
prar, para os fornecedores apresentarem pro- cipar se manifestarem o interesse até 24 horas
postas de preço. É a chamada licitação3. antes da apresentação das propostas.
ATENÇÃO!
b. Escolher alguns produtos com grande vo- que da Entidade Executora ou que foram pa-
lume de recursos aplicados ou maior valor gos aos fornecedores para entrega direta na
individual total, por exemplo, as carnes; e escola foram, de fato, recebidos.
44 Uma refeição saudável, equilibrada e de acor- Cabe ao CAE analisar o cardápio planejado e
do com as necessidades alimentares dos alu- conversar com o nutricionista caso encon-
nos. Ainda, os alimentos servidos devem estar tre algo em desacordo com o que prevê o
inseridos em uma lógica de desenvolvimento Programa. O CAE pode verificar:
sustentável. Entenderemos melhor esse as-
sunto no tópico seguinte (3.9), mas por en- • Se não há oferta de alimentos proibidos;
quanto é importante saber que alimentos
inseridos nessa lógica tendem a ser mais nu- • Se o cardápio está sendo seguido e se apre-
tritivos, apresentar pouca ou nenhuma conta- senta variedade de preparações;
minação por agrotóxicos e mais coerência com
a cultura alimentar local. • Se as refeições são saudáveis (se têm boa
aparência, se são frescas, se há variedade
Por isso, as refeições devem ser planejadas de alimentos);
pelo nutricionista Responsável Técnico (RT)
pelo Programa. Esse profissional deverá com- • Se os cardápios planejam a oferta de, no
binar os alimentos de forma que haja equilí- mínimo, três porções de frutas e hortaliças
brio na refeição oferecida aos estudantes. por semana;
• Se a Entidade Executora realiza testes de Por isso, a normatização do PNAE define que
aceitabilidade entre os alunos e se o resul- existem alimentos com aquisição restrita, isto
tado dos testes é considerado na hora do é, que podem ser adquiridos em quantidades
planejamento do cardápio. restritas, em situações de exceção, uma vez
que esses alimentos podem contribuir para
De acordo com o Guia Alimentar para a elevar a quantidade de açúcar, sódio e gordu-
População Brasileira (2014), do Ministério ras saturadas da dieta dos alunos. As regras do
da Saúde, a regra de ouro para uma alimen- PNAE definem, ainda, que existem alimentos
tação saudável é: prefira sempre alimentos com aquisição totalmente proibida, por serem
in natura ou minimamente processados e considerados de baixo valor nutricional.
5 Alimentos ultraprocessados são aqueles que passaram por muitas modificações a partir de suas matérias-primas originais,
tendo sido adicionados ao produto ingredientes sintéticos e gordura, açúcar e sal em grandes quantidades. Exemplos: pães,
biscoitos, bolos, sorvetes, chocolates, barras de cereal, refrigerantes, pratos pré-preparados, hambúrgueres, produtos enlatados,
sopas prontas, requeijão, margarina etc.
Em relação aos alimentos proibidos, o princí- “a oferta de doces e/ou preparações do-
pio é claro: são proibidas as bebidas com baixo ces fica limitada a duas porções por se-
ou nenhum valor nutricional porque, além de mana, equivalente a 110Kcal/porção”.
46 não nutrir, são produtos que podem compro-
meter a saúde dos estudantes. São eles: Durante a execução do programa, ao longo
do ano letivo, o Conselheiro de Alimentação
• Os refrigerantes e refrescos artificiais; Escolar deve ficar atento aos cardápios prepa-
• As bebidas ou concentrados à base de gua- rados pelo nutricionista Responsável Técnico
raná ou groselha; do Programa e verificar a ocorrência de ali-
• Os chás prontos para consumo; e mentos de aquisição restrita e/ou alimentos
• Outras bebidas com baixo valor nutricional. proibidos. Precisa lembrar, ainda, que os cardá-
pios devem considerar a utilização de gêneros
Já os alimentos que devem ser de consumo alimentícios básicos, isto é, aqueles produtos
restrito (e por isso a sua aquisição com recur- que são essenciais à promoção de uma ali-
mentação saudável e que precisam oferecer, mentação. O papel de definir os horários para
obrigatoriamente, no mínimo três porções de a alimentação escolar dos estudantes cabe ao
frutas e hortaliças por semana. nutricionista responsável. Cada região e cada
cultura tem suas peculiaridades. Isso deve ser
Por último, é bom que o Conselheiro observe levado em consideração pelo responsável na
a questão do horário de distribuição da ali- hora de elaborar o quadro de horários.
SITUAÇÃO Nº 1
Vejamos o caminho que a bolacha percorre até chegar à alimentação escolar dos alunos
1
2
48
3
4
5
Na indústria que produz a bolacha, o trigo, o açúcar e mais alguns outros ingredientes, como
gordura artificial, leite, sal e muitos produtos químicos como estabilizantes, fermentos, aci-
dulantes, aromatizantes e melhoradores, são misturados. O produto pronto é embalado
utilizando plástico, que é derivado do petróleo. As bolachas são, então, transportadas da
região Sul do país para o supermercado que ganhou a licitação na região Norte, onde estão 49
situadas as escolas municipais do início da nossa história. Nesse caminho, imagine a polui-
ção para transportar as bolachas: são mais de 5.000 quilômetros de estrada, sem contar os
tantos outros percorridos pelas matérias-primas até a indústria de bolachas.
Como em muitos locais da região Norte ainda hoje, o município da nossa história não
possui coleta de lixo. Dessa forma, o plástico descartado ao abrir os pacotes de bolacha
será enterrado e/ou queimado e outra parte irá parar nos rios. A queima de plástico libera
gases muito perigosos para a saúde de todos os que estão em volta e contamina o solo.
Quando solto na natureza, o plástico demora centenas de anos para se decompor e causa
estragos principalmente no ecossistema marinho.
VOCÊ SABIA?
A partir dessa história, você, Conselheiro, pode cultura familiar e, de preferência, ultrapassem
imaginar que consumir esse tipo de produto esse valor. Adquirir alimentos de agricultores
rotineiramente não é a escolha mais saudá- familiares locais contribui para melhorar suas
vel que podemos fazer para os alunos e para condições de vida no campo, diminuir o impac-
o meio ambiente. A produção de alimentos to negativo do cultivo de alimentos ao meio
chamada “convencional” baseia-se na meca- ambiente e proporcionar alimentos mais fres-
50 nização, na utilização de agrotóxicos e adubos cos e saudáveis aos alunos. Esses benefícios
químicos, na monocultura e na utilização de são ainda maiores quando os alimentos são
energia não-renovável. Isso gera diversos pro- de base agroecológica e produzidos por agri-
blemas à saúde dos agricultores, dos consumi- cultores familiares de povos e comunidades
dores desses produtos e ao meio ambiente. tradicionais, como indígenas e quilombolas.
Diante do exposto, verifica-se como é impor- Vamos acompanhar outra história que vai
tante que as Entidades Executoras cumpram o nos ajudar a entender melhor a importân-
percentual mínimo de 30% de compra da agri- cia desse tipo de compra.
SITUAÇÃO Nº 2
mais de 700 milhões de reais foram São aqueles que se utilizam de fertilizan-
destinados à compra de alimentos da tes orgânicos para o cultivo, respeitando
agricultura familiar. Porém, o percentual o equilíbrio do meio ambiente e que
médio de compra de todas as Entidades não incluem a utilização de defensivos
Executoras no país foi de aproxima- químicos (agrotóxicos) e outros com-
damente 21% do valor repassado pelo postos sintéticos. O sistema de produção
52 FNDE. Algumas conseguiram atingir orgânico visa preservar e ampliar a
percentuais bastante elevados da ali- biodiversidade dos ecossistemas em
mentação escolar da agricultura familiar que está inserido. A produção orgânica
e outras não conseguiram sequer atingir pode ocorrer tanto em pequena quanto
o mínimo estipulado pela legislação. Isso em larga escala – lembrando que deve-
significa que temos ainda muito traba- mos priorizar a produção em pequena
lho pela frente. escala.
Agora que já sabemos o que são esses pro- Em resumo, podemos dizer que a alimentação
dutos e a sua importância para a saúde dos mais saudável que se pode fornecer aos alunos 53
alunos, para o meio ambiente e para os agri- é aquela orgânica, de base agroecológica e que
cultores familiares e suas comunidades, é im- estimule a sociobiodiversidade. Ou seja, são
portante saber também que há uma forma produtos cultivados sem agrotóxicos a partir
ainda mais eficaz de incentivar o desenvol- de mão-de-obra familiar, preferencialmente de
vimento sustentável regional: quando priori- povos e comunidades tradicionais e que respei-
zamos a compra de produtos que valorizem e tem e aproveitem as potencialidades de cultivo
estimulem a sociobiodiversidade. da região, preservando a biodiversidade nativa.
Ao adquirirmos produtos cultivados por agri- Vamos falar de outro aspecto importante, o
cultores familiares de povos e comunidades preço. Sabemos que, muitas vezes, esses ali-
tradicionais, por exemplo, aqueles advindos mentos custam mais caro que os convencio-
de sementes crioulas6, estamos ajudando a nais. Por saber da importância de se realizar a
promover justiça e inclusão social para essas compra desses produtos, o PNAE aceita que o
pessoas e suas comunidades, além de valoriza- preço desses produtos seja até 30% maior que
ção de suas culturas, redução da pobreza e da o preço dos produtos convencionais.
insegurança alimentar no campo. Aos alunos,
estaremos oferendo uma alimentação mais Vamos acompanhar uma situação hipotética
diversificada, saudável e coerente com a cultu- para entender melhor como se dá a compra
ra alimentar local. dos alimentos da sociobiodiversidade.
6 As sementes crioulas são variedades desenvolvidas, adaptadas ou produzidas por agricultores familiares, assentados da reforma
agrária, quilombolas ou indígenas, com características bem determinadas e reconhecidas pelas respectivas comunidades.
Como foi possível concluir a partir da leitura O percentual de no mínimo 30% (trinta
do item anterior, um ponto muito importante por cento) é inflexível?
do Programa é aquele que diz respeito à aqui-
sição de gêneros alimentícios diretamente da NÃO. É possível que o FNDE dispen-
agricultura familiar e do empreendedor fami- se essa exigência, desde que ocorra
liar rural. O Conselheiro de Alimentação Escolar uma das seguintes circunstâncias:
já entendeu a importância de todo processo e • Impossibilidade de emissão de
deve entender, também, o processo de aquisi- documento/nota fiscal, por par-
ção para poder acompanhar a execução. te do produtor ou da associação/
cooperativa;
A Lei determina que, no mínimo, 30% (trinta por • Inviabilidade de fornecimento
cento) dos recursos recebidos da União devem regular e constante dos gêneros
ser destinados à aquisição de gêneros alimen- alimentícios;
tícios diretamente da Agricultura Familiar e do • Ou, ainda, se as condições
Empreendedor Familiar Rural ou suas organiza- higiênico-sanitárias não forem
ções, priorizando os assentamentos da reforma adequadas.
agrária, as comunidades indígenas e quilombo- 55
las e demais povos e comunidades tradicionais. Lembramos que essas condições
devem ser comprovadas na Pres-
Se o fortalecimento da agricultura familiar é tação de Contas.
uma ação estratégica para o desenvolvimen-
to da economia da maioria das cidades brasi-
leiras (que são cidades pequenas, com menos O que o CAE precisa saber para acompa-
de vinte mil habitantes e que têm na produ- nhar esse aspecto do Programa?
ção de alimentos um forte fator de desenvol-
vimento), para o PNAE a compra da agricultu- Em primeiro lugar, precisa saber que
ra familiar representa um grande avanço na a aquisição de alimentos da agricul-
questão da segurança alimentar, pois possi- tura familiar para a alimentação es-
bilita a aquisição de alimentos mais frescos, colar pode ser realizada dispensan-
produzidos mais próximos das escolas, iden- do-se o processo licitatório (art. 14 da
tificados com a cultura local. Lei nº 11.947/2009) e adotando-se a
chamada pública desde que:
Portanto, na associação entre a agricultura fa- • Os preços sejam compatíveis
miliar e a alimentação escolar todos ganham: o com os vigentes no mercado
produtor familiar, a Entidade Executora, os alu- local (conforme a pesquisa de
nos, a sociedade e o meio ambiente! preços realizada);
• Sejam observados os princípios
São vários objetivos diferentes reforçando-se inscritos no artigo 37 da Cons-
mutuamente! tituição Federal: legalidade,
E mais:
que o Conselho de Alimentação Escolar acom- Em quais momentos o CAE deve estar
panhe a operacionalização para que não ocor- atento?
ram irregularidades.
Em todos, mas especialmente aos
Por isso, o Conselheiro deve saber que a com- passos 3, 4, 5 e 10.
pra direta dos produtos da agricultura familiar
deve obedecer a um passo a passo de 10 eta- Se você quiser saber mais sobre esse aspecto
pas, a saber: do PNAE, leia o documento Manual de aqui-
sição de produtos da agricultura familiar
1 . Levantamento dos recursos orçamentá- para a alimentação escolar, disponível no
rios disponíveis; Portal do FNDE.
2 . Mapeamento dos produtos da agricul-
tura familiar; Outro aspecto importante que o Conselheiro
3. Elaboração do cardápio; deve observar é:
4 . Realização de pesquisa de preços para
composição da chamada pública; Se várias propostas forem entregues,
5. Elaboração e divulgação da chamada quem fornece?
pública;
6 . Elaboração do projeto de venda pe- Em casos assim deverão ser obser-
los agricultores e/ou associações ou vados os critérios de seleção.
cooperativas;
7. Recebimento e seleção dos projetos de • O primeiro critério é identificar se os for- 57
venda pela Entidade Executora; necedores são locais.
8 . Verificação da amostra para controle de
qualidade; • O segundo critério é verificar se as pro-
9. Elaboração do contrato de compra; e postas partiram de assentamentos de
10. Entrega dos produtos, termo de recebi- reforma agrária, de comunidades indí-
mento e pagamento aos agricultores. genas, quilombolas ou outras comuni-
FIQUE ATENTO!
58 Em caso de persistir o empate, a decisão po- • Verificar se a Entidade Executora e/ou escolas
derá ocorrer por sorteio ou pela divisão no for- estão dando ampla publicidade às chamadas
necimento dos produtos a serem adquiridos. públicas (nos jornais locais, rádios, murais);
Retornar ao Sumário
Cartilha para Conselheiros do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)
Entidade Executora sejam verificados um a um comprar esses alimentos dos produtores locais.
na hora da entrega. Quanto menor for à distância entre o local de
produção e o consumidor, maior será a qualida-
Caso alguns itens tenham passado sem a devida de do alimento comprado.
verificação e seja notado, tempo depois, que es-
tão vencidos, deve-se devolvê-los ao gestor res- Uma boa prática é estipular no edital e no con-
ponsável pelo Programa o mais rápido possível trato um número de dias mínimo entre o prazo
para que seja feita a troca junto ao fornecedor. de validade do produto entregue e o seu ven-
cimento. Por exemplo, “o produto Y deverá ser
O ideal é que seja realizada a subs- entregue com, pelo menos, 90 dias de antece-
tituição dos produtos vencidos. En- dência de sua data de vencimento”. Isso porque
tretanto, caso isto não seja possível, muitas empresas entregam produtos que estão
a existência de alimentos vencidos com a data de validade quase vencida, gerando
nas escolas deve ser comunicada uma grande quantidade de desperdício.
à Agencia de Vigilância Sanitária
local para o devido descarte. Outro importante instrumento para avaliar a
qualidade dos alimentos são os controles de es-
toque. Se forem utilizados adequadamente, os
E ATENÇÃO: nenhum produto controles de estoque ajudam a verificar se há
deve ser descartado sem a devida desperdício de alimentos.
comunicação.
60 Se os Conselheiros desconhecem a confiabilida-
O Conselheiro deve verificar se esses cuidados de desses documentos, a fiscalização deve ser
estão sendo observados nas escolas. complementada com as visitas aos estoques.
Caso percebam que houve desperdício que
Mas, atenção: pode acontecer de o prazo de va- não tenha sido lançado nos controles, como
lidade vencer por falta de utilização dos produ- alimentos vencidos, é importante que repor-
tos na escola. O Conselheiro deve investigar os tem a questão da baixa confiabilidade desses
motivos para informar a Entidade Executora a documentos.
fim de que sejam tomadas providências. Pode
ser que a quantidade desses produtos nas pre- Para verificar se os produtos comprados estão
parações precise ser reajustada. Uma conversa sendo oferecidos na alimentação escolar, basta
com as cozinheiras ou merendeiras pode aju- conferir as notas fiscais de compra e os cardá-
dar. E investigue, ainda, se estão entendendo pios adotados. Os produtos utilizados nas pre-
as orientações do nutricionista. Outra dica é parações previstas devem ser aqueles adquiri-
verificar com o nutricionista se as estimativas dos e entregues.
da Ficha Técnica de Preparo estão corretas e se
o cardápio está sendo cumprido corretamente. Por fim, verifique se os cardápios estão sendo
seguidos nas escolas. Se o cardápio não esti-
Novamente, é importante lembrar que a ali- ver sendo seguido, procure saber as causas do
mentação escolar deve conter produtos natu- eventual não cumprimento e verifique se o nu-
rais frescos, como frutas, verduras e legumes. tricionista está ciente das alterações. Em casos
Um excelente meio para garantir as condições assim, cabe ao CAE avaliar se as justificavas da-
adequadas de preço, qualidade e higiene é das são razoáveis.
Inicialmente, é importante lembrar que a Lei taminados e passam a ser veículo para as
no 11.947/200910 define que uma das com- doenças transmitidas por alimentos (DTA). Os
petências dos Conselheiros é zelar pela qua- sintomas das DTA variam de acordo com o tipo
lidade dos alimentos, inclusive em relação às de microrganismo ou toxina encontrado no
condições higiênicas, comunicando qualquer alimento e com a quantidade ingerida.
irregularidade identificada na execução do
PNAE aos órgãos competentes. ISSO É MUITO SÉRIO!
11 RODRIGUES, M.S.A. et al. Avaliação das condições higiênico-sanitárias de alimentos oferecidos em escolas públicas do Município
de Pombal (PB). I Semana Acadêmica da Engenharia de Alimentos de Pombal. Resumo de Trabalho Científico. 2011.
12 CARDOSO, R.C.V et al. Programa nacional de alimentação escolar: há segurança na produção de alimentos em escolas de Salvador
(Bahia)? Revista de Nutrição, 23(5): 801-811, 2010.
13 AGATTE, V.C. Representações Sociais da alimentação escolar atribuídas por adolescentes de uma escola pública de Areia Branca, em
Lauro de Freitas, Bahia [monografia]. Universidade Federal da Bahia: 2009.
14 ROSA, M.S et al. Monitoramento de tempo e temperatura de distribuição das preparações à base de carne em escolar municipais
de Natal (RN), Brasil. Revista de Nutrição, 21(1): 19-26, 2008.
15 GIRARDI, M.W. Elaboração de roteiro de visita às escolas atendidas pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) para
Conselheiros de alimentação escolar com enfoque na verificação das condições higiênico-sanitárias na região do sertão semiárido
brasileiro [monografia]. Universidade Federal de Santa Catarina: 2014.
SAIU NA IMPRENSA
"Estas são as causas apontadas pelo Lacem (Laboratório Central de Saúde Pública)
para a contaminação da alimentação escolar" em uma escola municipal de tempo
integral em Campo Grande.
• Selo de vigilância sanitária no pacote dos • Manual de Boas Práticas: publicação pre-
produtos: os alimentos devem atender a le- parada pelo nutricionista com orienta-
ções aos gestores do Programa. Todas as • O lixo deve ser depositado em local afas-
escolas devem ter um exemplar para que tado da cozinha e sempre tampado;
os funcionários façam consultas;
• Deve haver local refrigerado para guardar
• Controle de Estoque e de especificação alimentos perecíveis e os alimentos de-
realizado pelo responsável pelo Programa vem ser armazenados por tipo; e
nas unidades escolares ou no estoque
central. • Alimentos com embalagens rasgadas ou
danificadas devem ser descartados. O
A existência desses documentos é um bom nutricionista responsável técnico deve
sinal. Mas outros indicadores podem ser ter conhecimento sobre o fato.
observados:
Controle de qualidade é fundamental. Antes
• Os manipuladores de alimentos devem de fornecer os alimentos aos alunos é preci-
passar por controle de saúde periodica- so realizar o controle prévio e os relatórios
mente. Verifique se os funcionários têm de inspeção sanitária17 dos alimentos utili-
cartão de saúde e as datas dos últimos zados que deverão permanecer à disposição
retornos médicos. Manipuladores de ali- do FNDE por um prazo de cinco anos18.
mentos com problemas de saúde conta-
giosos, mesmo leves, devem ser afasta- É obrigação da Entidade Executora e/ou
dos até a cura; Unidade Executora, dependendo do caso,
64 adotar medidas que garantam a aquisição, o
• Animais não podem circular no ambien- transporte, a estocagem e o preparo/manu-
te onde as refeições são preparadas, nem seio de alimentos com adequadas condições
mesmo os animais domésticos de relação higiênico-sanitárias até o seu consumo pe-
afetiva; los alunos atendidos pelo Programa.
No final dessa publicação há um material (Anexo IV) elaborado para ajudar o Conselheiro
nesta etapa da fiscalização; chama-se “Lista para Verificação das Condições Higiênico-
Sanitárias das Escolas Atendidas pelo PNAE”. Basta que o Conselheiro percorra os lo-
cais (arredores da escola, estoque de alimentos, cozinha e refeitório) munido da “Lista de
Verificação” e assinale as falhas detectadas.
Uma boa ideia é que o CAE promova reuniões e estude em grupo o “Quadro para Adequação
Higiênico–Sanitária Baseado em Legislação Específica” antes mesmo de fazer a visitação
às escolas. Assim poderão observar com mais confiança a realidade encontrada.
65
3.13 O que verificar no caso de a Entidade Executora repassar o
dinheiro do Programa para as escolas?
Nesse caso, o Programa é gerenciado por uma corrente aberta para as Unidades Executoras
Unidade Executora. que representam as escolas. O valor a ser re-
passado é calculado com base no número de
Unidade Executora é uma enti- alunos, da mesma forma que são calculados
dade privada sem fins lucrativos, os recursos transferidos pelo FNDE.
representativa da comunidade
escolar, responsável pelo recebi- O repasse de recurso pode ser parcial, isto é,
mento dos recursos financeiros a EEx adquire os alimentos não perecíveis e
transferidos pela EEx em favor da a UEx os perecíveis, ou um repasse total no
escola que representa, bem como qual a EEx repassa todo o recurso recebido
pela prestação de contas do Pro- e a UEx faz as compras. Em casos assim, os
grama ao órgão que a delegou. processos licitatórios têm que obedecer a le-
gislação vigente.
A Unidade Executora não recebe recursos dire-
tamente do FNDE, ela atua quando a EEx opta O conselheiro deve observar se o di-
por descentralizar a gestão dos recursos da nheiro que saiu da conta bancária da
alimentação escolar. O dinheiro recebido pela Entidade Executora foi repassado para
EEx é transferido diretamente para uma conta as Unidades Executoras.
As Unidades Executoras devem guardar todas valem para compras feitas pelas Unidades
as notas fiscais que comprovem as despesas Executoras. Por exemplo, é necessário plane-
realizadas com o dinheiro repassado. Ao final jar as compras de alimentos, principalmente
do ano, esses documentos serão utilizados na os de maior utilização, para comprar volu-
prestação de conta à Entidade Executora, que mes maiores por preços menores, desde que
por sua vez, irá fazer a prestação de contas a seja possível armazenar.
ser enviada ao CAE.
A decisão de repassar o dinheiro da ali-
O CAE dará seu parecer a partir dessa pres- mentação escolar às escolas é da Entidade
tação de contas consolidada pela Entidade Executora. Mas esse modelo só funciona se
Executora. as escolas tiverem condições de fazer todas
as tarefas necessárias para o bom desempe-
É SEMPRE BOM REPETIR: mesmo nho do Programa.
no modelo escolarizado a presta-
ção de contas é responsabilidade Por isso, é muito importante que o Conselho
da Entidade Executora. Ou seja, o verifique se as escolas têm como controlar
CAE vai analisar apenas 1 (uma) os recursos, realizar as compras, armaze-
prestação de contas apresentada nar os alimentos e elaborar a prestação de
ao FNDE pela Secretaria de Estado contas.
de Educação ou pela Prefeitura.
Um dos principais papéis do CAE é garantir o
66 Casos assim, de modelos escolarizados, podem bom andamento do Programa e, portanto, se
exigir maior esforço do CAE já que o número de alguma coisa importante não está correndo
UEx é maior e é muito difícil acompanhar tudo. bem, deve ser comunicado!
Por isso, é necessário que conselho utilize um E quando for observado que algumas esco-
método para selecionar a amostra das escolas las não têm como se responsabilizar pelas
que serão visitadas. Estabelecer critérios para ações necessárias, o Conselho deve informar
as visitas é sempre uma boa ideia! Podem ser a Entidade Executora que, por sua vez, deve
escolhidas as escolas com maiores orçamen- auxiliar essas escolas.
tos para compra de alimentação escolar, ou
aquelas escolas que porventura apresentem E se, na avaliação do Conselho, muitas es-
denúncias de falta de alimentação escolar. Dê colas não tiverem condições de executar o
preferência a visitar escolas que não são visi- Programa, pode ser necessário discutir com
tadas há muito tempo. Outra possibilidade é a EEx o modelo de gestão.
selecionar escolas de diferentes perfis, como
escolas urbanas e escolas rurais, para que se Enfim, em qualquer modelo de gestão a
conheça diferentes realidades. E nunca se es- Entidade Executora é a responsável pela
queça do fator surpresa, ou seja, as visitas prestação de contas que o Conselho de
dos Conselheiros não precisam ser infor- Alimentação Escolar vai analisar com a
madas ou agendadas. finalidade de emitir o Parecer Conclusivo.
As mesmas considerações que foram fei- Resta, então, perguntar: como fazer o
tas para compras das entidades executoras Parecer Conclusivo?
SÓ PARA LEMBRAR!
68
CAPÍTULO 4
4° passo:
Análise pelo CAE das informa- E como é que o Conselheiro tem acesso às in-
ções lançadas no SIGPC, inclusive o formações da Entidade Executora? Por meio do
Relatório de Gestão; SIGECON.
70
É um sistema eletrônico desenvolvido para O presidente do CAE passará a ter acesso às
ser operado pelo Conselho de Alimentação informações lançadas pelo gestor no SIGPC
Escolar. É no SIGECON que o Conselheiro ou seja, a prestação e contas já consolidada e
pode acessar as informações do Sistema de o relatório de gestão (clique na aba “Acesse os
Gestão de Prestação de Contas (SIGPC) e ana- Relatórios da Prestação de Contas”).
lisar a prestação de contas.
Depois que analisar as informações do ges-
Só depois de verificar a prestação de contas, tor, os Conselheiros deverão responder a um
o CAE vai emitir o parecer concluindo se a questionário denominado “Questionário de
aplicação do dinheiro foi regular (aprovada) Acompanhamento” - que irá subsidiar a elabo-
ou não (não aprovada) ou parcialmente re- ração do parecer.
gular (aprovada com ressalvas) e, finalmen-
te, encaminhar o parecer e a prestação de No Parecer Conclusivo há três registros possí-
contas ao FNDE. veis: aprovada, aprovada com ressalvas e não
aprovada. E o Conselho determinará em con-
Apenas o presidente do CAE recebe autoriza- junto qual deles assinalar. Lembre-se de que
ção para ter acesso ao SIGECON em qualquer duas cabeças pensam melhor do que uma!
computador ligado à internet.
Consulte o endereço:
No primeiro acesso ao SIGECON, o presidente www.fnde.gov.br/sigecon
do CAE confirma os dados lançados no siste- Lá estão disponíveis manuais de
ma que, então, cria uma senha. orientação para ajudar você!
ATENÇÃO!
E NÃO ESQUEÇA: o CAE deve ficar atento ao fato de que a omissão na prestação
de contas é caso para suspensão dos repasses de recursos.19
Vale destacar que o entendimento dos termos improbidade (na opção “Aprovada com Ressalva”)
e irregularidade, para fins de prestação de contas pelo SIGECON significam:
71
APROVADA APROVADA COM NÃO APROVADA
RESSALVAS
A execução ocorreu de Os recursos não foram
acordo com o estabeleci- A execução ocorreu nos utilizados em confor-
do pela normatização da moldes estabelecidos midade com o disposto
época! pela Resolução vigente à nos normativos, desta
época, porém ocorreram forma, a execução ficou
impropriedades na exe- comprometida, uma vez
cução do PNAE. que o objeto e/ou obje-
tivo do programa não foi
alcançado.
a . Impugnação das despesas - pagamento Para cada tipo de problema há uma série de
de despesas não previstas, como por exem- informações que o Conselho deverá notificar
plo, compra de cadeiras; para quantificar o débito, seja ele o número
de dias não atendidos pelo Programa ou o nú-
b. Despesas não comprovadas - pagamento mero da nota fiscal que foi usada para adquirir
sem o respectivo registro ou comprovante. um bem indevido.
Por exemplo, movimentação dos recursos
financeiros sem uma nota fiscal válida; Se a prestação de contas não for apresentada
nas datas estabelecidas, o CAE pode adotar
c . Não aplicação no mercado financeiro. providências junto à Entidade Executora para
72 Relembrando que é obrigatória a aplicação regularizar a situação. E se, mesmo assim, a
no mercado financeiro dos recursos depo- EEx não encaminhar a documentação neces-
sitados na conta corrente. Para períodos sária, o CAE deve notificar o FNDE.
ATENÇÃO!
liação da execução do programa pela Entidade • Não utilização de conta específica exclusiva
Executora. Bom, não é? para o dinheiro do Programa;
Para ajudar na compreensão desse processo, confira abaixo o passo a passo ilustrativo que o
Conselheiro deve seguir para preencher o questionário e o Parecer Conclusivo, dentro do SIGECON:
74
2º) Em seguida, é necessário conhecer os dados de prestação de contas preenchidos pelo gestor
no SIGPC, utilizando o link “Acesse os Relatórios de Prestação de Contas”:
3º) Agora você está no ambiente virtual do SIGPC, e navegando no menu que está à esquerda,
é possível conferir todas as informações da execução do PNAE:
75
4º) Verifique, para começar, os valores repassados pelo FNDE, “Transferências do FNDE (OBs)”:
76 6º) Em “Documentos de Despesas” você pode ter acesso a todas as notas fiscais, de todos os
fornecedores que venderam gêneros da alimentação escolar, conferindo os valores, as
datas e os itens:
8º) Em “Pagamentos”, você pode verificar os dados bancários dos fornecedores que receberam 77
o recurso do PNAE como pagamento pelas vendas:
9º) Finalmente, em “Reprogramar Saldo”, você conhece os valores que sobraram e que estão
sendo reprogramados para o ano seguinte:
78 10º) Depois de analisados os dados de prestação de contas no SIGPC, você deve retornar ao
SIGECON e preencher o questionário do CAE em “Relatório de Gestão”:
11º) Em seguida, você pode verificar quais as ocorrências de irregularidades que o sistema
oferece para ter certeza de que nenhuma delas ocorreu na execução, clicando em “Prejuízo
Financeiro” e “ SIM”. O SIGECON exibe então a lista de possibilidades de ocorrências:
12º) Caso não tenha ocorrido qualquer prejuízo financeiro, marque “NÃO” e clique em “Próxima”. 79
13º) Nesse momento você chega ao momento de dar a conclusão do Parecer, marcando se a
prestação de contas foi: “Aprovada”, “Aprovada com Ressalvas” ou “Não Aprovada”. Antes
disso, vale a pena verificar qual o rol de possibilidades de ressalvas que o sistema apresenta:
14ª) Caso você identifique que uma ou mais das ocorrências aconteceram durante a execução
do Programa, marque cada uma delas e opte pela “Aprovada com Ressalvas”. Caso con-
trário, escolha entre “Aprovada” ou “Não Aprovada” e clique em “Próxima”. Finalmente
você chegou ao último passo do SIGECON. Identifique o mandato do Conselho, marque os
membros que estão presentes e clique em “ENVIAR”:
80
E está pronto!
É interessante salientar que o CAE não deve trabalhar sozinho. Cooperação é a palavra-chave.
• ao FNDE:
SBS - Quadra 2, Bloco F, Edifício FNDE
Brasília-DF
CEP: 70070.929
Central de Atendimento ao Cidadão
Telefone: 0800-616161
Endereço na internet: www.fnde.gov.br
e-mail: ouvidoria@fnde.gov.br | audit@fnde.gov.br
PALAVRAS
FINAIS
• Participação, para que, com a ajuda de to- É muito importante que os Conselheiros de
dos os Conselheiros, a atuação do CAE seja Alimentação Escolar procurem resolver os
eficiente; problemas detectados na sua própria cida-
de com as pessoas responsáveis. Assim, os
• Bom senso, para distinguir as irregularida- Conselheiros também terão a oportunida-
des menos importantes, daquelas irregulari- de de conhecer os problemas dos gestores
dades graves que precisam ser relatadas aos públicos.
órgãos de controle e acompanhadas mais de
perto; Quando isso acontece, ou seja, quando a so-
ciedade e o governo se unem para resolver
• Dedicação à constante melhoria do os problemas em comum, todos ganham e a
Programa; democracia se solidifica!
Caderno de Anexos
• Anexo I: Roteiro de verificação da aplicação dos recursos
83
ANEXO I
ROTEIRO DE VERIFICAÇÃO DA APLICAÇÃO DOS RECURSOS
Contudo, quando a Entidade Executora opta • Que existem produtos alimentares que
pelo modelo descentralizado, a verificação da têm aquisição proibida e que há outros,
aplicação dos recursos vai requerer um pou- de aquisição restrita, que podem totali-
co mais de trabalho do CAE na medida em zar no máximo 30% (trinta por cento) do
84 que tem que analisar a informação de cada total transferido.
Unidade Executora antes de verificar a infor-
mação da Entidade Executora.
Para verificar a aplicação do dinheiro, no caso de compras centralizadas pela Entidade Executora,
sugere-se a seguinte metodologia:
Modelo:
70.402,00 67.615,00
** Nas compras de produtos da agricultura familiar, os documentos possíveis são nota do produtor rural (bloco do produtor) ou nota
avulsa (vendida na Prefeitura) ou nota fiscal (grupo formal).
3. Para calcular o saldo do final do período: O saldo calculado pelos Conselheiros deve ser
somar ao saldo financeiro inicial, às entra- exatamente igual ao valor do saldo financeiro
das e subtrair as saídas. Ou seja: apresentado pela Entidade Executora nos ex-
tratos bancários (ou dentro do SIGPC) para o
Saldo financeiro inicial (+) total de período combinado.
entradas (–) total de saídas = saldo
financeiro final
Valores
Conta Corrente do PNAI Indígena Data
Receitas Despesas
Saldo inicial * 31/12/20xx 100,00
Resultado da aplicação dos recursos 28/02/20xx 50,00
Valor recebido do programa (FNDE) - 1a. Parcela 20/01/20xx 45.000,00
Repasse Escola A 22/01/20xx 5.000,00
Repasse Escola B 25/01/20xx 5.500,00
Repasse Escola C 26/01/20xx 7.500,00
Repasse Escola D 26/01/20xx 15.000,00
Repasse Escola E 30/01/20xx 4.400,00
Repasse Escola F 31/01/20xx 6.000,00
Valor recebido do programa (FNDE) - 2a. Parcela 08/02/20xx 45.000,00
Repasse Escola A 10/02/20xx 6.000,00
Repasse Escola B 11/02/20xx 5.000,00
Repasse Escola C 16/02/20xx 7.000,00
Repasse Escola D 22/02/20xx 15.000,00
Repasse Escola E 22/02/20xx 5.000,00
Repasse Escola F 26/02/20xx 7.000,00
90.000,00 88.400,00
Saldo final 1.600,00
11.150,00 10.100,00
ANEXO II
MODELO PARA CONTROLE DE ESTOQUE DE PRODUTOS
1 Na internet existem várias planilhas em Excel para a elaboração de Curvas ABC. Sugerimos que elas sejam utilizadas.
• Grupo A (relevância elevada): por exem- 3. Obter junto à Entidade Executora e/ou
plo, 80% do valor total e 20% da quantida- escola os documentos que mostrem as
de de itens; entradas e saídas do(s) produto(s) no es-
toque durante o período (nota fiscal devi-
• Grupo B (relevância intermediária): por damente conferida e ficha de estoque de
exemplo, 10% do valor total e 30% da movimentação dos produtos).
quantidade de itens; e
Na ficha de estoque da Prefeitura você pode-
• Grupo C (relevância baixa): por exemplo, rá verificar no período definido, as entradas
10% do valor total e 50% da quantidade e saídas, bem como a quantidade de produto
de itens. no estoque.
Quantidade
PRODUTO: L Data
Entradas Saídas Saldo
Saldo financeiro inicial * 31/12/20xx 100**
4 . Somar ao saldo em estoque inicial às en- determinado produto no estoque (três re-
tradas e subtrair às saídas para calcular o messas de 150 unidades de 500g de achoco-
saldo final. Dito de outro modo: latado em pó). No controle dessa escola deve
ter a entrada dessas três remessas, com mes-
Saldo inicial (+) total de entradas ma descrição, quantidade e data.
(–) total de saídas = saldo final
em estoque • Outro dado importante para o contro-
le de estoque é como o almoxarifado
O saldo calculado a partir dos dados da tabela manuseia e armazena os produtos. Por
deve coincidir com o valor do saldo no final do exemplo, você pode verificar se as pesso-
período apresentado pela Entidade Executora. as responsáveis pelo recebimento, esto-
cagem e controle do produto adquirido
LEMBRETES ÚTEIS: verificam a validade dos produtos, se eles
priorizam o envio dos produtos mais an-
• Sugerimos que o controle de estoque seja tigos para as escolas evitando assim que
realizado como no modelo acima para que os prazos de validade vençam gerando
você consiga enxergar toda a movimenta- desperdícios.
ção do produto ao longo do tempo. Nesse
caso a coluna de saldo NUNCA pode ficar • Os produtos vencidos deverão ser lança-
negativa. Se a coluna ficou negativa, refa- dos como na coluna de “saídas”. Aqui os
ça os cálculos mais uma vez e certifique-se extremos são relevantes. Se há uma quan-
90 com a Prefeitura se ela enviou todos os do- tidade grande de desperdício (mais que
cumentos necessários; 5%) provavelmente está havendo algum
problema, como a compra de alimentos
• Dessa mesma forma você também pode superior à quantidade necessária ou mes-
checar de maneira fácil o controle de esto- mo a não utilização de alimentos que es-
que de uma escola isoladamente. Após a tavam previstos no cardápio. Se não há
conferência da movimentação de estoque lançamento de desperdício algum, tam-
da Entidade Executora você pode escolher bém é possível que o controle esteja sendo
uma escola e ir fazer a checagem no pró- feito de forma inadequada, pois a presen-
prio local. Lembrando que uma “saída” no ça de taxas pequenas de desperdício (por
estoque da Prefeitura deverá gerar uma exemplo, 1%) são comuns e até esperadas.
“entrada” de mesma quantidade no esto-
que da escola; Os alimentos vencidos deverão ser separa-
dos dos demais e devidamente etiqueta-
Por exemplo: Você sabe que no período de 2 dos para não sejam utilizados por engano.
meses em uma escola houve três entradas Verifique se esse procedimento acontece.
ANEXO III
ENCARTE VALOR PER CAPITA (POR ALUNO) EM 2017
Exemplo: cálculo do valor a ser transferido c . Que os valores per capita (ou seja, por alu-
para Município hipotético em 2017: no) para o ano de 2017 são,
• R$ 0,53 (cinquenta e três centavos)
a . O censo de 2016 apontou: Pré-Escola;
• 36 alunos na Pré-Escola; • R$ 0,36 (trinta e seis centavos) para
• 181 alunos no Ensino Fundamental - Ensino Fundamental - tempo parcial;
tempo parcial; • R$ 0,32 (trinta e dois centavos) para
• 54 no Ensino Fundamental – EJA Ensino Fundamental – EJA presencial.
presencial.
Ou seja, para esse Município, o valor a ser trans-
b. Que o número de dias de atendimento a ferido (VT) pelo FNDE em 2017 é de R$20.304,00
ser considerado nos cálculos é de 200 dias (vinte mil trezentos e quatro reais).
letivos;
(A) (D) (C )
Alunos no Valor per
Dias Letivos Total
Censo (2016) capita (2017)
Educação Infantil -
36 200 R$ 0,53 R$ 3.816,00
Pré-Escola
Ensino Fundamental -
181 200 R$ 0,36 R$ 13.032,00
92 Anos Iniciais
Valor
Transferido R$ 20.304,00
(VT)
ANEXO IV
INSTRUMENTO PARA VERIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNI-
CO-SANITÁRIAS DAS ESCOLAS ATENDIDAS PELO PNAE1
3. Quadro para Adequação Higiênico-Sani- Neste Quadro você encontrará também, além
tária Baseado em Legislação Específica. da correção para cada inadequação encontra-
1 Adaptado de GIRARDI, M.W. Elaboração de Roteiro de Visita às escolas atendidas pelo Programa Nacional de Alimentação Esco-
lar (PNAE) para Conselheiros de Alimentação Escolar com enfoque na verificação das condições higiênico-sanitárias na região
do Sertão semiárido brasileiro [monografia]. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina; 2014.
2 É obrigação da Entidade Executora fornecer todos os materiais necessários para o desempenho das atribuições do CAE.
da, uma coluna que posteriormente servirá Entidade Executora. Antes de deixá-lo, peça
para preenchimento das ocorrências de res- um comprovante de recebimento assinado
salvas solicitadas no SIGECON no momento da com uma cópia para o CAE.
elaboração do Parecer Conclusivo!
• Passo 5: Acompanhe e cobre a correção
• Passo 4: Preencha o Formulário para das inadequações e, caso elas não sejam
Apresentação das Condições Higiênico- providenciadas no prazo acordado entre
Sanitárias da Escola Visitada às Autoridades o Conselho e a Entidade Executora, o CAE
Competentes (parte 1 do instrumento) deverá reportar tal fato aos órgãos de
e entregue o instrumento completo à controle.
ATENÇÃO!
O Conselho de Alimentação Escolar (CAE) já cumpriu a sua função, identificando o que está
incorreto; agora cabe às autoridades competentes a correção das mesmas. Dentro de _____ meses,
caso as providências não tenham sido tomadas para solucionar as irregularidades constatadas, os
Conselheiros reportarão a situação aos órgãos de controle.
___________________________________________
Conselheiro de Alimentação Escolar
___________________________________________
Servidor responsável pelo recebimento
Esta parte do instrumento é uma sugestão de modelo de requerimento que serve para oficializar
a entrega do trabalho de análise do CAE ao gestor do PNAE.
PARTE 2: Lista de Verificação das Condições Higiênico-Sanitárias das Escolas Atendidas pelo PNAE.
INFORMAÇÕES GERAIS
Nome da Escola: CNPJ:
Endereço:
Município: Estado:
Telefone: ( )
CHEGANDO À ESCOLA
A Entidade Executora deve providenciar o transporte dos Conselheiros até a escola para que eles façam
a visita. Marque se o item abaixo ocorreu.
Descrição da irregularidade Nº
ARREDORES DA ESCOLA
A visita à escola começa por fora. Os arredores da escola têm de estar livres de focos de contaminação.
96
Antes de entrar, olhe em volta à procura dos itens listados aqui.
Lixo desprotegido atrai insetos e animais, que podem ser transmissores de doenças.
Se eles estiverem próximos à escola e esta não estiver suficientemente protegida, eles
poderão entrar e contaminar os alimentos, podendo deixar os alunos doente
Descrição da irregularidade Nº
Água parada 1
Lixeiras destampadas 27
Local sujo 31
Objetos abandonados 42
ESTOQUE DE ALIMENTOS
É o local onde são armazenados os alimentos que serão preparados e servidos aos alunos. Deve ser um
local limpo, organizado, arejado, bem iluminado e livre de insetos e animais.
Alimentos expostos a insetos, animais, calor, odores, produtos químicos, poeira, sujeira,
ferrugem e outras condições desfavoráveis, podem acabar contaminados.
Descrição da irregularidade Nº
Alimentos vencidos 6
Embalagens roídas 19
Alimentos desorganizados 2
97
Alimentos em contato com o chão 4
Embalagens abertas 18
Prateleiras enferrujadas 48
Local abafado 30
Lixeiras destampadas 27
Equipamentos sujos 20
COZINHA
É o local onde os alimentos serão transformados na refeição que os alunos receberão. Deve ser um local
limpo, organizado, arejado, bem iluminado e livre de insetos e animais. Os manipuladores de alimentos
(merendeiras) devem ter alguns cuidados enquanto preparam as refeições. Assim, observe o local e as
merendeiras e assinale o que você viu.
Assim como os alimentos estocados, os alimentos que estão sendo preparados preci-
sam estar em ambiente limpo, arejado, protegido, livre de insetos e animais, pois eles
podem transmitir doenças. Mas nesse momento há mais um cuidado importante:
quem mexe com o alimento tem que tomar certos cuidados, pois as pessoas também
podem ser veículos para a transmissão de doenças.
Descrição da irregularidade Nº
Merendeiras doentes 35
Lixeiras destampadas 27
Animais 8
Equipamentos sujos 20
Local sujo 31
REFEITÓRIO
É o local onde os alunos fazem as refeições. A hora da refeição deve ser um momento agradável
para os alunos, a fim de que eles estabeleçam um vínculo emocional saudável com os alimentos e
com a escola.
O refeitório deve ser um local agradável, limpo, arejado, protegido, livre de insetos e ani-
mais, evitando assim a contaminação dos alimentos. Os alunos devem fazer a higiene
das mãos antes de cada refeição, pois mãos sujas podem carregar microrganismos que
causam doenças.
Descrição da irregularidade Nº
Não vi pia 41
Lixeiras destampadas 27
Local sujo 31
DOCUMENTAÇÃO
Estamos quase lá! Ainda existem outras coisas importantes na escola para verificarmos. Se você não
encontrar estes documentos, você deve perguntar para o diretor da escola ou para o responsável pelo
local no momento da visita.
Caso a escola não tenha os documentos abaixo, significa que os alunos estão mais
expostos à possibilidade de contrair doenças e que o dinheiro utilizado para a compra
de alimentos não está sendo devidamente controlado.
Descrição da irregularidade Nº
2 Alimentos Estoque com Armazenamento Os alimentos devem ser As matérias-primas, os ingredientes e Art. 25º: Cabe à EE*, à UEx** e
desorganizados embalagens inadequado dos armazenados em local as embalagens devem ser armazenados às escolas de educação básica
desorganizadas alimentos apropriado, de forma organizada em local limpo e organizado, de forma a adotar medidas que garantam
e com aspecto e protegidos contra a garantir proteção contra contaminantes. a aquisição de alimentos de
de bagunça contaminação. qualidade, bem como transporte,
Devem estar adequadamente
estocagem e preparo/manuseio
acondicionados e identificados, sendo
com adequadas condições
que sua utilização deve respeitar o prazo
higiênicas e sanitárias até o seu
de validade.
consumo pelos alunos atendidos
pelo Programa
Cartilha para Conselheiros do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)
3 Alimentos Embalagens não Armazenamento O armazenamento dos alimentos As matérias-primas, os ingredientes e Art. 25º: Cabe à EE, à UEx e às
dentro de caixas foram retiradas inadequado dos deve ser feito em local adequado as embalagens devem ser armazenados escolas de educação básica
das caixas em alimentos e organizado; sobre estrados em local limpo e organizado, de forma a adotar medidas que garantam
que foram distantes do piso, ou sobre garantir proteção contra contaminantes. a aquisição de alimentos de
recebidas paletes, bem conservados e qualidade, bem como transporte,
Devem estar adequadamente
limpos, ou sobre outro sistema estocagem e preparo/manuseio
acondicionados e identificados, sendo
aprovado, afastados das paredes com adequadas condições
que sua utilização deve respeitar o prazo
e distantes do teto de forma que higiênicas e sanitárias até o seu
de validade.
permita apropriada higienização, consumo pelos alunos atendidos
iluminação e circulação de ar. pelo Programa
Retornar ao Sumário
4 Alimentos em Abóbora em Armazenamento Os alimentos devem estar As matérias-primas, os ingredientes e Art. 25º: Cabe à EE, à UEx e às
contato com o contato direto inadequado dos armazenados em local adequado as embalagens devem ser armazenados escolas de educação básica
chão com o chão alimentos e organizado; sobre estrados em local limpo e organizado, de forma a adotar medidas que garantam
distantes do piso, ou sobre garantir proteção contra contaminantes. a aquisição de alimentos de
paletes, bem conservados e qualidade, bem como transporte,
Devem estar adequadamente
limpos, ou sobre outro sistema estocagem e preparo/manuseio
acondicionados e identificados, sendo
aprovado, afastados das paredes com adequadas condições
que sua utilização deve respeitar o prazo
e distantes do teto de forma que higiênicas e sanitárias até o seu
de validade.
Retornar ao Sumário
permita apropriada higienização, consumo pelos alunos atendidos
iluminação e circulação de ar. As matérias-primas, os ingredientes e pelo Programa
as embalagens devem ser armazenados
sobre paletes, estrados e ou prateleiras,
respeitando-se o espaçamento mínimo
necessário para garantir adequada
ventilação, limpeza e, quando for o caso,
desinfecção do local.
Os paletes, estrados e ou prateleiras
devem ser de material liso, resistente,
impermeável e lavável.
5 Alimentos Panela com o Falta de estrutura Art. 25º: Cabe à EE, à UEx e às
prontos sem alimento pronto adequada nos escolas de educação básica
proteção destampada refeitórios adotar medidas que garantam
podendo atrair a aquisição de alimentos de
insetos qualidade, bem como transporte,
estocagem e preparo/manuseio
com adequadas condições
higiênicas e sanitárias até o seu
consumo pelos alunos atendidos
pelo Programa
103
104
QUADRO PARA ADEQUAÇÃO HIGIÊNICO-SANITÁRIA BASEADO EM LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Item do Descrição no RDC nº 275/2002 Resolução/CD/FNDE
Nº Exemplo RDC nº 216/2004 (ANVISA)
Roteiro SIGECON (ANVISA) nº 38/2009
6 Alimentos Embalagens Armazenamento Uso das matérias-primas, Os lotes das matérias-primas, dos Art. 25º: Cabe à EE, à UEx e às
vencidos mostrando inadequado dos ingredientes e embalagens deve ingredientes ou das embalagens escolas de educação básica
uma data que alimentos respeitar a ordem de entrada reprovados ou com prazos de validade adotar medidas que garantam
7 Alunos Bebedouro Falta de estrutura Os equipamentos, móveis e utensílios Art. 41º: Possuir cozinhas e
Cartilha para Conselheiros do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)
compartilhando sem copos adequada nos disponíveis na área devem ser refeitórios adequados para o
os copos no descartáveis refeitórios compatíveis com as atividades, em fornecimento de, no mínimo, três
bebedouro ou crianças número suficiente e em adequado refeições diárias.
sem copos estado de conservação.
individuais para
beber água,
tendo que usar
o mesmo copo
dos colegas
Retornar ao Sumário
higiênicas e sanitárias até o seu
consumo pelos alunos atendidos
pelo Programa
9 Animais Ratos Deve existir um conjunto de ações Art. 25º: Cabe à EE, à UEx e às
próximos à encontrados eficazes e contínuas de controle de escolas de educação básica
escola próximos à vetores e pragas urbanas, com o objetivo adotar medidas que garantam
escola de impedir a atração, o abrigo, o acesso a aquisição de alimentos de
e/ou proliferação dos mesmos. qualidade, bem como transporte,
estocagem e preparo/manuseio
com adequadas condições
higiênicas e sanitárias até o seu
Retornar ao Sumário
consumo pelos alunos atendidos
pelo Programa
105
106
QUADRO PARA ADEQUAÇÃO HIGIÊNICO-SANITÁRIA BASEADO EM LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Item do Descrição no RDC nº 275/2002 Resolução/CD/FNDE
Nº Exemplo RDC nº 216/2004 (ANVISA)
Roteiro SIGECON (ANVISA) nº 38/2009
12 Ausência de Não foi Existência de programa de O responsável pelas atividades de
registro de apresentado capacitação adequado e contínuo manipulação dos alimentos deve ser
capacitação ou documento relacionado à higiene pessoal e à comprovadamente submetido a curso de
13 Ausência de Não foi Existência de responsável Deve ser utilizada somente água
registro de apresentado comprovadamente capacitado potável para manipulação de alimentos.
potabilidade da documento para a higienização do Quando utilizada solução alternativa de
água comprovando reservatório da água abastecimento de água, a potabilidade
que a água da deve ser atestada semestralmente
Controle de potabilidade
escola é própria mediante laudos laboratoriais, sem
Cartilha para Conselheiros do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)
Retornar ao Sumário
registros da operação.
14 Ausência Não foi Existência de supervisão O controle da saúde dos manipuladores
de registro apresentado periódica do estado de saúde dos deve ser registrado e realizado de acordo
de exames documento manipuladores com a legislação específica
periódicos dos comprovando
Existência de registro dos exames
manipuladores que os
realizados
manipuladores
passam
por exames
Retornar ao Sumário
periódicos de
saúde
15 Chão difícil de Chão que não Falta de higiene O chão deve ser de material As instalações físicas como piso, parede Art. 25º: Cabe à EE, à UEx e às
limpar seja liso (ex. no ambiente de que permita fácil e apropriada e teto devem possuir revestimento liso, escolas de educação básica
azulejo) produção das higienização (liso, resistente, impermeável e lavável. adotar medidas que garantam
refeições drenados com declive, a aquisição de alimentos de
impermeável e outros) e estar em qualidade, bem como transporte,
Falta de
adequado estado de conservação estocagem e preparo/manuseio
infraestrutura
(livre de defeitos, rachaduras, com adequadas condições
adequada nas
trincas, buracos e outros). higiênicas e sanitárias até o seu
cozinhas
consumo pelos alunos atendidos
pelo Programa
17 Contato direto Luz do sol Armazenamento Armazenamento dos alimentos Art. 25º: Cabe à EE, à UEx e às
dos raios de incidindo Inadequado dos deve ser feito em local adequado escolas de educação básica
sol com as diretamente alimentos e organizado; sobre estrados adotar medidas que garantam
embalagens sobre a distantes do piso, ou sobre a aquisição de alimentos de
embalhagem paletes, bem conservados e qualidade, bem como transporte,
limpos, ou sobre outro sistema estocagem e preparo/manuseio
aprovado, afastados das paredes com adequadas condições
e distantes do teto de forma que higiênicas e sanitárias até o seu
19 Embalagens Furos na Armazenamento Ausência de vetores e pragas Art. 25º: Cabe à EE, à UEx e às
roídas embalagem, Inadequado dos urbanas ou qualquer evidência escolas de educação básica
com aspecto de alimentos de sua presença como fezes, adotar medidas que garantam
roída ninhos e outros. a aquisição de alimentos de
qualidade, bem como transporte,
estocagem e preparo/manuseio
com adequadas condições
higiênicas e sanitárias até o seu
Cartilha para Conselheiros do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)
20 Equipamentos Fogão, Falta de higiene Equipamentos devem estar em Art. 25º: Cabe à EE, à UEx e às
sujos liquidificador no ambiente de adequado estado de conservação escolas de educação básica
ou outros produção das e funcionamento adotar medidas que garantam
equipamentos Refeições a aquisição de alimentos de
sujos qualidade, bem como transporte,
estocagem e preparo/manuseio
com adequadas condições
higiênicas e sanitárias até o seu
consumo pelos alunos atendidos
pelo Programa
Retornar ao Sumário
21 Escola não Falta de cozinhas Art. 25º: Cabe à EE, à UEx e às
possui cozinha e refeitórios nas escolas de educação básica
escolas adotar medidas que garantam
a aquisição de alimentos de
qualidade, bem como transporte,
estocagem e preparo/manuseio
com adequadas condições
higiênicas e sanitárias até o seu
Retornar ao Sumário
consumo pelos alunos atendidos
pelo Programa
24 Insetos dentro Foram vistos Armazenamento Matérias-primas, ingredientes Art. 25º: Cabe à EE, à UEx e às
das embalagens pequenos Inadequado dos e embalagens devem ser escolas de educação básica
insetos, vivos alimentos inspecionados na recepção a fim adotar medidas que garantam
ou portos, de evitar esse problema. a aquisição de alimentos de
conhecidos qualidade, bem como transporte,
como estocagem e preparo/manuseio
“carunchos” ou com adequadas condições
baratas higiênicas e sanitárias até o seu
consumo pelos alunos atendidos
pelo Programa
109
110
QUADRO PARA ADEQUAÇÃO HIGIÊNICO-SANITÁRIA BASEADO EM LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Item do Descrição no RDC nº 275/2002 Resolução/CD/FNDE
Nº Exemplo RDC nº 216/2004 (ANVISA)
Roteiro SIGECON (ANVISA) nº 38/2009
25 Insetos Moscas, Armazenamento Nas áreas não deve haver vetores A edificação, as instalações, os Art. 25º: Cabe à EE, à UEx e às
sobrevoando o mosquitos, Inadequado dos e pragas urbanas ou qualquer equipamentos, os móveis e os utensílios escolas de educação básica
local cupins, entre alimentos evidência de sua presença como devem ser livres de vetores e pragas adotar medidas que garantam
26 Janelas sem tela As janelas, Armazenamento Existência de proteção contra As aberturas externas das áreas de Art. 25º: Cabe à EE, à UEx e às
de proteção quando abertas, Inadequado dos insetos e roedores (telas mil armazenamento e preparação de escolas de educação básica
permitem a alimentos metradas ou outro sistema) alimentos, inclusive o sistema de adotar medidas que garantam
entrada de exaustão, devem ser providas de telas a aquisição de alimentos de
Falta de estrutura
insetos, poeira milimetradas para impedir o acesso de qualidade, bem como transporte,
adequada nos
e pequenos vetores e pragas urbanas. estocagem e preparo/manuseio
refeitórios
animais com adequadas condições
Falta de higiênicas e sanitárias até o seu
Cartilha para Conselheiros do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)
27 Lixeiras Lixeiras com a Falta de higiene Recipientes para coleta Os coletores utilizados para deposição Art. 25º: Cabe à EE, à UEx e às
destampadas tampa faltando no ambiente de de resíduos no interior do dos resíduos das áreas de preparação e escolas de educação básica
ou semi-aberta, produção das estabelecimento devem ser de armazenamento de alimentos devem adotar medidas que garantam
deixando o lixo refeições fácil higienização e transporte e ser dotados de tampas acionadas sem a aquisição de alimentos de
exposto serem devidamente identificados contato manual qualidade, bem como transporte,
e higienizados constantemente; estocagem e preparo/manuseio
Os resíduos devem ser frequentemente
deve ser feito uso de sacos de lixo com adequadas condições
coletados e estocados em local fechado
apropriados. higiênicas e sanitárias até o seu
e isolado da área de preparação e
consumo pelos alunos atendidos
Deve existir a retirada frequente armazenamento dos alimentos, de
pelo Programa
dos resíduos da cozinha, forma a evitar focos de contaminação e
evitando, assim, focos de atração de vetores e pragas urbanas.
contaminação.
Retornar ao Sumário
28 Lixo a céu Restos de A área externa deve ser livre de Art. 25º: Cabe à EE, à UEx e às
aberto comida, objetos, acúmulo de lixo nas imediações escolas de educação básica
garrafas jogados adotar medidas que garantam
no chão na a aquisição de alimentos de
áreas próximas qualidade, bem como transporte,
à escola estocagem e preparo/manuseio
com adequadas condições
higiênicas e sanitárias até o seu
Retornar ao Sumário
consumo pelos alunos atendidos
pelo Programa
29 Lixo não é O lixo acaba Armazenamento Fluxo deve ser ordenado, linear e Os resíduos devem ser frequentemente Art. 25º: Cabe à EE, à UEx e às
armazenado em passando inadequado dos sem cruzamento. coletados e estocados em local fechado escolas de educação básica
local fechado por locais alimentos e isolado da área de preparação e adotar medidas que garantam
onde existem armazenamento dos alimentos, de a aquisição de alimentos de
Falta de estrutura
alimentos ao forma a evitar focos de contaminação e qualidade, bem como transporte,
adequada nos
invés de ficar em atração de vetores e pragas urbanas. estocagem e preparo/manuseio
refeitórios
local afastado com adequadas condições
deles Falta de higiene higiênicas e sanitárias até o seu
no ambiente de consumo pelos alunos atendidos
produção das pelo Programa
refeições
30 Local abafado Faz muito calor Armazenamento O alimento deve ser armazenado Art. 25º: Cabe à EE, à UEx e às
e não circula ar inadequado dos em local adequado e organizado; escolas de educação básica
dentro do local alimentos de forma que permita apropriada adotar medidas que garantam
higienização, iluminação e a aquisição de alimentos de
Falta de estrutura
circulação de ar. qualidade, bem como transporte,
adequada nos
estocagem e preparo/manuseio
refeitórios
com adequadas condições
Falta de higiênicas e sanitárias até o seu
infraestrutura consumo pelos alunos atendidos
adequada nas pelo Programa
cozinhas
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QUADRO PARA ADEQUAÇÃO HIGIÊNICO-SANITÁRIA BASEADO EM LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Item do Descrição no RDC nº 275/2002 Resolução/CD/FNDE
Nº Exemplo RDC nº 216/2004 (ANVISA)
Roteiro SIGECON (ANVISA) nº 38/2009
31 Local sujo Local com poeira Falta de higiene Deve ser realizada higienização Art. 25º: Cabe à EE, à UEx e às
acumulada, lixo no ambiente de adequada do local escolas de educação básica
espalhado, sacos produção das adotar medidas que garantam
32 Local mal Local com falta Falta de estrutura Iluminação natural ou A iluminação do local deve proporcionar Art. 41º: Possuir cozinhas e
iluminado de iluminação, adequada nos artificial adequada à atividade a visualização de forma que as atividades refeitórios adequados para o
escuro refeitórios desenvolvida, sem ofuscamento, sejam realizadas sem comprometer a fornecimento de, no mínimo, três
reflexos fortes, sombras e higiene e as características sensoriais dos refeições diárias.
Falta de
contrastes excessivos. alimentos
infraestrutura
adequada nas As luminárias devem estar protegidas
cozinhas contra explosão e quedas acidentais
Cartilha para Conselheiros do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)
33 Merendeiras Falta de higiene As merendeiras devem ter asseio Os manipuladores de alimentos devem Art. 25º: Cabe à EE, à UEx e às
com esmalte dos manipuladores pessoal: boa apresentação, usar cabelos presos e protegidos escolas de educação básica
nas unhas de alimentos asseio corporal, mãos limpas, por redes, toucas ou outro acessório adotar medidas que garantam
(merendeiras) unhas curtas, sem esmalte, sem apropriado para esse fim, não sendo a aquisição de alimentos de
adornos (anéis, pulseiras, brincos, permitido o uso de barba. qualidade, bem como transporte,
etc.); se forem homens, eles estocagem e preparo/manuseio
As unhas devem estar curtas e sem
devem estar barbeados e com os com adequadas condições
esmalte ou base. Durante a manipulação,
cabelos protegidos. higiênicas e sanitárias até o seu
devem ser retirados todos os objetos de
consumo pelos alunos atendidos
adorno pessoal e a maquiagem.
pelo Programa
34 Merendeiras Falta de higiene As merendeiras devem ter asseio Os manipuladores de alimentos devem Art. 25º: Cabe à EE, à UEx e às
com unhas dos manipuladores pessoal: boa apresentação, usar cabelos presos e protegidos escolas de educação básica
compridas de alimentos asseio corporal, mãos limpas, por redes, toucas ou outro acessório adotar medidas que garantam
(merendeiras) unhas curtas, sem esmalte, sem apropriado para esse fim, não sendo a aquisição de alimentos de
adornos (anéis, pulseiras, brincos, permitido o uso de barba. qualidade, bem como transporte,
etc.); se forem homens, eles estocagem e preparo/manuseio
Retornar ao Sumário
As unhas devem estar curtas e sem
devem estar barbeados e com os com adequadas condições
esmalte ou base. Durante a manipulação,
cabelos protegidos. higiênicas e sanitárias até o seu
devem ser retirados todos os objetos de
consumo pelos alunos atendidos
adorno pessoal e a maquiagem.
pelo Programa
35 Merendeiras Merendeiras Falta de higiene Os manipuladores de alimentos Os manipuladores de alimentos que Art. 25º: Cabe à EE, à UEx e às
doentes espirrando, com dos manipuladores não devem apresentar apresentarem lesões e ou sintomas de escolas de educação básica
tosse, com febre, de alimentos afecções cutâneas, feridas e enfermidades que possam comprometer adotar medidas que garantam
reclamando que (merendeiras) supurações; sintomas e infecções a qualidade higiênico-sanitária dos a aquisição de alimentos de
estão sentido-se respiratórias, gastrointestinais e alimentos devem ser afastados da qualidade, bem como transporte,
mal, com feridas oculares. atividade de preparação de alimentos estocagem e preparo/manuseio
nas mãos, entre enquanto persistirem essas condições com adequadas condições
outros de saúde higiênicas e sanitárias até o seu
Retornar ao Sumário
consumo pelos alunos atendidos
pelo Programa
36 Merendeiras Merendeiras de Falta de higiene As merendeiras devem ter asseio Os manipuladores de alimentos devem Art. 25º: Cabe à EE, à UEx e às
sem touca dos manipuladores pessoal: boa apresentação, usar cabelos presos e protegidos escolas de educação básica
cabelos soltos
de alimentos asseio corporal, mãos limpas, por redes, toucas ou outro acessório adotar medidas que garantam
ou presos, mas
(merendeiras) unhas curtas, sem esmalte, sem apropriado para esse fim, não sendo a aquisição de alimentos de
sem a touca de
adornos (anéis, pulseiras, brincos, permitido o uso de barba. qualidade, bem como transporte,
proteção por
etc.); se forem homens, eles estocagem e preparo/manuseio
cima As unhas devem estar curtas e
devem estar barbeados e com os com adequadas condições
sem esmalte ou base. Durante a
cabelos protegidos. higiênicas e sanitárias até o seu
manipulação, devem ser retirados
consumo pelos alunos atendidos
todos os objetos de adorno pessoal e a
pelo Programa
maquiagem.
37 Merendeiras Falta de higiene As merendeiras devem ter asseio Os manipuladores de alimentos devem Art. 25º: Cabe à EE, à UEx e às
usando brincos, dos manipuladores pessoal: boa apresentação, usar cabelos presos e protegidos escolas de educação básica
aneis ou de alimentos asseio corporal, mãos limpas, por redes, toucas ou outro acessório adotar medidas que garantam
pulseiras (merendeiras) unhas curtas, sem esmalte, sem apropriado para esse fim, não sendo a aquisição de alimentos de
adornos (anéis, pulseiras, brincos, permitido o uso de barba. qualidade, bem como transporte,
etc.); se forem homens, eles estocagem e preparo/manuseio
As unhas devem estar curtas e
devem estar barbeados e com os com adequadas condições
sem esmalte ou base. Durante a
cabelos protegidos. higiênicas e sanitárias até o seu
manipulação, devem ser retirados
consumo pelos alunos atendidos
todos os objetos de adorno pessoal e a
pelo Programa
maquiagem.
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QUADRO PARA ADEQUAÇÃO HIGIÊNICO-SANITÁRIA BASEADO EM LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Item do Descrição no RDC nº 275/2002 Resolução/CD/FNDE
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38 Não foi Não Art. 28º: Os Estados, o Distrito
providenciado o disponibilização Federal e os Municípios devem:
meu transporte de transporte
39 Não há controle Não foi Armazenamento Matérias-primas, ingredientes As matérias-primas, os ingredientes e Art. 9º: Realizar o controle de
de entrada de apresentada inadequado dos e embalagens devem ser as embalagens devem ser submetidos estoque e o armazenamento dos
alimentos planilha ou alimentos inspecionados no momento do à inspeção e aprovados no momento do gêneros alimentícios
lista com os recebimento. recebimento.
alimentos que
Existência de planilhas A temperatura das matérias-primas
estão para
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retirados do
estoque para
utilização
41 Não vi pia Pia para lavar Falta de estrutura Deve haver lavatórios na área de Art. 25º: Cabe à EE, à UEx e às
as mãos adequada nos manipulação com água corrente, escolas de educação básica
inexistente no refeitórios dotados preferencialmente adotar medidas que garantam
local de torneira com acionamento a aquisição de alimentos de
automático, em posições qualidade, bem como transporte,
adequadas em relação ao fluxo estocagem e preparo/manuseio
de produção e serviço, e em com adequadas condições
número suficiente de modo a higiênicas e sanitárias até o seu
Retornar ao Sumário
atender toda a área de produção. consumo pelos alunos atendidos
pelo Programa
Art. 41º: Possuir cozinhas e
refeitórios adequados para o
fornecimento de, no mínimo, três
refeições diárias.
43 Objetos que não Qualquer Armazenamento Área externa livre de objetos As áreas internas e externas do Art. 25º: Cabe à EE, à UEx e às
sejam alimentos objeto, como inadequado dos em desuso ou estranhos ao estabelecimento devem estar livres de escolas de educação básica
baldes, panelas, alimentos ambiente objetos em desuso ou estranhos ao adotar medidas que garantam
produtos, ambiente a aquisição de alimentos de
brinquedos qualidade, bem como transporte,
ou papeis estocagem e preparo/manuseio
guardados com adequadas condições
no mesmo higiênicas e sanitárias até o seu
local que os consumo pelos alunos atendidos
alimentos pelo Programa
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QUADRO PARA ADEQUAÇÃO HIGIÊNICO-SANITÁRIA BASEADO EM LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
Item do Descrição no RDC nº 275/2002 Resolução/CD/FNDE
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44 Parede difícil de Parede que não Armazenamento A parede deve ser feita de As instalações físicas como piso, parede Art. 25º: Cabe à EE, à UEx e às
limpar seja lisa e de inadequado dos material que permita fácil e e teto devem possuir revestimento liso, escolas de educação básica
fácil limpeza, alimentos apropriada higienização (liso, impermeável e lavável. adotar medidas que garantam
45 Pia sem Existe pia para Falta de estrutura Lavatórios devem estar em Art. 25º: Cabe à EE, à UEx e às
sabonete e lavagem das adequada nos condições de higiene, dotados escolas de educação básica
papel toalha mãos no local, refeitórios de sabonete líquido inodoro adotar medidas que garantam
para lavar as porém ela antisséptico, toalhas de papel a aquisição de alimentos de
Falta de
mãos não oferece não reciclado ou outro sistema qualidade, bem como transporte,
infraestrutura
sabonete líquido higiênico e seguro de secagem e estocagem e preparo/manuseio
adequada nas
e nem papel coletor de papel acionados sem com adequadas condições
Cartilha para Conselheiros do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)
cozinhas
toalha contato manual. higiênicas e sanitárias até o seu
consumo pelos alunos atendidos
pelo Programa
Art. 41º: Possuir cozinhas e
refeitórios adequados para o
fornecimento de, no mínimo, três
refeições diárias.
46 Portas sem Quando a porta Armazenamento Porta com barreiras adequadas As portas e as janelas devem ser Art. 25º: Cabe à EE, à UEx e às
rodapé está fechada, inadequado dos para impedir entrada de mantidas ajustadas aos batentes escolas de educação básica
não há nada alimentos vetores e outros animais (telas adotar medidas que garantam
na parte de milimetradas ou outro sistema) a aquisição de alimentos de
Falta de estrutura
baixo que qualidade, bem como transporte,
adequada nos
impeça insetos estocagem e preparo/manuseio
refeitórios
ou pequenos com adequadas condições
animais de Falta de higiênicas e sanitárias até o seu
Retornar ao Sumário
entrarem no infraestrutura consumo pelos alunos atendidos
local adequada nas pelo Programa
cozinhas
47 Portas sem tela Quando a porta Armazenamento Portas devem contar com As aberturas externas das áreas de Art. 25º: Cabe à EE, à UEx e às
de proteção está aberta não inadequado dos barreiras adequadas para impedir armazenamento e preparação de escolas de educação básica
há nenhuma alimentos entrada de vetores e outros alimentos, inclusive o sistema de adotar medidas que garantam
tela que evite animais (telas milimetradas ou exaustão, devem ser providas de telas a aquisição de alimentos de
Falta de estrutura
a entrada de outro sistema) milimetradas para impedir o acesso de qualidade, bem como transporte,
adequada nos
insetos vetores e pragas urbanas. estocagem e preparo/manuseio
refeitórios
com adequadas condições
Falta de higiene higiênicas e sanitárias até o seu
Retornar ao Sumário
no ambiente de consumo pelos alunos atendidos
produção das pelo Programa
refeições
48 Prateleiras Armazenamento O armazenamento dos alimentos As matérias-primas, os ingredientes e Art. 25º: Cabe à EE, à UEx e às
enferrujadas inadequado dos deve ser feito em local adequado as embalagens devem ser armazenados escolas de educação básica
alimentos e organizado; sobre estrados sobre paletes, estrados e ou prateleiras, adotar medidas que garantam
distantes do piso, ou sobre respeitando-se o espaçamento mínimo a aquisição de alimentos de
paletes, bem conservados e necessário para garantir adequada qualidade, bem como transporte,
limpos, ou sobre outro sistema ventilação, limpeza e, quando for o caso, estocagem e preparo/manuseio
aprovado, afastados das paredes desinfecção do local. Os paletes, estrados com adequadas condições
e distantes do teto de forma que e ou prateleiras devem ser de material higiênicas e sanitárias até o seu
permita apropriada higienização, liso, resistente, impermeável e lavável. consumo pelos alunos atendidos
iluminação e circulação de ar. pelo Programa
49 Prateleiras As embalagens Armazenamento Alimentos devem ser Art. 25º: Cabe à EE, à UEx e às
encostadas na ficam inadequado dos armazenados em local adequado escolas de educação básica
parede armazenadas alimentos e organizado; sobre estrados adotar medidas que garantam
em prateleiras distantes do piso, ou sobre a aquisição de alimentos de
que não paletes, bem conservados e qualidade, bem como transporte,
têm espaço limpos, ou sobre outro sistema estocagem e preparo/manuseio
da parede, aprovado, afastados das paredes com adequadas condições
dificultando a e distantes do teto de forma que higiênicas e sanitárias até o seu
passagem de permita apropriada higienização, consumo pelos alunos atendidos
ar e a limpeza iluminação e circulação de ar. pelo Programa
e facilitando
o acesso de
insetos e
pequenos
animais às
embalagens
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QUADRO PARA ADEQUAÇÃO HIGIÊNICO-SANITÁRIA BASEADO EM LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
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50 Produtos de Produtos de Armazenamento O local deve possuir produtos Os produtos de higienização devem Art. 25º: Cabe à EE, à UEx e às
limpeza junto limpeza sendo Inadequado dos de higienização identificados e ser identificados e guardados em local escolas de educação básica
aos alimentos armazenados alimentos guardados em local adequado reservado para essa finalidade adotar medidas que garantam
51 Refeição sendo Merendeira Falta de estrutura As áreas de exposição do alimento Art. 25º: Cabe à EE, à UEx e às
servida sem afunda um adequada nos preparado e de consumação ou refeitório escolas de educação básica
talheres prato na panela refeitórios devem ser mantidas organizadas e adotar medidas que garantam
para pegar o em adequadas condições higiênico- a aquisição de alimentos de
Falta de
alimento sanitárias qualidade, bem como transporte,
infraestrutura
estocagem e preparo/manuseio
adequada nas Os equipamentos, móveis e utensílios
com adequadas condições
cozinhas disponíveis nessa área devem ser
higiênicas e sanitárias até o seu
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52 Sacos de lixo Os sacos de Falta de higiene Recipientes para coleta Os coletores utilizados para deposição Art. 25º: Cabe à EE, à UEx e às
fora da lixeira lixo não estão no ambiente de de resíduos no interior do dos resíduos das áreas de preparação e escolas de educação básica
dentro de uma produção das estabelecimento devem ser de armazenamento de alimentos devem adotar medidas que garantam
lixeira refeições fácil higienização e transporte e ser dotados de tampas acionadas sem a aquisição de alimentos de
serem devidamente identificados contato manual qualidade, bem como transporte,
e higienizados constantemente; estocagem e preparo/manuseio
Os resíduos devem ser frequentemente
deve ser feito uso de sacos de lixo com adequadas condições
coletados e estocados em local fechado
apropriados. higiênicas e sanitárias até o seu
e isolado da área de preparação e
consumo pelos alunos atendidos
Deve existir a retirada frequente armazenamento dos alimentos, de
pelo Programa
Retornar ao Sumário
dos resíduos da cozinha, forma a evitar focos de contaminação e
evitando, assim, focos de atração de vetores e pragas urbanas.
contaminação.
53 Telhado com Algumas telhas Armazenamento O teto deve estar em adequado Art. 25º: Cabe à EE, à UEx e às
furos estão quebradas inadequado dos estado de conservação (livre de escolas de educação básica
e permitem alimentos trincas, rachaduras, umidade, adotar medidas que garantam
a entrada Falta de estrutura bolor, descascamentos e outros). a aquisição de alimentos de
de insetos adequada nos qualidade, bem como transporte,
e pequenos refeitórios estocagem e preparo/manuseio
animais com adequadas condições
Falta de infraestru-
higiênicas e sanitárias até o seu
tura adequada nas
consumo pelos alunos atendidos
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cozinhas refeições
pelo Programa
54 Telhado sem Existe um Armazenamento Acabamento do teto deve ser liso, Art. 25º: Cabe à EE, à UEx e às
forro espaço entre inadequado dos em cor clara, impermeável e de escolas de educação básica
a parede e alimentos fácil limpeza e desinfecção. adotar medidas que garantam
o telhado a aquisição de alimentos de
Falta de estrutura
que permite qualidade, bem como transporte,
adequada nos
a entrada estocagem e preparo/manuseio
refeitórios
de insetos com adequadas condições
e pequenos Falta de higiênicas e sanitárias até o seu
animais infraestrutura consumo pelos alunos atendidos
adequada nas pelo Programa
cozinhas
55 Ventilador de Ventilador Falta de higiene Ventilação artificial deve ser feita Os equipamentos e os filtros para Art. 25º: Cabe à EE, à UEx e às
teto empoeirado apresenta-se no ambiente de por meio de equipamento(s) climatização devem estar conservados escolas de educação básica
visivelmente produção das higienizado(s) e com adotar medidas que garantam
sujo refeições manutenção adequada ao tipo a aquisição de alimentos de
de equipamento qualidade, bem como transporte,
estocagem e preparo/manu-
seio com adequadas condições
higiênicas e sanitárias até o seu
consumo pelos alunos atendidos
pelo Programa
56 Visitantes / Visitantes ou Falta de higiene Controle da circulação e acesso Os visitantes devem cumprir os Art. 25º: Cabe à EE, à UEx e às
Merendeiras Merendeiras no ambiente de do pessoal requisitos de higiene e de saúde escolas de educação básica
sem touca na área produção das estabelecidos para os manipuladores adotar medidas que garantam
correspondente refeições a aquisição de alimentos de
à cozinha sem qualidade, bem como transporte,
touca estocagem e preparo/manu-
seio com adequadas condições
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE!
Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação
Diretoria de Ações Educacionais
Coordenação-Geral do Programa Nacional de
Alimentação Escolar
Endereço
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO
Secretaria-Geral de Controle Externo
SAFS Quadra 4 Lote 1
Edifício Anexo I Sala 431
70.042-900 Brasília - DF
(61) 3316 7322
Fax (61) 3316 7535
segecex@tcu.gov.br
Ouvidoria
0800 644 1500
ouvidoria@tcu.gov.br
Visão
Ser referência na promoção de uma Administração Pública efetiva,
ética, ágil e responsável
www.tcu.com.br
Missão
Prestar assistência técnica e financeira e executar ações que
contribuam para uma educação de qualidade a todos.
Visão
Ser referência na implementação de políticas públicas.
www.fnde.gov.br