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Plano

de Aula: DEFESA DO RECLAMADO


PRÁTICA SIMULADA II (TRABALHO) -
CCJ0148

Título

DEFESA DO RECLAMADO

Número de Aulas por Semana

Número de Semana de Aula

Tema

Defesa do Reclamado - Aspectos Gerais

Objetivos

Recordar os conhecimentos teóricos adquiridos na disciplina Processo


do Trabalho, notadamente àqueles referentes à defesa do Reclamado e
as modalidades de defesa e, com base nesses conhecimentos, enfrentar
as questões pertinentes aos efeitos do CPC/15 na elaboração da defesa
do Reclamado. O aluno deverá, ainda, ao final, ser capaz de reconhecer
os requisitos fundamentais para elaboração da defesa do Reclamado e
conhecer as formalidades essências para apresentação da defesa
escrita.

Estrutura do Conteúdo

1. Defesa do Reclamado - Aspectos Gerais


1.1. Principais princípios
1.2. Espécies
1.2.1. Contestação;
1.2.2. Reconvenção
1.2.3. Exceções
2. Da Contestação
2.1. Defesa Processual
2.2. Defesa de Mérito
2.2.1. Defesa de Mérito Indireta
2.2.2. Defesa de Mérito Direta
2.3. Requisitos Essenciais - Aspectos Formais
2.4. Traçado Genérico

Aplicação Prática Teórica

1.Defesa do Reclamado - Aspectos Gerais

Inicialmente, cabe destacar que a defesa do reclamado, no âmbito do


processo do trabalho, será apresentada em audiência, após a tentativa
de conciliação frustrada. A defesa do acusado poderá ser realizada de
forma oral ou escrita, sendo mais comum a apresentação da peça de
defesa na forma escrita. Contudo, a CLT primou pela forma oral dos atos
processuais, de tal forma que não tratou dos requisitos fundamentais
para a elaboração da contestação. Diante de tal motivo, deve-se buscar
os requisitos constantes no CPC, diploma que possui aplicação
subsidiária no processo do trabalho, consoante o disposto no artigo 769
da CLT. (Explicar como ocorre na prática com o Pje-JT)

1.1. Principais princípios

Ø Ampla Defesa e Contraditório - corolário do principio do devido


processo legal, a ampla defesa e o contraditório são princípios
constitucionais do processo assegurados pelo artigo 5º, inciso LV da
Constituição Federal, mas pode ser definido também pela expressão
audiatur et altera pars, que significa ?ouça-se também a outra parte?. O
princípio da ampla defesa e do contraditório possuem base no dever
delegado ao Estado de facultar ao acusado a possibilidade de efetuar a
mais completa defesa quanto à imputação que lhe foi realizada. As
condições mínimas para a convivência em uma sociedade democrática
são pautadas através dos direitos e garantias fundamentais. Estes são
meios de proteção dos Direitos individuais, bem como mecanismos para
que haja sempre alternativas processuais adequadas para essa
finalidade. Não só a Constituição da República, mas também a
Convenção Americana sobre os Direitos Humanos, chamada de Pacto
de São José da Costa Rica, aprovada pelo Congresso Nacional, através
do Decreto Legislativo n° 27, de 26/5/1992, garante o contraditório. Diz
o art. 8º: Art. 8º Garantias Judiciais "Toda pessoa tem direito a ser ouvida,
com as devidas garantias e dentro de um prazo razoável, por um juiz ou
tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido
anteriormente por lei, na apuração de qualquer acusação penal
formulada contra ela, ou para que se determinem seus direitos ou
obrigações de natureza civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer outra
natureza. Por tudo isso, o princípio da ampla defesa e do contraditório
refletem o dever de possibilitar ao Reclamado todos os meios de defesa
e instrumentos processuais hábeis para a garantia efetiva de um
contraditório.

Art. 4° Aplicam-se ao Processo do Trabalho as normas do CPC que


regulam o princípio do contraditório, em especial os artigos 9º e 10, no
que vedam a decisão surpresa. § 1º Entende-se por “decisão surpresa”
a que, no julgamento final do mérito da causa, em qualquer grau de
jurisdição, aplicar fundamento jurídico ou embasar-se em fato não
submetido à audiência prévia de uma ou de ambas as partes. § 2º Não
se considera “decisão surpresa” a que, à luz do ordenamento jurídico
nacional e dos princípios que informam o Direito Processual do Trabalho,
as partes tinham obrigação de prever, concernente às condições da
ação, aos pressupostos de admissibili

Ø Princípio da Concentração ou Eventualidade - toda a matéria de


defesa deve ser apresentada em uma única oportunidade processual,
sob pena de preclusão, ou seja, deve o Reclamado, em sua peça de
bloqueio, alegar todas as matérias de fato e de direito que pretende
impugnar, inclusive, indicando clara e precisamente, quais são os
motivos pelos quais não concorda com a pretensão autoral,
impugnando especificamente cada uma das causas de pedir e
consequente pedidos, realizados pelo Reclamante. Nesse sentido, após
a apresentação da contestação somente será lícito ao Reclamado
deduzir novas alegações se relativas a direito superveniente, competir
ao juiz conhecer delas de ofício ou por expressa autorização legal,
puderem ser formuladas em qualquer tempo e juízo, conforme o
disposto no artigo 342 CPC/15: Art. 342. Depois da contestação, só é
lícito ao réu deduzir novas alegações quando: I - relativas a direito ou a
fato superveniente; II - competir ao juiz conhecer delas de ofício; III - por
expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo
e grau de jurisdição.

Destaque para o art. 4° da IN 39/16 do TST: “Aplicam-se ao


Processo do Trabalho as normas do CPC que regulam o princípio do
contraditório, em especial os artigos 9º e 10, no que vedam a decisão
surpresa. § 1º Entende-se por “decisão surpresa” a que, no julgamento
final do mérito da causa, em qualquer grau de jurisdição, aplicar
fundamento jurídico ou embasar-se em fato não submetido à audiência
prévia de uma ou de ambas as partes. § 2º Não se considera “decisão
surpresa” a que, à luz do ordenamento jurídico nacional e dos princípios
que informam o Direito Processual do Trabalho, as partes tinham
obrigação de prever, concernente às condições da ação, aos
pressupostos de admissibilidade de recurso e aos pressupostos
processuais, salvo disposição legal expressa em contrário.

Ø Princípio do Ônus da Impugnação Específica ou Especificada -


decorrente do principio da concentração ou da eventualidade, o
princípio em comento importa no dever de o Reclamado impugnar, em
sua defesa, cada fato citado pelo autor que auxiliou para o surgimento
do direito pleiteado. Essa forma de defesa é muito importante, pois a lei
determina que os fatos não rebatidos pelo réu são considerados
verdadeiros, conforme o disposto no artigo 341/15 do CPC: Art. 341.
Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as
alegações de fato constantes da petição inicial, presumindo-se
verdadeiras as não impugnadas, salvo se: I - não for admissível, a seu
respeito, a confissão; II - a petição inicial não estiver acompanhada de
instrumento que a lei considerar da substância do ato; III - estiverem em
contradição com a defesa, considerada em seu conjunto. Parágrafo
único. O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao
defensor público, ao advogado dativo e ao curador especial.

1.2. Espécies

A defesa do Reclamado pode se dar através da apresentação de


Contestação, Reconvenção e Exceção. Entretanto, não se pode olvidar
as alterações ocorridas com o advento do CPC/15 e quais seus efetivos
reflexos no Processo do Trabalho. Senão vejamos.

1.2.1. – CONTESTAÇÃO: A contestação é, sem dúvida, a principal


espécie de defesa do Réu, especialmente pelo fato de ser a única
modalidade de resposta processual que tem o condão de evitar a figura
da revelia. É na contestação que o Reclamado irá exercer o seu direito
constitucional à ampla defesa e ao contraditório, insurgindo-se contra a
pretensão do Reclamante, impugnando especificamente todos os fatos
por aquele deduzidos. Por certo, a contestação envolverá todas as
matérias de defesa do Reclamado, quer sejam de índole processual,
quer sejam de índole material.

O artigo 335 CPC/15 prevê que o réu poderá oferecer


contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias. Ocorre,
contudo, que nossa contestação será entregue em audiência (com as
peculiaridades do Pje-JT). Assim sendo, destaque para o artigo 2° da IN
39/15 do TST, que prevê que, sem prejuízo de outros, não se aplicam
ao Processo do Trabalho, em razão de inexistência de omissão ou por
incompatibilidade, os seguintes preceitos do Código de Processo Civil:
IV - art. 334 (audiência de conciliação ou de mediação); V - art. 335
(prazo para contestação).

Art. 335 CPC/15: O réu poderá oferecer contestação, por petição, no


prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data: I - da audiência
de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação,
quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver
autocomposição; II - do protocolo do pedido de cancelamento da
audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando
ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso I; III - prevista no art. 231, de
acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos. § 1o No
caso de litisconsórcio passivo, ocorrendo a hipótese do art. 334, § 6o, o
termo inicial previsto no inciso II será, para cada um dos réus, a data de
apresentação de seu respectivo pedido de cancelamento da audiência.
§ 2o Quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso II, havendo
litisconsórcio passivo e o autor desistir da ação em relação a réu ainda
não citado, o prazo para resposta correrá da data de intimação da
decisão que homologar a desistência.

Ainda no que tange à contestação, o art. 337 do CPC/15 prevê


que “incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: II -
incompetência absoluta e relativa”. A grande questão é conseguir
delimitar se a arguição de incompetência relativa ocorrerá no processo
do trabalho como preliminar da contestação, e não mais, por peça
apartada, como agora ocorre no processo civil ou se faremos por peça
apartada. Ressalte-se, nesse particular, que, na esfera trabalhista,
mesmo antes do advento do CPC/15, já havia uma praxe, embora não
unânime, utilizada por alguns operadores do direito do trabalho,
arguindo a incompetência relativa em peça única, na própria
contestação, antes de alegar eventuais preliminares da contestação,
ante o informalismo e a celeridade. A questão vem gerando polêmica
doutrinária e na esfera prática.

1.2.2. - RECONVENÇÃO: A reconvenção é modalidade de resposta do


réu, concernente não a uma defesa, mas sim a uma manifestação de
ataque contra o autor (SARAIVA, 2014, pág. 315) A reconvenção
constitui verdadeiro contra-ataque do reclamado em face do reclamante,
dentro do mesmo processo. Para que seja possível reconvir devem ser
preenchidos alguns requisitos como a competência do juízo para o
conhecimento da reconvenção; a compatibilidade do procedimento; a
existência de conexão entre a reconvenção e ação principal.

A reconvenção no CPC/15 é tratada no artigo 343, de aplicação


subsidiária, pois não possuímos regra própria, deixando de ser
apresentada por peça apartada e passando a vir no final da contestação,
quando cabível, vejamos:

Art. 343 CPC/15: Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção


para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com
o fundamento da defesa. § 1o Proposta a reconvenção, o autor será
intimado, na pessoa de seu advogado, para apresentar resposta no
prazo de 15 (quinze) dias. § 2o A desistência da ação ou a ocorrência de
causa extintiva que impeça o exame de seu mérito não obsta ao
prosseguimento do processo quanto à reconvenção. § 3o A
reconvenção pode ser proposta contra o autor e terceiro. § 4o A
reconvenção pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro.
§ 5o Se o autor for substituto processual, o reconvinte deverá afirmar ser
titular de direito em face do substituído, e a reconvenção deverá ser
proposta em face do autor, também na qualidade de substituto
processual. § 6o O réu pode propor reconvenção independentemente
de oferecer contestação.

Dessa forma, a reconvenção, no CPC/15, deixa de ser


apresentada em uma peça autônoma e passa a integrar o bojo da
contestação. Contudo, muito embora integre a contestação, a
reconvenção continua tendo a natureza jurídica de ação autônoma,
devendo preencher os mesmos requisitos e ser proposta no mesmo
prazo para a apresentação da contestação.

1.2.3. – EXCEÇÃO: A exceção é espécie de defesa do reclamado que


objetiva resolver determinada questão pendente, sem operar a extinção
do feito com ou sem a resolução do mérito. Desta forma, objetiva, em
verdade, atacar a imparcialidade do magistrado ou a incompetência do
juízo (incompetência relativa). O CPC/15, como já salientado quando do
estudo da contestação, extinguiu a apresentação da peça de exceção
de incompetência relativa, tratando-a como preliminar de contestação,
tal como já admitia parte da doutrina processual trabalhista. Assim
sendo, no processo do trabalho, há quem defenda que a exceção de
incompetência relativa deverá ser apresentada como preliminar de
contestação (defesa processual), a teor do artigo 337, inciso II, do
NCPC, no entanto, outros defendem que continua sendo arguida em
peça apartada.

Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: (...) II -


incompetência absoluta e relativa;

Quanto às Exceções de Impedimento e Suspeição (artigo 801 da


CLT), a polêmica de igual sorte se instaura: se utilizaremos o
procedimento contido no art. 146 do CPC/15 ou se continuaremos
utilizando a CLT. Neste particular, em que pesem entendimentos em
contrário, o posicionamento majoritário vem defendendo a apresentação
em peça apartada e a utilização das regras contidas na CLT, por termos
regar própria (arts. 799 ao 802 CLT).

Por outro lado, de forma quase unânime, aplicam-se ao processo


do trabalho, de forma supletiva, as hipóteses de impedimento e
suspeição previstas no CPC/15, a saber:

Art. 144 CPC/15: Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer


suas funções no processo: I - em que interveio como mandatário da
parte, oficiou como perito, funcionou como membro do Ministério
Público ou prestou depoimento como testemunha; II - de que conheceu
em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão; III - quando nele
estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do
Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente,
consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau,
inclusive; IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou
companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou
colateral, até o terceiro grau, inclusive; V - quando for sócio ou membro
de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no processo; VI
- quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer
das partes; VII - em que figure como parte instituição de ensino com a
qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de prestação
de serviços; VIII - em que figure como parte cliente do escritório de
advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou
afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo
que patrocinado por advogado de outro escritório; IX - quando promover
ação contra a parte ou seu advogado. § 1o Na hipótese do inciso III, o
impedimento só se verifica quando o defensor público, o advogado ou o
membro do Ministério Público já integrava o processo antes do início da
atividade judicante do juiz. § 2o É vedada a criação de fato superveniente
a fim de caracterizar impedimento do juiz. § 3o O impedimento previsto
no inciso III também se verifica no caso de mandato conferido a membro
de escritório de advocacia que tenha em seus quadros advogado que
individualmente ostente a condição nele prevista, mesmo que não
intervenha diretamente no processo.

Art. 145CPC/15: Há suspeição do juiz: I - amigo íntimo ou inimigo de


qualquer das partes ou de seus advogados; II - que receber presentes
de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de iniciado
o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da
causa ou que subministrar meios para atender às despesas do litígio; III -
quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu
cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o
terceiro grau, inclusive; IV - interessado no julgamento do processo em
favor de qualquer das partes. § 1o Poderá o juiz declarar-se suspeito por
motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas razões. §
2o Será ilegítima a alegação de suspeição quando: I - houver sido
provocada por quem a alega; II - a parte que a alega houver praticado
ato que signifique manifesta aceitação do arguido.

2. Da Contestação: Como dito, a contestação é, sem dúvida, a principal


espécie de defesa do Réu, especialmente pelo fato de ser a única
modalidade de resposta processual que tem o condão de evitar a figura
da revelia. Cumpre ao Reclamado deduzir todas as matérias de defesa,
impugnando especificamente cada um dos fatos apresentados pelo
Reclamante, sob pena de confissão. Assim sendo a contestação, como
peça de defesa, deverá apresentar toda e qualquer matéria afeta à
defesa dos interesses do Reclamado, podendo estas ser de duas
ordens:
2.1. Defesa Processual A defesa processual realizada na contestação,
constitui-se em verdadeira defesa indireta realizada pelo Reclamado,
pois destina-se às questões de ordem processual sem alcançar o
mérito da lide. As defesas processuais são também conhecidas como
preliminares de contestação e podem ser classificadas como
peremptórias ou dilatórias, a depender se extinguem o processo ou se
suspendem/dilatam o curso do processo, respectivamente. As defesas
processuais encontram-se estabelecidas no artigo 337 do CPC: Art.
337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:I - inexistência
ou nulidade da citação; II - incompetência absoluta e relativa; III -
incorreção do valor da causa; IV - inépcia da petição inicial; V -
perempção; VI - litispendência; VII - coisa julgada; VIII - conexão; IX -
incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
X - convenção de arbitragem; XI - ausência de legitimidade ou de
interesse processual; XII - falta de caução ou de outra prestação que a
lei exige como preliminar; XIII - indevida concessão do benefício de
gratuidade de justiça. § 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada
quando se reproduz ação anteriormente ajuizada. § 2o Uma ação é
idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de
pedir e o mesmo pedido. § 3o Há litispendência quando se repete ação
que está em curso. § 4o Há coisa julgada quando se repete ação que já
foi decidida por decisão transitada em julgado. § 5o Excetuadas a
convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá
de ofício das matérias enumeradas neste artigo. § 6o A ausência de
alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista
neste Capítulo, implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo
arbitral

As inovações mais sensíveis verificadas no CPC/15, dizem


respeito, justamente, à possibilidade de alegação da incompetência
relativa, no bojo das preliminares de contestação e a impugnação ao
benefício da Gratuidade de Justiça, que era processado em autos
apartados, conforme o disposto na Lei nº 1.060 de 1950. Contudo, é
importante destacar que as preliminares (defesas processuais) previstas
nos incisos V, X e XII , do artigo 337 do NCPC (Artigo 301, V, IX e XI do
CPC/73), não são aplicáveis ao processo do trabalho, no que tange aos
dissídios individuais.

2.2. Defesa de Mérito Quanto ao mérito a contestação poderá


apresentar duas espécies de defesa:

2.2.1. Defesa de Mérito Indiretas: As defesas de mérito indiretas,


também denominadas “exceções substanciais” são aquelas em que o
Reclamado reconhece o fato constitutivo do direito, mas alega um fato
impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do Reclamante. Fato
Impeditivo são aqueles que provocam a ineficácia dos fatos alegados
pela outra parte. Fato Modificativo são aqueles que modificam ou alteram
os fatos alegados pela outra parte, tais como pagamento parcial,
compensação, dentre outros. Fato Extintivo são aqueles que extinguem
as obrigações pretendidas pela outra parte, podendo ocorrer pela
prescrição, decadência, pagamento, renúncia ou mesmo transação.

2.2.2. Defesa de Mérito Direta: A defesa direta de mérito ocorre com a


negação dos fatos constitutivos, ou seja, negam-se os fatos que
constituem o direito do Reclamante, devendo tal negação ser
acompanhada das provas dos fatos negados.

2.3. Requisitos Essenciais -Aspectos Formais Tal como ocorre com a


petição inicial, a contestação realizada de forma escrita deverá
preencher os requisitos constantes no artigo 335 a 342 do CPC/15.

Dessa forma, sob a ótica dos aspectos de forma, a contestação deverá


conter:

2.3.1- Endereçamento ao Juízo Competente A contestação,


diferentemente do que ocorre com a petição inicial, será endereçada ao
juízo que determinou a notificação do Reclamado, ou seja, será
endereçada ao juízo onde a ação foi distribuída. Exemplo: Notificação
realizada pelo juízo da 5ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, o
endereçamento será assim realizado:

EXCELENTÍSSIMO DOUTOR JUIZ DA 5ª VARA DO TRABALHO DO RIO DE


JANEIRO

2.3.2- Identificação do Processo: Além do endereçamento ao juízo onde


foi distribuída a demanda, a contestação deverá conter o número de
registro do processo junto ao órgão jurisdicional, ou seja, após o
endereçamento ao juízo competente deve o Reclamado indicar a que
processo se refere àquela contestação. Exemplo:

EXCELENTÍSSIMO DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 5ª VARA DO


TRABALHO DO RIO DE JANEIRO

(5 linhas)

Processo nº XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

2.3.3. Qualificação das Partes: Tal como ocorre com a petição inicial,
deve-se qualificar as partes do processo, indicando, como primeira, a
parte que está peticionando, ou seja, o reclamado e, após, a parte
contra a quem é dirigida as alegações, ou seja, o Reclamante. Exemplo:

ABCDE, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob


o nº__________, endereço eletrônico_____, com sede na rua________,
nº_______, CEP________, (cidade), (estado), vem, à presença de Vossa
Excelência, por seu advogado infra-assinado, endereço eletrônico ___,
com endereço profissional sito à ____________, tempestivamente,
apresentar sua CONTESTAÇÃO às alegações formuladas por XYZKW, já
qualificado nos autos da (identificar o nome da demanda), pelas
relevantes razões de fato e de direito que passa a expor:

2.3.4. Das Preliminares: Antes de adentrar ao mérito da reclamação


trabalhista deve o Reclamado abordar todas as questões de ordem
processual, denominadas de preliminares. O atual CPC, aplicável
subsidiariamente ao processo do trabalho, por força do artigo 769 da
CLT, as descreve no artigo 337, in verbis: Art. 337. Incumbe ao réu,
antes de discutir o mérito, alegar: I - inexistência ou nulidade da citação;
II - incompetência absoluta e relativa; III - incorreção do valor da causa; IV
- inépcia da petição inicial; V - perempção; VI - litispendência; VII - coisa
julgada; VIII - conexão; IX - incapacidade da parte, defeito de
representação ou falta de autorização; X - convenção de arbitragem; XI -
ausência de legitimidade ou de interesse processual; XII - falta de
caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; XIII -
indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça. Todas as
hipóteses devem ser analisadas pormenorizadamente, em tópicos
separados. Lembrando que os requerimentos ao final da peça de
bloqueio terão por base, também, cada uma das preliminares elencadas,
considerando, inclusive, se peremptórias (geram a extinção do feito sem
a resolução do mérito) ou dilatórias (geram a suspensão ou dilação do
processo).

2.3.5 Defesas de Mérito Indiretas: Após a realização da defesa


processual, deve o réu elencar as prejudiciais de mérito que geram a
extinção do feito com a resolução do mérito, tais como a Prescrição, a
Decadência e a Compensação, observado, no último caso, o disposto
no artigo 767 da CLT, Súmula 18 do TST e artigo 477, § 5º, da CLT. Todas
as defesas de mérito indireta devem ser realizadas em tópicos, pois
gerarão requerimento de extinção do feito com resolução do mérito.

2.3.6 Defesas de Mérito Diretas: Ultrapassadas as preliminares e as


prejudiciais de mérito, incumbe ao Reclamado, na forma do artigo 336
do CPC/15, alegar toda e qualquer matéria fática e de direito pela qual
impugna os fatos invocados na reclamação trabalhista, ponderando as
razoes que se fundam a sua insurgência. Importante destacar que o
ordenamento jurídico veda a realização de contestação pela negatória
geral, cabendo ao réu impugnar de forma clara e precisa cada um dos
fatos que ensejam a reclamação trabalhista.

2.3.7- Dos Requerimentos: Após terem sido deduzidas todas as


impugnações, deve a contestação apontar os requerimentos seguindo
a ordem na qual foram apresentados, ou seja, primeiro os
requerimentos decorrentes das preliminares, após os requerimentos
decorrentes das defesas de mérito indiretas e, por fim, os
requerimentos decorrentes das defesas de mérito diretas, em um
verdadeiro silogismo. Exemplo:

Isto posto requer a Vossa Excelência:

1. O acolhimento da preliminar de incompetência absoluta,


remetendo-se os autos ao Juízo competente, ou seja, para uma das
Varas ________;

2. O acolhimento da preliminar de conexão com remessa ao juízo


prevento da __________________;

3. O acolhimento da preliminar de __________ extinguindo-se o


processo sem julgamento do mérito nos termos do art. 485, ___ do
CPC/15; (ex. ausência de submissão da comissão de conciliação
prévia, inépcia, inexistência de liquidez nos pedidos em reclamação
trabalhista movida pelo rito sumaríssimo...)

4. Seja reconhecida / pronunciada a decadência extinguindo-se o


processo com resolução do mérito nos termos do art. 487, II do NCPC;

5. Seja acolhido o pedido de compensação ou retenção, conforme as


razões narradas nesta peça de bloqueio;

6. Vencidas as preliminares e a prejudicial, que no mérito seja julgado


improcedente o pedido autoral;

2.3.8- Do Requerimento de Provas: Tal como ocorre com a petição


inicial, deve o reclamado, ao final de sua contestação, apresentar as
provas que pretende produzir. Exemplo:

Indica como provas a serem produzidas as de caráter


documental, testemunhal, pericial e depoimento pessoal na amplitude
do artigo 369 do Código de Processo Civil. Há que se lembrar que no
processo do trabalho, pelo principio da celeridade e da concentração
de atos, sendo a audiência una, deverá o Reclamado indicar as
testemunhas e as levar à audiência, independentemente de
intimação. Outrossim, os documentos devem ser apresentados junto
à contestação, assim como os quesitos para a realização da perícia,
caso seja deferida pelo magistrado.

2.3.9- Parte Autenticativa

Exemplo: Local, data Nome do Advogado OAB nº

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