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1.

Introdução

O concreto é um material composto, constituído por cimento, água, agregado miúdo


(areia) e agregado graúdo (pedra ou brita). O concreto pode também conter adições
e aditivos químicos, com a finalidade de melhorar ou modificar suas propriedades
básicas.

O concreto é obtido após minucioso estudo de dosagem, que define a quantidade de


cada um dos diferentes materiais, a fim de proporcionar ao concreto diversas
características desejadas, tanto no estado fresco quanto no estado endurecido.

Na construção de um elemento em Concreto Armado, as armaduras de aço são


previamente posicionadas na fôrma (ou molde), e então o concreto fresco é lançado
para preencher a fôrma, e simultaneamente sendo adensado. Após a cura e outros
cuidados e com o endurecimento do concreto, a fôrma pode ser retirada.

1.1. Cimento

O emprego do cimento é muito antigo, os egípcios usavam gesso puro calcinado.


O primeiro concreto da história foi feitos romanos que misturaram cal, água, areia e
pedra fragmentada.

O cimento Portland foi patenteado por John Aspdem em 1824, e denominado assim
devido à semelhança de cor e qualidade com a pedra de Portland, um calcário de
Dorset.

1.1.1. Fabricação do cimento Portland

Argila + água + calcário – queima à 1450ºC -> clínquer -> moagem e adição de 3 a
5% de sulfato de cálcio com o objetivo de regular o tempo de pega.

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1.1.2. Composição química do cimento
- silicato tricálcico – C3S
- Silicato dicalcito – C2S
- Aluminato tricálcico – C3A
- Ferroaluminato tetracálcico – C4AF

1.1.3. Tipos de cimento

Nome Identificação do tipo


Comum CP I
Comum com adição CP I-S
Composto com escória CP II-E
Composto com pozolana CP II-Z
Composto com fíler CP II-F
Alto forno CP III
Pozolânico CP IV
Alta resistência inicial CP V ARI
Branco estrutural CPB

2. O concreto

O concreto é um material composto, constituído por cimento, água, agregado miúdo


(areia) e agregado graúdo (brita), sendo mais comum a brita 1.

Pode conter adições e aditivos químicos, com a finalidade de melhorar a qualidade


do concreto ou modificar suas propriedades básicas.

As adições/aditivos podem ser: cinza volante, pozolana, sílica ativa, etc.

A pasta é o cimento misturado com água.


Argamassa = pasta misturada com areia
Concreto = argamassa misturada com brita.

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2.1.1. Agregado

Constituem cerca de 70 a 80% da composição do congresso.

O usual é utilizar brita 0, 1 e 2, sendo:


- Brita 0 – 9,5 mm (pedrisco)
- Brita 1 – 19 mm
- Brita 2 – 38 mm

A massa unitária dos agregados naturais varia geralmente de 1500 a 1800 kg/m³ e
resultam em concretos com massa específica em torno de 2400 kg/m³.

2.1.2. Água

A água possibilita as reações químicas de hidratação do cimento.

No caso da cura do cimento, é importante controlar a quantidade de água, o tempo


de cura e a qualidade da água. Águas com algumas características devem ser
evitadas, como água pura, mole e destiladas.

A cura do concreto com água é a forma mais efetiva de prevenir o aparecimento de


fissuras durante o período inicial de endurecimento do concreto, e de possibilitar o
desenvolvimento adequado das reações químicas de hidratação do cimento.

2.1.3. Massa específica do concreto

A NBR 6118 determina que se a massa específica real não for conhecida, pode-se
adotar o valor de 2400 kg/m³ para o concreto simples e 2500 kg/m³ para o concreto
armado.

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2.1.4. Características

- boa resistência a compressão: fcc (tensão normal de ruptura a compressão)


variando de 10 a 40 MPa.
- baixa resistência a tração: fct (tensão normal de ruptura a tração) da ordem
de fcc/10.
- módulo de elasticidade: Ec= 25.000 MPa a 35.000 MPa, NBR 6118 - Eci =
5.600 (fck)1/2 [MPa]
- coeficiente de dilatação térmica αt = 10-5 oC-1: Os efeitos da variação térmica
são importantes, havendo necessidade, muitas vezes, da utilização de juntas
de dilatação
- retração do concreto: Diminuição de volume no decorrer do tempo,
independente de qualquer solicitação, em ambiente normal. Depende de
vários fatores: umidade do meio ambiente, espessura das peças, etc. (εs= -
15x10-5 => ΔT=-15 oC)
- fluência do concreto: incremento adicional de deformação ao longo do tempo
(εcc), quando solicitado permanentemente. εcc= φ x εc0, φ = 2 a 3, ε = (1+
φ)εc0

2.1.5. Concreto Armado e Concreto Protendido

O concreto apresenta alta resistência à compressão, mas suas características de


fragilidade e baixa resistência à tração inviabiliza o seu uso em peças como tirantes
e vigas
Podemos ver na figura a seguir a viga rompida devido à tensão de tração na fibra
inferior da peça. Com a utilização da armadura na fibra inferior, ela irá assegurar que
a viga resistirá quanto à solicitação de tração, causando apenas pequenas fissuras,
que devem ser controladas pela NBR 6118.

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Definição da NBR 6118:

 Elementos de concreto simples estrutural: elementos estruturais elaborados


com concreto que não possui qualquer tipo de armadura ou que a possui em
quantidade inferior ao mínimo exigido para o concreto armado.
No caso de aplicação de qualquer solicitação que provoque tensão de tração
na fibra inferior da viga, aparecerá fissuras, o que levará a peça à ruptura,
como vemos na figura a seguir:

 Elementos de Concreto Armado: aqueles cujo comportamento estrutural


depende da aderência entre concreto e armadura, e nos quais não se aplicam
alongamentos iniciais das armaduras antes da materialização dessa
aderência.
No Concreto Armado a armadura é chamada passiva, o que significa que as
tensões e deformações nela existentes devem-se exclusivamente às ações
externas aplicadas na peça.

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 Armadura passiva: qualquer armadura que não seja usada para produzir
forças de protensão, isto é, que não seja previamente alongada.

 Elementos de concreto protentido: aquele nos quais parte das armaduras é


previamente alongada por equipamentos especiais de protensão, com a
finalidade de, em condições de serviço, impedir ou limitar a fissuração e os
deslocamentos da estrutura, bem como propiciar o melhor aproveitamento de
ações de alta resistência no estado-limite último (ELU)

 Armadura ativa (de protensão): armadura constituída por barras, fios isolados
ou cordoalhas, destinada à produção de forças de protensão, isto é, na qual
se aplica um pré-alongamento inicial.

O Concreto Protendido utiliza aços de protensão de elevada resistência (1500 –


1900 MPa) e
concretos de resistência superior aos geralmente aplicados no Concreto Armado, e
resulta seções transversais menores e mais leves, que permitem vencer vãos
significativamente maiores, com menores flechas e fissuras.

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São dois processos de fabricação de peças pré moldadas:

1) Processo de pré-tensão o aço de protensão é fixado numa das extremidades da


pista de protensão, e na outra extremidade um cilindro hidráulico estira (traciona) o
aço, nele aplicando uma tensão de tração pouco menor que a tensão
correspondente ao limite elástico. Em seguida, o concreto é lançado na fôrma,
envolve e adere ao aço de protensão. Após o endurecimento e decorrido o tempo
necessário para o concreto adquirir resistência, o aço de protensão é solto
(relaxado) das ancoragens e, como o aço tende elasticamente a voltar à deformação
inicial (nula), ele aplica uma força (de protensão) que comprime o concreto de parte
ou de toda a seção transversal da peça.

2) Processo de pós-tensão
Primeiramente é fabricada a peça de concreto, contendo dutos (bainhas) ao longo
do comprimento da peça, para serem posteriormente preenchidos com o aço de
protensão, de uma extremidade a outra da peça. Quando o concreto apresenta a
resistência suficiente, o aço de protensão, fixado numa das extremidades da peça, é
estirado (tracionado) pelo cilindro hidráulico na outra extremidade, com o cilindro
apoiando-se na própria peça. Esta operação provoca a aplicação de uma força que
comprime o concreto de parte ou de toda a seção transversal na peça. Terminada a
operação de estiramento, o próprio cilindro hidráulico fixa o aço na extremidade da
peça (Figura 1.5).
A bainha pode ser totalmente preenchida com calda de cimento, para proporcionar
aderência do aço de protensão com o concreto da peça.

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2.2. Vantagens e desvantagens na utilização do Concreto Armado

VANTAGENS
- Materiais econômicos e disponíveis com abundância;
- Grande facilidade de moldagem, permitindo adoção das mais variadas formas;
- Emprego extensivo de mão-de-obra não qualificada e equipamentos simples;
- Elevada resistência à ação do fogo e ao desgaste mecânico;
- Grande estabilidade sob a ação de intempéries, dispensando trabalhos de
manutenção;
- Aumento de resistência à ruptura com o tempo;
- Facilidade e economia na construção de estruturas contínuas, sem juntas.

DESVANTAGENS
- A maior desvantagem do concreto armado é a sua massa específica elevada
(2500 kg/m³), a utilização de agregados leves permite reduzir o peso do concreto

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em cerca de 40%, porém esses agregados não são geralmente disponíveis em
condições competitivas.
- Dificuldades para reformas ou demolições;
- Baixa proteção térmica;
- Necessidade de impermeabilização de coberturas e ou superfícies em contato
permanente com água.

2.3. Normas técnicas

NBR-6118 - Projeto de estruturas de concreto. Fixa os requisitos básicos exigíveis


para projeto de estruturas de concreto simples, armado e protendido;
NBR-6120 - Cargas para o cálculo de estruturas de edificações. Fixa condições
exigíveis para determinação dos valores das cargas que devem ser consideradas no
projeto de estrutura de edificações;
NBR-6123 - Forças devidas ao vento em edificações. Fixa condições exigíveis na
consideração das forças devidas à ação estática do vento, para efeitos de cálculo de
edificações;
NBR-8681 – Ações e segurança nas estruturas. Fixa os requisitos na verificação
da segurança das estruturas e estabelece as definições e os critérios de
quantificação das ações e resistências a serem consideradas no projeto.

2.4. Sistemas de unidades


- Comprimento: m (cm, mm)
- força normal: kN = 103 N ( 0,1 tf)
- força cortante: kN, kN/m
- momento: kN.m; kN.m/m; kN.cm/m
- carga concentrada: kN
- carga distribuida: kN/m; kN/m2
- peso específico: kN/m3
- resistência, tensão: kN/cm2,
- 1 MPa = 106 N/m2 = 0,1 kN/cm2
- 10 MPa = 1 kN/cm2

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2.5. Fissuras
Fissura é uma abertura de pequena espessura no concreto.
O aparecimento de fissuras no Concreto Armado deve-se à:
1) Retração no concreto;
2) baixa resistência do concreto à tração. A abertura das fissuras deve ser
controlada, geralmente de 0,2 mm a 0,4mm, a fim de atender condições de
funcionalidade, estética, durabilidade e impermeabilização.

3. Propriedades mecânicas

3.1. Resistência à compressão simples, fc

A resistência à compressão simples, denominada fc, é a característica mecânica


mais importante.

Para estimá-la em um lote de concreto, são moldados e preparados corpos-de-prova


para ensaio segundo a NBR 5738, os quais são ensaiados segundo a NBR 5739. O
corpo-de-prova é o cilíndrico, com 15cm de diâmetro e 30cm de altura, e a idade de
referência para o ensaio é 28 dias.

São muitos corpos de prova ensaiados e para obter o fc é feito um tratamento


estatístico, traçando um gráfico com os valores de fc versus a quantidade de cps. A
curva gerada denomina-se Curva Estatística de Gauss ou Curva de Distribuição
Normal para a resistência do concreto à compressão:

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Na curva, encontram-se dois valores de fundamental importância:
- resistência média do concreto à compressão, fcm,
- resistência característica do concreto à compressão, fck.
O valor fcm é a média aritmética dos valores de fc para o conjunto de corpos-de
prova ensaiados
fck = fcm −1,65s
s = desvio padrão, corresponde à distância entre a abscissa de fcm e a do ponto
de inflexão da curva (ponto em que ela muda de concavidade).

O valor 1,65 corresponde ao quantil de 5%; Isso significa que 95% dos corpos-de-
prova possuem fc ≥ fck (e 5% possuem fc<fck), dando segurança na utilização da
resistência característica.

Nas obras, devido ao pequeno número de corpos-de-prova ensaiados, calcula-se um


fcj estimado.

O concreto é classificado em função de sua resistência característica à compressão


(fck) (NBR 8953). Eles são designados pela letra C, seguida do valor da resistência
característica, expressa em MPa, como:
Grupo I: C20, C25, C30, C35, C40, C45, C50;
Grupo II: C55, C60, C70, C80, C90, C100.

3.2. Resistência à tração

Os conceitos relativos à resistência do concreto à tração direta, fct, são similares


para a resistência à compressão.

A resistência tração é um parâmetro importante para determinação da fissuração


(momento fletor de primeira fissura e verificação da abertura da fissura), no
dimensionamento das vigas à força cortante e na resistência de aderência entre o
concreto e a barra de aço.
Esta resistência varia entre 8 e 15 % da resistência à compressão.

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Existem três tipos de ensaios para determinação desta resistência:
a) Tração direta (fct,sp): a resistência é obtida diretamente no ensaio.
O ensaio consiste no alongamento da peça de concreto, provocando uma tensão de
tração na seção transversal da peça.

b) Tração indireta (fct,sp): é determinada no ensaio de compressão diametral,


(NBR 7222) , desenvolvido por F.L. Lobo Carneiro. O corpo de prova neste
ensaio possui diâmetro de 15 e comprimento de 30 cm:

A resistência do concreto à tração indireta por compressão diametral é determinada


pela equação:

A NBR 6118 permite estimar a resistência à tração direta (fct) como 90 % da


resistência à tração por compressão diametral:
fct = 0,9 fct,sp

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c) Resistência à tração na flexão (fct,f): é determinada conforme a NBR 12142 e
consiste em submeter uma viga de concreto simples ao ensaio de flexão
simples. A viga é submetida a duas forças concentradas iguais, aplicadas nos
terços do vão.

A resistência à tração na flexão é calculada da seguinte forma:

A resistência à tração máxima na flexão é também chamada “módulo de ruptura”. A


estimativa da resistência à tração direta é 70% da resistência à tração na flexão
(NBR 6118):
fct = 0,7 fct,f

Na falta de ensaios para determinação dos valores de fct,sp e fct,f, a NBR 6118
recomenda:

i. concretos de classes até C50

Obedecendo aos limites:


fctk,inf = 0,7 fct,m
fctk,sup = 1,3 fct,m

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ii. Concretos de classes C55 até C90

fct,m = 2,12 ln (1 + 011fck)

Sendo:
fct,m e fck em MPa.
fckj ≥ 7 Mpa.

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Para guardar:
 fck = Resistência característica do concreto á compressão – este valor
corresponde em que pelo menos 95% dos resultados do ensaio de
compressão simples estejam acima dele;

 fcj = resistência à compressão (c) do corpo de prova de concreto, à


compressão simples, na idade de (j) dias

 fcj = Carga de ruptura/ seção transversal do corpo de prova


 fcm = resistência média de uma série de corpos de prova.
 fck = fcm – 1,645 Sd
 Sd = desvio padrão

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

BOTELHO, M. H. C. Concreto armado eu te amo. 1983

PFEIL, W. Concreto armado: Dimensionamento, compressão, flexão e cisalhamento


- 4. ed./1985.
NEVILLE, A. M. Propriedades do concreto - 2. ed. / 1997

Internet/apostilas:
http://www.editoradunas.com.br/dunas/V4.pdf
http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/concreto1/
http://www.gdace.uem.br/romel/MDidatico/EstruturasConcretoII/

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