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ENERGÉTICA1
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA
O uso eficiente da energia, de acordo com Prado Filho (2011), consiste em usar
menos energia por unidade produzida, levando-se em consideração restrições sociais,
econômicas e ambientais. Um projeto de eficiência energética deve definir as ações em
determinada operação, visando primordialmente a redução de custos com consumo de
insumos energéticos e hídricos, apresentando sugestões de viabilidade técnico-
econômica de implantação, incluindo as especificações técnicas, o financiamento,
equipamentos, materiais, serviços e as implantações propriamente ditas, além do
gerenciamento do projeto e a gestão dos resultados após o término das intervenções.
Assim, qualquer empresa ou empreendimento pode ser beneficiado com projeto de
eficiência energética, através de retrofiting de ativos operacionais e instalações, e
adequação de procedimentos. Em resumo, é um conjunto de medidas bem definidas
que, quando implantadas, levarão a uma redução, previamente determinada, dos custos
de consumo de água e/ou energia de uma empresa ou empreendimento, mantendo-se os
níveis de produção e da qualidade do produto final (PRADO FILHO, 2011).
A ISO é uma organização não governamental que tem por objetivo “a promoção do
desenvolvimento da normalização e atividades correlatas no mundo com uma visão de
facilitar o intercâmbio internacional de bens e serviços e desenvolver a cooperação nas
esferas de atividade intelectual, científica, tecnológica e econômica”.
As normas ISO visam definir padrões e criar parâmetros técnicos e organizacionais
destinados a uniformizar processos em todo o mundo como são as da série 9000,
destinadas a estabelecer um modelo de gestão de qualidade e a 14000, de gestão
ambiental nas empresas.
Existe um consenso entre especialistas, no mundo todo, de que a questão da energia
passou a ser fundamental para as organizações empresariais. O reflexo disto é que existe
uma variação muito grande no preço e na oferta de energia. Esta preocupação foi a
grande motivadora da criação desta norma. A ideia da ISO 50001 é que as próprias
organizações poderão tomar medidas, independentes de ações governamentais,
trazendo benefícios para a própria empresa e para a sociedade (PEREIRA,2011)
A ISO 50001 permite que as organizações estabeleçam os sistemas e processos
necessários para melhorar de forma contínua o desempenho energético. A norma deve
conduzir a reduções nos custos, nas emissões de gases do efeito estufa e outros impactos
ambientais através da gestão sistemática da energia (PRADO FILHO, 2011)
No lançamento, a ISO 50001 teve apoio da ONU, através do consultor em eficiência,
Marco Matteini que vê nela uma possibilidade de ajudar os países em desenvolvimento
a crescer sem seguir os padrões de consumo de energia elétrica dos países
desenvolvidos, já que o consumo de energia aumenta com a melhoria de qualidade de
vida. (KATO, 2011)
O propósito da norma é habilitar as organizações a estabelecerem sistemas e
processos necessários para melhorar o desempenho energético, incluindo eficiência, uso
e consumo de energia. Espera-se que a implementação desta norma leve a reduções das
emissões de gases de efeito estufa, custo de energia e outros impactos ambientais
associados através de gestão sistemática da energia. Esta Norma é aplicável a todos os
tipos e tamanhos de organizações, independente de condições geográficas, culturais ou
sociais. Sua implementação bem sucedida depende do compromisso de todos os níveis e
funções da organização, especialmente da alta direção. (PRADO FILHO, 2011)
Eduardo Lima, secretário da Comissão de Estudo da ABNT, que atua como espelho
do Comitê da ISO, informa que a norma poderá ser aplicada por organizações de todos
os tipos e tamanhos, independentemente de condições geográficas, culturais ou sociais.
O sucesso de sua implementação dependerá, entretanto, do compromisso em todos os
níveis e funções e, especialmente, da alta direção.
A norma recomenda às organizações vários procedimentos como, por exemplo,
adoção de critérios de eficiência na compra de equipamentos, estruturação e cuidados
adicionais na operação e manutenção de equipamentos, conscientização e treinamento
sobre os aspectos vinculados ao uso adequado da energia. "As organizações deverão
definir um padrão inicial de uso da energia em seus processos e atividades e adotar
ações de melhoria ao longo do tempo, com foco no nível de consumo e na eficiência
energética"
Na opinião de Alberto Fossa a nova norma ainda deverá estimular a indústria e
consumidores a aumentarem o uso de produtos eficientes, como os motores elétricos
identificados com o selo do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica
(Procel). "Prevemos que a maioria das empresas adotará a ABNT NBR ISO 50001
como forma de demonstrar ao mercado seu compromisso com a sustentabilidade. A
sociedade encontra-se mais sensibilizada com o tema das alterações climáticas e têm
identificado de forma mais contundente diferenças entre empresas responsáveis e não
responsáveis", “A diferença da ISO 5001 das outras normas é que ela não obriga as
empresas a declarar formalmente melhorias numéricas, a proposta é aberta”, explica
Fossa, “porque tem como princípio incutir em todas as organizações a necessidade de
economia ou de eficiência energética, evitando o desperdício. Não importa, nesse
primeiro momento, se é muito ou pouco ou qual a velocidade. O importante é começar.
A partir daí, a sociedade vai validar esses parâmetros e os governos locais vão
estabelecer critérios, programas de etiquetagem e metas para controle do
consumo”(FOSSA,2011).
A expectativa é que, ao optar pela certificação obtida com o cumprimento da norma,
as empresas avaliem sua situação em termos de gasto de energia, identifiquem os pontos
com maiores possibilidades de melhoria e definam um plano de ação. O foco pode ser
desde a troca de combustíveis da frota ou o aumento da eficiência energética da linha de
produção até a simples troca de lâmpadas das instalações.
Para Rob Steele, secretario geral da ISO, que afirma "A energia não é mais questão
técnica, mas uma questão de gestão com impacto sobre a linha de fundo e o tempo de
abordar a questão é agora", e que a demanda por ferramentas de eficiência é cada vez
mais essencial devido ao aumento dos preços de energia e a necessidade de maior
segurança energética. A organização ressalta, também, que especialistas no assunto
debatem muito o desprezo pela busca da eficiência nas discussões sobre fontes
renováveis e alternativas aos combustíveis fósseis. Enfatizando a melhoria contínua, a
norma traz especificações para o estabelecimento, implantação, manutenção e evolução
dos sistemas de gestão de energia; a grande responsabilidade no processo é dos grandes
consumidores que "não podem controlar o preço da energia, as políticas públicas ou a
economia global, mas podem melhorar a maneira com que usam a energia".
Segundo George Soares, assessor da diretoria da Eletrobrás e membro da comissão
da ISO, “Cada organização deve ter uma linha de base e, a partir daí, um desempenho
crescente de eficiência energética.” A norma será uma ferramenta poderosa para
estimular o desempenho em qualquer um dos 33 países participantes. Como as outras
ISO, a 50001 não pretende entrar em conflito com os documentos, tratados e
convenções ou reduzir a autoridade governamental. Para funcionar, ela tem que ser
aplicável em qualquer país do mundo, deve ter caráter voluntário e não se caracterizar
como legislação. “O princípio é que as próprias organizações tomem medidas,
independentemente das ações governamentais”, diz Soares. Ele afirma que, além de
estimular a economia de consumo, a ISO vai abrir um mercado novo de consultoria
para ajudar no desenvolvimento da documentação de boas práticas ao longo da cadeira
produtiva.
A norma esta baseada na estrutura de melhoria contínua do PDCA (Plan-Do-Check-
Act) e incorpora a gestão da energia nas práticas organizacionais diárias melhoria da
competitividade e redução de emissões de gases de efeito estufa e outros impactos
ambientais relacionados. Ela é aplicável independentemente dos tipos de energia
utilizados. Pode ser utilizada para certificação, registro ou autodeclaração do SGE de
uma organização. Ela não estabelece requisitos absolutos para o desempenho energético
além daqueles estabelecidos na política energética da organização e de sua obrigação de
conformidade a requisitos legais aplicáveis ou outros requisitos. Assim, duas
organizações realizando operações semelhantes, mas com desempenhos energéticos
distintos, podem ambas estar em conformidade com seus requisitos. (PRADO FILHO,
2011)
Para a implantação da gestão energética, por meio da ISO50001, além de todas as
ferramentas administrativas de implantação e controle de projetos, duas ferramentas
especificas merecem destaques: O Diagrama de Energético e o Circulo PDCA.
O circulo PDCA, como ilustra a figura 01 e conforme as técnicas de
desenvolvimento da qualidade é desenvolvido considerando os componentes como:
Planejar: conduzir a revisão energética e estabelecer uma linha de base, indicadores de
desempenho energético, objetivos, metas e planos de ações necessários para produzir
resultados de acordo com as oportunidades de melhoria do desempenho energético e da
política energética da organização.
Fazer: implementar os planos de ação de gestão da energia.
Verificar: monitorar e mensurar os processos e as características chave de suas
operações que determinem o desempenho energético contra a política energética e
objetivos e relatar os resultados.
Agir: adotar ações para a melhoria contínua do desempenho energético e do SGE.
3 METODOS / PROCEDIMENTOS
4 CONCLUSOES
A energia tem assumido um papel de destaque numa organização, e deve, portanto,
ser incorporada ao sistema de gestão com controle de seu uso, pois sua otimização tem
influência desde resultados financeiros e lucratividade até o meio ambiente;
A ISO 50001- Gestão energética- envolve responsabilidade, comprometimento,
estratégia, planejamento de curto, médio e longo prazo, por parte da organização e de
todos que dela faz parte.
A norma, utilizando principalmente duas ferramentas básicas, que são o ciclo PDCA
da Qualidade, e Consumo Energético da Termodinâmica, especifica requisitos para
implementação e manutenção de um sistema de gestão da energia, com o propósito de
habilitar organizações de todos os portes a buscarem a melhoria contínua de seu
desempenho energético.
O escopo da norma se divide em quatro grupos de itemização: Responsabilidades;
Politica e Planejamento Energético; Implementação e Operação; Verificação e Controle,
sendo tudo devidamente registrado e com envolvimentos de todos da organização
ISO 50001 poderá ser integrada a outros programas como o ISO 9001 e ISO 14000,
e assim como estas se tornar uma norma de certificação internacional como se tem
hoje.
REFERÊNCIAS