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Universidade Federal de Uberlândia

Instituto de Ciências Agrárias


Curso de Engenharia Ambiental
Geologia Geral – Profº.Dr Marcos Henrique de Oliveira Souza

Rochas: Ígneas, sedimentares e metamórficas

Uberlândia
Julho – 2017
Universidade Federal de Uberlândia
Instituto de Ciências Agrárias
Curso de Engenharia Ambiental
Geologia Geral– Profº.Dr: Marcos Henrique de Oliveira Souza

Rochas: Ígneas, sedimentares e metamórficas

Trabalho apresentado ao Profº. Marcos


Henrique de Oliveira Souza, responsável
pela disciplina de Geologia Geral, do
curso de Engenharia Ambiental da
Universidade Federal de Uberlândia.

Uberlândia
Julho - 2017
INTRODUÇÃO
Geologia é a ciência da Terra, desde sua estrutura interna, sua composição, seus
processos internos e externos e de sua evolução. O campo de atividade da Geologia é,
por conseguinte, a porção da Terra constituída de rochas que, por sua vez, são as fontes
de informações. Entretanto, a formação das rochas decorre de um conjunto de fatores
físicos, químicos e biológicos, donde os interesses se entrecruzarem repetidamente.

É de suma importância o entendimento da geologia para a engenharia ambiental,


levando em conta a utilização da geologia aplicada ao planejamento, ela é necessária
aos trabalhos de base que subsidiam planejamentos dos centros urbanos e áreas rurais de
agricultura.

Os estudos geológicos em termos de planejamento urbano, na atualidade são aplicados


na maioria dos projetos de construção civil, porem para atividades ligadas a recuperação
e conservação de áreas com influência urbana, somente são procurados ou levados em
consideração quando os riscos se tornaram catástrofes. Dificilmente o correm projetos
para prevenções de problemas relativos à extração de recursos naturais ou ainda ligados
a deposição de dejetos urbanos.

O objetivo desse estudo é introduzir ao estudante de engenharia ambiental o


entendimento de formação e origem das rochas, para que possa ser usado na sua área de
atuação, contornando o cenário relatado anteriormente. Neste trabalho é dissertado
sobre os três tipos de rochas recorrentes na superfície terrestre, sendo elas ígneas,
sedimentares e metamórficas.

ROCHAS ÍGNEAS (MAGMÁTICAS)

Rochas Ígneas ou Magmáticas são formações rochosas que se originam no interior da


Terra, onde as temperaturas são elevadas, o que faz com que, inicialmente, elas
permaneçam sob a forma de magma. A palavra “ígnea” vem do latim “ignis” e significa
“fogo”. Esse magma pastoso vai se transformar em rocha através do processo de
solidificação. As rochas magmáticas compõem cerca de 80% das formações rochosas
terrestres.
A formação desse tipo de composição ocorre a partir de um processo em que as rochas
preexistentes transformam-se em lava graças às condições de altas temperaturas e
pressão no interior da Terra. Por isso, sua composição não permite o acúmulo de fósseis
e matéria orgânica (a exemplo do que ocorre com as rochas sedimentares). Além disso,
essas rochas são muito resistentes e de elevada dureza, não apresentando estratificações,
ou seja, não se estruturam em camadas.
Sua formação – através da solidificação do magma – costuma acontecer no interior da
Terra, mas também pode ocasionalmente ocorrer na superfície em função da
manifestação de erupções vulcânicas, em que o magma é expelido e rapidamente se
transforma em rocha. Em razão dessas diferenças em sua gênese, as rochas magmáticas
são divididas em intrusivas (que se formam abaixo da superfície) e extrusivas (que se
formam sobre a superfície). Em virtude do fato de apresentarem origens distintas, a
composição desses dois tipos é igualmente distinta, de forma que é possível, através da
observação, perceber suas diferenças externas.

As rochas intrusivas, também chamadas de plutônicas ou faneríticas, apresentam, em


geral, uma quantidade maior de minerais em sua composição. Isso acontece porque sua
formação é mais lenta e gradativa, o que permite o acúmulo desses minerais. Já as
rochas extrusivas, também denominadas vulcânicas ou afaníticas, por se formarem em
temperaturas menores, solidificam-se em uma velocidade muito maior, dificultando a
agregação dos minerais e contribuindo para a presença de matéria vítrea em sua
composição.
Entre os vários tipos de rochas intrusivas, temos o granito, bastante utilizado pelo
homem na construção civil, entre outras funções. Já o tipo de rocha extrusiva mais
abundante e popular é o basalto.

É importante observar que divisão das rochas magmáticas entre intrusivas e extrusivas
tem como critério apenas a sua gênese, existindo outras formas de classificação
elaboradas com base em outros aspectos. Podemos ainda classificar as rochas
magmáticas ácidas, básicas ou neutras, ou seja, conforme o seu nível de acidez. Tal
diferença ocorrerá conforme a variação dos índices de óxido de silício (SiO2) em sua
composição.

Observe que quanto maior a quantidade de SiO2 na composição das rochas,


maior é o seu nível de acidez. Além disso, no quadro acima, as rochas básicas, alcalinas
e ácidas são intrusivas, com a presença de granito em maior ou menor grau em sua
composição, enquanto as rochas ultrabásicas são extrusivas e, portanto, sem a presença
de granito.
Muitos consideram as rochas filonianas ou abissais como uma espécie
intermediária entre as magmáticas vulcânicas e plutônicas. Tais rochas não chegam a
atingir a superfície e frequentemente preenchem as fissuras existentes na crosta
terrestre ao consolidarem-se. Temos como exemplos deste tipo intermediário os aplitos,
os pegmatitos e os lamprófiros. Umas formam-se por resfriamento do magma numa
fissura, outras formam o recheio das fissuras e fraturas, devido à presença de soluções
hidrotermais (águas térmicas) que aí precipitam os minerais. Todas as rochas filonianas
se encontram em relação direta com rochas intrusivas.
Exemplos de rochas ígneas:
Família do granito: o granito é uma mistura de quartzo, feldspato e micas, além de
outros minerais, que se podem encontrar em menores proporções e que recebem a
denominação de acessórios. Estes podem ser turmalinas, plagioclases, topázio, e outros
mais. O granito é uma rocha ácida e pouco densa que aparece abundantemente em
grandes massas, formando regiões inteiras ou as zonas centrais de muitos acidentes
montanhosos

Família do sienito: tem como minerais essenciais os feldspatos alcalinos,


especialmente a ortoclase, aos quais se associa a hornblenda, a augite e a biotite. Não
apresentam nem moscovite nem quartzo. São rochas neutras. O equivalente vulcânico
do sienito é o traquito;

Família do diorito: tem como minerais essenciais os feldspatos calcossódicos ácidos -


oligoclase e andesina. A estes associam-se, em geral, a hornblenda, a augite e a biotite.
O equivalente vulcânico do diorito é o andesito.
Família do gabro: são rochas escuras, verdes ou negras, bastante densas e sem quartzo,
pelo que são rochas básicas. Os seus minerais essenciais são os feldspatos básicos,
labradorite e anortite, acompanhados, geralmente, por diálage, biotite, augite e olivina.

Família do peridotito: são rochas constituídas por anfíbolas e piroxenas e, sobretudo,


por olivina. São rochas ultrabásicas muito densas e escuras. O magma que as originou
formou-se em grande profundidade, muitas vezes na parte superior do manto. Os
peridotitos são rochas muito alteráveis por efeito dos agentes meteóricos,
transformando-se em serpentinitos, que são utilizados como pedras ornamentais, muito
apreciada pela sua cor verde escura.
ROCHAS SEDIMENTARES
Rochas Sedimentares são as mais abundantes na superfície do planeta terra, estima-se
que cerca de ¾ das rochas que recobrem os continentes e fundo dos oceanos são de
origem metamórfica, embora em volume elas existem em menor quantidade do que as
rochas metamórficas e ígneas.

São formadas pela junção de detritos (sedimentos) oriundo da fragmentação de outras


rochas e até mesmo de material orgânico de origem vegetal e animal, por meio de
processos, físicos, químicos e biológicos. Durante um longo período de acúmulo
sofrendo ação da temperatura, o corre o fenômeno da litificação (transformação de
sedimento em rocha) que geram diversos estratos ou camadas, sendo esta sua principal
característica visual. Não é por acaso que esta espécie de rocha é bastante recorrente na
preservação de fosseis animais e vegetais, exatamente pelo fato que tais corpos muitas
vezes estão envolvidos entre a matéria constitutiva de toda rocha sedimentar.

Os tipos mais comuns de rochas sedimentares são formados pelo processo de


sedimentação descrito acima, estas rochas serão classificadas como rochas
sedimentares clásticas, compostas basicamente por sílica, e minerais comuns como
feldspato, anfibólios, argilosos e raramente a presença de algumas matérias ígneas
exóticas.

Há outro tipo sedimentar cuja matéria formada é predominantemente orgânica,


destacando a litificação de restos orgânicos, como carvão, o processo é praticamente o
mesmo das rochas sedimentares clásticas, porem este grupo recebe o nome de rochas
sedimentares orgânica .Um terceiro tipo importante de rochas sedimentares é o
produto da precipitação de elementos químicos, como o carboneto de cálcio ou halita,
onde os sais são dissolvidos na agua de lagos, lagunas, mares rasos , precipitando-se
através de evaporação da agua são classificadas como rochas sedimentares químicas.

Exemplo de rochas sedimentares


 Rochas sedimentares clásticas

Conglomerado - ou rudito é uma rocha sedimentar de tipo detrítico formada


majoritariamente por clastos e fragmentos arredondados de rochas preexistentes -
grânulos, cujo diâmetro é maior que 2mm e menor que 4mm, conforme a escala de
Wentworth, sendo menores do que seixos e maiores do que areia grossa - unidos por
um cimento de material calcário, óxido de ferro, sílica ou argila endurecida
Arenito – ou grés é uma rocha sedimentar que resulta da compactação e litificação de
um material granular da dimensão das areias. O arenito é composto normalmente
por quartzo, mas pode ter quantidades apreciáveis de feldspatos, micas e/ou impurezas.
É a presença e tipo de impurezas que determina a coloração dos por exemplo, grandes
quantidades de óxidos de ferro, fazem esta rocha com cor vermelha.

Folhelho – é o nome dado a uma rocha sedimentar que pertence ao subgrupo das rochas
argiláceas, devido à natureza dos seus principais constituintes, o folhelho muitas vezes é
confundido com o xisto (origem magmática). Os depósitos detríticos de xisto argiloso
ou folhelho estão sujeitos a interposição de cimentos ou compressões e, por isso, são
não-móveis, sendo apelidados de rochas argiláceas consolidadas. Tal como as argilas,
podem ter cor muito variada: amarelada, vermelha, parda, acastanhada, cinzenta a negra
e até esverdeada. Podem conter minerais acessórios como os carbonatos, pirita e gesso.
 Rochas sedimentares químicas
Calcário – rocha sedimentar que contém minerais com quantidades acima de 30%
de carbonato de cálcio (aragonita ou calcita). Quando o mineral predominante é
a dolomita a rocha calcária é denominada calcário dolomítico. As principais impurezas
que o calcário contém são as sílicas, argilas, fosfatos, carbonato de
magnésio, gipso, glauconita, fluorita, óxidos de ferro, magnésio, sulfetos, siderita,
sulfato de ferro dolomita, matéria orgânica, entre outros.
Os calcários, na maioria das vezes, são formados pelo acúmulo de organismos inferiores
(por exemplo, cianobactérias) ou precipitação de carbonato de cálcio na forma de
bicarbonato, principalmente em meio marinho. Também podem ser encontrados
em rios, lagos e no subsolo (cavernas).

Dolomito - rocha sedimentar constituída por dolomita (carbonato duplo de cálcio e


magnésio, , cristalizado em romboedros, semelhante à calcita, mas menos solúvel em
ácidos), quase sempre associado e às vezes interestratificadas com o calcário. A
dolomita é ligeiramente mais dura que a calcita e somente mostra efervescência em
superfícies arranhadas ou quando pulverizada.
Rochas Metamórficas
Rochas metamórficas são rochas formadas a partir da transformação de outras rochas
em condições ideias de temperatura e pressão, modificam suas características originais
em um processo chamado por metamorfismo. Este fenômeno costuma ocorrer,
principalmente nas camadas medianas e profundas da crosta terrestre ou em regiões
vulcânicas. As modificações metamórficas ocorrem no aspecto mineralógico, com a
formação de novos tipos de minerais, e também com alterações nas cristalizações,
alinhamentos e outros aspectos relacionado a textura da rocha.

O metamorfismo ocorre nas rochas em estado sólido, dentro da crosta terrestre em


consequência de mudanças nas condições de temperatura e pressão. A medida em que
pressão e temperatura progridem, os fluidos intergranulares são lentamente expulsos da
rocha, os minerais hidratados como os argilosos e cloritas se transformam em minerais
anidridos, liberando água no processo, que posteriormente é expulsa da rocha
metamórfica. Em razão das altas temperaturas e pressões, classificamos como
metamorfismo de alto grau, a rocha submetida a estas condições contem poucos
minerais hidratados. O processo de transformação em condições de baixas temperaturas
e pressões, é classificado como metamorfismo de baixo grau, neste sim encontramos
muitos minerais hidratados.

Os processos que causam a metamorfose em rochas são a deformação mecânica e


recristalização química. Na recristalização química ocorre mudanças na composição
mineral, na formação de outros, além da perda de água e gás carbono. A deformação
mecânica é através de movimentos internos de compressão e esmagamento,
desenvolvendo novas texturas e características na velha rocha.

O metamorfismo ainda pode ser classificado quanto ao seu fator de influência. São eles:
 Metamorfismo Cataclástico ou Dinâmico: influenciado pela pressão e
movimentação das rochas (atrito).
 Metamorfismo Dinamotermal ou Regional: influenciados pela temperatura e
pressão.
 Metamorfismo Termal ou de Contato: influenciado somente pela temperatura.

Outra classificação das rochas metamórficas é a partir da sua rocha origem. Quando elas
se originam a partir de rochas sedimentares, são classificadas como parametamórficas;
quando sua origem é a partir de rochas ígneas são chamadas de ortometamórficas. Além
desses dois tipos existem rochas formadas a partir de uma nova metamorfose de uma
rocha metamórfica.

Exemplos de rochas Metamórficas:

Ardósia – sílico-argilosa formada pela transformação da argila sob pressão e


temperatura, endurecida em finas lamelas. De baixo grau metamórfico, a ardósia é
formada sob as menores pressões e temperaturas dentre as rochas metamórficas.

Anfibólito - rocha metamórfica foliada, com xistosidade levemente desenvolvida,


constituída essencialmente por anfíbola e plagióclase. A designaçãoanfiboloxisto (xisto
anfibolítico) aplicase ao anfibolito constituído poranfíbola e quartzo. São rochas densas
e duras.
Xisto - apresenta aspecto nitidamente cristalino, e tem foliação mais ou menos nítida
como resultado das fortíssimas pressões a que a rocha é sujeita. Esta foliação é fina em
rochas cristalinas, por via de regra de grão médio a fino, por vezes sendo tão pequeno
que não se distingue macroscopicamente. Em geral, as "folhas" têm composição
sensivelmente igual. O xisto betuminoso (também conhecido como folhelho ou xisto
argiloso) é uma fonte de combustível. Quando submetido a altas temperaturas,
produz petróleo de xisto – um petróleo não convencional de composição semelhante à
do petróleo convencional do qual se extrai nafta, óleo combustível, gás liquefeito, óleo
diesel e gasolina.

Mármore - originada de calcário exposto a altas temperaturas e pressão extrema. Por


este motivo as maiores jazidas de mármore são encontradas em regiões de rocha
matriz calcária e onde houve atividade vulcânica. O mármore é uma rocha altamente
explorada para uso em construção civil.
Gnaisse - resultante da deformação de sedimentos arcósicos ou de granitos. Sua
composição é de diversos minerais, mais de 20% de feldspato potássico, plagioclásio, e
ainda quartzo e biotita, sendo por isso considerada essencialmente quartzofeldspática.
Algumas das rochas mais antigas do mundo são gnaisses. Um exemplo de formação
rochosa em gnaisse é o Pão de Açúcar, na cidade do Rio de Janeiro,devido à sua grande
variação mineralógica e seu grau metamórfico, é amplamente empregada como brita na
construção civil e na pavimentação, além do uso ornamental.

Quartzito – seu componente principal é o quartzo (mais de 75% como ordem de


grandeza). Outros constituintes são moscovitas, biotita, sericita, turmalina, dumortierita.
É usada como fonte de materiais para tijolos e refratários de sílica, usada na siderurgia e
para o preparo do leito de fusão dos fornos de alta performance.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Museu virtual do Instituto de Geociências e Ciências Exatas (IGCE) da Universidade


Estadual de São Paulo (UNESP). Disponível em: http://www.rc.unesp.br/museudpm/

Glossário Geológico Ilustrado: SIGEP-Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e


Paleobiológicos. Disponível em: http://sigep.cprm.gov.br/glossario/

Portal Info Escola: Disponível em: http://www.infoescola.com/

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