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Delimitação das Áreas de Proteção das Fontes de Abastecimento de Água

Subterrânea
Apesar da inquestionável importância que as águas subterrâneas assumem, em
termos de quantidade, não só para o abastecimento público como privado, nem sempre é
considerada esta importância na manutenção da sua qualidade natural. Segundo Rebouças
(2002), poucos são os países que adotam políticas de proteção das águas subterrâneas em
relação à poluição e à super exploração.

As estratégias de proteção da água subterrânea podem apresentar dois enfoques.


O primeiro diz respeito a proteção geral do aquífero, identificando as áreas mais
suscetíveis no sentido de promover um controle regional da ocupação do solo em toda a
sua extensão. O segundo, trata da proteção pontual, voltada a uma captação de água
subterrânea, especialmente aquelas destinadas ao abastecimento humano. Sob este
enfoque, a área de recarga desta captação representa a área mais vulnerável e, portanto,
onde se deve adotar medidas mais rígidas de controle das atividades antrópicas para
garantir a proteção da qualidade da água destinada ao abastecimento
Para eliminar completamente o risco de contaminação de fontes de abastecimento
de água subterrânea (poço ou nascente), todas as atividades potencialmente
contaminantes dentro da zona de recarga da fonte deveriam ser proibidas (ou totalmente
controladas), formando um perímetro de proteção. Mas isto muitas vezes se mostra
impraticável ou antieconômico, principalmente por causa de pressões socioeconômicas.
Nesse sentido, subdivide-se a superfície do terreno ao redor da fonte, limitando as
maiores restrições de uso do solo aos locais mais próximos da fonte. Considera-se que o
critério mais adequado para essa subdivisão é uma combinação de tempo de fluxo
horizontal e distância da fonte.
As três zonas mais importantes que devem ser definidas com base em critérios
hidrogeológicos e de características do manancial são (Adams e Foster 1992, Foster e
Skinner 1995):
(A) Área total de captura do poço
Perímetro dentro do qual toda a recarga do aquífero será captada na fonte de
abastecimento em questão. Não deve ser confundida com a área do cone de rebaixamento
ou zona de influência causada por um poço de bombeamento, que é maior no lado a
jusante. A zona de captura total é determinada, em área, considerando-se o balanço de
água, e, em geometria, pelo fluxo principal da água subterrânea (Foster et al. 2003). A
área é determinada com base na taxa de recarga média a longo prazo, supondo regime
permanente de fluxo. É interessante notar que, em áreas onde o aquífero está confinado
abaixo dos estratos impermeáveis, a zona de captura localiza-se longe do ponto real de
extração da água subterrânea
(B) Área de proteção microbiológica
Zona de proteção usada para proteger a captação subterrânea de atividades que são
potenciais fontes de microrganismos patogênicos. Esses patógenos penetram nos aquíferos
rasos oriundos de fossas sépticas, valas de drenagem, latrinas, entre outros. A área é
determinada em função de um tempo de trânsito horizontal médio na zona saturada do
aquífero. O tempo adotado varia bastante de um país para outro (entre 10 e 400 dias). Essa
área de proteção talvez seja a mais importante de todas no que diz respeito à saúde pública,
e, como seu tamanho é geralmente pequeno, sua imposição legal é mais fácil de implementar
Zona operacional do poço (Foster et al. 2003).

(C) Zona Operacional de Captação


Constitui o perímetro de proteção mais interno, compreendendo uma pequena área ao
redor da obra de captação. É preferível que essa área seja de propriedade e controle do extrator
da água subterrânea. As atividades realizadas nela devem ser somente aquelas diretamente
relacionadas ao poço. Para impedir o acesso de vândalos e animais, é comum a colocação de
uma cerca ao redor desta área.
Recomenda-se um raio de pelo menos 20 metros, com a realização de uma inspeção
detalhada das condições sanitárias em um raio de pelo menos 200 metros ao redor do poço.
A área mais próxima ao redor deste, que será usada para sua manutenção, deverá ter piso de
cimento para prevenir a infiltração de óleos e produtos químicos (utilizados na manutenção
da bomba e do poço).

Outras subdivisões
Pode ser necessário fazer outras subdivisões da área de captação em perímetros
externos à zona de proteção microbiológica. Um exemplo é o uso da isócrona de 500 dias de
tempo de fluxo (também conhecida como zona de defesa interna da fonte) para evitar a
contaminação por poluentes mais persistente. Na verdade, a escolha do tempo é arbitrária.
Ela é útil para que ações de remediação possam ser implementadas para controlar a
disseminação de contaminantes persistentes.

Legislação

Métodos para definição dos perímetros de zonas de proteção

São apresentadas na sequência algumas metodologias existentes para a


delimitação dos perímetros de proteção.

Raio Fixo Arbitrário


Este método é o mais simplificado. Baseia-se na definição de uma área circular,
centrada no ponto de captação e com raio escolhido arbitrariamente. Este processo pode ser
usado também para determinar uma área de proteção provisória, numa fase preliminar, até
que se estabeleça qual processo deverá ser utilizado ou estudos mais profundos da região
sejam efetivados (ITGE, 1991).
Como a metodologia não apresenta critérios estabelecidos, sua utilização pode gerar
erros. Pode ocorrer sobreposição de áreas de recarga, aumentando os custos de aquisição ou
o excesso de controle do uso do solo nestas áreas onde não haveria necessidade de proteção.
Ou ocorrer o contrário, as áreas de recarga distantes do ponto de captação não sejam
integradas na zona de proteção.

Métodos Analíticos
Os métodos analíticos são notoriamente os métodos mais utilizados, pois permitem o
cálculo das áreas das zonas de proteção através de equações de resolução simples. Para sua
aplicação são necessários o conhecimento de alguns parâmetros hidrogeológicos, como por
exemplo, a transmissividade, a porosidade, o gradiente hidráulico, a condutividade hidráulica,
a vazão de extração e a espessura saturada do aqüífero.
Apesar do grande número de simplificações quanto à geometria e as influências
exteriores nas águas subterrâneas, os métodos analíticos possibilitam soluções adequadas
(EPA, 1994).
Esta metodologia apresenta algumas deficiências como, por exemplo, assumir
suposições que podem ou não representar a realidade, como características uniformes para
todo o aquífero.

Lei de Darcy
Raio Fixo Calculado
Equação do Fluxo Uniforme
Método de Wyssling (Gradiente Hidráulico Inclinado)
Métodos Numéricos

Conclusões
Apesar da implementação de perímetros de proteção de poços estar prevista em lei
em alguns estados, e de seu custo, mesmo considerando os métodos mais caros, nunca
alcançar os gastos gerados para solucionar a contaminação de fontes de abastecimento, sua
aplicação está longe de ser uma realidade no país.

A implantação de perímetros de proteção na maioria dos casos não requer pessoas


altamente especializadas ou técnicas muito onerosas, tornando-se assim uma abordagem
inteligente tanto em termos econômicos quanto ambientais. Métodos sofisticados e caros
poderiam ser reservados ou para áreas reconhecidamente complexas ou para uma segunda
fase, quando métodos mais simples, como os analíticos, já tenham sido implementados.

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