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DIREITO CONSTITUCIONAL

Ordem Econômica e Financeira II


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ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA II

1. Intervenção do Estado no Domínio Econômico


A intervenção do Estado no domínio econômico pode ser classificada como:
a) Intervenção direta;
b) Intervenção indireta;
c) Intervenção como prestador de serviço público;
d) Intervenção mediante instituição de regime de monopólios.

2. Intervenção Direta
A exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida
quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante inte-
resse coletivo, conforme definidos em lei.

Constituição Federal de 1988


Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de
atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos
da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de eco-
nomia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção
ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
I – Sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade;
II – A sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto
aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;

Atenção!
A responsabilidade civil do Estado (§ 6º do artigo 37 da Constituição Federal
de 1988), como regra, adota a teoria do risco administrativo, sendo portanto
uma responsabilidade de caráter objetiva, que requer a comprovação de três
elementos: (a) conduta, (b) nexo e (c) dano. Para esse tipo de responsabilidade,
não há a necessidade de comprovação do elemento culpa. Todavia, quando o
Estado atua como um particular, ele irá responder como se fosse um particular,
sendo regulado pelo Código Civil, adquirindo, então, uma responsabilidade
de caráter subjetiva, que requer a comprovação dos quatro elementos: (a)
conduta, (b) nexo, (c) dano e (d) culpa. Excepcionalmente, uma empresa do
setor privado também pode responder objetivamente.
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III – Licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados


os princípios da administração pública;
(...)

Atenção!
O artigo 173 dispõe que a Lei n. 8.666 de 1993 (Lei Própria de Licitação)
não seria aplicável às empresas públicas e sociedades de economia mista
exploradoras de atividade econômica, pois prevê a elaboração de uma lei, que
só surgiu em 2016. Enquanto não havia essa lei, o entendimento que prevalecia
era de que deveria ser utilizado a Lei n. 8.666 de 1993, tanto para as empresas
públicas e sociedades de economia mista prestadoras de serviços públicos
quanto as exploradoras de atividade econômica, assim como todos os demais
órgãos e entidades. Esses órgãos públicos são semelhantes às empresas
particulares, pois buscam evitar demasiada burocracia, e por isso ansiavam
por uma lei própria de licitação. Com base em um decreto, a Petrobras editou
um ato normativo que possibilitava um procedimento simplificado de licitação,
mais simples que o previsto na Lei n. 8.666 de 1993. O STF permitiu que a
Petrobras continuasse agindo de acordo com o seu estatuto até a edição de
uma lei própria. Quando surgiu a Lei n. 13.303 de 2016, que serviria como
o estatuto jurídico das empresas públicas e sociedades de economia mista,
todos os órgãos públicos tiveram um prazo de dois anos (até 2018) para se
adequarem a lei, e não mais aos seus atos próprios.

§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar


de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado.

Atenção!
A Empresas de Correios e Telégrafos, que é pública, detém o monopólio de
entrega de correspondências, e por possuir imunidade recíproca (que prevê
que órgãos do Brasil não podem tributar outros órgãos nacionais), não pode
ser tributado por outros setores estatais. Por isso que seus bens imóveis e
móveis, como carros e motos, não estão sujeitos à tributação de IPVA, IPTU,
ICMS etc. Todavia, nem todas as áreas em que essa empresa atua são de
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regime de monopólio, como a entrega de encomenda expressa (SEDEX), que


possui concorrência, sendo, portanto, sujeita a tributação. Alguns alegavam
que isso estavam desequilibrando a economia, mas o STF determinou que
não, que isso era legítimo, uma vez que proporciona uma compensação a
essas empresas de correios, já que elas acumulam prejuízos.

3. Intervenção Indireta
A intervenção indireta é a regra. O Estado age como agente normativo e
regulador da atividade econômica, exercendo, na forma da lei, as funções de
fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor
público e indicativo para o setor privado.
Existe apoio ao cooperativismo e ao associativismo, uma vez que a socie-
dade civil deve se organizar sozinha.

4. Intervenção Mediante Concessões e Permissões e a Responsabili-


dade Civil Quanto a Usuários e Não Usuários
A jurisprudência do STF previa que os concessionários e permissionários pres-
tadores de serviços público respondiam objetivamente apenas em relação aos
usuários do sistema, porém hoje em dia não mais, de acordo com a RE n. 591.874.

RE n. 591.874
A responsabilidade civil dos concessionários, permissionários prestadores de servi-
ços públicos é objetiva em relação a usuários e a terceiros não-usuários.

5. Monopólio da União
Constituição Federal de 1988
Art. 177. Constituem monopólio da União:
I – A pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbo-
netos fluidos;
II – A refinação do petróleo nacional ou estrangeiro;
III – A importação e exportação dos produtos e derivados básicos resultantes das
atividades previstas nos incisos anteriores;
IV – O transporte marítimo do petróleo bruto de origem nacional ou de derivados
básicos de petróleo produzidos no País, bem assim o transporte, por meio de con-
duto, de petróleo bruto, seus derivados e gás natural de qualquer origem;
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V – A pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, a industrialização e


o comércio de minérios e minerais nucleares e seus derivados, com exceção dos
radioisótopos cuja produção, comercialização e utilização poderão ser autorizadas
sob regime de permissão, conforme as alíneas b e c do inciso XXIII do caput do art.
21 desta Constituição Federal.

6. Política Urbana
O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal (ou CLDF), é obrigatório
para cidades com mais de vinte mil habitantes; é o instrumento básico da política
de desenvolvimento e de expansão urbana.

Atenção!
O Distrito Federal possui o Plano Diretor de Ordenamento Territorial do
Distrito Federal (PDOT), pois detém uma Câmara Legislativa que acumula
competências legislativas, administrativas e tributárias de Estado e Município.

6.1. Usucapião Especial Urbana


Aquele que possuir como sua área urbana de até 250 m quadrados, por cinco
anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de
sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro
imóvel urbano ou rural.

Atenção!
A usucapião especial urbana só pode ser evocada uma única vez.

A função social da propriedade deve ser respeitada e as medidas possíveis


de serem tomadas em caso de descumprimento são:

a) Parcelamento ou edificação compulsórios;


b) IPTU progressivo no tempo;
c) A desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de
emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de
até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real
da indenização e os juros legais.
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7. Política Agrícola e Fundiária


7.1. Usucapião Especial Rural
Aquele que possuir, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra,
em zona rural, não superior a cinquenta hectares; torná-la produtiva por seu tra-
balho ou de sua família, tendo nela sua moradia. Satisfeitas tais exigências,
haverá a aquisição do imóvel rural.

7.2. Função Social da Propriedade e a Desapropriação-Sanção


É competência da União desapropriar por interesse social, para fins de reforma
agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante
prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preser-
vação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo
ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.

Constituição Federal de 1988


Art. 185. São insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária:
I – A pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu pro-
prietário não possua outra;
II – A propriedade produtiva.

8. Sistema Financeiro Nacional

Súmula Vinculante n. 7 do STF


A norma do § 3º do artigo 192 da Constituição, revogada pela Emenda Constitucio-
nal nº 40/2003, que limitava a taxa de juros reais a 12% ao ano, tinha sua aplicação
condicionada à edição de lei complementar.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pelo professor Aragonê Fernandes.
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