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Grupos topológicos
2.1 Introdução
Um grupo topológico é um grupo cujo conjunto subjacente está munido de
uma topologia compatível com o produto no grupo, no sentido em que
17
18 CAPÍTULO 2. GRUPOS TOPOLÓGICOS
Dg Eh = Eh Dg .
Eg = Dg1 .
Dg = Eg1 .
Exemplos:
1. Subgrupos de Gl (n; R): Gl (n; C), O (n) Sl (n; R), Sl (n; C), Gl (n; H).
2. (Rn ; +).
9. Como caso particular do exemplo anterior, seja fGi gi2I uma família Q de
grupos indexada pelo conjunto I. O produto cartesiano G = i2I Gi
é o conjunto formado pelas aplicações f : I ! i2I Gi tais que f (i) 2
S
Gi para todo i 2 I. O produto cartesiano admite uma estrutura de
grupo em que o produto é dado componente a componente: (f g) (i) =
f (i) gQ(i). A topologia produto em i2I Gi é gerada por abertos do
Q
tipo i2I Ai com Ai Gi abertos, i 2 I e Ai = Gi a menos de um
número
nito de índices (topologia compacto-aberta em que I tem a
topologia discreta). Como o produto é feito componente a componente
e cada Gi é um grupo topológico, G é grupo topológico com a topologia
produto.
Em particular, se I é um conjunto
nito, i2I Gi = G1 Gn , seus
Q
elementos são n-uplas g = (g1 ; : : : ; gn ), gi 2 Gi , a multiplicação é dada
por
gh = (g1 h1 ; : : : ; gn hn )
com a topologia produto, gerada por subconjuntos do tipo A1 An
com Ai Gi aberto.
10. Este exemplo ilustra um grupo com uma topologia em que o produto
é uma aplicação contínua, mas (g) = g 1 não é contínua. Considere o
grupo aditivo (R; +) com R munido da topologia (topologia de Sorgen-
frey) gerada pela base dada pelos intervalos [a; b), a < b. O produto é
uma aplicação contínua pois se x + y 2 [a; b) então para algum " > 0,
x + y + " < b, o que garante que [a; b) contém [x; x + "=2) + [y; y + "=2)
(= fz + w : z 2 [x; x + "=2) e w 2 [x; x + "=2)g). Isso signi
ca que o
aberto [x; x + "=2) [y; y + "=2) está contido em p 1 [a; b), mostrando
que p é contínua. Por outro lado, (x) = x não é contínua pois, por
exemplo, ( 2; 1] = 1 [1; 2) não é aberto.
11. Este exemplo ilustra o caso de um grupo G em que a inversa (g) = g 1
é contínua e p é parcialmente contínua (isto é, G é semi-topológico), mas
não contínua. Tome o grupo aditivo (R2 ; +) com R2 munido da topolo-
gia gerada pelas bolas siamesas, que são de
nidas da seguinte forma:
tome duas bolas de mesmo raio com centros numa mesma reta vertical
e que se tangenciam. A bola siamesa correspondente é a união do in-
terior das bolas juntamente com o ponto de tangência. O conjunto das
bolas siamesas forma uma base para topologia. Munido dessa topologia
a inversa em R2 é contínua (por simetria em relação à origem), assim
2.1. INTRODUÇÃO 21
A B = AB = fxy 2 G : x 2 A; y 2 Bg:
1. p é contínua em (1; 1) e
2. : G ! G, (g) = g 1 , é contínua em 1.
2. Dado g 2 G, Eg = Dg1 .
x (U \ V ) = xU \ xV A \ B;
1. A topologia de G é Hausdor¤.
2.4 Subgrupos
Seja G um grupo topológico e H um subgrupo de G. Como H é subconjunto
de G ele pode ser munido com a topologia induzida, cujos abertos são da
forma A \ H com A aberto em G. Então, H torna-se um grupo topológico.
De fato, denote por pH : H H ! H o produto em H, que é a restrição a
H do produto p de G. Para todo subconjunto A G vale pH1 (A \ H) =
28 CAPÍTULO 2. GRUPOS TOPOLÓGICOS
tanto, A A = A.
2
Por
m, será mostrado o seguinte resultado sobre a forma de gerar grupos,
que é bastante útil no estudo dos grupos de Lie.
Gx = fg 2 G : gx = xg:
É claro, a partir das de
nições, que ações livres são efetivas, no entanto
nem toda ação efetiva é livre. Em termos do homomor
smo a : G ! B (X),
uma ação é efetiva se, e só se, ker a = f1g, isto é, se a é injetora. Portanto,
numa ação efetiva, G é isomorfo à sua imagem a (G) por a. Por essa razão,
uma ação efetiva é também denominada de ação
el.
Deve-se observar que a restrição da ação a uma órbita é uma ação tran-
sitiva. Portanto, toda a
rmação sobre ações transitivas se aplica à restrição
da ação a uma órbita.
Um caso particular de ação de grupo se dá nos espaços quocientes. Seja
H G um subgrupo e denote por G=H o conjunto das classes laterais
gH, g 2 G. Então a aplicação (g; g1 H) 7! g (g1 H) = (gg1 ) H de
ne uma
ação à esquerda natural de G em G=H. Denotando por : G ! G=H a
aplicação sobrejetora (projeção) canônica (g) = gH essa ação
ca escrita
como g (g1 ) = (gg1 ).
Evidentemente a ação de G em G=H é transitiva. Por outro lado toda
ação transitiva se identi
ca (ou melhor, está em bijeção) com um espaço
quociente de G.
34 CAPÍTULO 2. GRUPOS TOPOLÓGICOS
x
G ! X
# %
x
G=H
2 1 () = q 1
(H)
Seja A G=H um aberto. Então, p 1 1 (A) é aberto e daí que (id ) 1 (A)
é um aberto em GG. Mas, isso signi
ca que 1 (A) é aberto em GG=H,
pela de
nição da topologia quociente. 2
1 = id : (G; T1 ) ! (G; T2 )
40 CAPÍTULO 2. GRUPOS TOPOLÓGICOS
Lema 2.26 Suponha que exista x0 2 X tal que para toda vizinhança aberta
U 2 V (1), o conjunto U x0 = x0 (U ) contém x0 em seu interior. Então, x
é uma aplicação aberta para todo x 2 X e, portanto, é um homeomor
smo.
U1 1 F1 \ gH \ \ Us 1 Fs \ gH = U1 1 F1 \ \ Us 1 Fs \ gH: (2.2)
U 2V(1);F 2F
V gh \ V 1 F \ gH 6= ;:
44 CAPÍTULO 2. GRUPOS TOPOLÓGICOS
Exemplos:
1. O grupo G = Gl (n; R) age em Rn de maneira canônica: (g; x) = gx,
g 2 Gl (n; R), x 2 Rn . Essa ação é contínua pois é restrição de
uma aplicação polinômial (de grau 2) Mn (R) Rn ! Rn . Existem
exatamente duas órbitas, a origem f0g e o seu complementar Rn n f0g.
É evidente que a origem é uma órbita. Para ver que o seu comple-
mentar também é uma órbita, tome e1 = (1; 0; : : : ; 0) 2 Rn n f0g e
x = (x1 ; : : : ; xn ) 6= 0. Então existe uma matriz g 2 Gl (n; R) tal que
ge1 = x. De fato, é possível estender x a uma base fx; v2 ; : : : ; vn 1 g de
Rn . Denote por fe1 ; : : : ; en g a base canônica de Rn . Então, g de
nida
por ge1 = x e gei = vi , i = 2; : : : ; n é um elemento de Gl (n; R) que
satisfaz o desejado.
2.6. GRUPOS COMPACTOS E CONEXOS 45
Sr = fx 2 Rn : jxj = rg r 0:
matrizes do tipo
P Q
0 R
com P 2 Gl (k; R) e Q 2 Gl (n k; R).
4. Seja Z um campo de vetores em uma variedade diferenciável M de
classe C 1 e suponha que Z seja completo, isto é, as soluções maximais
de Z se estendem ao intervalo ( 1; +1). O uxo de Z denotado Zt ,
t 2 R, é de
nido a partir das trajetórias t 7! Zt (x) é a trajetória de Z
que em t = 0 passa por x. O uxo satisfaz as propriedades Z0 (x) = x
e Zt+s (x) = Zt (Zs (x)). Portanto, (t; x) 7! Zt (x) de
ne uma ação
de R em M . Os teoremas de dependência de soluções em relação às
condições iniciais garantem que essa ação é contínua. As órbitas dessa
ação são as trajetórias do campo. Já os subgrupos de isotropia em x
são descritos como: 1) Gx = R se x é uma singularidade do campo de
vetores, isto é, Z (x) = 0; 2) Gx = f0g se a trajetória x não é uma
curva fechada e 3) Gx = !Z se a trajetória que passa por x é periódica
de período !.
2
O teorema 2.29 e a proposição 2.30 são úteis para mostrar que deter-
minados grupos topológicos são compactos ou conexos. As ações descritas
acima ilustram bem essa aplicações. Tome, por exemplo, o caso da ação
transitiva de O (n) na esfera S n com grupo de isotropia SO (n 1). Se n = 1
então S n 1 = f1g e SO (n 1) é trivial. Isso signi
ca que tanto o quociente
O (1) =SO (0) quanto o subgrupo de isotropia são compactos. Portanto, o teo-
rema 2.29 garante que O (1) é compacto. Procedendo por indução e usando o
fato de que as esferas são compactas, se veri
ca que os grupos O (n) são com-
pactos. Da mesma forma, pode-se aplicar sucessivamente a proposição 2.30
para veri
car que os grupos SO (n), Sl (n; R), Gl+ (n; R), etc. são conexos.
2.7 Exercícios
1. Seja G X ! X uma ação contínua do grupo topológico G no espaço
topológico X. Seja A X um subconjunto G-invariante. Mostre que a
restrição G A ! A da ação a A também é contínua, com a topologia
induzida em A.
48 CAPÍTULO 2. GRUPOS TOPOLÓGICOS
25. Mostre que Gl (n; R) tem duas componentes conexas: fg : det g > 0g e
fg : det g < 0g. (Use o fato de que qualquer matriz g pode ser escrita
como g = ks com k 2 O (n) e s positiva de
nida.)