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CENTRO DE ESTUDOS TEOLÓGICOS DA ASSEMBLEIA DE DEUS NA PARAIBA

DISCIPLINA: TEOLOGIA CONTEMPORANEA

PROFESSOR: IVANILDO

ALUNOS: ALEX PEREIRA

ANTONIO LEONARDO

SADJA RIBEIRO

SERGIO VILAR

SOSTHENIS ANACLETO ESTRELA

JÜRGEN MOLTMANN E A TEOLOGIA DA ESPERANÇA

JOÃO PESSOA-PB

2017
INTRODUÇÃO

Os anos de 1960 foram marcados por grandes incertezas, as pessoas buscavam


respostas para as grandes questões de uma época turbulenta. A Europa e os
Estados Unidos foram palcos de grandes mudanças e transformações sociais que
se opunham à guerra, defendia-se a liberdade do indivíduo, “a responsabilidade
social e a paz mundial”.
Diante
INTRODUÇÃO

Os anos de 1960 foram marcados por grandes incertezas, as pessoas


buscavam respostas para as grandes questões de uma época turbulenta. A Europa e
os Estados Unidos foram palcos de grandes mudanças e transformações sociais que
se opunham à guerra, defendia-se a liberdade do indivíduo, “a responsabilidade social
e a paz mundial”.

Diante desse panorama a teologia entrava em declínio ao ver seus grandes


expoentes deixando as academias e seminários por alguns estarem se aposentando
e outros falecendo, não obstante, seus sucessores discorrendo acerca seus
sucessores falando sobre o fim mundo determinando as prioridades da igreja.

Diante da ameaça do ateísmo era preciso oferecer uma resposta adequada que
fosse teológica e ao mesmo tempo falasse a linguagem do homem do século 20.
Moltmann traz uma teologia que propõe olhar para a escatologia das Escrituras e
encontrar esperança. A partir de sua experiencia entre os nazistas sua reflexão da
teologia será se desenvolverá por uma ótica diferente: a Teologia da Esperança.
1. VIDA

Jürgen Moltmann é um dos teólogos mais respeitados e influentes do mundo


contemporâneo, ele possui uma teologia expressiva, com forte teor dogmático e um
diálogo profícuo com a sociedade atual. Depois de grandes líderes anteriores, como
Barth, Cullmann, Tillich e Bonhoeffer, é provável que ele seja a figura mais
representativa da teologia protestante contemporânea.

Moltmann é de confissão cristã reformada, mas possui grande abertura


reflexiva e um importante contato ecumênico. Nasceu em 8 de abril de 1926 na cidade
de Hamburgo, Alemanha, sendo, na sua juventude, um apaixonado por Matemática e
Física, sob a influência de autores como Albert Einstein e Max Planck; porém, teve a
necessidade de logo cedo abandonar os sonhos juvenis, quando aos dezessete anos,
após ver a sua cidade destruída em julho de 1943 pela operação Gomorra e, também,
por ser soldado recém incorporado, foi convocado para o front do exército alemão, no
qual, depois de seis meses, foi feito prisioneiro de guerra pelo exército inglês.

Inicialmente, foi levado para a Holanda e Bélgica, depois para a Escócia e, logo
em seguida, para o campo de concentração de Norton Camp, na Inglaterra, perto de
Mansfield, em Nottinghamshire. O regresso para a Alemanha só aconteceu em 1948.

Tal experiência marcou profundamente o encontro de Moltmann consigo


mesmo e com o mundo que o cercava naquele instante, cuja verdadeira realidade era
abstraída da juventude alemã e de grande parcela da sociedade pelos nazistas e seus
ideais. Este momento marcou também o encontro do jovem Moltmann com Deus,
alguém que ainda era desconhecido para ele, mas que aos poucos se revelava em
esperança, para um novo começo, para uma nova vida.

Já em 1948, voltou à Alemanha e decidiu por prosseguir seus estudos em


Göttingen até 1952, ano em que os concluiu. Em 1953 trabalhou como pastor em uma
pequena comunidade reformada de Bremen-Wasserhorst.

2. OBRA
Jürgen Moltmann, teólogo protestante alemão, é talvez a figura mais importante
da teologia cristã atual. Possui obras sobre os principais temas da teologia. Ficou
conhecido pelo livro Teologia da Esperança e pelo Deus Crucificado. Toda sua
teologia se fundamenta sobre uma dura experiência pessoal de prisioneiro de guerra
em campos de concentração e sobre o diálogo com as ciências que têm a ver com a
terra e a vida.
Toda teologia de Moltmann revela um explicito interesse prático. Visa ajudar as
pessoas a assumirem o caminho de Jesus para resgatar a própria humanidade,
solidarizar-se com todos os sofredores e fazer avançar a inauguração do novo céu e
da nova terra.
Ao longo de todos os volumosos escritos de Moltmann, um tema central se
destaca: a esperança no futuro, baseada na cruz e na ressurreição de Jesus Cristo.
A esperança sobre a qual ele escreve e fala é uma esperança realista, fundamentada
na História e na experiência. Ela responde as mais profundas aspirações, tanto dos
indivíduos seculares quanto religiosos. Por esse motivo, sua teologia recebeu a
atenção do público em meio ao tumulto e confusão dos anos 60. E ela continua a atrair
interesse, á medida que Moltmann apresenta sua teologia através de uma série de
livros que reconstituem as doutrinas cristãs centrais a luz das promessas de Deus
para o futuro.
Desde a publicação de Teologia da Esperança, em 1964, Moltmann continua
suas explorações sobre a fé crista, tendo a escatologia como seu tema central.

Suas principais obras são:

TEOLOGIA DA ESPERANÇA: ESTUDO SOBRE FUNDAMENTOS E AS


CONSEQUÊNCIAS DE UMA ESCATOLOGIA CRISTÃ (1964). Trata-se da famosa
obra em que Moltmann propõe uma nova interpretação da mensagem cristã em
termos escatológicos. Respondendo a vários estímulos provenientes da filosofia (a
filosofia da esperança de E. Bloch), da exegese bíblica e da situação sócio-política,
Moltmann deixou de lado as várias interpretações existencialistas que Bultmann,
Tillich, Barth e Brunner haviam dado do cristianismo e propôs uma interpretação em
que os aspectos sociais, políticos e escatológicos adquirem grande relevo.
Este livro fez seu próprio caminho pelo mundo. Ele foi traduzido em vários
idiomas e repetidamente reeditado. A Teologia da Esperança foi discutida em
numerosos periódicos teológicos e não teológicos, cristãos e não cristãos. Ela deu
sua contribuição para que o labor teológico se orientasse para a história do Deus da
esperança.
O DEUS CRUCIFICADO (THE CRUCIFIED GOD), 1972. Expõe a doutrina de
Deus a partir da perspectiva da cruz. O Deus cristão é um Deus que sofre de amor.
Não é um sofrimento imposto de fora — pois Deus é imutável —, mas um sofrimento
de amor, ativo. É um sofrimento aceito, um sofrimento de amor, livre, ligado ao Deus
sofredor de Auschwitz e do extermínio judeu.
A IGREJA NO PODER DO ESPÍRITO (THE CHURCH IN THE POWER OF THE
SPIRIT) 1975.). Neste estuda a atividade reconciliadora de Deus no mundo, vista sob
a perspectiva da Ressurreição, da Cruz e de Pentecostes. A Igreja — diz Moltmann
— deve estar aberta a Deus, aos homens, e aberta ao futuro tanto de Deus quanto
dos homens. Isso pede da Igreja não uma simples adaptação às rápidas mudanças
sociais, mas uma renovação interior pelo Espírito de Cristo e a força do mundo futuro.
Isso faz com que a Igreja tenha de ser Igreja de Jesus Cristo e Igreja missionária.
Deve ser também uma Igreja ecumênica, que quebre as barreiras entre as Igrejas. E
deve ser também política: a dimensão política sempre existiu nela.
A TRINDADE E O REINO DE DEUS (THETRINITY AND THE KINGDOM) 1980.
Um estudo sobre a doutrina da Trindade de Deus.
DEUS NA CRIAÇÃO (GOD IN CREATION) - 1985, uma doutrina ecológica da
criação.
O CAMINHO DE JESUS CRISTO: A CRISTOLOGIA NA PERSPECTIVA
MESSIÂNICA (THE WAY O F JESUS CHRIST: CHRISTOLOGY IN MESSIANIC
PERSPECTIVE, (1990). É uma bem elaborada síntese das questões cristológicas
contemporâneas. A figura de Jesus que emerge desta sua erudita reflexão é de um
Jesus que assume a condição humana de sofrimento e opressão. Como Messias
enxuga lagrimas, encoraja desesperados e liberta oprimidos. Especial importância
confere à ressurreição que a vê como uma revolução dentro da evolução. Tudo
culmina com uma visão do Cristo cósmico que, como ressuscitado, fermenta toda a
história, levando-a a sua culminância no Reino da Trindade.
O ESPIRITO DA VIDA (1991), um ensaio sobre pneumatologia, que busca
recuperar as dimensões perdidas dessa pneumatologia, integrando-a as perspectivas
carismáticas com perspectivas cósmicas e comunitárias.
A VINDA DE DEUS: ESCATOLOGIA CRISTÃ (1995), um novo texto sobre
escatologia em chave messiânica.
EXPERIÊNCIAS DE REFLEXÃO TEOLÓGICA: CAMINHOS E FORMAS DA
TEOLOGIA CRISTÃ (1999), sobre o método teológico.

Apesar de Moltmann já ter escrito sobre praticamente todo assunto imaginável


dentro do escopo da teologia, sua maior contribuição encontra-se na doutrina sobre
Deus.
Moltmann tratou da ligação entre a doutrina da Trindade e a escatologia em
dois livros importantes, O Deus Crucificado e A Trindade e o Reino. De acordo com
ele, a chave para a compreensão da identidade de Deus em seu caráter histórico - e,
portanto, imanente - e a doutrina da Trindade vista através da cruz de Jesus Cristo.
Moltmann, por tudo isso, veio a ser um dos maiores pensadores cristãos da
atualidade. Além de escrever, dar palestras e lecionar, Moltmann está envolvido no
dialogo ecumênico entre católicos, cristãos ortodoxos e judeus.

3. PENSAMENTO FILOSÓFICO TEOLÓGICO

Moltmann é considerado o “fundador” da Teologia da Esperança, movimento


teológico contemporâneo que surgiu na Alemanha durante a segunda metade do
século XX e, também, o seu principal expoente. Este movimento se caracteriza por
diversas expressões, o que acontece em várias partes onde é apresentado e
interpretado, traduzindo-se, na maioria das vezes, por uma teologia pública
(Öffentliche Theologie), uma teologia que traz a esperança como ponto de ação na
perspectiva do Reino de Deus Vindouro.

Para Moltmann, “a teologia cristã é teologia pública por causa do Reino”. Outra
expressão teológica contemporânea, decorrente deste movimento, que também lhe é
atribuída, é a Teologia da Cruz, desenvolvida em período posterior. Ele diz: “Uma
Teologia da Cruz era minha preocupação antiga, mais antiga do que a Teologia da
Esperança”.

Ele justifica esta intenção com uma questão pessoal, uma busca de Deus no
fundo de sua existência e de sua experiência de morte e de abandono do campo de
concentração, conforme demonstraremos a seguir. No entanto, o que o fez buscar
uma nova compreensão a partir da cruz foi um não contentar-se com a forma como
ela era apresentada, muitas vezes marcada com o sacrifício pelo pecado, num tom de
remissão de culpa, mas não de esperança.

Esta teologia, no seu desenvolver, tinha a intenção de “corrigir” certo


entusiasmo apresentado por ele na Teologia da Esperança e que poderia ser visto de
maneira mais ampla e coerente com a proposta cristã diante das realidades
mundanas, muitas delas marcadas pela dor e pelo sofrimento.

Deste “suposto entusiasmo” é de onde partiram muitas de suas críticas,


principalmente da América Latina19. Há também a Teologia Política que, juntamente
com Johann Baptist Metz se tornou uma expressão teológica de grande repercussão.

A chave central para entender a teologia futurista de Moltmann é sua idéia de


que Deus está sujeito ao processo temporal. Neste processo, Deus não é plenamente
Deus, porque ele é parte do tempo que avança para o futuro. No cristianismo
tradicional, Deus e Jesus Cristo aparecem fora do tempo, no atempo. Na teologia de
Moltmann, a eternidade se perde no tempo. Para Moltmann, o futuro é a natureza
essencial de Deus. Deus não revela quem ele é, e sim quem ele será no futuro. Desta
forma, Deus está presente apenas em suas promessas. Deus está presente na
esperança.

Todas as afirmações que fazemos sobre Deus, são produto da esperança.


Nosso Deus será Deus quando cumprir suas promessas e com isso estabelecer o seu
reino. Deus não é absoluto; ele está determinado pelo futuro.
Segundo Moltmann, toda teologia cristã deve modelar-se através da
escatologia. Acontece que a escatologia para ele não significa a previsão tradicional
da segunda vinda de Jesus. Moltmann interpreta como aberta ao futuro, aberta à
liberdade do futuro. Deus entrou no tempo, e consequentemente o futuro se tornou
algo desconhecido tanto para o homem como para Deus.

A tarefa da igreja é não é apenas se informar sobre o passado para mudar o


futuro. É também “pregar o Evangelho de tal forma que o futuro se apodere do
indivíduo e lhe impulsione a agir de modo concreto para mudar o seu próprio futuro.
O presente em si mesmo não é importante. O importante é que o futuro se apodere
da pessoa no presente”.
Para que o futuro se realize na sociedade, as categorias do passado devem ser
descartadas, pois não existem formas ou categorias fixas no mundo. O futuro significa
liberdade e liberdade é relatividade.
REFERÊNCIAS

GRENZ, Stanley J; OLSON, Roger E. A Teologia do século 20 e os anos críticos


do século 21 – Deus e o mundo numa era líquida. São Paulo: Cultura Cristã, 2013.
p. 201.

MONDIN, Battista. Os grandes teólogos do século vinte. Tradução Jose


Fernandes: revisão de Luiz Antonio Miranda. Reediçao — Sao Paulo: Editora
Teológica, 2003.

MOLTMANN, Jurgen. Teologia da Esperança. Estudos sobre os fundamentos e as


consequências de uma escatologia cristã. Tradução. Helmuth Alfredo Simon; revisão
Nélio Schneider. 3 ed. rev. e atual. – São Paulo: Editora Teológica: Edições Loyola,
2005.

KUZMA, Cesar. O teólogo Jürgen Moltmann e o seu caminhar teológico realizado


na esperança. Disponível em: https://www.maxwell.vrac.puc-
rio.br/acessoConteudo.php?nrseqoco=77029 Acesso em: 11 dez. 2017.

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