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1/18/2016 Módulo II - Deveres: Inciso IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais

Módulo II - Deveres

Unidade 8 - Deveres elencados nos incisos do artigo 116 da Lei 8.112/90


Inciso IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais
Como  reflexo  da  forte  atuação  do  princípio  da  hierarquia  em  sede  disciplinar  ­o  próprio  poder
disciplinar  deriva  do  poder  hierárquico  ­,  o  servidor  tem  o  dever  de  acatar  ordens  superiores,  na
presunção de que são emanadas de acordo com a lei e voltadas ao interesse do serviço. As ordens
emanadas  em  decorrência  de  um  ato  legal  que  confere  competência  à  autoridade  gozam  de
presunção de legalidade e, como tal, a priori, devem ser cumpridas. A princípio, a simples suspeita
pessoal de ilegalidade não tem o condão de afastar a regra geral do dever de obediência. 

Os agentes públicos têm o dever de acatar as ordens de seus superiores, desde que sejam legais,
isto é, quando pautadas nos ditames da lei e emitidas de forma legítima (emanada de autoridade
competente, respeito às formalidades exigidas e com objeto lícito). 

Todavia,  em  razão  de  sua  conduta  estar  vinculada  à  legalidade,  não  deve  o  servidor  obedecer  a
ordem  manifestamente  ilegal.  Se  a  ordem  é  flagrantemente  ilegal,  ou  seja,  de  ilegalidade
facilmente perceptível, além da responsabilização de quem a ordenou, o seu acatamento por parte
do subordinado também configura irregularidade. Um  exemplo  disso  é  a  hipótese  de  um  servidor
público  federal  receber  ordem  de  seu  superior  hierárquico  de  nomear  pessoa  para  ocupar
determinado  cargo  público  em  que  se  exige  legalmente  provimento  por  concurso  público  (cargo
público  efetivo),  sem  que  esta  tenha  prestado  qualquer  processo  seletivo.  Na  situação  colocada,
por ser manifestamente contrária ao que prevê a lei, o servidor não poderá cumprir a ordem, sob
pena  de  também  ser  a  ele  imputada  responsabilidade.  Ao  contrário,  deverá  representar  contra  a
ilegalidade, na forma do dever previsto no art. 116, XII, desta lei (“representar contra ilegalidade,
omissão ou abuso de poder”).

A propósito da discussão, vale relembrar que o descumprimento de ordem judicial por servidor não
incorre  em  transgressão  ao  presente  dispositivo,  pois  sua  capitulação  requer  a  desobediência  a
ordens  de  superiores  com  vinculação  hierárquica.  De  outro  lado,  a  independência  entre  as
instâncias assegura que o servidor possa ser responsabilizado em qualquer outra seara do direito,
mesmo que não haja configuração de ilícito administrativo pelo descumprimento da ordem judicial. 

Por outro lado, se a ordem é ilegal, mas somente o mandante o sabe, não havendo condições de o
subordinado  saber  da  ilicitude,  apenas  aquele  comete  a  irregularidade.  Da  mesma  forma,  se  o
cumprimento  da  ordem  se  dá  por  coação  irresistível,  somente  o  mandante  incorre  em
responsabilização. 

CP ­ Coação irresistível e obediência hierárquica

Art. 22. Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência à ordem, não manifestamen
punível o autor da coação ou da ordem. 

Formulação­Dasp nº 68. Co­autoria 

São co­autores da infração disciplinar o funcionário que a pratica em obediência à ordem manifestamente
dessa ordem. 

http://saberes.senado.leg.br/mod/book/view.php?id=26205&chapterid=67723 1/1

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