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Filosofia Politica
Prof. José Pinheiro Pertille
Fichamento - Aryanne Rocha

Capitulo 1, Parte 1: A vida Activa e a Condição Humana

Tese 1: Definições iniciais: Labor, work, action


Tese 2: Pluralidade
Tese 3: Natalidade
Tese 4: Diferença entre Natureza e Condição

Tese 1: Das Definições Iniciais de Labor, Work e Action


Diante da alienação do homem no mundo moderno e o consequente afastamento politico, Hannah
Arendt inicia seu pensamento conceituando Vida Activa. Desse modo, a expressão encerra três
atividades humanas fundamentais: (a) trabalho, labour (b) obra, work e (c) action, ação. Essa tríade
corresponde às condições humanas, respectivamente, da vida, da mundanidade e da pluralidade e
dizem respeito às atividade necessárias à continuação da vida no seu sentido biológico <trabalho>,
às atividades de produção de coisas que não estão ligadas à manutenção do ciclo vital <obra> e à
atividade exercida entre os homens.

Tese 2: A pluralidade

Segundo Arendt, a pluralidade, que caracteriza a ação, é a condição - não apenas a conditio sine qua
non (sem o qual não pode ser), mas ainda a conditio per quem (condição pela qual pode ser) - de
toda vida política. Assim, a pluralidade é a condição da vida humana pelo fato de sermos todos
humanos. Nesse sentido, a ação diz respeito às decisões que serão necessidades políticas por causa
da pluralidade. A ação é a atividade política por excelência.

A critica de Hannah Arendt: Nessa perspectiva, a critica da autora se situa no privilegio que a
modernidade da ao trabalho, relegando o engajamento politico do indivíduo. A partir disso, a autora
começa a diferenciar também o publico e o privado a fim de pensar o domínio politico na
Antiguidade, pois para ela os antigos valorizam mais a vida política do que os modernos.

Tese 3: A natalidade
Para Arendt, o trabalho e a obra tem raízes na natalidade, pois o objetivo dessas atividades é
preservar o mundo aos que chegam. A ação, no entanto, tem uma relação mais estreita com a
natalidade, pois cada novo indivíduo que surge tem a capacidade de agir. Todas as atividades,
portanto, possuem um elemento de ação, isto é, de natalidade. Nesse contexto, então, a natalidade
significa criação.

Tese 4: Diferença entre Condição Humana e Natureza Humana


A condição é diferente de natureza porque não é possível definir a natureza do objeto que seria nos
mesmos. Todas as condições da nossa existência humana - a vida em si, natalidade, mortalidade,
mundanidade, pluralidade e a Terra - não podem explicar o que somos ou responder à questão de
quem somos pelo simples fatos de que elas não nos condicionam absolutamente. A única tese
permanente é a de que nos somos seres condicionados.
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Capitulo 1, Parte 3: Eternidade versus Imortalidade

Tese 1: Homens de pensamento vs Homens de ação


Tese 2: Imortalidade e Contemplação
Tese 3: Transformação da Vida Activa e do Bios Politikos: servos da contemplação.

Tese 1: Homens de pensamento vs Homens de ação


Inicialmente Arendt atenta para duas noções que não estariam em consonância, isto é, a
contemplação e o engajamento politico. Esta distinção, segundo ela, tem origem na emergencia do
pensamento politico na escola socrática. Descobriu-se, então, que a vida política não
necessariamente estava ligada às atividades superiores do homem. Nesse contexto, ela introduz os
conceitos de eternidade e imortalidade. Imortalidade significa continuidade no tempo, característica,
de acordo com Arendt, da natureza e dos deuses do Olimpio, enquanto a eternidade é o centro do
pensamento metafísico. Assim, num mundo todo imortal, a mortalidade humana, que vem da vida
biológica, tornou-se emblema da existência humana.

Tese 2: Imortalidade e Contemplação


Nesse sentido, a experiência do eterno só pode ocorrer fora da esfera dos negócios humanos e fora
da pluralidade dos homens. Essa experiência, Arendt adiciona, não corresponde à nenhuma
atividade, nem mesmo à atividade do pensamento (aquela que ocorre no homem através das
palavras). A theoria, portanto, é a definição dada à experiência do eterno, enquanto outras atividades
possam ter a ver com a imortalidade. Tal distinção, a autora acrescenta, pode ter surgido no
pensamento filosófico antigo, que duvidoso dos feitos imortais no âmbito da polis, “passaram a
olhar com vaidade qualquer busca de imortalidade”. A isso, tem-se que no contexto daquela época -
a dos Antigos - a queda do Império Romano mostrava que a capacidade singular dos humanos, isto
é, de produzir coisas imortais, tais quais, grandes feitos e palavras que poderiam ficar na memória
são perecíveis e não tinham continuidade no tempo.

Tese 3: Transformação da Vida Activa e do Bios Politikos: servos da contemplação.


Houve, assim, uma mudança de hierarquia entre a ação e contemplação. Sao esses dois modos de
vida que Arendt analisa ao longo da tradição do pensamento filosófico. Sua critica reside no fato de
que a contemplação (theoria) tornou-se mais importante que a ação (praxis). É a partir do
desaparecimento da polis que a Vida Activa passou a perder seu significado politico, passando a
significar apenas atividades da vida. Dessa forma, antes, a ação estava ligada à atividade
genuinamente livre, já que era necessário a garantia das necessidades da vida a fim de engajar na
vida publica (Aristoteles). O movimento da tradição do pensamento politico ressignificou a forma
de vida livre. É a partir de Platão que a contemplação passou a ser a única atividade ligada à
liberdade, pois a ação passou a ser também atividade necessária.

A filosofia politica de Platão

Tese 1: Modo de vida filosófico: modo de vida contemplativo em detrimento da ação


Tese 2: A preocupação com o eterno e a vida do filósofo são vistos como contraditórios e em
conflito com a busca da imortalidade
Tese 3 (Platão por ele mesmo): Rei filósofo como governante da polis
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Tese 1: Modo de vida filosófico: modo de vida contemplativo em detrimento da ação

O contexto grego, marcado pela supra importância participação da vida política e do exercício da
liberdade é o pano de fundo para a ruptura entre filosofia e política. Nessa perspectiva, a tradição do
pensamento politico tem inicio na condenação de Socrates, em que Platão desencantou-se com a
vida na polis e seus princípios fundamentais. Dessa forma, a arte superior estava no discurso (lexis)
e na fala/persuasão (rethorica) como centro da vida política. Tem-se a separação entre verdade e
opinião, já que na esfera dos assuntos humanos a verdade torna-se relativa. Platão, assim, passa a
negar a pluralidade: A imortalidade, característica da vida do indivíduo cidadão, contrapõe-se a vida
do filosofo (eterno), atingida de modo singular (Arendt menciona o mito da caverna a fim de
lembrar que o homem sai da caverna sozinho), fora da pluralidade dos homens. A superioridade da
contemplação origina-se no pensamento platônico, portanto, e não no pensamento cristão. Adiante,
Arendt também afirma os modos de vida de Aristoteles também priorizam a contemplação.

Tese 2: A preocupação com o eterno e a vida do filósofo são vistos como contraditórios e em
conflito com a busca da imortalidade

A segunda retomada de Arendt a Platão mostra que o bios politikos, a vida do cidadão da polis vai
de encontro com a vida do filósofo. A vida social é não uma condição especificamente humana.

Fica claro em: “a enorme superioridade da contemplação sobre qualquer outro tipo de atividade,
inclusive, ação, não é de origem cristã. Encontramo-la na filosofia política de Platão, onde toda a
reorganização útopica da vida na pólis é não apenas dirigida pelo superior discernimento do
filósofo, mas não tem outra finalidade senão tornar possível o modo de vida filosófico. O próprio
enunciado aristotélico dos diferentes modos de vida, em cuja ordem a vida de prazer tem papel
secundário, inspira-se claramente no ideal da contemplação (theoria).”

Tese 3 (Platão por ele mesmo): Rei filósofo como governante da polis

A tese de Platão em toda A Republica é a de que os filósofos devem governas a polis. O objetivo é
ter uma cidade justa e aos filósofos cabe essa governança pois tem a virtude de sabedoria (sophia).
Aos guardiões do Estado, cabe a coragem (andreia) e aos artesãos e trabalhadores, a temperança
(sophrosýne). A justiça (dikaiosýne), é uma virtude que cabe a polis e origina-se da harmonia entre
as três outras virtudes. O governo do filosofo é necessário para a justiça.

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