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Filosofia Politica
Prof. José Pinheiro Pertille
Fichamento - Aryanne Rocha
Tese 2: A pluralidade
Segundo Arendt, a pluralidade, que caracteriza a ação, é a condição - não apenas a conditio sine qua
non (sem o qual não pode ser), mas ainda a conditio per quem (condição pela qual pode ser) - de
toda vida política. Assim, a pluralidade é a condição da vida humana pelo fato de sermos todos
humanos. Nesse sentido, a ação diz respeito às decisões que serão necessidades políticas por causa
da pluralidade. A ação é a atividade política por excelência.
A critica de Hannah Arendt: Nessa perspectiva, a critica da autora se situa no privilegio que a
modernidade da ao trabalho, relegando o engajamento politico do indivíduo. A partir disso, a autora
começa a diferenciar também o publico e o privado a fim de pensar o domínio politico na
Antiguidade, pois para ela os antigos valorizam mais a vida política do que os modernos.
Tese 3: A natalidade
Para Arendt, o trabalho e a obra tem raízes na natalidade, pois o objetivo dessas atividades é
preservar o mundo aos que chegam. A ação, no entanto, tem uma relação mais estreita com a
natalidade, pois cada novo indivíduo que surge tem a capacidade de agir. Todas as atividades,
portanto, possuem um elemento de ação, isto é, de natalidade. Nesse contexto, então, a natalidade
significa criação.
O contexto grego, marcado pela supra importância participação da vida política e do exercício da
liberdade é o pano de fundo para a ruptura entre filosofia e política. Nessa perspectiva, a tradição do
pensamento politico tem inicio na condenação de Socrates, em que Platão desencantou-se com a
vida na polis e seus princípios fundamentais. Dessa forma, a arte superior estava no discurso (lexis)
e na fala/persuasão (rethorica) como centro da vida política. Tem-se a separação entre verdade e
opinião, já que na esfera dos assuntos humanos a verdade torna-se relativa. Platão, assim, passa a
negar a pluralidade: A imortalidade, característica da vida do indivíduo cidadão, contrapõe-se a vida
do filosofo (eterno), atingida de modo singular (Arendt menciona o mito da caverna a fim de
lembrar que o homem sai da caverna sozinho), fora da pluralidade dos homens. A superioridade da
contemplação origina-se no pensamento platônico, portanto, e não no pensamento cristão. Adiante,
Arendt também afirma os modos de vida de Aristoteles também priorizam a contemplação.
Tese 2: A preocupação com o eterno e a vida do filósofo são vistos como contraditórios e em
conflito com a busca da imortalidade
A segunda retomada de Arendt a Platão mostra que o bios politikos, a vida do cidadão da polis vai
de encontro com a vida do filósofo. A vida social é não uma condição especificamente humana.
Fica claro em: “a enorme superioridade da contemplação sobre qualquer outro tipo de atividade,
inclusive, ação, não é de origem cristã. Encontramo-la na filosofia política de Platão, onde toda a
reorganização útopica da vida na pólis é não apenas dirigida pelo superior discernimento do
filósofo, mas não tem outra finalidade senão tornar possível o modo de vida filosófico. O próprio
enunciado aristotélico dos diferentes modos de vida, em cuja ordem a vida de prazer tem papel
secundário, inspira-se claramente no ideal da contemplação (theoria).”
Tese 3 (Platão por ele mesmo): Rei filósofo como governante da polis
A tese de Platão em toda A Republica é a de que os filósofos devem governas a polis. O objetivo é
ter uma cidade justa e aos filósofos cabe essa governança pois tem a virtude de sabedoria (sophia).
Aos guardiões do Estado, cabe a coragem (andreia) e aos artesãos e trabalhadores, a temperança
(sophrosýne). A justiça (dikaiosýne), é uma virtude que cabe a polis e origina-se da harmonia entre
as três outras virtudes. O governo do filosofo é necessário para a justiça.