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1/18/2016 Módulo I - Controladoria Geral da União: Estrutura e Instrumentos de Apuração: Pontos Comuns na Via Hierárquica

Módulo I - Controladoria Geral da União: Estrutura e


Instrumentos de Apuração

Unidade 3 - Especificidade das Corregedorias


Pontos Comuns na Via Hierárquica
De  uma  forma  ou  de  outra,  seja  pela  regra  geral  da  via  hierárquica,  seja  pela  atipicidade  da
unidade  especializada,  a  autoridade  legal,  estatutária  ou  regimentalmente  competente,  ao
ter  ciência  do  cometimento  de  suposta  irregularidade  associada  direta  ou  indiretamente  ao
exercício de cargo público, após avaliar que a representação não é de flagrante improcedência (em
ato  chamado  de  exame  ou  juízo  de  admissibilidade),  é  obrigada,  pelo  art.  143  da  Lei  nº  8.112,
de 11/12/90, a promover a imediata apuração.

Lei nº 8.112, de 11/12/90 ­ Art. 143. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é
imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defe

Tanto é verdade que ela pode incorrer em crime de condescendência criminosa se, por indulgência,
deixa de responsabilizar o servidor subordinado que cometeu infração (administrativa ou penal) no
exercício do cargo ou não leva o fato ao conhecimento da autoridade competente.

Código Penal (CP) ­ Condescendência criminosa

Art. 320. Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração n
competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente: Pena ­detenção, de 15 (quinz

A  despeito  de  o  parágrafo  único  do  art.  116  da  Lei  nº  8.112,  de  11/12/90,  determinar  que  a
representação  seja  oferecida  em  via  hierárquica,  caso  o  representante  a  formule  diretamente
à  autoridade  competente  para  matéria  correcional,  sem  fazê­la  passar  por  seu  chefe  imediato,
à  vista  do  atendimento  de  valores  mais  relevantes  (associados  à  moralidade  na  sede  pública),
não  se  deve,  tão­somente  por  esta  lacuna  formal,  deixar  de  se  recepcionar  a  representação  e
muito  menos,  se  for  o  caso  de  ela  mostrar­se  relevante,  omitir­se  na  determinação  da
imediata  apuração.  Nesses  casos,  cabe  à  autoridade  competente  para  matéria  correcional  dar
ciência ao chefe imediato do representante, a fim de suprir a exigência legal, podendo ainda, em
regra,  sopesados  os  motivos  para  o  servidor  ter  atravessado  diretamente  a  representação,
abstraindo­se  de  atos  eivados  de  má­fé,  dispensar  qualquer  medida  correcional  contra  o
representante.

Uma  situação  que  bem  exemplifica  a  hipótese  acima  (seja  na  regra  geral  da  apuração  em  via
hierárquica,  seja  existindo  Corregedoria)  é  quando  o  representante  tem  alguma  desconfiança  da
imparcialidade de seu chefe imediato ou quando este é justamente o representado. Nesses casos,
justificadamente,  recomenda­se  que  a  representação  seja  dirigida  à  autoridade  imediatamente
superior ao representado.

Convém, por oportuno, salientar que eventuais representações encaminhadas unicamente a órgãos
externos  (como,  por  exemplo,  Ministério  Público  Federal,  Departamento  de  Polícia  Federal  ­DPF,
Controladoria­Geral  da  União  ­CGU)  não  afastam  a  obrigação  de  representar  internamente.
Ressalte­se  que,  em  tese,  a  ausência  da  representação  interna  pode  acarretar  responsabilização

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1/18/2016 Módulo I - Controladoria Geral da União: Estrutura e Instrumentos de Apuração: Pontos Comuns na Via Hierárquica

administrativa  disciplinar,  conforme  dever  estabelecido  no  art.  116,  VI  e  XII,  da  Lei  nº  8.112,  de
11/12/90.

Para conhecer a Controladoria Geral da União­CGU, acesse o site clicando aqui. 

http://saberes.senado.leg.br/mod/book/view.php?id=26203&chapterid=67696 2/2

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