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ESTUDO DE CASO: FITZ ROY BEER – A CONCEPÇÃO DE UMA

CERVEJA ARTESANAL

Aline Amorim, aline.sra@outlook.com


Ana Paula Rodrigues, a.paularodriguessilva@gmail.com
Bruno Meirelles, bru_crz@hotmail.com
Gabriela Ribeiro, gabicostaribeiro@hotmail.com
Jonathan Venâncio, jonathansvenancio@hotmail.com
Laryssa Oliveira, lary.oliveira27@hotmail.com
Mariana Alves, mariana.alves.siqueira@hotmail.com
Paula Faria, paulafapereira@yahoo.com.br
Priscila Gonçalves, pri.jes@hotmail.com
Rafael Alves, rafaelalvesdasilva1@gmail.com
Ramon Zácaro, zaccaro.ramon@hotmail.com

Centro Universitário Salesiano de São Paulo - Rua Dom Bosco, 245 – Lorena / SP

Resumo: O consumo de cervejas artesanais aumentou significativamente nos últimos anos, com isso nasce à
oportunidade de novas micro cervejarias. A produção de cerveja incide basicamente em três etapas: preparo do
mosto, fermentação e acabamento da cerveja. Este estudo de caso dirigiu-se á reprodução de uma cerveja artesanal
do tipo Blond Ale, cujo nome fantasia definido foi Fitz Roy, em alusão a uma famosa montanha sul-americana. Suas
características são de alta fermentação, de cor amarelo claro até dourado profundo e colarinho branco, de aroma
adocicado e frutados são opcionais. Tem o sabor leve dulçor de malte inicial, amargor de baixo a médio, mas com
equilíbrio tendendo ao malte.

Palavras-chave: cerveja artesanal, produção, qualidade.

CASE STUDY: FITZ ROY BEER – THE CONCEPTION OF CRAFT BEER

Abstract: The consumption of craft beers has increased significantly in recent years, with the birth of the opportunity
of new micro breweries. The production of beer is basically in three stages: preparation of the must, fermentation and
finishing of the beer. This case study was directed to the reproduction of a craft beer of the type Blond Ale, whose
fancy name was Fitz Roy, in reference to a famous South American mountain. Its characteristics are high
fermentation, from light yellow to deep golden color and white collar, sweet and fruity aroma are optional. It has the
slight sweetness of initial malt, bitterness from low to medium, but with balance tending to malt.

Keywords: craft beer, production, quality.

1. INTRODUÇÃO
O Brasil é o terceiro maior produtor de cerveja do mundo, com uma produção em cerca de 14 bilhões de
litros por ano (CERVBRASIL, 2016), sendo que em 2014 as vendas de cerveja alcançaram a média de R$ 23
bilhões, segundo o IBGE (2016). Conforme os dados do INNOVARE (2016), o consumo per capita médio de
cerveja no Brasil é de 82 litros/ano. Uma pesquisa realizada pelo IBOPE em Novembro de 2013, apontou que a
cerveja é a bebida preferida dos brasileiros para a comemoração, com 64% de preferência (SEBRAE, 2017).
Conforme se tem verificado uma clara mudança no comportamento de uma parcela dos consumidores de
cerveja nos últimos anos, os mesmos passaram a ser mais sofisticados, e tendo uma exigência maior quanto a
qualidade da bebida, sendo dispostos a pagar um preço acima do mercado convencional por produtos diferenciados,
o que se destaca as cervejas artesanais (MORADO,2009).
Por serem produzidas em pequenas escalas, as cervejas artesanais passam por um processo de fermentação
relativamente lento, tendo diferenciações quando comparada com as cervejas comerciais mais populares. A cerveja
artesanal tem como foco principal a qualidade do produto, levando em conta a qualidade dos seus ingredientes, que
são essenciais para um bom resultado final, tendo sua produção cuidadosamente elaborada conferindo o melhor
aroma e sabor à bebida. (KLEBAN e NICKERSON, 2012).
O mercado de cervejas especiais, aquelas que vão além do consagrado tipo Pilsen, ocupam ainda uma
pequena parcela do mercado nacional de cerveja, mas vêm sendo impulsionado por uma conjunção de fatores
(CERVBRASIL, 2013).
O abuso no consumo de cerveja pode trazer danos à saúde, ocasionado pelo alcoolismo, porém se
apreciada com moderação, pode ser benéfica, pois em sua composição apresenta vitaminas, fibras solúveis,
minerais e compostos fenólicos provindos do malte e do lúpulo. Devido a suas propriedades antioxidantes, a
adequação da cerveja em uma dieta, pode auxiliar na proteção contra doenças cardiovasculares. (MACIEL et al,
2013).
Pelo fato dos consumidores estarem sempre interessados em experimentar produtos diferenciados, os
fabricantes são estimulados a produzir e a disponibilizar inúmeras variações da bebida no mercado, buscando
sempre atender a tendência do mercado cervejeiro, sendo ela a segmentação. (SOARES, 2011).
Como o objetivo principal das empresas cervejeiras é obter a aceitação do produto por parte dos
consumidores, garantido o sucesso do produto no mercado competitivo, avaliar os fatores que influenciam tais
consumidores e estimulam o crescimento do mercado brasileiro de cervejas artesanais, tornam-se de extrema
importância, afimde saber como medir e interpretar as respostas dos seus consumidores em relação as
características sensoriais e não sensoriais deste produto. (HOPPERT et al., 2012).
O objetivo geral do trabalho é produzir uma cerveja artesanal do tipo Blonde Ale, atraindo o público alvo
determinado com uma mistura simples e de produto de qualidade.
Para alcançar o que foi proposto no objetivo geral do trabalho, foram determinados alguns objetivos
específicos, sendo eles:
• Produzir, de maneira artesanal, duas bateladas de cerveja Blonde Ale;
• Atingir os padrões de qualidade, utilizando ingredientes de primeira linha totalmente alinhados
aos procedimentos regulados pela receita;
• Garantir as características presentes em uma Blonde Ale, por exemplo, uma cerveja leve, de
aroma suave, aparência amarelo claro à dourado e colarinho branco de baixa média altura;

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.2 A CERVEJA ARTESANAL

Segundo a legislação brasileira (BRASIL,2009), define a cerveja como sendo a bebida obtida pela fermentação
alcoólica do mosto cervejeiro provindo de malte de cevada e água potável, por ação de levedura e com adição de
lúpulo. A cerveja artesanal tendo como diferença das cervejas industriais mais populares, a sua fermentação ser
relativamente lenta. (BREWERS ASSOCIATION, 2013).
A elaboração da cerveja artesanal tem como foco a qualidade do produto, que se da principalmente ao fato da
qualidade dos seus ingredientes, e que geralmente são elaboradas sem adjuntos, aditivos químicos, como
estabilizantes, corantes e aromatizantes. Adjuntos de fermentação são cereais não maltados, que são utilizados em
substituição de parte do malte para poder reduzir os custos de produção da cerveja. Essa utilização de adjuntos, é
uma prática congregada ao processamento das cervejas convencionais. (MORADO, 2009; KLEBAN e
NICKERSON, 2012).

2.3 CLASSIFICAÇÃO

Existem cervejas de diferentes estilos, os que fazem ser diferente uma das outras é pelo uso de matéria
prima, origem geográfica, além de variações de variáveis como o tempo, temperatura de cozimento, fermentação e
maturação. (SOARES, 2011).
A classificação mais adotada ultimamente é do jornalista britânico Michael Jackson (VIOTTI, 2012), que
de acordo com essa classificação, as cervejas se agrupam em três ramos principais, conforme o processo de
fermentação. Tendo a fermentação da cerveja tipo Lager baixa, o das cerveja tipo Ale, sendo alta, e já o das
cervejas de fermentação espontâneas, sendo raras e muitos especificas. As cervejas são divididas em duas
principais famílias, sendo elas a Lager e Ale, as quais se diferenciam pelo fermento utilizado. No processo
industrial as que são mais frequentemente utilizadas, são as Lager, já no processo artesanal, as preferidas são do
tipo Ale. (VIOTTI, 2012).
Pelo fato das Ale, serem produzidas desde a antiguidade,é constituída de cervejas de alta fermentação cuja
graduação alcoólica é geralmente mais elevada do que as das Lagers. Neste caso, as leveduras envolvidas são
Saccharomycescerevisiae. Esse tipo de fermentação deve ser conduzido sob temperaturas de 14 a 25ºC, e dá origem
a um produto de cor cobre - avermelhada, de sabor forte e gosto ácido (MORADO, 2009). Vários são os subgrupos
de cervejas pertencentes a esta família, os quais possuem origens diversas como as inglesas (Bitter, Porter, Pale
Ale); a irlandesa (Stout); as alemãs (Weizenbier, Altbier, Kölsch) e a belga (Trappist) considerada um estilo
diferencial de cerveja especial, pois se adiciona uma pequena quantia de levedura na garrafa, sofrendo assim uma
segunda maturação (VENTURINI FILHO e CEREDA, 2001).

2.4 MERCADO DE CERVEJA

Se tratando de consumo de bebidas alcoólicas, a cerveja está em primeiro lugar no ranking nacional, sendo
a bebida mais popular do mundo para adultos. (VIOTTI, 2012).
Segundo os dados da CERVBRASIL (2016), o Brasil produziu no ano de 2016 uma média de 14 bilhões
de litros de cerveja. Com este alto indicie do volume de produção, o país ocupa o terceiro lugar no ranking mundial
de produção de cerveja, ficando atrás apenas da China e dos Estados Unidos. Porém em relação ao consumo de
cerveja, o país ocupa o 27º lugar no ranking per capita, com a média brasileira de 82 litros/ano, em 2016.
Conforme o interesse do consumidor experimentar cervejas novas tendem a ser sempre em alta, isso acaba
impulsionando as ofertas dos produtos importados e do numero de micro-cervejarias, já que essa produção em
micro-escala já se manifesta no Brasil acompanhando assim as tendências existentes em outros países. (MORADO,
2009).
Por conta desta crescente demanda nacional, oferecendo aos brasileiros a opção de consumir produtos
cervejeiros exclusivos, podemos encontrar cervejas de vários tipos, texturas, aromas e sabores diferenciados no
mercado. E essas diversificações têm alcançado boa aceitação no mercado atualmente, fazendo com que o
crescimento deste segmento da indústria cervejeira represente em uma não concorrência direta com as grandes
marcas, pois as cervejas artesanais buscam atender a um nicho especifico formado por consumidores sofisticados e
dispostos a pagar preços acima do mercado convencional pelos produtos diferenciados. (CARVALHO, 2015).

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 MÉTODOS

A indústria cervejeira no Brasil tem atributos muito particulares e possuem uma função muito importante
na economia brasileira. Classificada uma das bebidas mais antigas do mundo iniciou-se a produção de cerveja no
Brasil por imigrantes, de maneira artesanal. Na atualidade a cerveja uma grande angariadora de impostos e
produz uma série de empregos pelo país a fora.
Iniciando os estudos a partir da teoria econômica, o artigo pretende expor de maneira clara e objetiva
como se apresenta uma indústria cervejeira no Brasil atualmente, reverenciando a sobrevivência de “pequenas
empresas” dentro do ramo a fim de esclarecer como a existência do produto diferenciado dessas pequenas
empresas cervejeiras locais que provocam as estratégias tradicionais de crescimento realizadas pela grande
indústria.
Estabelecendo-se inicialmente como uma pesquisa exploratória, desenvolvendo assim, algumas hipóteses.
Posteriormente, podemos ponderar a pesquisa como descritiva, já que este estudo intenciona descrever os fatos e
ocorrências de uma determinada realidade (TRIVIÑOS, 1987).
Os recursos utilizados nesta pesquisa sintetizam-se em artigos científicos, base de dados de ordens
governamentais como IBGE, livros usados como base que abordam o assunto, questionário respondido por
pessoas apreciadoras do tema em questão, além de trabalhos e pesquisas relacionadas.
Utilizará também artigos publicados de autores que abordam temas relacionados. Neste caso, o intuito é
analisar conforme o contexto a teoria econômica exibida nas etapas de produção da cerveja até chegar ao
consumidor final.
Para explanar a concentração na produção de cerveja artesanal, foram utilizadas as informações
arrecadadas nos sites de cervejarias analisadas.
Com o propósito de se realizar o objetivo inicial, o tipo de pesquisa empregada neste artigo é bibliográfico
com o intuito de apresentar as etapas de produção da cerveja artesanal como um todo e esclarecer conceitos
primordiais.

3.2 ANÁLISE SEGUNDO AS ESTRATÉGIAS GENÉRICAS DE PORTER

Porter escreve: "Estratégia competitiva é sinônimo de tomar atitudes ofensivas ou defensivas para criar
uma posição defensável em um setor, a fim de lidar com as cinco forças competitivas e, assim, obter um retorno
superior sobre o investimento." Embora admita que as empresas encontraram muitas formas diferentes de
concretizar isso, Porter insiste na existência de apenas três estratégias bem-sucedidas e internamente coerentes para
ter um desempenho superior ao das outras empresas. Essas estratégias genéricas são: Liderança Geral dos Custos,
Diferenciação e Foco.
Diante das três estratégias apresentadas acima e a análise das cinco forças competitivas de Porter, para o
plano de negócios da cerveja foi definido a utilização da estratégia Foco. A escolha desta estratégia foi baseada em
suas características percussoras que consiste em concentrar a atenção em um particular grupo de clientes, linhas de
produtos ou mercado geográfico, no caso, o publico consumidor de cerveja artesanal.

3.3 ANÁLISE SWOT

A Análise Swot se trata de um planejamento. O termo "SWOT" é um acrônimo das palavras strengths,
weaknesses, opportunities e threats que significam respectivamente: forças, fraquezas, oportunidades e ameaças,
mas é também conhecida como a sigla FOFA. Conceitualmente falando, a Análise SWOT se trata de uma
ferramenta estrutural da administração, que possui como principal finalidade avaliar os ambientes internos e
externos, formulando estratégias de negócios para a empresa com a finalidade de otimizar seu desempenho no
mercado.
A análise SWOT também é utilizada para identificar os pontos fortes e fracos de uma organização, assim
como as oportunidades e ameaças das quais a mesma está exposta. Essa ferramenta é geralmente aplicada durante o
planejamento estratégico, promovendo uma análise do cenário interno e externo, com o objetivo de compilar tudo
em uma matriz e assim facilitar a visualização das características que fazem parte da sigla. Sabe-se que a técnica foi
fundamentada por Kenneth Andrews e Roland Christensen, e tinha por objetivo auxiliar e aprimorar o
planejamento estratégico empresarial, que já vinha sendo bastante estimulado nas escolas tradicionais americanas
ao longo das décadas de 60 e 70.
Em consenso com a equipe, foi desenvolvida a análise SWOT do projeto da cerveja artesanal, conforme
demonstrado na tabela 1 abaixo:

Tabela 1 – Análise SWOT para concepção da empresa Fitz Roy Beer


FORÇAS FRAQUEZAS
PRODUÇÃO SOB ENCOMENDA MARCA NOVA NO MERCADO

INSTALAÇÃO EM REGIÃO CONSUMIDORA LOGISTICA EM DESENVOLVIMENTO

DIFERENCIAL SOB PRODUZIR POUCOS FORNECEDORES DE M.P

OFERECER DEGUSTAÇÃO (NICHO DE COMPETITIVIDADES DAS CERVEJAS


MERCADO) ARTESANAIS

OPORTUNIDADES AMEAÇAS
BUSCA DE CERVEJAS ESPECIAIS CONCORRENCIA NACIONAL E REGIONAL

EXCELENTE PERSPECTIVA DE MERCADO TRIBUTAÇÃO ALTA DO SETOR


CONSUMIDOR
LEI SOB A CONSUMAÇÃO ALCÓOLICA
POSSIBILIDADE DE AMPLIAÇÃO DA
EMPRESA
ECONOMIA NÃO SOLIDIFICADA NO PAÍS.
POSSIBILIDADE DE EXPANSÃO DO
MERCADO

Fonte: Autores, 2017

Portanto, a empresa poderá focar em suas forças e ameaças para conquistar o mercado escolhido, mas ao
mesmo tempo de modo efetivo, mitigar as suas fraquezas e ameaças, sendo mais pontual através desta análise.

3.4 AMOSTRA E COLETA DE DADOS

Para a realização da pesquisa, utilizou-se a ferramenta SURVEY MONKEY a fim de coletar a maior
quantidade de dados possíveis sobre o consumo de cerveja artesanal na região do vale do Paraíba. A amostra
selecionada para a aplicação do questionário foi realizada de maneira aleatória, utilizando como pré-requisito
apenas a idade mínima de 18 anos, com o intuito de conhecer melhor além dos consumidores de cerveja artesanal,
também os possíveis interessados em experimentar este novo produto.
A pesquisa foi realizada por meio de um aplicativo, no qual os entrevistados podiam responder a um
questionário semi-estruturado, ou seja, contendo perguntas abertas e fechadas, permitindo assim, respostas mais
específicas.
Resumo das questões apresentadas aos consumidores de cerveja artesanal:

3.5 RESULTADOS DA PESQUISA

A pesquisa foi realizada com uma amostra de 53 indivíduos, obtendo os seguintes resultados:
Contatou-se que a maioria dos consumidores têm dentre 26 a 35 anos, correspondendo à 52,83 % dos
entrevistados. Referente ao gênero, a maioria dos consumidores são do gênero masculino, com resultado
correspondente a 54,72%. A pesquisa mostrou que do público entrevistado 86,79% consome cerveja artesanal.
A frequência de consumo de cerveja artesanal demonstrada na pesquisa que prevaleceu foi de uma vez por
semana, com 86,79% da pesquisa.
A maioria dos entrevistados preferem consumir a cerveja artesanal entre amigos, com resultado de
pesquisa de 50,94%. A maioria, 60,38% dos entrevistados, costuma consumir a cerveja artesanal em casa
A renda mensal da maioria dos entrevistados é de 1 a 2 salários mínimos, correspondendo a 41,52% da
pesquisa. As cervejas leves são as preferidas dos consumidores, apresentando resultado de pesquisa de 50,94%.
O público de cervejas artesanais são consumidores que gostam de experimentar diversos sabores, não
possuindo assim uma cerveja definida.
Baseado nos resultados da pesquisa foi definido que se iria produzir a cerveja Blonde Ale, por se tratar de
uma bebida leve e ideal para os dias quentes de nome fantasia FITZ ROY em alusão a uma famosa montanha
localizada na patagônia.
Para elaboração do cronograma do projeto utilizamos do diagrama de Gantt conforme figura 1 como o
objetivo de demonstrar todas as tarefas evolvidas no projeto e consequentemente as suas datas de realização (início
– fim).

Figura 1 – Cronograma para concepção da cerveja artesanal do tipo Blonde Ale

Fonte: Autores, 2017

3.6 PROCESSO DE PRODUÇÃO DA CERVEJA ARTESANAL

A equipe foi dívida em níveis hierárquicos de acordo com a figura 1 com o objetivo de realizar com
excelência todas as etapas dos processos e auxiliar no gerenciamento das pessoas envolvidas em cada atividade.
Figura 2 – Organograma das funções operacionais da empresa Fitz Roy Beer

Fonte: Autores, 2017

Utilizou-se no processo de fabricação da presente cerveja artesanal as seguintes matérias-primas e


materiais/equipamentos conforme demonstrado na tabela 2:

Tabela 2 – Lista de insumos necessários para fabricação da cerveja Fitz Roy Beer

Fonte: Autores, 2017

Inicialmente foi realizada a esterilização de todos os equipamentos com álcool. Na primeira etapa do
processo 10 litros de água mineral foram aquecidos a temperatura de 77°C, paralelamente foi moída 500g de malte,
então foi realizado o processo de cozimento da base moída como o intuito de realizar a filtragem do malte.
Paralelo a etapa do cozimento foram aquecidos 10 litros de agua mineral a 77°C e posteriormente
realizado o processo de lavagem da base moída e retirada do bagaço.
Os 20 litros de liquido cervejeiro (mosto) foram fervidos durante 60min a temperatura de 77°C e
adicionados 40g de lúpulo Chinook e posteriormente resfriado a temperatura de 24°C e transferidos para um
recipiente de plástico (fermentador) contendo airlock impedindo a entrada de ar externo e liberando o CO2 gerado
pela ação da levedura e torneira para realizar o processo de envase.
Retiramos 250ml de mosto e adicionamos a levedura e iniciamos o processo de fermentação, na etapa primária da
fermentação adicionamos os 250ml ao recipiente de plástico (fermentador), onde o liquido cervejeiro é resfriado a
temperatura de 18°C em ambiente com pouca luminosidade durante 11 dias.
A fermentação secundária elevamos a temperatura para 22°C graus durante 5 dias e no processo de
maturação a frio diminuímos a temperatura do mosto para 0°C durante 5 dias. Conforme figura 2 foi realizado o
processo de envase.

Figura 3 - Fluxograma do processo de envase

Fonte: Autores, 2017

4. RESULTADOS E MELHORIAS
Foi direcionada grande parte do tempo para a produção e estruturação do plano de negócio da cerveja Fitz
Roy, etapa de grande importância para nortear os próximos passos da empresa como, decidir qual será a cara do público
alvo, qual estratégia a ser adotada para captá-los, qual tipo de cerveja será ideal para este conceito.
A primeira batelada produzida seria de 10 litros, uma vez que com a inexperiência da equipe optou-se
primeiramente em produzir uma quantidade reduzida a fim de evitar desperdícios de matéria-prima e mão-de-obra
desnecessária, na segunda batelada a equipe com certa experiência fabricaria teoricamente 20 litros, ressaltando a
importância de sempre cumprir os padrões de qualidade para obtenção de uma cerveja artesanal bem alinhada aos
padrões internacionais de uma Blonde Ale, em questões de: sabor, leveza, suavidade, coloração e colarinho.
Por outro lado sempre há o que melhorar, e na primeira batelada foi produzido um total de 8 litros
portanto foram 2 litros perdidos durante o processo e na segunda batelada produziu-se 15 litros com 5 litros de
perda, sendo assim ao unir os dois processos, obteve-se uma eficiência de 76,66 %.
Levando em consideração, em uma primeira fabricação obtiveram-se números satisfatórios em relação ao
que a banca avaliadora solicita no quesito qualidade, mas se a empresa deseja realmente entrar no mercado
competitivo de cervejas artesanais, a empresa deverá que melhorar o aproveitamento na tanto no processo de
fervura do mosto quanto na fermentação para reduzi-la então a porcentagem de perda.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conhecer como é o processo de fabricação de uma cerveja artesanal, por mais simples se considere ser, exigiu
muito esforço no quesito buscar as informações necessárias e certas, não somente quanto à fabricação em si, mas
também outros aspectos que não foram citados anteriormente, como a gestão de pessoas, esta foi uma tarefa difícil
de ser executada, onde foram muitas idéias a serem ouvidas e selecionadas para se chegar num organograma como
o que foi demonstrado na figura 2 e posteriormente se obter a excelência da equipe e liberar para o mercado uma
cerveja artesanal no padrão que a Fitz Roy Beer ficou é de grande satisfação e orgulho.
Pode-se perceber o quanto o mercado é amplo e estreito ao mesmo tempo, diversas oportunidades de
combinações para criação de um produto contra um mercado altamente competitivo. Durante esse período de
aprendizado, muitas questões foram levantadas, discutidas e até mesmo confrontadas entre os colaboradores da
empresa, mas tudo para decidir o que poderia ser mais apropriado para o público alvo do produto, garantindo ao
final um produto de alta qualidade.
Com isso, pode-se afirmar que, os objetivos propostos foram alcançados para atrair o público alvo
determinado, onde se resultou em uma cerveja similar às características do tipo Blonde Ale seguindo os padrões de
qualidade, utilizando os melhores equipamentos, matérias-primas e processos.
Infelizmente o quesito rendimento ficou a desejar uma vez que inexperiência prejudicou a fabricação da
cerveja, mas pode-se afirmar que fomos eficazes mas não eficientes, no qual se obteve uma cerveja de qualidade
mas com um rendimento até aceitável para iniciantes no mercado, uma vez que a demanda da empresa ainda é
baixa pois a mesma está se inserindo no mercado.
E mesmo se tratando de uma simulação de negócio, foi possível o entendimento do negócio por um todo,
portanto considera-se que este trabalho, por si, foi importante para a familiarização com o processo de fabricação
do produto em detalhes os quais os integrantes não tinham conhecimento, tendo sido, portanto, uma tarefa que
ampliou a visão e o respeito dos mesmos pela atividade de produção artesanal de cerveja.

REFERÊNCIAS

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Decreto no 6.871, 4 jun. 2009. Diáriooficial da União. Poder executivo, Brasília, DF, 4 jun. 2009.

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LuisAntonioMinim, Marco Aurélio Marques Ferreira e Moysés Nascimento.

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