Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Relações Internacionais
Ponta Delgada
Janeiro de 2013
i
MSRI_Construtivismo_a_Escola_de_Copenhaga_e_a_Securitização_V14JAN2K13PM2
ABREVIATURAS
Abreviaturas Descrição
CEPCR Centre for Peace and Conflict Research
COPRI Conflict and Peace Research Institute
CS/EC Copenhague School / Escola de Copenhaga (Copenhague)
CSS Center for Security Studies/ Centro de Estudos de Segurança
ETH Eidgenössische Technische Hochschule Zürich
EU/UE European Union/Union Européenne-União Europeia
ICT /TIC Information and Communications Technologies/Tecnologias de
Informação e Comunicação
IR/RI Relações Internacionais/International Relations
NGO/ONG Non Government Organizations/Organizações Não Governamentais
OSCE Organization for Security and co-operation in Europe/Organização
para Segurança e Cooperação na Europa
UN/NU United Nations/Nações Unidas
URSS União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
ii
Resumo
Os objetivos deste trabalho são três. O primeiro é de perceber quais as abordagens das
teorias de RI que melhor se adaptam ao estudo do campo da segurança internacional
com um interesse particular na, designada, Revolução da Informação. O segundo de
perceber o papel síntese da Escola de Copenhaga, por via da abordagem do
construtivismo social através do seu conceito de securitização, em particular no campo
da segurança internacional. O terceiro, o de explorar uma framework que permita fazer
a ponte entre uma abordagem das teorias de RI – que suportam a securitização
(nomeadamente, a construtivista, interpretativista e abrangente) – e a sua
implementação nos estudos do campo da segurança das RI – com especial interesse nos
reflexos do campo da segurança (da informação) – no dealbar do século XXI.
iii
MSRI_Construtivismo_a_Escola_de_Copenhaga_e_a_Securitização_V14JAN2K13PM2
Índice
ABREVIATURAS .......................................................................................................... ii
Índice ............................................................................................................................... 4
Introdução ....................................................................................................................... 5
Bibliografia .................................................................................................................... 14
ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES
ÍNDICE DE TABELAS
4
Introdução
"The study of security is a hard case for theories of IR. In recent academic scholarship,
‘constructivist thinking’ of the subject has risen to the challenge. It has, in effect,
become one of the dominant approaches for examining security practices." (Eriksson
& Giacomello, 2006)1
1
Ver pp. 221-244.
2
Idem pp. 223.
3
Em pp. 462.
4
By Myrim Dunn Calvety in Contemporary Security Studies (Oxford University Press 2012 25:
CyberSecurity pp.2 with the forthcoming in : Allan Collins (ed)
5
Ver pp. 2, 3.
6
Em pp. 228, citando (Lonsdale, 1999) – “Information Power: Strategy, Geopolitics, and the
Fifth Dimension,” Journal of Strategic Studies 22 (2-3): 137-57.
5
MSRI_Construtivismo_a_Escola_de_Copenhaga_e_a_Securitização_V14JAN2K13PM2
variation in security relations and policies across the world.7” (Eriksson & Giacomello,
2006)
7
Em pp. 228.
8
Ver pp. 228.
9
Ver pp. 467.
10
Ver pp. 472.
6
“A abordagem da identidade por parte da teoria crítica fundamenta-se em pressupostos
sobre o poder. Os teóricos críticos veem o poder como sendo exercido em cada
intercâmbio social, e há sempre um ator dominante nesses intercâmbios. Desmascarar
as relações de poder é uma grande parte da agenda substantiva da teoria crítica; o
construtivismo convencional, por outro lado, permanece ‘neutro analiticamente’ sobre
a questão das relações de poder (HOPF, 1998, pp. 185). (Duque, 2009)11
11
Ver idem, citado por Duque.
12
cf. Buzan, Barry; Waever, Ole e de Wilde, Jaap (1998), Security: a New Framework for
Analysis, Boulder CO: Lynne Rienner, cited by Balzacq, Thierry in pp.8.
13
Ver pp. 475.
7
MSRI_Construtivismo_a_Escola_de_Copenhaga_e_a_Securitização_V14JAN2K13PM2
IS MO ES t
ÇÕ end
A
N AL ST C O
A R I
VA ron e
W
IO T IVI N a
C U S - S F e
RA
CIO RA NS
TR PÓ ER- TR
NA C O -
ER - MO STA
D UT VARIAÇÕES
LIS T
IN ETA NI
IVI Hopf
TA
PR STA CRÍT
ICA SM
V I A L C R O
IN REL OSITIVISTA IO N ÍTI
C
TE NC AB A
RN AÇÕ
P
VE E
AC ES CO
N
TR R AN C/C
A
IO Ç A LDIC
IO
GE S
NA N
RA ION N
A NA NT
IS SEG AC ZA
U L IST E
N U A
T ER do) B
IN gun
(se
8
not considered the informational revolution at all.” (Eriksson & Giacomello, 2006)14, como se
abordará a seguir), havendo vários setores já estabelecidos: militar, político, económico
(e corporativo transnacional), societal (não confundir com segurança ligada ao bem
estar social), e ambiental, havendo no entanto alguns autores que se referem, também,
ao religioso. De seguida será abordado o conceito de securitização proposto pela EC e
que constituiu, na altura, uma peça fundamental na assunção da mesma como referência
nuclear nos estudos do campo de segurança da disciplina de RI.
Operacionalizações da Securitização
Isto pode ser definido como um ‘ato pragmático’, porque dá mais atenção ao
contexto em que a securitização acontece, tendo em conta o estado dos oradores, e
atende aos efeitos que as declarações de segurança provocam na audiência, mais do que
o modelo da EC. Neste modelo sociológico, a securitização não conduz
necessariamente à adoção de medidas excecionais. O contraponto entre esta estratégia e
a visão do ato da fala, paraleliza a diferença entre os ‘pragmáticos’ e os ‘pragmáticos
universais’. Os primeiros lidam com a usabilidade da linguagem, incluindo a sua
policromia para atingirem os fins em vista. Os segundos, ao contrário, estão,
primeiramente, preocupados com os princípios fundamentais e as regras subjacentes à
ação comunicacional17. Se as regras não forem seguidas, a ação comunicacional é
distorcida, e assim o mecanismo não será bem sucedido. O cerne da questão não será
propriamente se o discurso “faz” coisas (no sentido da consequência), mas em vez
disso, sob que condições o conteúdo social e o entendimento da segurança produz
ameaças (i.e., se é mesmo consequente ou tem efeito). Esta abordagem mostra-nos os
benefícios de conceber a securitização em sentido pragmático. O conceito de segurança
como ato pragmático (baseado em um modelo sociológico de securitização) pode ser
definido em três níveis intrinsecamente relacionados mas distintos, a saber: ao nível do
agente, ao nível do ato e, ao nível do contexto.
CONSTITUENT Remarks
ANALYTICS
Power positions Attributes, beliefs, desires, or principles of action; the
Agent Personal and social social identity; the nature of target audience, and the main
identities opponents or alternative voices within the relevant social
Target audience(s) field, etc.
Levels
16
Ver pp.18.
17
Citado por Balzacq pp. 18 Habermas, J. (1984). The Thoery of communicative Action (Vol. 1). Boston:
Beacon Press.
18 VER pp. 22.
11
MSRI_Construtivismo_a_Escola_de_Copenhaga_e_a_Securitização_V14JAN2K13PM2
anulando as dicotomias. Cada interseção entre os dois eixos indica formas diferentes de
fixar o processo da ação discursiva, a qual será empírica, no limite. Apesar de nos
podermos confinar a um âmbito de procura, quer à singularidade de qualquer um dos
quadrantes ou interceção, devermos para um, cada vez, mais, credível estudo de
securitização, procurar indagar uma resposta em ambas as três dimensões: ‘como’,
‘quem’ e ‘o quê’. Estas, quando inclusas em contextos definidos (i.e., ‘quando’ e
‘onde’), confrontam a principal preocupação de qualquer analista em securitização:
entender como estruturar a política a partir de uma imagem de ameaça. Com este fim, o
estudo dos discursos de segurança devem inicialmente identificar o assunto em
referência como uma ameaça. Três critérios, cada qual por si autossuficiente, e de
importância operacional: (1) O assunto deverá ser alvo de uma ação parlamentar; (2)
deverá ser alvo de atenção pública ou debate; ou (3) o assunto deverá ser alvo de
atividades relacionadas com a opinião pública ou ações políticas e/ou legais.
Context
Policy tools
Frames
Functional Aspects Action-types
Storylines
Heuristic artefacts
How
Horizontal axis
Nature of the
Map of the world
Ontological Aspects agents involved
offered
Power positions
Who What
Semiotics Pragmatics
Horizontal axis
19
Ilustração 2 – Análise de Securitização em contexto, retirado de (Balzacq, 2010)
19
VER pp. 26.
12
developments and to explain the changes to international politics induced by the
information revolution” (Dunn, 2002)20, e a corrente abrangente trabalhou para
encontrar um compromisso, entre as ortodoxias teóricas (críticas, pós modernistas) e as
necessidades empíricas dos estados e das organizações transnacionais que lidam com os
problemas da segurança e que têm de procurar respostas concretas para os mesmos no
mundo globalizado em que vivemos.
Conclusões
“[…] there are two interrelated problems in past efforts at understanding security in
the digital age. First, theory and practice on this matter are so distant that they
hardly ever inform each other. Second, existing IR theories are plagued by an
entrenched dualism, implying great difficulties for theoretical adaptation and
application in analyses of the complexities of the emerging new digital world.21”
(Eriksson & Giacomello, 2006)
Este trabalho permitiu constatar que existem, pelo menos, dois problemas
estruturais no estudo da securitização. O primeiro consiste em definir uma base teórica
consistente em que possa assentar os estudos de securitização aplicados quer em geral à
disciplina de IR, quer em particular ao campo da segurança. Assim, será necessário
prosseguir o trabalho científico de estruturação dos fundamentos teóricos da
securitização. A escola que parece endereçar melhor o problema é a do construtivismo
social na sua abordagem CONSTRUTIVISTA INTERPRETATIVISTA
ABRANGENTE, faltando ainda, resolver alguns problemas de base ontológica e
epistemológica, relacionados com a fundamentação teórica do conceito e outros de
significado concetual, metodológico e de implicações empíricas, como:
“What kind of audience(s) matter(s), in what context(s)? What are the respective
power of securitizing agents (media, political elites, think tanks, etc.)? How do we
weight the respective heuristic artefacts of securitization (emotions, storylines,
metaphors, pictures, policy tools)? What are the condition of possibility for
desecuritization?22” (Balzacq, 2010).
20
Ver Preface.
21
Ver pp. 22.
22
Ver pp. 28.
13
MSRI_Construtivismo_a_Escola_de_Copenhaga_e_a_Securitização_V14JAN2K13PM2
Bibliografia
Balzacq, T. (2010). Construtivism and Securitization Studies. In Handbook of Security Studies (p.
8). London: Routedge.
Cavelty, M. D., & Brunner, E. M. (2007). Introduction: Information, Power, and Security – An
Outline of Debates and Implications. In M. D. Cavelty, & E. M. Brunner, ”Power and security in
the information age” (pp. 2, 3). Hampshire:: Ashgate Publishing.
Dunn, M. (2002). Information Age Conflicts - A study of the Information Revolution and a
Changing Operation Environment. (K. R. Spillmann, & A. Wenger, Eds.) Zürcher Beiträge , 64, p.
Preface.
Eriksson, J., & Giacomello, G. (2006, Jul). The Information Revolution, Security, and
International Relations: (IR) Relevant Theory? International Political Science Review , Vol. 17,
No. 3, pp. 221-244.
Habermas, J. (1984). The Thoery of communicative Action (Vol. 1). Boston: Beacon Press.
23
Ver pp. 27.
14