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Para o/a educador/a de infância elaborar os objectivos

individuais é preciso:
Ler bem a 1) ficha"avaliação do educador de infância feita pelo
PCE"; 2) ficha de avaliação do educador de infância a efectuar
pelo coordenador de departameento; 3) projecto educativo do
agrupamento ou projecto educativo do jardim-de-infânca; 4)
Plano Anual de Actividades.
Da leitura da ficha "avaliação do educador de infância feita pelo
PCE" ressaltam várias incoerências e erros graves de natureza
pedagógica:

O item "cumprimento do serviço na componente não lectiva"


revela bem a concepção errada que o ME tem da educação pré-
escolar. A LBSE chama-lhe "educação pré-escolar" porque
entende e bem que a educação das crianças com menos de 6
anos de idade não é escolar. O ME quer escolarizar a educação
de infância, daí a sua preocupação com questões irrelevantes
para a educação de infância como: abandono escolar,
componente lectiva e componente não lectiva. Na educação de
infância, não existe uma componente lectiva separada de uma
componente não lectiva. Todas as componentes devem ser não
lectivas. Ao não perceber isto, o ME está a induzir os/as
educadores (as) de infância na promoção de práticas erradas.
Esta questão não é irrelevante porque é o bem-estar e o
desenvolvimento cognitivo, afectivo e social equilibrado das
crianças que podem estar em causa.

O item "melhoria dos resultados escolares dos alunos e redução


das taxas de abandono escolar tendo em conta o contexto
socioeducativo" constitui mais uma prova do que disse atrás. O
ME está obsecado com os resultados escolares e não entende
que é um enorme disparate falar em resultados escolares na
educação pré-escolar. Na educação pré-escolar, deve falar-se,
isso sim, em promoção do bem-estar das crianças e em
desenvolvimento cognitivo, afectivo e social.

O item "melhoria dos resultados escolares dos alunos ‐


contributo do docente e cumprimento dos objectivos individuais"
consitui mais uma evidência do carácter completamente
disparatado desta ficha.

O item "redução do abandono escolar ‐ contributo do docente e


cumprimento dos respectivos objectivos individuais" volta à
carga com o mesmo disparate. É evidente que não se pode falar
em abandono escolar quando uma criança deixa de frequentar
um determinado programa de educação pré-escolar, pela
simples razão de que os programas de educação pré-escolar não
são programas escolares.
Estou a tentar elaborar os objectivos individuais do/a
educador/a de infância mas, perante tantos disparates, não vai
ser fácil.

objectivos individuais arrevesados

Os tecnoburocratas têm horror à simplicidade

Fui lendo as grelhas que foste colocando, por aqui, recebidas de


várias escolas, e percebi que havia descritores em que um
simples advérbio, ou até mesmo uma partícula de ligação entre
partes de frase podia fazer a diferença e tornar um qualquer
descritor numa etapa de difícil alcance.

Outro aspecto, destes instrumentos, que me anda a "fazer


cócegas" é a história dos objectivos individuais.

Parece-me, a mim, que não fiz nenhum curso "nestas ciências"


e que:

1 - no que diz respeito à diminuição do insucesso escolar,e


tendo em conta, por ex, uma redução 1,5% definida pela escola
para toda a comunidade educativa, eu não tenho que definir,
como objectivo individual, a redução de 1,5%. Eu tenho que me
propor realizar "n" acções, tais como, fazer x fichas e/ou
questionar oralmente y vezes os alunos com insucesso, pedir-
lhes z TPC, etc. Tenho que fazer isto e registar tudo. Se apesar
de todos os esforços, o insucesso não diminui, apesar de eu ter
trabalhado para isso, não posso ser penalizada. O objectivo que
me propus foi conseguido.

2 - para o abandono passa-se o mesmo. Se um aluno não


comparece na aula, eu tenho que me propor informar
diariamente o DT e um elemento de um qualquer projecto de
apoio que exista na escola, como por exemplo "o escolhas". Não
é minha função ir buscar a criança a casa. Não posso, por isso,
propor-me reduzir em qualquer coisa por cento o abandono.

3 - para os outros objectivos individuais, esta metodologia deve


ser repetida. Por exemplo, na ligação à comunidade: para uma
qualquer acção que faça, comprometo-me a convidar a
comunidade educativa, ou pais, ou junta de freguesis, ou
autarquia, dependendo da acção. Por exemplo, para uma feira
do livro convidam-se os pais a estar presentes através de uma
folha informativa, o mesmo pode acontecer para um torneio
desportivo, para uma acção sobre alimentação, etc. Vieram?
Óptimo! Não vieram? Eu cumpri o meu objectivo.

Eu só posso cumprir objectivos individuais que sejam da minha


inteira responsabilidade. Não me posso responsabilizar pela
falta de resposta, dos outros, às minhas acções, desde que eu
prove ter feito a minha parte.

Não sei se me expliquei bem. Parece-me que há uma enorme


confusão nestas definições e todas com prejuízo para nós. E é
isso que esta gente quer. Se conseguirmos provar a nós
próprios que somos maus damos-lhes toda a razão. E o que
estamos a construir estamos a fazê-lo para nosso próprio
desprestígio

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