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Estudo de Caso

Mesialização do segmento posterior inferior mediante o auxílio de cursores: relato de


um caso clínico

MESIALIZAÇÃO DO SEGMENTO POSTERIOR


INFERIOR MEDIANTE O AUXÍLIO DE CURSORES:
RELATO DE UM CASO CLÍNICO
Mesial movement of posterior lower segment using Sliding Jig: a case
report
Edson Minoru YAMATE1, Tassiana Mesquita SIMÃO2, Adriana Aparecida CREPALDI3,
Carolina MATTAR4, Bruna LORENA5, Fernando dos Santos ROCHA6
RESUMO
A utilização de métodos alternativos através de dispositivos auxiliares norteia o clínico na
aplicabilidade durante o tratamento, sendo estes métodos não necessariamente novos. O
Cursor é um dispositivo de baixo custo, fácil confecção e que o paciente aceite facilmente.
Este aparato pode ser utilizado em movimentações dentárias utilizando o arco antagonista
com ancoragem, dentre as quais a distalização de molares, retração de molares e pré-
molares, entre outros. O arco antagonista deve ser preparado para o fim de minimizar os
efeitos colaterais da utilização dos elásticos intermaxilares. O paciente deve colaborar
para que o sucesso do tratamento seja almejado.
Palavras-chave: Sliding Jig. Mesialização.
ABSTRACT
The use of alternative techniques by means of auxiliary appliances guides the clinical
applicability for treatment, although these methods are not usually new. The Sliding Jig is
a low-cost device, easy to make and it is easily accepted to the patient. This appliance
can be used to movement the teeth using the antagonist arch to give the anchorage. It is
used to distalization the molar, to retraction molar and premolar, among others. The
antagonist arch should be used to minimize the side effects of the use of intermaxillary
elastics. The patient must collaborate for the success of treatment is.
Key Words: Sliding Jig, mesial movement.

1 Mestre em Ortodontia pela São Leopoldo Mandic; Coordenador e Professor dos cursos de especialização em
Ortodontia UNINGÁ TO, FAISA e IPEODONTO.
2 Mestre e Doutora em Ortodontia, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo; Research

Fellowship em Ortodontia, Universidade de Toronto, Canadá; Professora do Curso de Especialização em


Ortodontia, UFG- Goiânia; Filiada a World Federation of Orthodontists e American Association of Orthodontists;
Revisora da Revista American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics.
3 Mestre em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo; Especialista em

Odontopediatria Bauru-SP; Coordenadora e Professora dos cursos de especialização em Ortodontia UNINGÁ TO,
MS.
4 Especialista em Ortodontia pela UNIC-MT; Professor dos cursos de especialização em Ortodontia FAISA-MT e

IPEODONTO.
5 Especialista em Ortodontia pelo IPEODONTO- UNICEM-MT; Professor dos cursos de especialização em

Ortodontia FAISA-MT e IPEODONTO.


6 Aluno do curso de especialização em Ortodontia pelo IPEODONTO- FQM-MT

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REVISTA FAIPE, v. 2, n. 1, jan./jun. 2012
Estudo de Caso
Mesialização do segmento posterior inferior mediante o auxílio de cursores: relato de
um caso clínico

INTRODUÇÃO
A utilização dos cursores não é necessariamente novo na ortodontia, porém o
clínico não o aplica na rotina clínica. Por ser um dispositivo de baixo custo, de fácil
confecção, ter várias funções e não causar desconforto ao paciente poderia ser bem mais
utilizado na rotina clínica. Ao correto preparo e utilização do arco antagonista pode lançar
mão no uso para correção da Classe II dentária suave através da distalização dos molares,
correção da Classe III suave, sendo pela distalização ou verticalização dos molares
inferiores, mesialização dos molares e pré-molares inferiores nos casos de diastemas,
recuperador de espaço através da mesialização indesejada dos molares.
O presente trabalho tem como objetivo apresentar um caso clínico utilizando o
cursor como dispositivo auxiliar para mesialização dos molares e pré-molares inferiores.

REVISÃO DE LITERATURA
A correção da relação inter-arcos pode ser realizados com vários dispositivos
auxiliares conjugados com a aparelhagem fixa viabilizando e melhorando a mecânica
empregada, podemos citar o Pendulo, o Pendex, Distal Jet, etc.
A utilização desse dispositivo requer um maior controle durante a movimentação
ortodôntica para que os resultados não sejam comprometidos. Hilgers (1992) propôs uma
ancoragem com botão de Nance após a remoção dos distalizadores, esta preocupação é
observada em quase todos os trabalhos sobre distalizadores intrabucais. A fase crítica é na
retração dos pré-molares, que é feita após a ancoragem dos molares, feita com elástico
em cadeia (corrente), ocasionando uma força mesial na coronária dos molares gerando
uma perda de ancoragem.
No intuito de anular o efeito de mesialização dos molares e não comprometer os
resultados obtidos o Cursor promove um efeito de ancoragem devido ao uso dos elásticos
intermaxilares.
Byloff et al. (1997) avaliaram os efeitos do pêndulo confirmaram a presença do
“efeito rebote”, em que houve mesialização dos pré-molares de ancoragem seguido de
vestibularização dos incisivos.
Com o objetivo de diluir o efeito rebote o Cursor aparece com uma alternativa
altamente viável.

O CURSOR
O Cursor é um dispositivo confeccionado com fio de aço retangular de
0,018”x0,025”. Constituído por um loop em que na extremidade próxima a este loop possui
um gancho, a outra extremidade se encaixa no tubo auxiliar do tubo triplo (Figura 10).

PREPARAÇÃO DA ARCADA ANTAGONISTA


A preparação da arcada antagonista é de suma importância na utilização do Cursor,
cujo objetivo é diluir os efeitos verticais anteroposteriores que os elásticos intermaxilares
podem causar. O arco de ancoragem deve ser alinhado e receber um fio rígido, permitindo
a confecção de dobras ou torções que possam evitar os efeitos colaterais.
Outro fator importante é quanto ao número de elementos dentários envolvidos no
tratamento, os segundos molares devem ser incluídos sempre que possível no tratamento,
a fim de aumentar a unidade de ancoragem e diminuir a tendência de mesialização.
O Clínico pode avaliar a necessidade de um aumento de ancoragem, podendo
utilizar um acessório tais como: uma barra palatina (arco superior) e arco lingual (Inferior).

CASO CLÍNICO
O paciente V. L. V. com idade de 11 anos e 02 meses, leucoderma, nos procurou em
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nossa clínica relatando as seguintes queixas, os dentes superiores estavam pra frente e
separados. Após a avaliação clínica foi constatado que o paciente numa análise frontal
apresentava uma simetria facial com uma dificuldade em selar os lábios que encontravam
ressecados, característico de respirador bucal. Em norma lateral verificou-se uma retrusão
mandibular com o ângulo nasolabial normal com tendência a aberto, não apresenta um
sorriso gengivoso (Figuras 1, 2 e 3).
A análise intra-bucal do paciente encontra-se na fase de dentadura mista, com
relação molar de Classe II 1ª divisão, com sobremordida profunda, diastema entre os
incisivos superiores (Figura 7). A curva de Spee apresentava acentuada, os incisivos
superiores encontravam-se acentuadamente retruídos e lingualizados em relação à base
óssea, os inferiores acentuadamente protruídos e vestibularizados (Figura 8).

Figura 1 Figura 2 Figura 3

Figura 4 Figura 5 Figura 6

Figura 7 Figura 8

O plano de tratamento utilizado foi uma expansão dentária do arco superior com
arco em “W” de Porter a fim de aumentar o perímetro do arco; a aparelhagem fixa na
técnica do arco contínuo, prescrição Roth slot .022. Foi feito o alinhamento e nivelamento

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dos dentes.
O Cursor deve ser utilizado quando o arco antagonista atingir o fio retangular, pois
o mesmo permite dobras e torques (Figuras 9, 10 e 11). O arco superior utiliza fio aço 020
com ômegas na mesial dos tubos dos molares superiores, com o objetivo de impedir a
distalização dos molares superiores, o cursor encaixado no tubo auxiliar do tubo triplo. O
elástico intermaxilar é a parte ativa fazendo com que os dentes inferiores posteriores
mesializem, fechando os diastemas.
O objetivo principal do tratamento é melhorar a Classe II mediante a mesialização
dos dentes posteriores inferiores, levando numa melhora no perfil lateral, para isso ser
propício devem-se vestibularizar os incisivos superiores e corrigir a curva de Spee.

Figura 9 Figura 10 Figura 11

Após almejar os procedimentos executados, retiramos o cursor dando sequência na


finalização do tratamento (Figuras 12, 13 e 14).

Figura 12 Figura 13 Figura 14

CONCLUSÃO
O Cursor apresenta-se eficaz na prática clínica, podendo ser utilizado em diversas
mecânicas, com baixo custo, fácil confecção e sendo bem tolerado pelo paciente. O arco
antagonista deve ser bem preparado para suprimir os efeitos colaterais do elástico
intermaxilar, e é imprescindível que o paciente tem que estar bem motivado, pois este
dispositivo depende da sua colaboração, se não haverá um comprometimento do
tratamento.

DELAIRE, J. Confection du masque orthopedic.


REFERÊNCIAS Rev Stomat, v. 72, p. 579-84, 1971.

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CETLIN, N. M.; HOEVE, A. T. Nonextraction nonextraction treatment. J Clin Orthod, v. 19,
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TWEED, C.H. Clinical Orthodontics. St. Louis:
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Mosby, 1966. v. 1. Contato:


EDSON MINORU YAMATE
Av. das Flores, 75 Bairro Jardim Cuiabá
CEP 78.045-350 Cuiabá, MT
Fone: (65) 3624-7544
E-mail :yamate@terra.com.br

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