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1 Mestre em Ortodontia pela São Leopoldo Mandic; Coordenador e Professor dos cursos de especialização em
Ortodontia UNINGÁ TO, FAISA e IPEODONTO.
2 Mestre e Doutora em Ortodontia, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo; Research
Odontopediatria Bauru-SP; Coordenadora e Professora dos cursos de especialização em Ortodontia UNINGÁ TO,
MS.
4 Especialista em Ortodontia pela UNIC-MT; Professor dos cursos de especialização em Ortodontia FAISA-MT e
IPEODONTO.
5 Especialista em Ortodontia pelo IPEODONTO- UNICEM-MT; Professor dos cursos de especialização em
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REVISTA FAIPE, v. 2, n. 1, jan./jun. 2012
Estudo de Caso
Mesialização do segmento posterior inferior mediante o auxílio de cursores: relato de
um caso clínico
INTRODUÇÃO
A utilização dos cursores não é necessariamente novo na ortodontia, porém o
clínico não o aplica na rotina clínica. Por ser um dispositivo de baixo custo, de fácil
confecção, ter várias funções e não causar desconforto ao paciente poderia ser bem mais
utilizado na rotina clínica. Ao correto preparo e utilização do arco antagonista pode lançar
mão no uso para correção da Classe II dentária suave através da distalização dos molares,
correção da Classe III suave, sendo pela distalização ou verticalização dos molares
inferiores, mesialização dos molares e pré-molares inferiores nos casos de diastemas,
recuperador de espaço através da mesialização indesejada dos molares.
O presente trabalho tem como objetivo apresentar um caso clínico utilizando o
cursor como dispositivo auxiliar para mesialização dos molares e pré-molares inferiores.
REVISÃO DE LITERATURA
A correção da relação inter-arcos pode ser realizados com vários dispositivos
auxiliares conjugados com a aparelhagem fixa viabilizando e melhorando a mecânica
empregada, podemos citar o Pendulo, o Pendex, Distal Jet, etc.
A utilização desse dispositivo requer um maior controle durante a movimentação
ortodôntica para que os resultados não sejam comprometidos. Hilgers (1992) propôs uma
ancoragem com botão de Nance após a remoção dos distalizadores, esta preocupação é
observada em quase todos os trabalhos sobre distalizadores intrabucais. A fase crítica é na
retração dos pré-molares, que é feita após a ancoragem dos molares, feita com elástico
em cadeia (corrente), ocasionando uma força mesial na coronária dos molares gerando
uma perda de ancoragem.
No intuito de anular o efeito de mesialização dos molares e não comprometer os
resultados obtidos o Cursor promove um efeito de ancoragem devido ao uso dos elásticos
intermaxilares.
Byloff et al. (1997) avaliaram os efeitos do pêndulo confirmaram a presença do
“efeito rebote”, em que houve mesialização dos pré-molares de ancoragem seguido de
vestibularização dos incisivos.
Com o objetivo de diluir o efeito rebote o Cursor aparece com uma alternativa
altamente viável.
O CURSOR
O Cursor é um dispositivo confeccionado com fio de aço retangular de
0,018”x0,025”. Constituído por um loop em que na extremidade próxima a este loop possui
um gancho, a outra extremidade se encaixa no tubo auxiliar do tubo triplo (Figura 10).
CASO CLÍNICO
O paciente V. L. V. com idade de 11 anos e 02 meses, leucoderma, nos procurou em
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um caso clínico
nossa clínica relatando as seguintes queixas, os dentes superiores estavam pra frente e
separados. Após a avaliação clínica foi constatado que o paciente numa análise frontal
apresentava uma simetria facial com uma dificuldade em selar os lábios que encontravam
ressecados, característico de respirador bucal. Em norma lateral verificou-se uma retrusão
mandibular com o ângulo nasolabial normal com tendência a aberto, não apresenta um
sorriso gengivoso (Figuras 1, 2 e 3).
A análise intra-bucal do paciente encontra-se na fase de dentadura mista, com
relação molar de Classe II 1ª divisão, com sobremordida profunda, diastema entre os
incisivos superiores (Figura 7). A curva de Spee apresentava acentuada, os incisivos
superiores encontravam-se acentuadamente retruídos e lingualizados em relação à base
óssea, os inferiores acentuadamente protruídos e vestibularizados (Figura 8).
Figura 7 Figura 8
O plano de tratamento utilizado foi uma expansão dentária do arco superior com
arco em “W” de Porter a fim de aumentar o perímetro do arco; a aparelhagem fixa na
técnica do arco contínuo, prescrição Roth slot .022. Foi feito o alinhamento e nivelamento
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dos dentes.
O Cursor deve ser utilizado quando o arco antagonista atingir o fio retangular, pois
o mesmo permite dobras e torques (Figuras 9, 10 e 11). O arco superior utiliza fio aço 020
com ômegas na mesial dos tubos dos molares superiores, com o objetivo de impedir a
distalização dos molares superiores, o cursor encaixado no tubo auxiliar do tubo triplo. O
elástico intermaxilar é a parte ativa fazendo com que os dentes inferiores posteriores
mesializem, fechando os diastemas.
O objetivo principal do tratamento é melhorar a Classe II mediante a mesialização
dos dentes posteriores inferiores, levando numa melhora no perfil lateral, para isso ser
propício devem-se vestibularizar os incisivos superiores e corrigir a curva de Spee.
CONCLUSÃO
O Cursor apresenta-se eficaz na prática clínica, podendo ser utilizado em diversas
mecânicas, com baixo custo, fácil confecção e sendo bem tolerado pelo paciente. O arco
antagonista deve ser bem preparado para suprimir os efeitos colaterais do elástico
intermaxilar, e é imprescindível que o paciente tem que estar bem motivado, pois este
dispositivo depende da sua colaboração, se não haverá um comprometimento do
tratamento.
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