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(Enéas Tognini)
Capítulo 1 – História de Israel
O berço da civilização primitiva, segundo a Bíblia e hoje comprovado por estudos, foi o
Vale da Mesopotâmia, sendo o mais antigo dos povos dos quais recebemos influência
os Sumérios. Eles dominavam a matemática, agricultura, inventaram canais de
irrigação, carros de guerra, entre muitas outras coisas. Dominavam a cultura. Também
existiam nesse Vale os Acadianos, que tinham grande poder bélico. Então surgiu uma
nova civilização, denominada Acádio-sumeriana. Uma parte deles deram origem à
Caldéia, cuja capital era Babilônia. E ao sul da Babilônia ficava Ur dos Caldeus, cidade
de educação adiantadíssima e berço natal do Patriarca Abraão. Dali, Abraão partiu
para Harã, depois à Canaã, desce ao Egito e volta para Canaã.
Outra civilização importante é a Egípcia. Antes dos Faraós, não há nenhum dado sobre
a história do Egito. José entrou no Egito na vigência dos Hiksos. Após a expulsão dos
Hiksos, os Hebreus foram muito maltratados e só se tornaram livres com Moisés. Os
Egípcios eram politeístas. Era uma civilização muito adiantada e desenvolvida.
Sucessos Bíblicos: De Abraão à Moisés, Período da Conquista (da Queda dos muros de
Jericó até a morte do filho de Num), Período dos Juízes (de Otniel à Samuel), Reino
Unido (de Saul à Salomão), Reino Dividido (do Norte, Israel, e do Sul, Judá), Cativeiro
Assírio (os filhos de Israel foram levados durante o reinado de Oséias), Cativeiro
Babilônico, Restauração (sob Ciro, os Judeus voltaram à Jerusalém). Jesus nasceu
durante o domínio dos Romanos. Com a destruição de Jerusalém no ano 70 a.C., o
Estado termina.
É um período de 400 anos que se deu entre o Antigo e o Novo Testamento, no qual
Deus se calou e não houveram Revelações Bíblicas. Foi um período proposital onde
Deus deixou que o homem vivesse por seus próprios esforços e fracassasse.
As fontes de informações sobre esse Período são a Bíblia, que pouco informa, Flávio
Josefo, grande historiador e os Livros Apócrifos, livros não canônicos rejeitados pelos
judeus e Protestantes.
Colocam grande parte dos Apócrifos entre 100 a.C. e 130 a.C e para cada livro são
apontados dezenas de locais onde foram escritos. Seu autores também são supostos e
não verdadeiros. Eles foram escritos em um período onde a profecia emudeceu.
São vários os Livros Apócrifos. No AT, eles se dividem em três grupos: Históricos,
Didáticos e Apocalípticos. A Igreja Romana aceita somente Judite, Tobias, Acréscimos a
Ester, Livro de Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, Acréscimos a Daniel, 1 e 2 Macabeus.
No NT são 22 livros Apócrifos, mas que são rejeitados até pela Igreja Romana. Para os
protestantes, servem apenas como auxílio no estudo.
Após o Reinado de Salomão, o Reio de Israel se dividiu entre Norte e Sul. O Reio do
Norte se afastou de Deus para seguir sua idolatria. Com isso, em 722 a.C. foram
dispersados pelos assírios por terras estranhas. Os Assírios ficaram em Samaria, dando
em resultado um povo estranho aos judeus. O povo do Sul se manteve fiel a Deus.
Nesse mesmo período, outras nações se desenvolveram. A Assíria estava abatida e sua
capital completamente destruída. Média foi o mais notável, dominavam os Persas,
depois se fundiram e reserva grandes surpresas para o mundo. Egito, que em 568 a.C.
se tornou colônia Persa. Grécia tem uma das histórias mais fascinantes que
conhecemos. Roma não teve ligação direta com o Oriente, mantendo-se isolada. Lídia,
em seu apogeu, disputava glória com Média. Em 587, Babilônia, embelezada, tinha
confusão religiosa, inquietação e Belsazar Regente.
A Média fica no majestoso Planalto do Irã e a Pérsia a oeste do Golfo Pérsico, ao sul de
Média. Ciro guerreou contra Média, Lídia e Babilônia e as conquistou. Deus havia
predito alguns feitos de Ciro e a sua ascensão foi cumprimento da vontade de Deus,
para libertar o restante de Judá.
Deus conseguiu no período do Cativeiro vitórias sobre seu povo: Idolatria destruída
(hoje um judeu faz tudo, menos dobrar seus joelhos a um ídolo), a Lei de Moisés
respeitada (os judeus perceberam o quanto estavam longe de Deus), Inauguração do
Culto Público (em todo lugar que existe um núcleo de judeus, haviam as Sinagogas. Foi
preparação para a vinda de Cristo), Reverdecimento da Esperança Messiânica
(passaram a esperar o Messias, antes como Libertador e Redentor de Israel e hoje
como Restaurador), Pronunciado Nacionalismo (doutrinas, costumes e língua que,
após o exílio, passou a ser o aramaico).
Os sucessos principais do mundo Ocidental foram Grécia e Roma.
A Grécia divide-se em duas partes: ao norte a Hélade, com a capital em Atenas e ao sul
o Peloponeso, com a capital em Esparta. A leste as ilhas Cécladas a punham em
comunicação com a Ásia, a oeste, em comunicação com a Itália, ao Sul em rota para a
África e ao norte ficava a célebre Macedônia. Os gregos tinham centenas de deuses e a
religião ocupava lugar central em suas vidas. Primeiro a supremacia era de Atenas, mas
por causa da epidemia e da morte de Péricles, perdeu para Esparta. Com as lutas entre
Atenas e Esparta, elas ficaram enfraquecidas. Então Tebas dominou, mas logo caiu,
ficando no ostracismo.
Até então, Macedônia era um apenas pequeno Estado. Filipe foi o primeiro rei que deu
brilho a ela. Ele foi sucedido por Alexandre, que foi educado por Aristóteles e se
tornou generalíssimo dos gregos. Alexandre destruiu Samaria. Ele era talentoso e
preparado.Nos seus dias tudo prosperou e continuou a prosperar. Na ciência houve
progresso, destacando-se Hipócrates, pai da medicina. Macedônia, incluindo Grécia,
era o maior, o mais conceituado centro de cultura de então. O mundo todo foi
helenizado. Mas Alexandre não impôs com arma a cultura grega. O povo queria essa
cultura. Após a morte de Alexandre, os povos falavam duas línguas, sendo uma delas, a
grega. Seu Império ficou reduzido e dividido.
Esse período, que se estende de 167 a 63 a.C., se caracteriza por lutas, perseguições,
sacrifícios e, finalmente por um longo período de independência e paz.
Antíoco ataca Jerusalém e toma-a por assalto, matando muitas pessoas e leva para o
cativeiro milhares de judeus. O Templo foi profanado e despojado. Era uma prova de
fogo para os judeus, para que buscassem a Deus.
Após isso houve bárbaras perseguições Sírias. Então houve a Guerra Macabéia. A
revolta começou com Matatias, sacerdote em Modim; Após sua morte em 166, seu
filho Judas (166-161), continuou a luta com 6.000 homens. Quando Antíoco mandou
60.000 homens para subjugá-lo, Judas mandou os temerosos voltarem para casa. Com
apenas 3.000 derrotaram os sírios. Em seguida Judas entrou em Jerusalém e reedificou
o templo, em 166 a.C. a festa de Dedicação foi instituída no ano 164. Significância da
opressão síria e revolta dos macabeus:
Houve ainda muita guerra. Jônatas, filho de Macabeus, foi morto por Trifon e Simão, o
último sobrevivente dos Macabeus, teve um governo próspero e abençoado, mas foi
morto por seu genro Ptolomeu.
Primeiro Triunvirato: assim ficou conhecida a união entre Crasso, Pompeu e César em
uma aliança oculta. Depois de Júlio César, veio Otávio, seu sobrinho.
Depois, muitas foram as guerras sustentadas por Augusto. Morreu coberto de tristeza,
em 14 d.C.
Herodes, o Grande, filho de Antípater, aos 15 anos foi governador da Galiléia e desde
cedo mostrou crueldade. Ele subiu ao trono da Judéia e trouxe para Jerusalém muitos
mercenários. Mas ele não teve coragem de exercer o sumo-sacerdócio. A sua corte era
helenizada e culta. Ele tinha grandes domínios, mas não respeitou a consciência dos
judeus. Molestou os filhos de Israel. Seu reino prosperou, mas foi manchado por
tragédias familiares. Para encobrir seus crimes, construiu cidades, reconstruiu templos
a fim de ganhar a simpatia dos súditos. Morreu em 4 a.C. Foi um homem feroz, cheio
de vícios, pagão, inconstante, maleável e perverso. Mas foi usado por Deus ao matar
os Hasmoneanos, preparando o caminho para Cristo. E Jesus nasceu num período de
paz na Palestina. Antes de morrer Herodes, também nasceu João Batista. Somente três
apócrifos foram escritos nesse período: Salmos de Salomão, Livro de Jubileus e
Segundo Esdras.
Capítulo 8 – Estudos Suplementares
Nesses 400 anos os judeus viveram tempos áureos e também terríveis tempestades. E
nesses anos surgiram Seitas Político-Religiosas, sendo as principais:
- Essênios: constituíam um grupo ou seita judaica ascética que teve existência desde
mais ou menos o ano 150 a.C. até o ano 70 d.C. Em doutrinas, seguiam fielmente o
Velho Testamento.
As principais instituições judaicas, nos dias de Jesus, eram: O Templo, que era motivo
de orgulho para os judeus, as sinagogas, que existiam em qualquer lugar onde havia
concentração de judeus e é o local de culto da religião judaica, sendo desprovido de
imagens religiosas ou de peças de altar e tendo como o seu objeto central a Arca da
Torá, e o sinédrio, que é é o nome dado à assembléia de 23 juízes que a Lei judaica
ordena existir em cada cidade.
Contribuições do Mundo Romano: Sociedade, que era a mais imoral possível, Governo
Provinciano, pois Roma era a capital e tinha facilidade de contato com as cidades do
Império. Religião, que foi importada da Grécia e o culto aos imperadores. As portas do
Comércio se abriram para todo o mundo.