Sei sulla pagina 1di 7

Petição inicial

O processo nasce com a propositura da demanda, na data em que a petição foi protocolada. A
data do protocolo da petição inicial é a data de início do processo.

A petição inicial é a forma da demanda, o seu instrumento. Demanda é o conteúdo.

A demanda limita a atividade jurisdicional, não podendo ser decidido nada além, aquém ou
fora do que foi pedido. A petição inicial é um projeto de sentença: contém o que o
demandante almeja ser o conteúdo da decisão.

A postulação inicial, como regra, deve ser escrita, datada e assinada por quem possua
capacidade postulatória. Deve conter o endereço e e-mail do advogado e deve vir
acompanhada da procuração.

QUALIFICAÇÃO DAS PARTES e INDICAÇÃO DO JUÍZO:

O autor deverá indicar o juízo perante qual formula sua pretensão. Também deverá apresentar
a qualificação das partes: nomes, prenomes, estado civil, existência de união estável,
profissão, número do CPF ou CNPJ, e-mail, domicílio e residência do autor e do réu. O que se
pretende, com tal requisito, é evitar o processamento de pessoa incerta. Há casos em que se
torna inviável o cumprimento estrito da exigência formal de qualificação integral dos litigantes.
(os três parágrafos do art. 319 versam sobre isso).

CAUSA DE PEDIR:

Além do pedido e dos sujeitos, deve a petição inicial conter a exposição dos fatos e dos
fundamentos jurídicos do pedido, que formam a causa de pedir. Tem o autor de expor todo o
quadro fático necessário à obtenção do efeito jurídico perseguido, bem como demonstrar
como os fatos narrados autorizam a produção desse mesmo efeito.

Não se deve confundir fundamento jurídico, com fundamento legal, essa inclusive
dispensável. O magistrado está limitado, na sua decisão, aos fatos jurídicos alegados e
ao pedido formulado -- não o está, porém, ao dispositivo legal invocado pelo
demandante, pois é sua a tarefa de verificar se houve a subsunção do fato à norma. O
juiz pode decidir com base em norma distinta, preservados o direito afirmado e o
pedido formulado.

PEDIDO:

Toda petição inicial deve conter ao menos um pedido, com suas especificações. Petição sem
pedido é inepta, a ensejar o seu indeferimento.

VALOR DA CAUSA:

Em toda petição deve constar o valor da causa. Não há causa sem valor, assim como não há
causa de valor inestimável ou mínimo. O valor deverá ser certo e fixado em moeda corrente
nacional. O valor da causa deverá observar o disposto no art. 292 que estabelece as diretrizes
para a sua fixação. Caso a causa não se subsuma a nenhuma das hipóteses do art. 292, cabe ao
autor atribuir valor à causa, segundo seu critério.
OPÇÃO DE MEDIAÇÃO OU CONCILIAÇÃO:

O autor tem de manifestar a sua opção pela realização ou não de audiência preliminar de
conciliação ou mediação. Se o autor ou o réu não observar esse requisito, a petição não será
indeferida e nem o juiz mandará emendá-la. Deve o juiz considerar o silêncio do autor como
indicativo da vontade de que haja a audiência de conciliação ou mediação.

DOCUMENTOS INDISPENSÁVEIS:

A petição deve vir acompanhada dos documentos indispensáveis à propositura da causa.


Consideram-se indispensáveis tanto os documentos que a lei expressamente exige quanto os
documentos que se tornam indispensáveis porque o autor a eles se referiu na petição, para
fundamentação do seu pedido.

EMENDA DA PETIÇÃO:

Se a petição estiver irregular, por lhe faltar algum dos seus requisitos, deve o magistrado
intimar o autor para corrigi-la, emendando-a ou completando-a. O juiz indicará com precisão o
que deve ser corrigido ou completado. Não cumprindo o autor a diligência que lhe fora
ordenada, a petição inicial será indeferida.

É possível, ainda, a emenda da petição após a contestação, desde que não enseje modificação
do pedido ou da causa de pedir sem o consentimento do réu, quando então não seria emenda,
mas alteração ou aditamento; se não for emendada a petição, impõe-se a extinção do
processo sem resolução de mérito.

INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO:

O indeferimento da petição é decisão judicial que obsta liminarmente o prosseguimento da


causa, pois não se admite o processamento da demanda. Só há indeferimento liminar antes da
ouvida do réu. Após a citação o juiz não mais poderá indeferir a petição, de resto já admitida,
devendo, se vier a acolher alguma alegação do réu, extinguir o feito por outro motivo. A
inépcia, por exemplo, pode ser reconhecida a qualquer tempo, mesmo após a contestação,
mas, nesse caso, não implicará indeferimento, mas a extinção do processo sem análise de
mérito.

Não se admite o indeferimento indiscriminado. A petição só deve ser indeferida se não houver
possibilidade de correção do vício ou, se houver, tiver sido conferida oportunidade para que o
autor a mende e este não tenha atendido satisfatoriamente à determinação.

O indeferimento tanto pode ocorrer em juízo singular como em tribunal. Na segunda hipótese,
o indeferimento pode ser decisão do relator como pode ser um acórdão. O indeferimento
pode ser total ou parcial. Contra a decisão do juiz que indeferir parcialmente a petição caberá
agravo de instrumento.

O indeferimento pode ser uma decisão interlocutória, uma decisão de relator, um acórdão e,
também, uma sentença, só se configurando como tal se se tratar de indeferimento total da
petição feito por juízo singular.
O art. 331 do CPC afirma que, havendo apelação contra a sentença que indefere a petição,
poderá o juiz, no prazo de cinco dias, rever a sua decisão e modificá-la, em juízo de retratação.
Se não houver retratação, o juiz determinará a citação do réu para responder o recurso. Se a
apelação for provida, o prazo para contestação começará a correr da intimação do retorno dos
autos. Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença.

HIPÓTESES DE INDEFERIMENTO:

1. INÉPCIA: são defeitos vinculados à causa de pedir e ao pedido, que não apenas
dificultam, mas impedem o julgamento do mérito da causa.

HIPÓTESES DE INÉPCIA:

a) Ausência de pedido ou causa de pedir. Sem esses requisitos será impossível ao órgão
jurisdicional saber os limites da demanda e, por consequência, os limites da sua
atuação. A afirmação incompleta da causa de pedir equivale à ausência. A parte não
pode expor suas razões de modo genérico.
b) Pedido indeterminado. Há exceções no §1º, incisos I a III do art. 324. Se for
indeterminado fora dessas hipóteses, o caso é de inépcia.
c) Quando da narração dos fatos não decorrer logicamente o pedido. A petição tem de
ser coerente. Se o pedido não resulta logicamente da causa de pedir, há contradição.
d) A cumulação de pedidos incompatíveis entre si. Deparando-se com essa situação,
deve o órgão julgador determinar que o autor corrija, escolhendo um dos pedidos ou
trocando um deles por outro. Não pode juiz indeferir a petição sem dar ensejo à
correção.
2. ILEGITMIDADE DA PARTE
3. FALTA DE INTERESSE PROCESSUAL
4. NÃO ATENDIMENTO AO DISPOSTO NOS ARTS. 106 E 321: o art. 106 determina que se
indique, na petição, o endereço em que o advogado receberá as intimações, o número
de inscrição na OAB e a sociedade de advogados da qual participa. O art. 321 é a regra
geral que autoriza o juiz a determinar a emenda da petição, para a correção de vícios
sanáveis, no prazo de quinze dias.

PEDIDO:

O pedido limita a prestação jurisdicional, que não poderá ser extra, ultra ou infra/citra petita.
Serve o pedido também como identificação da demanda, para fim de verificação da ocorrência
de conexão, litispendência ou coisa julgada. É o principal parâmetro para o valor da causa.

É possível distinguir, no pedido, um objeto mediato e um objeto imediato. Pedido imediato é a


providência jurisdicional que se pretende (ex.: a condenação). O pedido mediato é o bem da
vida, o resultado prático que o demandante espera conseguir com a tomada daquela
providência.
REQUISITOS DO PEDIDO:

O pedido há de ser certo, determinado, claro e coerente. Pedido certo é pedido expresso.
Pedido determinado é aquele delimitado em relação à qualidade e à quantidade. Pedido
coerente é o que deve ser consequência jurídica prevista na causa de pedir.

CUMULAÇÃO DE PEDIDOS:

CUMULAÇÃO PRÓPRIA: SIMPLES OU SUCESSIVA:

Há cumulação própria quando se formulam vários pedidos, pretendendo-se o acolhimento


simultâneo de todos eles.

Ocorre cumulação simples quando as pretensões não têm entre si relação de precedência
lógica. Podem ser acolhidos, total ou parcial, ou rejeitados, sem que se perquira o resultado do
julgamento do outro.

Ocorre a cumulação sucessiva quando os exames dos pedidos guardam entre si um vínculo de
precedência lógica: o acolhimento de um pedido pressupõe o acolhimento do anterior. Pode
ocorrer de duas formas: o primeiro é prejudicial ao segundo: o não acolhimento do primeiro
pedido implicará rejeição do segundo; o primeiro pedido é preliminar ao segundo: o não
acolhimento do primeiro implicará a impossibilidade de exame do segundo.

CUMULAÇÃO IMPRÓPRIA: SUBSIDIÁRIA OU ALTERNATIVA:

É a formulação de vários pedidos simultaneamente, de modo que apenas um deles seja


atendido. O acolhimento de um implica a rejeição do outro.

A cumulação subsidiária deve ser feita no momento específico da postulação. O demandante


estabelece uma preferência entre os pedidos formulados: o segundo só será analisado se o
primeiro for rejeitado ou não puder ser examinado. O magistrado está condicionado à ordem
de apresentação dos pedidos, não podendo passar ao exame do posterior se não examinar o
anterior.

A cumulação alternativa é a formulação de mais de uma pretensão, para que uma ou outra
seja acolhida, sem expressar preferências.

CUMULAÇÃO INICIAL E ULTERIOR:

A cumulação pode ser inicial, quando veiculada na demanda inicial, ou ulterior, quando a parte
agrega novo pedido ao processo após a postulação inicial. É cumulação ulterior o aditamento
permitido da petição.

REQUISITOS PARA CUMULAÇÃO:

COMPATIBILIDADE DO PEDIDO

COMPETÊNCIA: só é possível a cumulação se o juízo tiver competência absoluta para conhecer


de todos os pedidos formulados.
IDENTIDADE DO PROCEDIMENTO OU CONVERSIBILIDADE PARA O PROCEDIMENTO COMUM.
CLÁUSULA GERAL DE ADAPTABILIDADE DO PROCEDIMENTO COMUM: todos os pedidos devem
poder tramitar pelo mesmo procedimento.

AMPLIAÇÃO DA DEMANDA:

Salvo os casos em que se admite pedido implícito, incumbe ao autor formular na petição todos
os pedidos que puder contra o réu.

REDUÇÃO DA DEMANDA:

Hipóteses: a) desistência parcial; b) renúncia parcial ao direito postulado; c) transação parcial


na pendência do processo; d) convenção de arbitragem relativa a parte do objeto do litígio, na
pendência do projeto; e) interposição, pelo autor, de recurso parcial contra a sentença de
mérito desfavorável.

ALTERAÇÃO DA DEMANDA:

O autor tem o direito processual de promover a alteração dos elementos objetivos da


demanda (pedido e causa de pedir) antes da citação do réu. Após a citação, o autor somente
poderá fazê-lo com o consentimento do demandado.

ESPÉCIES DE PEDIDO:

PEDIDO GENÉRICO: admite-se pedido genérico nas ações universais, seja ela de fato ou de
direito.

PEDIDO ALTERNATIVO: é o pedido que reclama prestações disjuntivas. A forma da satisfação


desse pedido é disjuntiva.

Improcedência liminar do pedido

É a decisão jurisdicional que, antes da citação, julga improcedente o pedido formulado pelo
demandante. É decisão de mérito, definitiva, apta à coisa julgada e possível objeto de ação
rescisória. É técnica de aceleração do processo. Dois pressupostos: dispensar fase instrutória; I
– V (§1º). É técnica aplicada a qualquer processo, seja de primeira instância ou diante do
tribunal. Transitada em julgado a decisão que julgou liminarmente improcedente o pedido, o
réu deverá ser intimado.

Hipóteses expressas de I.L.P.: Pedido contrário a precedente obrigatório, tendo ou não sido
consagrados em súmula.

Reconhecimento de prescrição ou decadência.


Citação

É o ato processual de comunicação pelo qual se convoca o réu e interessado para integrar o
processo. Este ato tem a função de convocar o sujeito a juízo e cientificar-lhe do teor da
demanda formulada. A citação não é pressuposto processual, porque o momento em que deve
ser realizada é posterior à criação dele. Sentença proferida sem a citação do réu, mas a favor
dele, não é inválida nem ineficaz, tendo em vista a absoluta ausência de prejuízo.

COMPARECIMENTO ESPONTÂNEO: o citando pode comparecer espontaneamente e alegar


somente a nulidade ou invalidade da citação. A partir da data do comparecimento, flui o prazo
da apresentação da contestação ou dos embargos à execução. Caso a alegação de nulidade
seja rejeitada, o réu será considerado revel, no processo de conhecimento; se se tratar de
execução, o feito terá seguimento.

PESSOALIDADE DA CITAÇÃO: A citação deve ser feita na pessoa do citando; poderá ser feita na
pessoa do representante legal, como no caso da citação de incapaz, ou de seu procurador,
com poder especial para isso; os presentantes, no caso da citação de pessoa jurídica.

IMPEDIMENTO LEGAL PARA A CITAÇÃO: a) a quem estiver participando de ato de culto


religioso; b) ao cônjuge, companheiro ou a qualquer parente de morto, consanguíneo ou afim,
em linha reta ou na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos sete dias
seguintes; c) aos noivos, nos três primeiros dias seguintes ao casamento; d) aos doentes,
enquanto grave o seu estado.

EFEITOS DA CITAÇÃO: a citação válida gera efeitos de ordem processual e material. a) estende
os efeitos da litispendência para o réu; b) em razão disso, para o réu a coisa ou o direito
discutido passa a ser litigioso; c) impede modificação da demanda, pelo autor, sem o
consentimento do réu; d) constitui em mora o de devedor.

MODALIDADES:

PELO CORREIO: é a regra geral, ressalvados os casos de e-mail. Pode realizar-se em qualquer
comarca do país, independente de carta precatória. Há casos que é inadmissível: a) ação de
estado, como a ação de interdição, ressalvadas as ações de família; b) quando o citando for
incapaz; c) quando o citando for pessoa jurídica; d) quando o citando residir em local não
atendido pela entrega domiciliar de correspondência; e) quando o autor, justificadamente,
requerer outra forma.

POR OFICIAL DE JUSTIÇA: também chamada de citação por mandado. O mandado é a


documentação do ato do juiz pelo escrivão ou chefe de secretaria, que o assina. Cabe-a
quando se proíbe ou se frustra a citação postal.

POR MEIO ELETRÔNICO: somente é possível haver citação eletrônica se a íntegra dos autos
estiver disponível para o citando.
Processo e procedimento

PROCESSO E PROCEDIMENTO: enquanto o processo é uma unidade, como relação processual


em busca da prestação jurisdicional, o procedimento é a exteriorização dessa relação e, por
isso, pode assumir diversas feições ou modos de ser.

O procedimento comum é o que se aplica a todas as causas para as quais a lei processual não
haja um rito próprio ou específico.

FASES DO PROCEDIMENTO COMUM:

FASE POSTULATÓRIA: é a que dura da proposição da ação à resposta do réu, podendo


ocasionalmente penetrar nas providências preliminares determinadas pelo juiz, como
preâmbulo do saneamento. Compreende a petição, a citação, a mediação e conciliação, a
eventual resposta do requerido, pois pode encerrar-se sem esta última, caso o demandado
não faça uso de sua faculdade processual de defender-se em tempo hábil. A resposta do réu
pode consistir na contestação, impugnação ou reconvenção.

FASE SANEADORA: desde o recebimento da fase de instrução, o juiz exerce uma atividade
destinada a verificar a regularidade do processo, mediante decretação das nulidades
insanáveis e promoção do suprimento daquelas que forem sanáveis. Essa fase compreende a
emenda ou aditamento da petição, as providências preliminares e o saneamento do processo.

FASE INSTRUTÓRIA: destina-se à coleta do material probatório, que servirá de suporte à


decisão do mérito. Nos casos de revelia, bem como nos de suficiência da prova documental e
de questões meramente de direito, a fase instrutória é eliminada, e o julgamento antecipado
do mérito ocorre após a fase postulatória. Comumente ao encerrar o saneamento, o juiz
decidirá sobre as provas a produzir.

FASE DECISÓRIA: é a que se destina à prolação da sentença do mérito

Atos do juiz

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA: é o pronunciamento judicial de natureza decisória que não seja a


sentença, e, assim, não encerre a fase cognitiva do procedimento, nem ponha fim à execução.

DESPACHO: são as ordens judiciais dispondo sobre o andamento do processo. Com ele não se
decide incidente algum: tão somente se impulsiona o processo. Nunca cabe recurso.

SENTENÇA: é por meio da sentença que o Estado satisfaz esse direito e cumpre o dever
contraído em razão do monopólio oficial da justiça. É indispensável que toda a atividade
cognitiva do juiz esteja concluída, para que se possa conceituar o ato decisório como sentença.
São classificadas em: a) terminativas: põem fim ao processo, sem lhe resolverem, entretanto, o
mérito; b) definitivas: são as sentenças que decidem o mérito da causa, no todo ou em
parte.

ACÓRDÃO: é o texto que contém o acordo do colegiado.

Potrebbero piacerti anche