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Índice
Índice............................................................................................................................... 1
Teologia Bíblica do Novo Testamento...................................................................... 2
DEFINIÇÃO .................................................................................................................. 2
Produção Teológica no Período Intertestamentário ............................................ 3
Continuação...Período Interbíblico ........................................................................... 9
INTRODUÇÃO AO NOVO TESTAMENTO ........................................................ 16
Primeira parte............................................................................................................. 22
TEOLOGIA DO APÓSTOLO PAULO ................................................................... 22
Definição de Salvação por Aníbal Pereira Reis ................................................... 34
Segunda parte ............................................................................................................. 48
TEOLOGIA NA EPÍSTOLA AOS HEBREUS ..................................................... 48
TEOLOGIA DE TIAGO ............................................................................................ 49
TEOLOGIA DO APÓSTOLO PEDRO ................................................................... 51
TEOLOGIA NA EPÍSTOLA DE JUDAS .............................................................. 52
TEOLOGIA NO APOCALIPSE............................................................................... 53
Terceira parte.............................................................................................................. 54
OS QUATRO EVANGELHOS................................................................................. 54
PARALELO SIGNIFICATIVO................................................................................ 56
OS SINÓTICOS E JOÃO.......................................................................................... 56
Dualismo Joanino....................................................................................................... 57
AS PRINCIPAIS DOUTRINAS............................................................................... 58
João, o Batista............................................................................................................. 61
O Messias ..................................................................................................................... 63
O Espírito Santo ......................................................................................................... 68
OS ENSINOS DE JESUS......................................................................................... 70
TEOLOGIA DO APÓSTOLO JOÃO ...................................................................... 71
Referências Bibliográficas ........................................................................................ 72
DEFINIÇÃO
1
Pesquisa de Teologia Bíblica do Antigo Testamento.
Prof.: Rev.: Isaías Cavalcanti. Sem.: JosiaS Macedo Baraúna Jr.
Seminário Teológico Presbiteriano do Rio de Janeiro, 1998.
A Comunidade Samaritana
Após Ptolomeu IV, Filopáter, ter tentado entrar no Santo dos Santos
(217 A.C.) e ter sido acometido de paralisia total, oprimiu os judeus,
seus vassalos. Morto Filopáter em 204 A.C., Ptolomeu Epifânio (204-
180 A.C.) assumiu o trono egípcio e perdeu a Palestina no ano seguinte
para Antíoco Magno, que veio livrar os judeus da opressão egípcia. A
disputa pelo território durou até 198 A.C. quando Antíoco a recuperou
definitivamente. Antíoco foi sucedido por Seleuco IV, Filopáter (180-
175 A.C.) que foi assassinado pelo seu tesoureiro, Heliodoro. Antíoco
Epifânio assumiu o trono (175-164 A.C.) e se notabilizou por uma
campanha para total helenização dos judeus. Em campanha contra o
Egito em 171 A.C., se ouviu que tinha morrido. O partido nacionalista
dos judeus recuperou o ânimo com a notícia de sua morte. Quando
Antíoco soube que Jerusalém comemorara sua falsa morte, ele se
enfureceu e invadiu Jerusalém num sábado matando 40 mil pessoas
em três dias numa campanha disciplinadora que incluiu invadir o
Santo dos Santos, roubar o castiçal de ouro, a mesa, o altar de incenso
e todos os vasos, além de destruir os livros da Lei, sacrificar uma porca
no altar, aspergir com seu sangue o Templo e erigir a estátua de Zeus
Olímpico nele.
Judas governou a Palestina até 161 A.C quando morreu e Jônatas, seu
irmão assumiu (161-144 A.C.), ano que Demétrio I, o Sóter (162-151
A.C.) que sucedeu a Antíoco V, Eupator (164-162), o sucessor de
Epifânio, tomou Jerusalém. Na controvérsia do trono sírio entre
Demétrio I e Alexandre Balas (151-146 A.C.), Jônatas apoiou o último
que venceu e matou seu rival. Houve paz entre os judeus e os sírios até
a controvérsia entre Balas e Demétrio II suscitasse novos confrontos.
Balas terminou assassinado e Demétrio II foi proclamado rei como o
Nicatóris (146-144 A.C) mas foi deposto pelo filho de Balas, Antíoco
VI, que reclamou e conquistou o trono mas foi traído por Trífom, seu
general, que usurpou o trono e decidiu subjugar os judeus. Ele
assassinou Jônatas em 144 A.C. Simão, seu irmão, assumiu o
Principado (144-135) e apoiou o retorno de Demétrio II ao trono que
ocorreu em 129 A.C. mas, numa incursão à Pérsia foi capturado e
Antíoco VII assumiu o trono (126-96 A.C.), derrotando Trífom. Simão,
por sua vez, foi assassinado num banquete e João Hircano, seu único
filho sobrevivente o sucedeu (135-105 A.C.). A Síria se mostrou
enfraquecida pelas disputas pelo trono e Roma dava sinais de
supremacia. Aristóbulo, sucessor de João Hircano, seu pai, assumiu o
título de Rei dos Judeus (106-105 A.C.) mas Antipater havia sido
nomeado por Roma em 109 A.C.) como Procurador da Judéia. Este é o
pai de Herodes.
Continuação...Período Interbíblico
Queda do império persa e ascensão do império grego
Ainda surge pelo Império persa, Dario II, Artaxerxes II, III, Arses
e Dario III (423-331), no ocidente temos a queda de Atenas e a
ascensão de Esparta (404 – guerra do Peloponésio). Filipe II da
Macedônia derrota os gregos (338)3.
3
FARIA, Marco Alexandre, R.G. (10/08/2006)
http://www.icegob.com.br/marcos/Mapas/Apostila_per_interbiblico_nova.htm.
4
Conta-se que quando Alexandre chegou a Jerusalém foi recebido por Jadua que afirmou ser ele o vigário
de Deus conforme o profeta Daniel havia dito e, então, Alexandre anunciou que não permitiria que
Jerusalém fosse ataca jamais ou o seu templo corrompido. IRONSIDE, H.A. Quatrocentos anos de
silêncio, de Malaquias a Matheus. São Paulo: CEP. 1988. pp.13,14.
5
Conforme a profecia de Daniel 11. IRONSIDE, H.A. Quatrocentos anos de silêncio, de Malaquias a
Matheus. P.19.
10 Teologia Bíblica do Novo Testamento
Professor: Fábio Reis
Instituto Batista Bíblico da Bahia - Fundamentalista
6
BURNS. E.M. História da Civilização Ocidental, vol. 1. 44ª, 1980. p.130.
11 Teologia Bíblica do Novo Testamento
Professor: Fábio Reis
Instituto Batista Bíblico da Bahia - Fundamentalista
7
BURNS. E.M. História da Civilização Ocidental, vol. 1. pp.130-132.
12 Teologia Bíblica do Novo Testamento
Professor: Fábio Reis
Instituto Batista Bíblico da Bahia - Fundamentalista
Os partidos judeus
Invasão Romana
Teontologia.
A nova compreensão da realeza de Deus era enfatizada nos termos
gregos pantokrátor ( "Todo-Poderoso") e hypsistos ( "Altíssimo") na
Septuaginta. A Septuaginta traduziu IaHVeH por Kyrios.
Antropologia.
A pré-ordenação do curso do mundo criou a doutrina da Soberania de
Deus oposta a rebelião satânica que provocou a Queda do Homem,
cuja redenção será efetuada no eschaton pelo Messias.
Soteriologia.
O pensamento messiânico judaico é em grande parte produto dos
séculos II e I A.C., presente em Enoque, Salmos de Salomão,
Testamento de Simeão, Testamento de Levi, Testamento de Zebulom,
Testamento de Dã, Assunção de Moisés e o Segundo Livro
Pseudepígrafo de Esdras nos quais é retratado como Juiz Escatológico
sacrificado e ressurreto, duplicado nas pessoas de um rei e de um
sacerdote, como a Consolação, Parakalesin, de Israel, o Salvador de
Israel e como o Filho do Homem. A condição escatológica de Juiz
fundiu-se à condição profética de Rei sucessor de David e, somada à
crença do Filho do Homem que vem do Céu, trouxe a definição
intertestamentária do Messias: o Filho do Homem que vem do Céu, da
semente de David, Rei e Juiz Escatológico.
Escatologia.
O desenvolvimento escatológico do período intertestamentário, graças
a apocalíptica, fez tomar vulto a crença na ressurreição dentre os
mortos para participar do Reino Eterno (ou de Mil Anos) do Messias,
Filho de David.
Isso leva outro problema com que se defronta todo aquele que
quer escrever uma teologia do Novo Testamento nestes dias — a idéia
muito difundida de que há diferenças consideráveis entre os escritores
dos vários livros do Novo Testamento. Alguns argumentam que não
pode haver uma teologia “do Novo Testamento”; preferem pensar em
várias “teologias”. 9 Eles acham que as diferenças entre os escritores
são tão grandes que só podem falar de contradições e, é claro, se há
contradições, é inútil procurar uma teologia comum.
8
É a partir de uma convicção como essa que muitos em nosso dias preferem trabalhar com um “cânon dentro do cânon”; eles
consideram um ou alguns livros canônicos confiáveis e relegam os demais a um lugar secundário, ou até os desprezam
completamente. Hans Küng mostra que isso “requer nada menos do que ser mais bíblico que a Bíblia” (Structure of the church, New
York, 1964, p. 164). Seja como for, todas essas idéias são totalmente subjetivas; na há nenhuma razão convincente para destacar
uma parte do Novo Testamento do restante. Tudo depende da escolha pessoal do pesquisador e, seja qual for essa escolha, ela
inevitavelmente resulta numa teologia empobrecida pelo omissão de partes importantes das Escrituras. Hasel fez uma avaliação
proveitosa do “cânon dentro do cânon” com referências à literatura (New Testament theology, p. 164-170).
9
Cf. Schlatter: “A teologia do Novo Testamento tem de ser dividida em tantas teologias quantos são os autores do Novo
Testamento” (Morgan, Nature of New Testament teology, p. 140)
Primeira parte
TEOLOGIA DO APÓSTOLO PAULO
Paulo ao referir-se em " andai em espírito " que dizer que devemos
usar nossas qualidade para inclinar-se à Deus. No cristão a vida
espiritual é o domínio das inclinações da carne. É o viver consciente no
Espírito.
Os escritos de Paulo
12
O sentido exato dessa expressão é muito debatido. Muitos concordam com arc?: “A todos quantos andarem de conformidade com
esta regra, paz e misericórdia sejam sobre eles, sobre o Israel de Deus”, o que iguala o Israel de Deus à igreja. Mas essa maneira de
se referir à igreja não é encontrada em nenhum outro lugar, e alguns entendem a referência como sendo ao Israel não-cristão. Na
décima nova bênção acrescentada às Dezoito Bênção há uma oração por paz e outras bênçãos “sobre nós e sobre o teu povo Israel”.
Se Paulo pensava assim, ele “agora ora por seus compatriotas que ainda não aceitaram a Cristo” (Raumond T. Stamm, IB, 10:591).
F. F. Bruce se lembra de que Paulo espera a salvação de “todo Israel” (Rm 11.26) e vê aqui uma “perspectiva escatológica” (The
epistle to the Galatians.
Grand Rapids, 1982, p. 275). N. Herman Ridderbos, porém, sustenta a primeira opinião: “Em vista do que foi dito antes (cf. 3.29;
4.28,29), dificilmente podemos duvidar de que este Israel de Deus não se refere ao Israel empírico, nacional, como um parceiro
igualmente autorizado junto com os crentes em Cristo (‘a todos quantos andarem de conformidade com esta regra’), nem apenas aos
crentes da nação israelita, mas a todos os crentes do novo Israel. Nesta bênção, portanto, o apóstolo tem em mente os leitores da sua
carta, desde de andem segundo a nova regra, mas a partir deles o escopo se abre para incluir no sentido mais amplo os crentes, o
novo povo de Deus” (The epistle of Paul to the churches of Galatia. London, 1954, p. 227). E, apesar de não chamar
especificamente a igreja de Israel em outro lugar, ele claramente a considerava o verdadeiro Isral (Rm 2.28-29; 9.6; Fp 3.3)
13
Cf. Stephen Neill: “Como grande pensador, Paulo pode ser, e muitas vezes é, terrivelmente difícil. Mas isso não é intencional.
Sempre de novo ele está tentando dizer coisas que nunca tinham sido ditas antes e para as quais ele não tem vocabulário disponível.
[...] Com freqüência acontece que, quando Paulo está sendo mais difícil, ele também é mais original” (Jesus through many eyes.
Philadelphia, 1976, p. 42).
Deus no centro
14
A. M. Hunter, por exemplo, relaciona sete pontos que Paulo assumiu: “1) o kerygma apostólico...; 2) a confissão de Jesus como
Messias, Senhor e Filho de Deus; 3) a doutrina do Espírito Santo como dinâmica divina da nova vida; 4) o conceito da igreja como o
novo Israel; 5) os sacramentos do batismo e da ceia do Senhor; 6) as ‘palavras do Senhor’ que Paulo cita ou indica conhecer em suas
cartas; e 7) a esperança da parousia — da vinda de Cristo em glória” (The gospel according to st. Paul. Philadelphia, 1966, p. 12).
15
Between Jesus and Paul. Philadelphia, 1983, p. 11. Baseando-se em inscrições que dão a data em que Gálio foi procônsul da
Acaia, na estada de Paulo em Corinto (At 18.11ss) e nas informações sobre eventos em Gálatas 1.18,21 ele chega a 32-34 d.C. para
a conversão de Paulo; ele entende que a crucificação ocorreu em 30 d.C. (p. 30-31). Geoge Ogg data a ressurreição em 33 d.C. e a
conversão de Paulo em 34 ou 35 (The chronology of the life of Paul. London, 1968, p. 30). Nils A. Dahl põe a conversão de Paulo
“apenas uns dois anos após a morte de Cristo” (Studies in Paul. Minneapolis, 1977, p. 2).
16
Mesmo considerando o tempo que ele passou na Arábia (Gl 1.17), que não pode ter sido muito longo, pois está incluído em um
período de três anos em que ele também fez outras coisas (Gl 1.18), não houve um período longo em que Paulo esteve desligado da
vida da igreja. Ele ficou por um tempo indeterminado em Tarso (At. 9.30; 11.25), mas não há razão para crer que ele estava sem
contato com a igreja. O homem que tivera a experiência em Damasco e a personalidade vigorosa revelada na correspondência
paulina não era de ficar à margem da vida de igreja. Não temos como velo ativo desde o começo. A opinião de Becker de que Paulo
“não recebeu a tradição mas várias tradições” (Paul the apostle, p. 118-119), como outros veredictos, deixa de ver o envolvimento
de Paulo com a igreja desde cedo. Ele faz referência à “variedade e multiplicidade de tradições pré-paulinas na igreja antiga” (p.
127). Dahl também vê Paulo como dependente de “tradições que existiam antes” (Studies in Paul, p. 10), mas também se refere ao
“impacto decisivo de Paulo sobre a igreja em seus anos de formação” (p. 19), e diz ainda: “Uso aqui o termo comum de cristianismo
‘pré-paulino’ para me referir a ensinos que Paulo provavelmente teve em comum com outros mestres e pregadores cristãos antigos”
(p. 96; itálico meu).
17
Cf. Dean S. Gilliland: “O primeiro fator que condicionou o pensamento de Paulo foi seu conceito judaico de Deus. [...] Deus é
único, vivo e totalmente justo, executa seus propósitos no mundo, mantém comunhão com o ser humano e cria uma família para si
aqui na terra. Deus no centro tornou a religião de Paulo pessoal, ética, histórica e oficialmente monoteísta” (Pauline theology E
mission practice. Grand Rapids, 1983, p. 20).
Um Deus glorioso
18
Em Romanos as únicas palavras que Paulo usa com mais freqüência do que “Deus” são o artigo definido, kai (“e”), en (“em”) e
autoj (“ele”). Mesmo palavras muito comuns como de (( “mas” ou “e”) e o verbo “ser” são usados com menos freqüência. Dos
conceitos teológicos importantes nesta carta, o próximo mais freqüente é “lei” com 72 ocorrências, bem mais atrás. Depois vêm
“Cristo” (65 vezes), “pecado” (48), “Senhor” (43) e “fé” (40). As estatísticas não significam tudo, mas devemos estar cientes de que
Paulo usa a palavra “Deus” com freqüência comum.
A predestinação
Paulo insiste muito em que a vontade de Deus está sendo feita; ele
fala disso repetidamente (p. ex. Rm 1.10, 12.2; 1Co 1.1; 4.19; Ef 1.1,4-
5, 11; Cl 1.1; 4.12 1Ts 5.18). A verdade central do cristianismo é que
Cristo “se entregou a si mesmo pelo nossos pecados”, e ele o fez
“segundo a vontade de nosso Deus e Pai” (Gl 1.4), pensamento que
Paulo repete de várias maneiras. Há uma forte defesa da
predestinação no capítulo que inicia Efésios, onde lemos que os crentes
foram escolhidos em Cristo antes da criação do mundo (v. 4) e
predestinados para a adoção por meio de Jesus Cristo (v. 5). O
“beneplácito” de Deus foi objetivado em Cristo (v. 9), e os crentes
foram “predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as
coisas conforme o conselho da sua vontade” (v. 11).
A predestinação, como Paulo a entendia, dá segurança: “ Aos que de
antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à
imagem de seu filho. [...] E aos que predestinou, a esses também
chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que
justificou, a esses também glorificou” (Rm 8.29-30). Moffatt traduz
Romanos 11.29 assim: “Deus nunca volta atrás com seus dons e
chamado”. Deixados por conta própria, nunca teríamos certeza de ter
feito o que é necessário para a nossa salvação. No entanto, não fomos
deixados assim: Deus nos predestinou e nos chamou de seus. Isso é
uma maneira de dizer que toda a nossa salvação, do início ao fim, é de
Deus. Temos a segurança de que Deus nos escolheu antes da criação
do mundo e que ele não volta atrás em seu chamado. Nada mais pode
nos dar essa segurança.
Também devemos notar que Deus predestina as pessoas para
realizações éticas. Paulo não vê essa doutrina como um incentivo à
preguiça. Antes, fomos “criados em Cristo Jesus para boas obras, as
quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Ef
2.10). Por sermos eleitos de Deus, devemos “nos revestir de ternos
afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de
longanimidade” (Cl 3.12). A predestinação não é para nos dar
privilégios, mas para nos dar trabalho. Ela é um lembrete de que as
boas obras não são opcionais para o crente, mas o próprio objetivo da
sua predestinação.
Deus julgará
Paulo vê Deus agindo como juiz agora mesmo. Para os crentes isso é
providência compassiva de Deus, em que “somos disciplinados pelo
Senhor, para não sermos condenados com o mundo” (1Co 11.32). Os
sofrimentos por que passamos são evidências do amor de Deus. Ele
nos disciplina para evitar que soframos o destino dos mundanos.
Devemos ter em mente que o julgamento faz parte do evangelho (Rm
2.16); talvez não consigamos nos adaptar facilmente à idéia de que o
julgamento faz parte das boas novas, mas se quisermos entender como
Paulo vê o julgamento, temos de tentar olhar para o julgamento por
outras lentes.
O pecado colhe o que plantou, pois os pecadores recebem, “em si
mesmos, a maneira da punição do seu erro” (Rm 1.27). Seria fácil ver
isso como um processo natural de causa e efeito, pelo qual as próprias
conseqüências inevitável do pecado são a punição do pecado. Contudo,
apesar de Paulo reconhecer que há alguma verdade nisso, ele insiste
em que a mão de Deus está em tudo. Três vezes ele diz que Deus
“entregou” os pecadores gentios às conseqüências desagradáveis do
seu pecado (Rm 1.24, 26, 28). Deus nunca é neutro; ele sempre se opõe
ao mal. Paulo chega a dizer que, aos pecadores que “não acolheram o
amor da vedade para serem salvos”, “Deus lhes mandou a operação do
erro” (2Ts 2.10-11).
Em passagens como essa teria sido fácil expressar o pensamente de
modo impessoal. Paulo, porém, não está visualizando um processo em
que um Deus inoperante fica só olhando. Deus é ativo e participa do
processo, 19 ele que fez esse universo moral para que aqueles que
rejeitam o “amor da verdade” acabem crendo numa mentira. Isso faz
parte do julgamento divino. A conseqüência inevitável da rejeição da
salvação de Deus é o engano, mas novamente Paulo não relega isso à
ação de causas naturais. Deus está envolvido nisso. No mesmo espírito
ele cita de Isaías palavras que dizem que Deus dá aos pecadores um
“espírito de entorpecimento” (Rm 11.8). Os pecadores se desligam da
vida real e se restringem a um entorpecimento total e à horrível
incapacidade de ver as boas dádivas de Deus pelo que são. E a mão de
Deus está nisso também. Paulo não deixa lugar para um Deus
ausente.
De outro ponto de vista, o juízo de Deus é mostrado nas perseguições e
aflições que os cristãos tessalonicenses sofreram (2Ts 1.5). Essas
19
A. L. Moore rejeita como “dualismo intolerável” a idéia de que alguns são atraídos por Deus e outros por Satanás: “Não podemos
aceitar isso nem por um instante. Por isso, enquanto nos versículos 13s. deus é apresentado por todo processo de salvação, nos
versículos 11s. ele também não é excluído da atividade no processo de incredulidade que leva à perdição” (1 and 2 Thessalonians.
London, 1969, p. 105). F.F. Bruce diz a mesma coisa com outras palavras: “Ser iludido pelo erro é a condenação divina em que
incorrem inevitavelmente neste universo moral aqueles que fecham os olhos para a verdade” (Word biblical commentary: 1 & 2
Thessaloniasn. Waco, 1982, p. 174).
O amor de Deus
Numa passagem muito importante Paulo nos diz que “Deus prova seu
próprio amo para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós,
sendo nós inda pecadores” (Rm 5.8). Isso é totalmente estranho à
experiência humana. Nós sabemos que eventualmente alguém dá sua
vida por outra pessoa, mas faz esse gesto incrivelmente nobre em
favor de uma pessoa boa ou por alguém a quem está ligado de alguma
maneira, ou talvez por uma boa causa. Ninguém morre
voluntariamente por alguém que não estima. Porém, enquanto o ser
humano ainda era pecador e, assim, indigno aos olhos de Deus, Cristo
morreu por ele. Esse é um pensamento essencial em Paulo e está por
trás de muitas coisas que ele escreve. Deus dá seu amor
indistintamente; ele o derramou em nosso coração pelo Espírito Santo
(Rm 5.5).
31 Teologia Bíblica do Novo Testamento
Professor: Fábio Reis
Instituto Batista Bíblico da Bahia - Fundamentalista
20
Provavelmente devemos incluir esta citação de Malaquias: “Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú” (Rm 9.13). A melhor
maneira de entender essas palavras é como referência a nações e não a indivíduos, e como uma indicação de eleição. C. E. B.
Cranfield toma as palavras nesse sentido e acrescenta: “Contudo, mais uma vez, precisa ser sublinhado que o mesmo que acontece
com Ismael acontece com Esaú: o rejeitado continua sendo, de acordo com o testemunho da Bíblia, objeto do cuidado compassivo
de Deus” (A critical and exegetical commentary on the epistle to the Romans, ii. Edinburgh, 1979, p. 480). Cf. Gênesis 27.39-40;
Deuteronômio 23.7.
como este mundo a conhece que de qualquer forma não pode nos levar
até Deus (1Co 1.20-21; 3.19). Não devemos deixar de ver que, apesar
de Deus, em sua sabedoria, chamar pessoas que não impressionam sob
nenhum aspecto humano, ele não as deixa como estão. Ele as
transforma em algo especial, pois as chama à santidade (1Ts 4.7).21
A salvação de Deus
21
Ernest Best mostra que “elas são ‘os santos’, os santificados, que pertencem ao domínio de Deus”. Ele ainda comenta que, apesar
de o escravo ou o homem livre chamado para ser cristão permanecem escravo ou homem livre, “o impuro chamado para ser cristão
não pode permanecer impuro, porém precisa buscar a santificação” (A commentary on the first and second epistles to the
thessalonians. Lodon, 1977, p. 168).
O reino de Deus
22
Extraído do Livro “O Crente pode perder a salvação?” de Dr. Aníbal Pereira Reis Ex-padre – Segunda Edição. / Edições
“Caminho de Damasco” Ltda. 1987.
nos diz que malfeitores de vários tipos não herdarão o reino (Gl 5.21)
e, mais uma vez, que carne e sangue não podem herdá-lo (1Co 15.50).
Em sua forma final, este corpo físico e terreno não têm lugar nele (os
valores do corpo são conservados na ressurreição, mais isso é outro
assunto). É “no fim” que toda autoridade terrena será eliminada, e o
reino será entregue a Deus, que será “tudo em todos” (1Co 15.24-28).
A ressurreição pertence a Deus. Foi Deus quem ressuscitou a Cristo
(p.ex. Rm 10.9; Cl 2.12; 1Ts1. 10); via de regra a Bíblia fala da
ressurreição de Jesus dizendo que ele foi ressuscitado, 23apesar de
algumas vezes dizer que Jesus ressuscitou (p.ex. Rm 14.9; 1Ts 4.14). E
no fim dos tempos é Deus quem ressuscitará os mortos (1Co 6.14). A
morte é poderosa demais para que possamos vencê-la. Mas não é
poderosa demais para Deus, e no fim ele a derrotará definitivamente
(1Co 15.50-57).
Que mais posso dizer? Essa breve visão panorâmica de forma alguma
esgotou a noção que Paulo tem da incessante atividade de Deus, mas é
suficiente para destacar algo que muitas vezes deixamos de ver: que
Paulo é um homem na presença de Deus. Mais do que qualquer outra
coisa, está preocupado com o fato de que o grande Deus, o único Deus,
agiu para a salvação de pecadores, e essa atuação tem muitas facetas.
Ela se concentra na cruz, mas também está manifesta em uma
variedade extraordinária de formas. Aonde quer que Paulo olhe, ele vê
a Deus.
Cristo foi o tema central da pregação de Paulo, a morte foi para que os
nossos pecados fossem apagados e consequentemente as nossas almas
resgatadas e alcançarmos a reconciliação com Deus.
23
A. W. Argyle diz que apenas oito das sessenta e quatro referências que temos no Novo Testamento à ressurreição de Cristo dizem
que ele ressuscitou; todas as outras afirmam que o Pai o ressuscitou. Essa ênfase mostra “que a vitória sobre o túmulo pode ser uma
realização, não da natureza humana, nem mesmo da natureza perfeita de Cristo, mas de Deus. Deus estava em Cristo, e foi Deus
quem o ressuscitou” (ExpT 61 [1949-50]:187).
invertida: ele diz “nosso Senhor Jesus Cristo” mais vezes (54) do que
“Cristo Jesus nosso Senhor” (8). O título completo aparece 62 vezes
nos escritos de Paulo, enquanto no restante do Novo Testamento há
apenas 19 ocorrências.
Paulo usa o título “Senhor” 275 vezes, 38 por cento do total de 718 no
novo Testamento. Essa palavra, como em nossa língua, pode ser usada
como tratamento comum numa conversa formal ou, num sentido mais
restrito, na referência a uma pessoa de posição social elevada. A
palavra é usada no primeiro sentido na parábola em que Jesus fala do
filho que disse ao seu pai: “Sim, senhor [eu vou trabalhar na vinha];
24
Esses números precisam ser considerados aproximados, já que a ordem nos manuscritos difere com grande freqüência.
porém não foi” (Mt 21.29). Todavia, precisamos tem em mente que as
cartas de Paulo, em sua maioria, foram dirigidas a pessoas do mundo
grego da época, em que “Senhor” era aplicado muitas vezes não só a
um nobre, mas a alguém ainda mais exaltado — um deus. Um convite
bem conhecido para um jantar traz as seguintes palavras: “Antônio,
filho de Ptolomeu, convida você para jantar com ele à mesa do senhor
Sarápis...” Esse é um convite para uma refeição no templo de um ídolo
(cf 1Co 8.10); participar de refeições em lugares como esse parece ter
sido um hábito muito difundido. Proclamar Jesus como Senhor fazia
muito sentido no mundo grego da época. Era também especial para os
leitores judeus, pois quando o Antigo Testamento foi traduzido para o
grego, essa palavra foi usada para traduzir o nome divino “Javé”.
Aqueles que conheciam essa tradução estavam familiarizados com
“Senhor” como maneira de se referir a Deus (costume que vemos até
hoje em algumas versões, em que SENHOR [grafado em versal-
versalete] é a maneira comum de traduzir “Javé”).
Paulo chama Jesus de “Filho de Deus” 4 vezes, e outras 13 vezes ele
escreve “seu Filho”, “seu próprio Filho” ou algo parecido. Esse é um
título que pode ser muito ou pouco importante; por isso, ele é atribuído
aos crentes em geral (Rm 8.14), mas também para Jesus, quando
adquire importância máxima. Assim, Paulo diz que a ressurreição
mostra que Jesus é o “Filho de Deus com poder” (Rm 1.4). Ele diz que
Deus o revelou (Gl 1.16) e enviou (Rm. 8.3; Gl 4.4). Deus não poupou
seu próprio Filho (Rm 8.32), declaração que nos leva à “morte do seu
Filho” (Rm 5.10) e ao evangelho do Filho (Rm 1.9). Paulo viveu pela fé
no Filho de Deus (Gl 2.20, e Deus predestinou os crentes a serem
conformes à “imagem” do seu Filho (Rm 8.29). Por causa disso, o Filho
é pregado (2Co 1.19), e aqueles que respondem são chamados “à
comunhão” do Filho (1Co 1.9); eles são “transportados para o reino do
Filho do seu [de Deus] amor” (Cl 1.13). O conhecimento pleno do Filho
ainda fica para o futuro (Ef 4.13) e, de fato, esperamos o Filho que vem
do céu (1Ts 1.10). O Espírito é do Filho de Deus (Gl 4.6). Está claro
que, quando Paulo pensa em Jesus como o Filho de Deus, ele o
imagina ocupando o lugar mais elevado. Nos escritos de Paulo
devemos conferir a esse termo o sentido máximo, não o mínimo.
Cristo e Deus
25
Cullmann enfatiza a obra salvífica de Cristo e afirma: “A cristologia funcional é a única que existe”. Mas ele diz também: “Não
podemos falar simplesmente da pessoa sem a obra, nem da obra sem a pessoa” (The christology of the New Testament, p. 326).
26
Carmen Chrsti, de Ralph P. Martin (Cambridge, 1967) é um estudo exaustivo dessa passagem. Ao resumir sua análise do v. 6b, c,
ele diz: “O Cristo pré-encarnado tem, como posse pessoal, a igualdade singular do seu lugar na Divindade como ei&(kw&(n ou morfh&&(de
Deus. [...] Ele tinha igualdade divina, podemos dizer, de jure, porque existiu eternamente na ‘forma de Deus’’’ (p. 148). Johannes
Behm vê uma referência à “imagem da majestade divina soberana”; o “sinal externo específico” da “igualdade essencial” de Cristo é
a “morfh (qeou” (TDNT 4:751).
27
Karl Barth insiste em que isso não significa que ele deixou de ser Deus: “Ele se humilhou, mas não o fez deixando de ser quem é”
(Church dogmatics, iv, i. Edinburgh, 1956, p. 180).
Paulo não está levantando Jesus como um Deus rival ou como alguém
que de alguma forma diminui o lugar especial do Pai, pois tudo é “para
glória de Deus Pai”. Não há oposição nem rivalidade, mas uma
unidade profunda e perfeita. 28
Não se pode dizer que a passagem seja fácil de entender. Há exegetas
que pensa que ela retrata Jesus como alguém superior aos seres
criados, porém inferior a Deus. Deus não o exalta e lhe dá o nome
acima de todo nome? James D. G. Dunn explica esse texto nos termos
da tipologia de Adão. O sentido é que “toda escolha com alguma
conseqüência, feita por Cristo, era uma antítese das escolhas de Adão;
cada estágio da vida e do ministério de Cristo teve o caráter de uma
posição de queda assumida espontaneamente”. Isso, porém, não faz
justiça à linguagem que Paulo usa: “subsistindo em forma de Deus”, “a
si mesmo se esvaziou”, “tornando-se em semelhança de homens”,
“reconhecido em figura humana”: isso é mais do que tipologia de
Adão.29 Algumas coisas talvez não sejam expressas como esperaríamos
que Paulo as expressasse. Mas se ele estava adotando e adaptando um
hino escrito anteriormente, estava até certo ponto limitado às palavras
que empregou. Em todo caso, a força da linguagem permanece. O
ponto central é colocar Cristo junto com Deus, não com os seres
criados.
Outra passagem importante é Colossenses 1.15-20. 30 Ele diz que o
“Filho do seu amor” (v. 13) é “a imagem do Deus invisível” (v. 15).
“Imagem” (eikõn) pode significar cópia; p.ex., a imagem do imperador
numa moeda. Mas a palavra também pode ser usada para indicar, não
dessemelhança (uma imagem, não a coisa real), mas semelhança (a
imagem é exatamente igual, não diferente). É este segundo sentido
que se exigem aqui. Paulo está dizendo, não que o Filho é diferente do
Pai, mas que é exatamente igual a ele. 31Além disso, ele é o
“primogênito de toda a criação”. Isto não quer dizer que ele foi o
primeiro a ser criado; antes, significa que a relação que ele tem com
toda a criação é a que o primeiro filho tem com os bens do seu pai; na
antiguidade, uma grande propriedade envolvia uma multidão de
pessoas — dependentes empregados e escravos — que tinha graus
variados de importância. Porém, o primogênito do pai, o filho que era
seu herdeiro, era o mais importante de todas. O termo primogênito
28
Cf. Martin: “Jesus glorificado é objeto da adoração do mesmo modo como os judeus invocam o Deus da aliança” (Carmenn
Christ, p. 252).
29
Cullmann declara: “Todas as afirmações de Filipenses 2.6ss. devem ser entendidas da perspectiva da história de Adão no Antigo
Testamento”. Ele, porém, chaga a uma conclusão bem diferente do pensamento de Dunn: “Ao contrário de Adão, o Homem
Celestial que, em sua preexistência, representava a verdadeira imagem de Deus, humilhou-se em obediência e agora recebe a
igualdade com Deus, da qual não tomou posse como ‘usurpação’’’ (Christology, p. 181).
30
Essa passagem, como Filipenses 2.5-11, é por muitos considerada um hino anterior a Paulo que o apóstolo adotou e adaptou com
acréscimos próprios.
31
Cf. H. Kleinknecht: “Imagem não deve ser entendida como uma magnitude alheia à realidade e presente apenas na consciência.
Ela tem parte na realidade. Na verdade, ela é a realidade” (TDNT 2:389).Martin diz:” A expressão ‘imagem de Deus’ não é explicada
completamente pelo sentido de ‘representante de Deus’, por mais perfeita que se pense que essa representação seja. A frase precisa
incluir a idéia de que o próprio Deus está pessoalmente presente, Deus manifestus, em seu Filho” (Carmen Christi, p.112-113).
32
“Ele é o Senhor da criação e não tem rival na ordem criada” (Martin, Colossians, p. 58).
33
Sobre e@stin Lightfoot comenta: “O imperfeito h}n poderia ter sido suficiente (comp. Jô 1.1), mas o presente e!stin
declara que essa preexistência é existência absoluta” (Colossians, p. 153).
34
Lightfoot vê nisso “um termo técnico reconhecido na teologia que denota a totalidade dos poderes e atributos divinos”
(Colossians, p. 157; veja também seu excurso, p. 255-271). A palavra certamente foi usada pelos gnósticos mais tarde para indicar a
totalidade dos poderes divinos. Se essa idéia já existia na época de Paulo, ele está negando que Cristo fosse apenas parte do
plh(rwma; todo o poder divino residia nele.
35
Cf. John Knox: “Paulo não só fala da preexistência de Cristo, mas obviamente pressupõe que o conceito era conhecido dos seus
leitores e que eles não precisavam ser convencidos da sua veracidade. Ele nenhuma vez o explica ou defende. Nenhuma vez o
debate. Isso deixa claro que, pelo menos em suas igrejas, e provavelmente também em outras, a idéia estava bem difundida quando
suas principais cartas foram escritas, entre quinze e vinte anos após a crucificação de Jesus” (The humanity and divinity of Christ.
Cambridge, 1967, p. 10-11). John A. T. Robinson, em termos semelhantes, defende que o conceito da preexistência de Cristo é
muito antigo (Twelve New Testament studies. London, 1962, p. 143 n. 12).
Cristo é Deus?
Será que alguma vez Paulo se refere nitidamente a Cristo como Deus?
Pode-se interpretar certas passagens dessa maneira. A mais destacada
é Romanos 9.5, que a NVI traduz: “Cristo, que é Deus acima de todos,
bendito para sempre!”, e a ARA: “Deus bendito para todo o sempre”.
Algumas considerações de peso favorecem a primeira tradução: 1) A
estrutura da frase, pois se espera que “o qual” se refira a “o Cristo”
(que o precede) e não a “Deus” (que vem depois). A construção é
semelhante à de 2Coríntios 11.31, onde não há dúvida de que o “que”
se refere ao que o precede. 362) Se as palavras não se referem a Cristo,
elas, formam uma bênção que louva a Deus, e essa bênção
normalmente começa: “Bendito seja Deus...” A ordem das palavras não
apóia a versão da ARA. 3) A referência a Cristo “segundo a carne” faz-
nos esperar outra declaração, a título de contraste. A expressão não
pode ser deixada em aberto, como ficaria se aceitarmos a tradução da
ARA. 4) Uma doxologia de júbilo, que louva a Deus, dificilmente se
enquadra no contexto, que, de modo geral, tem um tom triste, mas é
admissível logo depois da menção a Cristo, sublinhado sua grandeza e,
em conseqüência, a magnitude da dádiva oferecida a Israel. 5) A
atribuição da bênção a Deus exige uma mudança abrupta de sujeito.
Devemos observar mais algumas passagens. Paulo fala da “graça do
nosso Deus e Senhor, Jesus Cristo” (2Ts 1.12, NVI nota) e do “nosso
grande Deus e Salvador Cristo Jesus” (Tt 2.13). 37Nos dois casos, é
fácil entender a frase grega como referência a apenas uma pessoa,
definida tanto como “Deus” quanto como “Cristo”. Nos dois casos o
artigo definido vem antes de “Deus” e não é repetido antes de “Senhor
[Salvador] Jesus Cristo”, construção esta que é mais natural entender
como indicação de que se está falando de apenas uma pessoa. Isso não
é totalmente indiscutível, pois os escritores do Novo Testamento não
aplicam a gramática sempre com tanta correção. Em todo caso,
“Senhor” quase sempre é definido, mesmo sem o artigo; pode ser
traduzido com o sentido de “o Senhor”. Podemos dizer que nos dois
casos existe a possibilidade de que Jesus Cristo esteja sendo chamado
de “Deus”.
36
O particípio w!n não ocorre muitas vezes no Novo Testamento com uma frase prepositiva e também um substantivo
a que se refere, por isso é improvável que o( w!n e)pi_ pa&ntwn se refira a qeo&j. Outro ponto a favor é que a pontuação
em nossos textos, obviamente, não é original, de modo que não podemos ter certeza se Paulo teria posto um ponto
depois de as&rka (como a NVI na nota de rodapé) ou uma vírgula (como a NVI no texto).
37
Ronald A. Ward cita as palavrasd em Tito 2.13 da ARA: “Nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo”, e comenta: “Pode haver
poucas dúvidas de que essa seja a tradução correta” (1 and 2Timothy & Titus, p. 261). (William Hendrikse considera o único artigo
impressionante e vê apoio para essa interpretação no fato de que em nenhum lugar no Novo Testamento e)pifa&neia
(“manifestação”) é aplicada a mais de uma pessoa, e essa única pessoa é sempre Cristo (New Testament
commentary, exposition of the pastoral epistles. Grand Rapids, 1957,p. 373-375).
38
Do&kimoj significa “aprovado, que passou no teste”. Cranfield acha que a palavra é aqui usada “possivelmente
porque Paulo sabia que, em alguma dificuldade específica, ele provara ser um cristão fiel”, ou Paulo talvez não
pretendesse nada mais do que simplesmente variar o elogio (Romans, 2: 791). A primeira opção aparece ser a mais
provável.
Escravos do pecado
39
A palavra básica é a(marti&a, “errar o alvo” (que Paulo usa 64 vezes), com os substantivos correspondentes a(marti&a,
(2 vezes), a(martwlo&j (8) e o verbo a(marta&nw (17). Pecado também é a)diki&a, “injustiça” (12); os cognatos são a!dikoj,
“injsuto” (3) e a)dike&w, “agir mal” (9). Pecado também é a)nomi&a, “iniqüidade” (6), com a!nomoj, “iníquo” (5) e a)no&mwj,
“de modo iníquo” (2); parakoh&, “desobediência” (2); a)se&b & eia, “impiedade” (4), com a)sebh&j, “ímpio” (3); para&basij,
“passar do limite, transgressão” (5), com paraba&thj, “transgressor” (3); para&ptwma, “dar passo em falso” (16);
pw&rwsij, “endurecer” (2); kaki&a, “maldade” (6), com kako&j, “mau” (26) e kakou=rgoj, “malfeitor” (1); h3tthma,
“derrotar” (2); ponhri/a, “malignidade” (3), com ponhro/j, “maligno” (13); e1noxoj, “culpado” (1).
Está claro que Paulo tem uma teologia profunda e bem-ponderada. Ela
não é transmitida de forma sistemática, e todos temos dificuldades ao
tentar organizá-la em um sistema coerente. Mas esse problema é
nosso, e não de Paulo. Ele tinha certeza de que Deus havia feito algo
maravilhoso em Cristo, e essa certeza permeava todo o seu
pensamento. Ele tinha certeza de que Deus levaria o que fizera a um
ponto culminante e magnífico no mundo futuro, quando todo o mal
será destruído e o triunfo de Deus e do bem se manifestará. Ele tinha
certeza de que Deus, em seu amor, suprira todas as necessidades do
seu povo nesta era, e especificamente que enviara seu Espírito Santo
para guiá-lo e conduzi-lo no caminho do amor. O amor de Deus é a
grande realidade dominante e desperta o amor no coração do povo de
Deus. Nada é maior do que o amor (1Co 13.13)
40
Douleu/w, “servir como escravo” rege as duas orações.
Segunda parte
A Superioridade de Cristo
Exortações Finais
TEOLOGIA DE TIAGO
Tiago explica que uma fé que não produz santidade de vida é coisa
morta. Salienta a necessidade de uma fé viva e eficaz para obter a
perfeição cristã.
Efésios 2 : 8 - 9 Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto
não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém
se glorie.
Tiago 2 : 14,17 Que proveito há, meus irmãos se alguém disser que tem
fé e não tiver obras? Porventura essa fé pode salvá-lo? Assim também a
fé, se não tiver obras, é morta em si mesma.
Lucas 22 : 31 - 33 Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos
cirandar como trigo; mas eu roguei por ti, para que a tua fé não
desfaleça; e tu, quando te converteres, fortalece teus irmãos.
Respondeu-lhe Pedro: Senhor estou pronto a ir contigo tanto para a
prisão como para a morte.
Para edificação dos novos convertidos não somente dos judeus, mas,
também, entre os gentios. Para alertar aos cristãos sobre as falsas
doutrinas que tinham entrado nas igrejas.
Jesus é apresentado por Pedro como o Salvador cuja obra redentora foi
consumada no gólgota.
Jesus é fiel para com os seus; Ele voltará para recompensar a seus
servos, I Pedro 5 : 1 - 11.
Judas 6 aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram
a sua própria habitação, ele os tem reservado em prisões eternas na
escuridão para o juízo do grande dia,
TEOLOGIA NO APOCALIPSE
Terceira parte
OS QUATRO EVANGELHOS
PARALELO SIGNIFICATIVO
OS SINÓTICOS E JOÃO
Sinótico: Que tem forma de sinopse; resumido. Os evangelhos de
Mateus, Marcos e Lucas cobrem quase o mesmo terreno, apresentando
apenas narrações dos fatos enquanto o registro de João, além de Ter
sido escrito mais tarde do que os demais trata em sua maior parte da
matéria não mencionada por eles.
O evangelho de João é obra de um teólogo, que apresenta Jesus como o
Cristo, o Filho de Deus.
Dualismo Joanino
Enquanto os três primeiros evangelhos trazem um dualismo
escatológico, que consta de uma narração do já e ainda não, vivendo
num dualismo entre a presença do Reino e a presença do mundo
pecaminoso, sendo um dualismo cronológico horizontal. Já o livro de
João trás um dualismo vertical, entre o céu e a terra, entre a carne e o
Espírito, Luz e Trevas.
João trata de dois mundos e não de dois tempos Jo 8.23; 16.11;
11.9; 13.1; 3.13; 20,17.
Trevas e luz – mundo inferior são as trevas, mas o mundo de
cima é a Luz. Há entre eles o conflito Jo 1.5. Quem recebe Jesus passa
para o mundo da luz 12.36.
Carne e Espírito – em João a carne é do mundo inferior e o
Espírito do mundo superior. A vida da carne é humana e fraca 1.3.
Mas carne não é pecaminosa em si, 1.14, carne expressa a
humanidade a fragilidade. A carne está presa a este mundo e não pode
elevar o homem a Deus 6.63. Somente através do Espírito é que se vai
a Deus, o Espírito Santo 4.24.
Mundo – Para João a palavra Kosmos possui vários significados.
Pode ser criação 17.5, ou planeta terra 11.9, lugar onde os homens
habitam 6.14. Mundo também significa os habitantes do mundo 12.19,
3.16, 4.42, 1.29.
Entretanto, João trás uma nova significação para a palavra
mundo, ele afirma que este mundo também é pecaminoso 7.7; 17.25;
1.10. Os discípulos de Jesus fazem parte do mundo, mas foram
chamados para sair dele para pertencer a Jesus 17.6.
Satanás - O mundo é visto como estando sob o controle de
Satanás 8.44, 13.27.Como príncipe deste mundo, ele tenta vencer
Jesus Cristo 14.30.
Pecado – João enfatiza o pecado não como vários atos contrários
à lei de Deus, mas como um modo de vida 16.18, 8.34.
Morte – Morte é um adereço do mundo inferior 5.24.
AS PRINCIPAIS DOUTRINAS
Doutrina de Deus
A Existência de Deus
A Natureza de Deus
Os Atributos de Deus
Doutrina de Cristo
Natureza de Cristo
Os Ofícios de Cristo
A Obra de Cristo
Sua Natureza
Sua Classificação
Seu caráter
Sua Obra
Reino das trevas
Doutrina do Homem
A Origem do Homem
A Natureza do Homem
A Imagem de Deus no Homem
Doutrina da Salvação
A Natureza da Salvação
Justificação
Regeneração
Santificação
Doutrina da Igreja
A Natureza da Igreja
A Fundação da Igreja
As Ordenanças da Igreja
A Organização da Igreja
Arrebatamento da Igreja
Tribunal de Cristo
Bodas do Cordeiro
Grande tribulação
Milênio
João, o Batista
Novo Profeta
41
Era um tipo de literatura que constava de relatos sobre como seria o fim do mundo, era uma forma comum de muitos judeus
escreverem. Este estilo literário surgiu durante o período chamado por nós de interbíblico, quando nasceu nos corações judeus a
esperança de paz em tanta perseguição, principalmente no período de Antíoco IV, conhecido pela sua violência contra os costumes
judaicos. Era um período que o povo clamava pela vinda do messias, e sofria com o domino estrangeiro, eram constantemente
exortados pelos profetas a persistirem.
42
Trecho extraído do Livro “Quem foi João, o Batista” – Pr. Humberto Vieira. Cap. 4 p. 36
Sua mensagem
Em sua mensagem
João e Jesus
Mateus 11. 1-13 – O reino chegou com Cristo ou não?
Jesus manda responder que ele estava fazendo o que Isaías falou
sobre a vinda do Reino. João termina uma fase da história, em Jesus
começa a outra e última.
O Messias
A palavra messias é o mesmo que Cristo que quer dizer ungido.
Ungido significa untado, o uso hebraico a unção tem a finalidade de
destacar dos demais. Ungia-se os sacerdotes e os Reis, contudo apenas
a unção de Rei envolvia a chamada: expectativa messiânica. Que é a
espera dos judeus por um Rei que virá para governar da parte de Deus
todo o mundo.
O messias esperado já tinha todas as características que
envolvem a unção, autoridade, poder e honra, esperava-se agora que
ele tomasse o seu posto. E o Velho Testamento sempre prometeu que
este messias seria o Renovo de Davi (Jr 23.5).
O Novo Testamento vai ser unânime em declarar que Jesus de
Nazaré é o Messias prometido esse título foi tão claro e
exaustivamente usado para Jesus que acabou sendo um complemento
do seu nome. Temos então, a expectativa do messianismo sendo
cumprida.
A esperança do Velho Testamento é que o messias venha assumir
o governo teocrático de Israel e que seja o legítimo representante de
Yahweh. A figura da um líder ungido sempre se relaciona com uma
pessoa que recebe um encargo divino.
43
Mais detalhe deste assunto encontra no livro do Pr. Humberto “Quem foi João, o Batista”
O Reino de Deus
Dualismo Escatológico
Reino presente
Mas isso não implica que para sermos salvos temos de praticar
obras, mas implica numa responsabilidade dos salvos.
O Espírito Santo
Nos evangelhos sinópticos é enfatizado o fator do Espírito Santo
como inaugurador do Reino de Cristo e que as obras de Cristo são
efetuadas pelo poder do Espírito Santo.
João também fala da ação do Espírito Santo sobre Cristo, mas a
ênfase é falar do Espírito Santo como substituto de Cristo. E que
Cristo dá do seu Espírito, realizando a distinção entre o Velho
Testamento o Novo Testamento.
João 3.34-35, é a única declaração de que Jesus fez o que fez pelo
Espírito Santo em João.
João assume a idéia de que o Espírito Santo este subordinado a
Cristo e será entregue, após a ressurreição aos discípulos, 20.22,23.
O Espírito Santo transformaria as palavras dos discípulos em
canais de bênçãos, Jo 7.39.
O Espírito Santo veio para assumir o lugar de Jesus e para
capacitar os discípulos, para levar a Fé.A presença do Espírito Santo
em João é o cumprimento de uma capacitação espiritual do Velho
Testamento, Jo 14.17. De certa forma o Espírito Santo estava e
habitava em Israel, mas o Novo Testamento fala com mais freqüência
dessa habitação.
Mas o Velho Testamento sempre fala de uma espera messiânica,
quando haverá uma dimensão nova sobre a chegada do Espírito Santo.
O cumprimento final é receber o Espírito Santo de um modo novo,
Jl 2.28.
João trata do seu dualismo também com respeito ao Espírito.
Jo 6.63, alguém pode pensar que João está falando do dualismo
grego de carne como algo mal, mas não podemos esquecer que a ênfase
de João quanto a carne é a idéia de limitação desta e incapacidade de
servir a Deus.
A teologia de João mostrará que Deus usará a carne como veículo
para o Espírito fazer sua vontade.
Quando Jesus se faz carne, ele está inaugurando uma nova
condição do homem.
Que Pelo Espírito ele poderá caminhar a Deus, assim podemos
como homens, ter a esperança de que há salvador.
Devemos manter a idéia de que a carne não é má, mas é limitada
para alcançar o mundo superior, Jo 3.6.
Com a vinda do Espírito Santo ao mundo, poderemos adorar a
Deus em qualquer lugar, Jo 4.23.
Adorar em espírito deve ser visto sem esquecer do uso da palavra
espírito em João. Esse Espírito é adorar pela mediação de Cristo.
Lembremos que o contexto está falando de adorar da forma do
Velho Testamento em contraste com a nova forma.
OS ENSINOS DE JESUS
A fé é crer que Deus é fiel. Ela é a força que move a mão de Deus. A fé
conduz o indivíduo em perfeita relação com Deus.
João guiado pelo Espírito Santo nos conduz para além das eternidades
passadas. Esta teologia é chamada de Cristocêntrica, porque para o
apóstolo, Cristo é tudo. Não é uma teologia apenas da razão, é uma
teologia do Espírito. A mensagem de João mostra que Deus pode ser
conhecido em Jesus Cristo.
Referências Bibliográficas
Panorama do Novo Testamento, Robert H. Gundry
Vida Nova
Através da Bíblia Livro por Livro, Myer Pearlman
Vida
Conhecendo as Doutrinas da Bíblia, Myer Pearlman
Vida
Teologia Sistemática, A. B. Langston
Juerp
Os Amigos de Jesus, E. Percy Ellis.
CPAD
Manual da Escola Dominical, Antonio Gilberto.
CPAD
Manual Bíblico, Henry H. Halley
Vida Nova
Novo Comentário da Bíblia, F. Davidson
Vida Nova
Pequena Enciclopédia Bíblica, O. S. Boyer
IBAD
Examinai as Escrituras, J. Sidlow baxter
Vida Nova
Autor
Ev. José Ferraz
http://www.orbita.starmedia.com/~omensageiro1
Fohrer, George. História da Religião de Israel. Trad. Josué Xavier, 2ª ed. São
Paulo: Paulinas, 1982. 522 p. (Nova Coleção Bíblica, 15).
Gabel & Wheeler, John e Charles. A Bíblia Como Literatura - Uma
Introdução. São Paulo: Loyola, 1993. 263 p.
Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil. Escola Superior de
Teologia. Comissão de Publicações Teológicas. Profetismo - Coletânea de
Estudos. São Leopoldo: Sinodal, 1985. 266 p. (Estudos Bíblico-Teológicos, 4).
Ironside, H. A. 400 Anos de Silêncio. Trad. Joás Castelo Branco Gueiros. São
Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1988. 130 p.
Josefo, Flávio. História dos Hebreus – Volume 1. Trad. Vicente Pedroso, 2ª
ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1990. 260 p.
Josefo, Flávio. História dos Hebreus – Volume 2. Trad. Vicente Pedroso, 2ª
ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1990. 260 p.
Richardson, Alan. Introdução à Teologia do Novo Testamento. Trad. Jaci
Correia Maraschin. São Paulo: ASTE, 1966. 390 p.
Volkmann, Martin. Jesus e o Templo – Uma Leitura Sociológica de Marcos
11:15-19. São Leopoldo, RS e São Paulo: Sinodal e Paulinas, 1992, 172 p.
(Teses e Dissertações, 1)
Watson, S. L. & Ana (tradutores). Conciso Dicionário Bíblico (Ilustrado). 10ª
ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1979. 184 p.
Material não publicado do Professor Leandro Andrade (usado com a devida
autorização)
Morris, Leon Teologia do Novo Testamento –1ª Edição 2003 – Tradução
Hans Udo Fuchs – Ed. Vida Nova.
Dr. Reis Pereira Aníbal Ex-padre – “O Crente pode perder a salvação?”
Segunda Edição / Edições “Caminho de Damasco” Ltda. 1987
Vieira, Humberto. Quem foi João, o Batista?