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Sergio Alfredo Macore 2018

1.Qualidade da educação

Todos nós queremos uma educação de qualidade para as nossas crianças. Em um mundo que a
cada dia torna-se mais competitivo, buscamos garantir a melhor formação possível para
instrumentalizá-las e, assim, aumentar suas chances de sucesso no futuro.

Para que esse planeamento dê certo de fato, no entanto, será preciso mais. É necessário ter
disciplina e tranquilidade para absorver os conteúdos previstos no projecto pedagógico, que deve
ser adequado para cada fase de aprendizado.

1.1.Requisitos para uma educação de excelência

1. Valores – É preciso que a família e a escola estejam em sintonia quanto aos preceitos que
devem reger a formação do aluno, já que o ambiente escolar é também um lugar de
convivência, no qual deve ser exercitado o respeito e a solidariedade, além do
desenvolvimento cognitivo.
2. Infra-estrutura – Às vezes, um prédio luxuoso ou equipamentos de ponta podem seduzir
alguns pais, passando a errónea sensação de que se traduzem em eficiência. É bom ter
cuidado, alta tecnologia, por exemplo, não significa um ensino qualificado.
3. Bons tutores – Os professores são os personagens principais na formação dos alunos. Por
isso, é preciso estar atento à qualificação do corpo docente, de sua capacidade de
transmitir de forma eficiente os conteúdos previstos para cada fase da formação das
crianças e adolescentes e de sua habilidade de gestão em sala de aula.
4. Segurança – Actualmente, este é um aspecto cada vez mais relevante para toda a
comunidade. É necessário um controle rigoroso de acesso ao prédio e cuidado com a
entrada e saída dos alunos, garantindo tranquilidade para pais e estudantes.
5. Familiaridade – Para que os objectivos educacionais sejam realmente alcançados é
fundamental que o estudante sinta-se confortável e acolhido no ambiente escolar. Para
isso, é preciso que ele consiga se identificar com a proposta e as vivências oferecidas,
participando, o máximo possível, das actividades sociais, desportivas, culturais e de
entretenimento.
6. Integração – Uma educação completa só é viável com a participação efectiva da família.
Por isso, é indicado verificar se a escola investe em canais de comunicação e integração

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efectivos. É bom observar que este aspecto é favorecido quando se opta por uma
instituição mais próxima de casa. Além de tornar a locomoção mais simples quando for
preciso comparecer à escola, aumenta a probabilidade de uma maior consciência da
realidade e da demanda dos estudantes.

1.3.As sete dimensões dos Indicadores da educação

Para respeitar a complexidade do significado de qualidade educativa, os indicadores foram


organizados em sete dimensões ou sete diferentes aspectos da qualidade da escola. Essas
dimensões garantem que a qualidade educativa seja considerada de forma ampla e de acordo com
as realidades avaliadas. São elas:

1) Ambiente educativo:

Nesta dimensão os indicadores se referem ao respeito, à alegria, à amizade e solidariedade, à


disciplina, ao combate à discriminação e ao exercício dos direitos e deveres.

2) Prática pedagógica e avaliação:

Aqui, reflete-se colectivamente sobre a proposta pedagógica da escola, sobre o planeamento das
actividades educativas, sobre as estratégias e recursos de ensino-aprendizagem, os processos de
avaliação dos alunos, incluindo a auto-avaliação, e a avaliação dos profissionais da escola.

3) Ensino e aprendizagem da leitura e da escrita:

Aborda a proposta pedagógica para a alfabetização inicial e desenvolvimento das habilidades de


leitura e escrita ao longo da educação básica; aponta as oportunidades que os alunos têm para
desenvolver hábitos e a motivação para leitura, incluindo uso da biblioteca e equipamentos de
informática.

4) Gestão escolar democrática:

Focaliza o compartilhamento das decisões, a preocupação com a qualidade, com a relação custo-
benefício e com a transparência.

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5) Formação e condições de trabalho dos profissionais da escola:

Aqui, discute-se sobre os processos de formação dos professores, sobre a suficiência, assiduidade
e estabilidade da equipe escolar.

6) Espaço físico escolar:

Nesta dimensão, os indicares são o bom aproveitamento dos recursos existentes na escola, a
disponibilidade e a qualidade desses recursos e a organização dos espaços escolares.

7) Acesso, permanência e sucesso na escola:

As perguntas principais são: Quem são os alunos que apresentam maior dificuldade no processo
de aprendizagem? Quem são aqueles que mais faltam na escola? Onde e como eles vivem? Quais

1.4.Como Avaliar a qualidade de educação e para que?

Falar de qualidade em educação é inscrever o discurso numa questão central nas políticas
públicas de educação. Todavia, nem sempre lembramos que a avaliação da qualidade é um
processo que migrou da esfera económica para a educativa e não tomamos as cautelas
epistemológicas necessárias na avaliação da educação.

Quando cedemos à tentação da medida esquecemos a especificidade do processo educativo,


sempre único e original, dificilmente enquadrável num qualquer quadro de medição de
objectivos. No artigo, após reflectir sobre os sentidos da avaliação, equaciono a ideia de que
quando encetamos uma avaliação em educação, há que ponderar o processo utilizado para medi-
la, bem como o destino a dar e as motivações que a justificam.

Duvidar da bondade dos objectivos da avaliação da qualidade em educação é natural num


processo raramente inocente que, tantas vezes, fundamenta a concorrência, a rivalidade e a
discriminação, num claro processo de reprodução das exclusões e das desigualdades sociais.

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Honestamente, para mim, esse acto de avaliar, de compreender a qualidade em educação só faz
sentido se tiver um objectivo formativo, se contribuir para encontrar problemas e sugerir
possíveis respostas adequadas a cada situação particular.

Ora, é desta pretensão que decorre o grande problema ou a grande ilusão que, segundo creio,
sempre surge ligada à “qualidade em educação”. Por um lado, há que encontrar um acordo
relativamente ao próprio conceito. Por outro, esse conceito, pelas diferenças e discriminações
que pode originar, deve ser utilizado num sentido formativo.

Assim, dada a dificuldade em se encontrar um conceito consensual de qualidade em educação,


por um lado; e, por outro, o facto de que a comparação implica colocar as coisas num antes e
num depois; num bom e num mau; a procura de qualidade em educação deverá promover e
implicar, apenas, a competição entre uma instituição e ela própria.

Quer isto dizer que a avaliação da qualidade em educação, qualquer que seja o conceito
subjacente e o critério utilizado, pode e deve ser utilizada, mas por um professor, um
estabelecimento ou um sistema educativo para comparar os seus desempenhos ao longo do
tempo e, dessa comparação, retirar as razões que explicam um “andar para a frente” ou “um
andar para trás”, em termos de qualidade. E este modo de colocar a questão permite, enfim,
compreender processos.

1.5.A necessidade de avaliar e algumas cautelas a observar: os indicadores

Sendo a qualidade um conceito não consensual, muitos podem ser, e são, os indicadores de
medida a utilizar. A taxa de sucesso dos alunos é um deles. Pode dizer-se que um
estabelecimento “melhorou” se, de um ano para outro, em igualdade de condições, aquela taxa
tiver aumentado.

1.6.Como medir a qualidade de educação

Medir/avaliar a qualidade em educação será observar as práticas dos professores, compará-las


com outras ou com propostas do que é ser bom professor (outra situação que encerra
ambiguidades e equívocos que enviesam qualquer análise assente nesta noção)? E o que vamos
avaliar/comparar: a prática pedagógica? A capacidade comunicacional?

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Os materiais de apoio? A criatividade? A inovação? São muitos os segmentos que podemos
avaliar. Contudo, a questão de sempre mantém-se. Como vamos fazer essa avaliação?

Tomemos, apenas, a criatividade, de entre aqueles instrumentos e processos. Criatividade em


quê? O professor é criativo porque encontrou uma estratégia para motivar os alunos que lhe
correspondem participando nas aulas, através do questionamento, do debate, da procura de nova
informação, da pesquisa? Nestas circunstâncias, parece ser possível afirmar que aquele professor
é um bom professor, porque consegue, com a sua criatividade, atrair e motivar os alunos, levá-
los a ter êxito.

Todavia, pelo menos um senão é possível colocar: com outra turma, inclusive da mesma escola,
aquele professor conseguiria, utilizando a sua e mesma criatividade, motivar estes novos alunos?
É possível que sim. Mas, também, é possível que não. Deixaria, por esse facto, de ser um bom
professor?

A verdade é que o êxito do professor depende não só dele, das capacidades que consegue
mobilizar (comunicação, criatividade, desafio, empatia etc.), mas também, e muito naturalmente,
do contexto em que se insere.

Outra forma de medição será a confrontação entre os objectivos que a instituição se propunha
atingir e a respectiva consecução. No âmbito da sala de aula, podemos medir a qualidade em
educação daquele estabelecimento pelo número de utilizações do centro de recursos por parte
dos alunos (e dos professores), pelo número de requisições feitas sobre material de apoio (livros,
cassetes áudio ou vídeo), pela relação estabelecida entre os alunos e os professores de diferentes
anos e turmas em torno do projecto educativo da escola etc.

De igual forma, podem utilizar-se indicadores como o número de alunos por turma, o número de
alunos por professor, o número de alunos por funcionário não docente ou a área útil de cada sala
de aula por aluno.

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2.Padrões e indicadores de qualidade para o ensino básico em Moçambique

Para efeitos de análise da qualidade de educação em Moçambique a seguir definem-se alguns


conceitos:

1. Sistema de Gestão e Garantia de Qualidade: Programa de acompanhamento


sistemático, avaliação dos diferentes aspectos de um projecto ou serviço, para garantir o
cumprimento dos padrões de qualidade com o máximo de eficácia e eficiência.
2. Dimensão: área-chave dos diferentes processos educativos, cujo funcionamento concorre
para a aquisição de competências.
3. Padrão: condição ideal que se espera que uma escola atingiu e que serve de critério de
avaliação a partir dos resultados e das respectivas evidências.
4. Indicador: facto observável que exprime e permite medir ou avaliar o nível do
cumprimento ou do alcance dos padrões, com base numa escala qualitativa ou
quantitativa.
5. Evidência: facto observável que comprova o grau de alcance do padrão.
6. Auto-avaliação ou avaliação interna: conjunto de normas, mecanismos e
procedimentos operados pelas próprias instituições para avaliarem a qualidade dos seus
próprios serviços. Visa diagnosticar o nível de organização das instituições, identificando
os aspectos fortes e os aspectos a superar através da execução dum plano de acção de
auto superação.
7. Avaliação externa: conjunto de normas, mecanismos e procedimentos que são operados
por instituições externas para avaliarem a qualidade dos serviços de outras instituições da
educação.

2.1.Padrões e indicadores

Os padrões e indicadores estão agrupados em três dimensões, nomeadamente: Planificação,


Administração e Gestão Escolar; Infra-estrutura, Equipamento e Ambiente Escolar; e Processo
de Ensino Aprendizagem.

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2.1.1.Dimensão 1: Planificação, Administração e Gestão Escolar

Nesta dimensão pretende-se cobrir aspectos ligados à planificação, administração e gestão de


uma escola. Estes apontam, essencialmente, as formas de organização e planificação do trabalho
do pessoal docente e não docente, acesso e assiduidade dos alunos à escola, disponibilidade do
material básico necessário para o funcionamento da escola e controlo das actividades
pedagógicas.

Planificação, Administração e Gestão Escolar

Padrão Indicador Evidencias


 Planificação da escola  Existência do Plano de
 Planificação financeira e Desenvolvimento da
execução orçamental da escola. Escola e do Plano
Eficiente gestão da  Participação inclusiva dos actores Anual da Escola e seu
escola na planificação e transparência na grau de cumprimento.
gestão escolar.  Existência do Plano
Financeiro da Escola e
seu grau de
cumprimento
 Não proporção de crianças  Mapas estatísticos da
matriculadas com 16 anos de escola
Assegurado o acesso, idade na 10ª classe  Mapas de
permanência e sucesso  Tendência do aproveitamento aproveitamento
escolar escolar dos últimos três anos Pedagógico
 Mapas estatísticos da
escola
 Conservação do livro de  Mapa de recolha do
Disponibilizado o distribuição gratuita. livro em condições de
material de ensino  Material para os alunos com utilização
necessidades educativas especiais  Existência de material
compensatório de

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acordo com a
deficiência

2.1.2.Dimensão 2: Infra-Estruturas, Equipamento e Ambiente Escolar

Nesta dimensão, estão arroladas as condições mínimas necessárias para garantir o processo de
ensino-aprendizagem inclusivo, são e seguro, onde as crianças desenvolvem o respeito pelo seu
semelhante e pela sociedade. Na tabela a seguir, atinente à Dimensão Infra-Estruturas,
Equipamento e Ambiente Escolar, são apresentados os padrões, indicadores e as respectivas
evidências.

Padrão Indicador Evidencias


 Suficiência de salas de  Sala com dimensões
aula e equipamentos aprovadas.
Garantida a criação, manutenção  Existência de gabinetes  Todos os alunos
e mobiliário para os
e conservação das condições físicas estudam em salas de
gestores da escola
da escola e de todo o património  Existência de espaço aula
para recreação e
existente na instituição  Uma secretária e cadeira
desportos
 Placas de identificação para o professor
da escola, das salas e
 Carteiras para todos os
sectores
alunos
 Existência de vedação,  Vedação
local de concentração  Saída de emergência
em caso de emergência  Local de concentração
 Existência de árvores  Árvores de fruta e de
Asseguradas as condições básicas de fruta e de sombra sombra
de segurança, higiene e saneamento  Saneamento da escola  Recipientes de lixo e/ou
 Disponibilidade de aterros sanitários
água potável  Existência de fontenária,
 Existência de água canalizada, poços
sanitários de água, tanques,

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cisternas
 Portas, lavatórios, barras
de Apoio
 Carteiras e cadeiras
adequadas à deficiência
 Medidas especiais e  Sinais de orientação
interventivas para os traduzidos em braille,
alunos com em todos os locais do
Garantido um Ambiente de inclusão necessidades edifício
Apropriado para o ensino educativas especiais  Rampas de acesso
aprendizagem Padronizadas
 Medidas especiais para  Plano e listas de equipas
os alunos com desportivas, material
deficiência desportivo e recreativo,
incluindo modalidades
que possam ser
praticadas por alunos
com deficiência

 Divulgação e defesa  Documentos sobre os


dos direitos da criança direitos da criança

Assegurado o respeito pelos direitos  Crianças vulneráveis  Lista dos beneficiários


da criança com acesso à escola e
apoiadas em material  Lista dos materiais
escolar distribuídos

Assegurada a promoção de valores Existência dos símbolos de Bandeira Nacional, fotografia


cívicos e patrióticos soberania oficial do Chefe do Estado

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2.1.3.Dimensão 3: Processo de Ensino-Aprendizagem

Um eficiente processo de ensino-aprendizagem constitui a chave para a aquisição de


competências definidas no currículo. Nesta dimensão, os indicadores de qualidade referem-se a
todos os aspectos que, no seu conjunto, favorecem a aprendizagem e a ampliação da capacidade
de leitura e escrita, contagem e cálculo numérico de todas as crianças e adolescentes ao longo do
Ensino Básico. Na tabela a seguir, atinente à Dimensão Processo de Ensino-Aprendizagem, são
apresentados os padrões, indicadores e as respectivas evidências.

Padrão Indicador Evidencias


 Disponibilidade, uso  Programa de ensino, manual
do programa de ensino, do professor e dosificação
manual do professor e  Plano de aula, livro da turma
outros materiais e caderno do aluno
 Utilização de materiais  Textos de apoio e livro do
Adequada utilização dos materiais de demonstração Aluno
curriculares básicos didáctica de todas as  Existência de mapas, caixa
áreas de aprendizagem métrica, quadro silábico,
 Acesso e bom geográficos, globos
aproveitamento da terrestres, esqueleto
biblioteca ou do acervo humano, materiais em forma
bibliográfico de relevo e outros materiais
localmente produzidos
 Organização e  Plano de aula, livro da turma
orientação de trabalhos e caderno do aluno
dos alunos (individual  Cópias de trabalhos
Utilizadas metodologias e/ou em grupo) Realizados
participativas  Realização do ditado,  Plano de aula, livro da turma
redacção, trabalhos e caderno do aluno
práticos, dramas,  Caderneta do professor

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canções e jogos  Cópias de ditados, projectos,
redacções e TPC

 Exposição dos trabalhos


feitos

 Ficha de monitoria de
competências básicas

 Domínio de  Resultados de avaliações de


competências de acordo com o programa de
oralidade, leitura e ensino
escritas definidas para
cada ciclo de  Caderno de desempenho
Proficiente leitura, escrita aprendizagem Pedagógico
e cálculo numérico
 Domínio de contagem  Ficha de monitoria de
e cálculo de acordo competências básicas
com o programa de
ensino  Resultados de avaliações de
acordo com o programa de
ensino

 Caderno de desempenho
pedagógico e caderno diário

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3.Direito a educação

Vivemos em uma sociedade democrática que tem por definição a pluralidade, o convívio e a
interlocução na diversidade. O direito de participar nos espaços e processos comuns de ensino e
aprendizagem realizados pela escola está previsto na legislação, e as políticas educacionais
devem estar compatíveis com esses pressupostos que orientam para o acesso pleno e condições
de equidade no sistema de ensino.

A Constituição da República, quando adopta como princípio a “igualdade de condições para o


acesso e permanência na escola”, compreendido como efectivação do objectivo republicano de
“promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
formas de discriminação”, prevê uma sociedade com escolas abertas a todos, em qualquer etapa
ou modalidade, bem como o acesso a níveis mais elevados de ensino.

O direito à educação escolar é um desses espaços que não perderam e nem perderão sua
actualidade.

Hoje, praticamente, não há país no mundo que não garanta, em seus textos legais, o acesso de
seus cidadãos à educação básica. Afinal, a educação escolar é uma dimensão fundante da
cidadania, e tal princípio é indispensável para políticas que visam à participação de todos nos
espaços sociais e políticos e, mesmo, para reinserção no mundo profissional

3.1.O que é Direito:

Direito pode se referir à ciência do direito ou ao conjunto de normas jurídicas vigentes em um


país (direito objectivo). Também pode ter o sentido de íntegro, honrado. É aquilo que é justo,
recto e conforme a lei. É ainda uma regalia, um privilégio, uma prerrogativa.

A ciência do direito é um ramo das ciências sociais que estuda as normas obrigatórias que
controlam as relações dos indivíduos em uma sociedade. É uma disciplina que transmite aos
estudantes de direito um conjunto de conhecimentos relacionados com as normas jurídicas

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determinadas por cada país. Para alguns autores, é um sinal de organização de uma determinada
sociedade, porque indica a recepção de valores e aponta para a dignidade do ser humano.

3.2.Os 10 direitos nas escolas

1. Receber ensino de qualidade.


2. Ter acesso, no início do período lectivo, ao programa da disciplina, à bibliografia básica,
às explicações acerca da metodologia de ensino, e ainda, sobre os critérios, período e tipo
de avaliação.
3. Tomar conhecimento do resultado das avaliações pelo menos 07 (sete) dias antes da
verificação seguinte e receber a prova, caso se trate de avaliação escrita.
4. Ser orientado pelo professor da disciplina, inclusive em horário extra-classe, quanto às
dificuldades de sua vida académica.
5. Ser formalmente representado nos Órgãos da Administração da escola, com direito a voz
e voto.
6. Usar de seu livre direito de expressão.
7. Ter assegurada ampla defesa nos casos de aplicação de penas disciplinares.
8. Recorrer ao órgão competente (Pró-Reitorias, Direcção de Centro/Faculdade,
Departamento, Coordenação de Curso) toda vez que se sentir lesado em seus direitos por
qualquer ato de professor, servidor ou dirigente da escola.
9. Concorrer à representação estudantil, tendo em vista a participação em Órgão da escola.
10. Participar de Estágios que visem ao aperfeiçoamento em seu Curso.

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4.Conselho da escola

O Conselho Escolar é o órgão máximo para a tomada de decisões realizadas no interior de uma
escola. Este é formado pela representação de todos os segmentos que compõem a comunidade
escolar, como: alunos, professores, pais ou responsáveis, funcionários, pedagogos, directores e
comunidade externa.

Cada Conselho Escolar tem suas acções respaldadas através do seu próprio Estatuto, que
normatiza a quantidade de membros, formas de convocação para as reuniões ordinárias e
extraordinárias, como é realizado o processo de renovação dos conselheiros, dentre outros
assuntos que competem a essa instância.

Neste sentido, cabe aos conselhos escolares:

 Deliberar sobre as normas internas e o funcionamento da escola;


 Participar da elaboração do Projecto Político-Pedagógico;
 Analisar e aprovar o Calendário Escolar no início de cada ano lectivo;
 Analisar as questões encaminhadas pelos diversos segmentos da escola, propondo
sugestões;
 Acompanhar a execução das acções pedagógicas, administrativas e financeiras da escola
e;
 Mobilizar a comunidade escolar e local para a participação em actividades em prol da
melhoria da qualidade da educação, como prevê a legislação.

4.1.Função do conselho da escola

O Conselho Escolar exerce as seguintes funções:

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 Deliberativa: é a competência de decidir sobre as acções e o funcionamento
administrativo, pedagógico e financeiro da escola, bem como sobre as políticas públicas
nela desenvolvidas.
 Consultiva: refere-se ao encargo de analisar as questões do âmbito escolar e apresentar
um parecer.
 Avaliativa: é o acompanhamento das acções desenvolvidas na escola, de forma a
identificar as dificuldades e possibilidades de melhorias.
 Fiscalizadora: é a responsabilidade de fiscalizar as acções desenvolvidas na escola, a fim
de garantir o cumprimento das normas preestabelecidas.

4.2.Atribuições do conselho da escola

Cabe ao Conselho Escolar analisar, autorizar e acompanhar a execução do Projecto Político-


Pedagógico, bem como tomar decisões sobre as questões administrativas e financeiras da escola.

4.3.Deveres dos conselheiros da escola

É competência dos conselheiros orientar pais, estudantes, professores, funcionários e


movimentos sociais sobre o encaminhamento de problemas relacionados à escola, elaborar e
estabelecer normas e aconselhar e fiscalizar as acções pedagógicas, administrativas e financeiras
da escola, tais como: a avaliação dos professores e funcionários; os processos de reprovação de
alunos e as contas da Associação de Pais e Funcionários.

4.4.Constituição do conselho da escola

O Conselho Escolar é composto por:

1. Director;
2. Representante da equipe pedagógica;
3. Representante do corpo docente (professores);
4. Representante da equipe técnico-administrativa e assistentes de execução;
5. Representante da equipe auxiliar operacional;
6. Representante dos pais de alunos ou responsáveis;

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7. Representante dos movimentos sociais organizados da comunidade (Associação de
Moradores, Sindicatos, Instituições Religiosas, Conselhos Comunitários, Conselho de
Saúde, entre outros).

É importante destacar que o número de representantes por segmento deve ser igual, ou seja, 50%
para representantes dos profissionais da escola e 50% para representantes da comunidade escolar
e local.

AUTOR DO ARTIGO
Nome: Sérgio Alfredo Macore
NickName: Helldriver Rapper
Morada: Pemba – Cabo Delgado – Moçambique
Contactos: +258 846458829 / Sergio.macore@gmail.com
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NOTA: Depois de Baixar esse artigo, não esqueça de Agradecer (Um Simples Obrigado).
= Também faço trabalhos científicos por encomenda (Monografias, Teses, Dissertações, artigos).

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