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Gestão Governamental p/

Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental


Prof. Dr. Giovanni Pacelli – Aula 01

AULA 01: Planejamento e Orçamento na Constituição de


1988: Objetivos da República, Planos Setoriais. Plano
Plurianual – PPA 2012/2015, Lei de Diretrizes
Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual.

SUMÁRIO PÁGINA
1. Apresentação 1
2.PPA 2
2.1. PPA na CF/1988 2
2.2. PPA no âmbito federal 12
2.3. Mensagem Presidencial do PPA federal 25
2.4. Comparação do PPA federal atual com os anteriores 33
3. LDO 40
3.1. Atribuições Principais da LDO na CF/1988 e na LRF 41
3.2. Outras atribuições da LDO na CF/1988, na LRF e na
48
própria LDO
3.3. Anexos da LDO 54
4. LOA 66
4.1. Estrutura 69
4.2. Orçamento de Investimento 73
4.3. Orçamento da Seguridade Social 77
4.4. Integração para combater a desigualdade inter-
84
regional
5. Prazos dos instrumentos de planejamento 86
6. Créditos Adicionais 92
6.1. Finalidades e formas de abertura 93
6.2. Fontes de Créditos Adicionais 95
7. Lista das questões apresentadas 103
8. Lista das questões comentadas 122

1. APRESENTAÇÃO
Hoje nós entraremos nos detalhes dos 3 (três) instrumentos de
planejamento: PPA, LDO e LOA. Além disso, trataremos dos conceitos e
finalidades dos créditos adicionais, bem como das suas respectivas fontes.
Todas as questões da ESAF disponíveis sobre o tema constam ao
final da aula.

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2. PLANO PLURIANUAL
A título de esquenta segue questão discursiva cobrada sobre PPA.

MPOG/2010/APO/ESAF

2.1. PPA na CF/1988


A CF/1988 estabelece que:
Art. 165.
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma
regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração
pública federal para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as relativas aos programas de duração
continuada.

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A partir do conceito anterior surgem os seguintes


questionamentos:
1 – O que é essa regionalização? Ela é obrigatória?
2 – Qual o cuidado que deve ter com os termos “diretrizes, objetivos e
metas”?
3 – O PPA é apenas para União, ou para todos os entes?
4 – As despesas de capital estão no PPA? Todas de capital? E das
despesas correntes? Todas as despesas correntes também constam no
PPA?

1 – O que é essa regionalização? Ela é obrigatória?


A regionalização é a localização espacial de gasto e é obrigatória. A
regionalização pode ser dar: pelas cinco regiões administrativas, por
estados, por municípios, por biomas (Caatinga, Amazônia Ocidental,
Amazônia Oriental) e outros critérios espaciais.

2 – Qual o cuidado que deve ter com os termos “diretrizes,


objetivos e metas”?
Normalmente as bancas trocam DOM (“diretrizes, objetivos e
metas”) por MP (metas e prioridades), termos típicos da LDO. Caso
isso ocorra considere um erro.

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3 – O PPA é apenas para União, ou para todos os entes?


Apesar de o conceito mencionar administração pública federal,
todos os entes da federação devem ter PPA, LDO e LOA. Assim, se
consideramos 5500 municípios temos: 1 PPA da União, 27 PPA´s dos
Estados e DF e 5500 PPA´s dos Municípios.

4 – As despesas de capital estão no PPA? Todas de capital? E das


despesas correntes? Todas as despesas correntes também
constam no PPA?
Essa pergunta é complexa e necessita de um conhecimento
adjacente: classificação da despesa orçamentária. Inicialmente devo lhe
informar que existem 9 classificações da despesa orçamentária. Essas 9
(nove) classificações vem apenas na LOA. Pelo menos duas dessas
classificações também podem vir no PPA: classificação quanto à natureza
e classificação programática. Vejamos a Figura 1 a seguir.

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Figura 1: Despesas que constam na LOA

Corrente: R$ 600 Pessoal, Juros, Aluguel

Classificação quanto à natureza:


R$ 1000

Capital: R$ 400 Obras, Amortização da Dívida

Despesas Orçamentárias na
LOA: Exemplo R$ 1000
Área Fim: mobilidade urbana,
Temático: R$ 400
Bolsa-Família

Classificação programática: Gestão, Manutenção Área Meio: Pessoal, Aluguel,


R$ 1000 e Serviços: R$ 300 Reforma de Sede

Operações Especiais: Juros, Amortização da Dívida,


R$ 300 Transferências Constitucionais

Independente da classificação na LOA, se o valor da LOA é de R$ 1.000, ele é R$ 1.000 em qualquer


classificação da despesa orçamentária. Porém, já adianto que diferentemente da LOA, não constam no PPA as
despesas dos programas de operações especiais.
Assim, pelo conceito da CF/1988, as despesas com capital devem constar no PPA, porém não todas
(amortização da dívida fica fora). As despesas correntes “decorrentes”/ “derivadas”/”consequentes” das despesas
de capital também devem constar no PPA, porém não todas (juros e transferências constitucionais ficam fora do
PPA).

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É importate você saber que nem todas as despesas orçamentárias


constam no PPA.
Os exemplos dados das despesas correntes e de capital, e dos programas
são os mais usuais em prova.

Instrumentos de Planejamento na CF/88: Lacunas Jurídicas


A CF/1988 determina que deveria haver lei complementar que dispusesse
sobre exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a
organização do PPA.
Art. 165. § 9º, I:
“Cabe à lei complementar dispor sobre o exercício financeiro, a
vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual,
da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual”.
Ocorre que não existe a referida lei até hoje. Isso gera algumas
consequências:
1 – Recepção da lei 4320/1964 como lei complementar por resolver no que
tange à LOA parte dos assuntos tratados no Art. 165. § 9º, I;
2 – Adoção dos prazos dos instrumentos previstos do A.D.C.T. da CF/1988
até hoje;
3 – Possibilidade dos Estados exercerem a completência plena nestes
assuntos haja vista a omissão da União;
4 – Temas que deveriam estar de forma perene nessa lei complementar
acabam sendo direcionados para a LDO, desvituando suas atribuições.

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Em termos de planejamento estratégico, tático e operacional; o


PPA é um plano estratégico e tático. Porém, é importante saber sua
classificação quanto ao prazo.
Desse modo, o Governo ordena suas ações com a finalidade de
atingir objetivos e metas por meio do PPA, um plano de médio prazo
elaborado no primeiro ano de mandato do presidente eleito, para
execução nos quatro anos seguintes.

Relação com outros Planos


A CF/1988 prevê a existência de outros planos de iniciativa do presidente
da República, quais sejam: nacionais, regionais e setoriais.

Art. 165. [...]

§ 4º - Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos


nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano
plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.

Assim, fica claro que todos os planos nacionais, regionais e setoriais


devem estar de acordo com o PPA e não o contrário.
Isso pode gerar casos grotescos como o fato de um Plano Decenal de
determinado tema (plano de longo prazo) ser compatível com o PPA que é
um plano de médio prazo.

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(Cespe/IPEA/2008) Quanto às normas orçamentárias da CF, julgue os


itens seguintes.
1. Entre os instrumentos de planejamento da atividade financeira do
Estado previstos pela CF, o nível mais abstrato para a formulação do
plano de trabalho do governo é constituído pelo Plano Plurianual (PPA).

2. (Cespe/TCU/2008) A lei que institui o plano plurianual (PPA) deve


estabelecer, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as
metas da administração pública federal para as despesas de capital e
para outras delas decorrentes. Contudo, não existe um modelo
legalmente instituído para organização, metodologia e conteúdo dos
PPAs.

3. (ABIN/2010/Administração) Se, em consonância com as normas do


PPA, o governo federal instituir um plano de combate a calamidades
públicas ocorridas em certa região do país, não haverá necessidade de
submeter esse plano ao Congresso Nacional.

4. (Cespe/CNJ/2013) A elaboração do orçamento compreende o


estabelecimento de plano de médio prazo (quatro anos) ou PPA; lei
orientadora ou lei de diretrizes orçamentárias (LDO); e orçamento
propriamente dito ou LOA.

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5. (Cespe/ANTT/2013) Apesar de ser um guia para a elaboração da LDO


e para a LOA, o PPA não condiciona outros planos constitucionais que
tenham duração superior ao período de quatro anos, tais como o plano
decenal da educação.

6. (Cespe/MPU/2013) O PPA estabelece as diretrizes e os objetivos da


administração pública federal para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as despesas relativas aos programas de educação
continuada.

7.(Cespe/2015/PGE-PI/Procurador) Não existe, atualmente, dispositivo


de lei complementar nacional que disponha acerca de vigência, prazos,
elaboração e organização dos PPAs.

COMENTÁRIOS ÀS QUESTÕES

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(Cespe/IPEA/2008) Quanto às normas orçamentárias da CF, julgue os


itens seguintes.
1. Entre os instrumentos de planejamento da atividade financeira do
Estado previstos pela CF, o nível mais abstrato para a formulação do
plano de trabalho do governo é constituído pelo Plano Plurianual (PPA).
CERTO, o nível mais abstrato é o PPA e o mais concreto a LOA.

2. (Cespe/TCU/2008) A lei que institui o plano plurianual (PPA) deve


estabelecer, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as
metas da administração pública federal para as despesas de capital e
para outras delas decorrentes. Contudo, não existe um modelo
legalmente instituído para organização, metodologia e conteúdo dos
PPAs.
CERTO, até a presente data não existe a lei complementar de que
trata o art. 165 Art. 165. § 9º, I.

3. (ABIN/2010/Administração) Se, em consonância com as normas do


PPA, o governo federal instituir um plano de combate a calamidades
públicas ocorridas em certa região do país, não haverá necessidade de
submeter esse plano ao Congresso Nacional.
ERRADO, trata-se de plano regional, logo deve ser compatível
com o PPA e deve passar pela análise do Congresso Nacional.

4. (Cespe/CNJ/2013) A elaboração do orçamento compreende o


estabelecimento de plano de médio prazo (quatro anos) ou PPA; lei
orientadora ou lei de diretrizes orçamentárias (LDO); e orçamento
propriamente dito ou LOA.
CERTO, o PPA é de médio prazo e os demais itens estão corretos.

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5. (Cespe/ANTT/2013) Apesar de ser um guia para a elaboração da LDO


e para a LOA, o PPA não condiciona outros planos constitucionais
que tenham duração superior ao período de quatro anos, tais como o
plano decenal da educação.
ERRADO, os planos nacionais, regionais e setoriais inclusive de
longo prazo devem ser compatíveis com o PPA.

6. (Cespe/MPU/2013) O PPA estabelece as diretrizes e os objetivos da


administração pública federal para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as despesas relativas aos programas de
educação continuada.
ERRADO, para as despesas relativas aos programas de duração
continuada.

7.(Cespe/2015/PGE-PI/Procurador) Não existe, atualmente, dispositivo


de lei complementar nacional que disponha acerca de vigência, prazos,
elaboração e organização dos PPAs.
CERTO, até a presente data não existe a lei complementar de que
trata o art. 165 Art. 165. § 9º, I.

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2.2. PPA no âmbito federal


Atualmente a Lei nº 13.249, de 13 de janeiro de 2016, corresponde
ao PPA da União 2016-2019.
Art. 1o Esta Lei institui o Plano Plurianual da União para o
período de 2016 a 2019 - PPA 2016-2019, em cumprimento ao
disposto no § 1o do art. 165 da Constituição Federal.
Art. 2o O PPA 2016-2019 é instrumento de planejamento
governamental que define diretrizes, objetivos e metas da
administração pública federal para as despesas de capital e outras
delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração
continuada, com o propósito de viabilizar a implementação e a gestão
das políticas públicas.

Prioridades no PPA da União? Mas isso não era na LDO?


A lei do PPA 2016-2019 traz as prioridades da administração pública
federal:
Art. 3o São prioridades da administração pública federal para o período
2016- 2019:
I - as metas inscritas no Plano Nacional de Educação (Lei no 13.005, de 25
de junho de 2014);
II - o Programa de Aceleração do Crescimento - PAC, identificado nas leis
orçamentárias anuais por meio de atributo específico; e
III - o Plano Brasil sem Miséria - PBSM, identificado nas leis orçamentárias
anuais por meio de atributo específico.
Parágrafo único. No prazo de noventa dias a contar da publicação desta Lei,
o Poder Executivo informará ao Congresso Nacional o montante de recursos
a ser destinado, no quadriênio 2016-2019, ao Programa de Aceleração do
Crescimento - PAC e ao Programa de Investimentos em Logística - PIL.

Assim, muito cuidado, pois só deve deve dizer que as prioridades


constam no PPA se a questão de forma explícita mencionar o PPA
federal.

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O PPA 2016-2019 possui as seguintes diretrizes:


Art. 4º Para o período 2016-2019, o PPA terá como diretrizes:
I - O desenvolvimento sustentável orientado pela inclusão social;
II - A melhoria contínua da qualidade dos serviços públicos;
III - A garantia dos direitos humanos com redução das desigualdades
sociais, regionais, étnico-raciais, geracionais e de gênero;
IV - O estímulo e a valorização da educação, ciência, tecnologia e
inovação e competitividade;
V - A participação social como direito do cidadão;
VI- A valorização e o respeito à diversidade cultural;
VII - O aperfeiçoamento da gestão pública com foco no cidadão, na
eficiência do gasto público, na transparência, e no enfrentamento à
corrupção; e
VIII - A garantia do equilíbrio das contas públicas.

Quais programas temos no PPA 2016-2019? E quais não temos?


Existem 3 tipos de programas: temáticos; gestão, manutenção e serviço;
e operações especiais. Constam no PPA apenas os programas temáticos
e de gestão, manutenção e serviço.
Art. 5º O PPA 2016-2019 reflete as políticas públicas e organiza a atuação
governamental por meio de Programas Temáticos e de Gestão, Manutenção
e Serviços ao Estado, assim definidos:
I - Programa Temático: que expressa e orienta a ação governamental
para a entrega de bens e serviços à sociedade; e
II - Programa de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado: que
expressa e orienta as ações destinadas ao apoio, à gestão e à manutenção
da atuação governamental.
Parágrafo único. Não integram o PPA 2016-2019 os programas
destinados exclusivamente a operações especiais.

A seguir consta figura que mostra a estrutura do PPA federal e integração


do com a LOA.

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Figura 2: Mosaico da estrutura do PPA federal e sua integração do com a LOA

Plano Plurianual LOA


Nível estratégico Nível tático Nível Operacional

Iniciativas

Visão de Futuro
Objetivos
Ações dos Programas Temáticos
Vinculação
4 Eixos Estratégicos Indicadores Metas
54 Programas Temáticos
Valor Global
28 Diretrizes Estratégicas
Valor de Referência

Programa de Gestão, Vinculação Ações dos Programas de Gestão


Manutenção e Serviço

Programas de Operações
Especiais e suas ações

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Relações Funcionais no PPA 2016-2019

1. No PPA só existem programas temáticos e de gestão. Não constam no


PPA os programas de operações especiais.
2. As ações são discriminadas exclusivamente na LOA.
3. Cada programa temático possui dois ou mais objetivos.
4. Os programas de gestão não possuem objetivos, nem indicadores.
5. Para cada objetivo existe um único órgão responsável;.
6. Cada programa objetivo possui duas ou mais metas; e duas ou mais
iniciativas
7. Para cada meta existe um único órgão responsável
8. Não existe órgão responsável por programa.
9. O elemento de ligação dos programas temáticos do PPA com as ações
da LOA são os objetivos. No caso dos porgramas de gestão, a ligação é
direta. Assim, cada ação orçamentária da LOA estará vinculada a um
único Objetivo, exceto as ações padronizadas que podem se vincular a
mais de um objetivo.

O quadro 1 a seguir traz os conceitos dos elementos centrais do


PPA.

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Quadro 1: Atributos dos Programas Temáticos

Atributos Descrição

Órgão Responsável: órgão


cujas atribuições mais
contribuem para a
implementação do Objetivo
ou da Meta.
Expressa as escolhas de
Meta: medida do alcance do
políticas públicas para o
Objetivo, podendo ser de
alcance dos resultados
Objetivos natureza quantitativa ou
almejados pela intervenção
qualitativa.
governamental. O que deve
ser feito? Iniciativa: declaração dos
meios e mecanismos de
gestão que viabilizam os
Objetivos e suas Metas,
explicitando a lógica da
intervenção.

É uma referência que permite identificar e aferir,


Indicadores periodicamente, aspectos relacionados a um Programa,
auxiliando a avaliação dos seus resultados.

É a estimativa dos recursos orçamentários e


extraorçamentários previstos para a consecução dos Objetivos,
Valor Global sendo os orçamentários segregados nas esferas Fiscal e da
Seguridade Social e na esfera de Investimento das Empresas
Estatais, com as respectivas categorias econômicas.

É o parâmetro financeiro utilizado para fins de individualização


de empreendimento como iniciativa no Anexo III (se o valor do
Valor de empreendimento for superior ao de referência), estabelecido
Referência por Programa Temático e especificado para as esferas Fiscal e
da Seguridade Social e para a esfera de Investimento das
Empresas Estatais.

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O que seriam ações padronizadas?


Inicialmente devemos saber que a classificação programática atualmente
vigente está suoportada pelas portarias MOG 42/1999, STN e SOF
163/2001, e Manual Técnico do Orçamento conforme abaixo.

Programa
Assim, observa-se que a ação é o 2º nível da classificação programática.
Estas ações podem ser padronizadas.

Tipo Característica Exemplo

Funcionamento dos Hospitais de


São implementadas por mais de uma Ensino; Promoção da Assistência
Setorial
UO do mesmo órgão. Técnica e Extensão Rural - ATER;
Administração das Hidrovias

São executadas por mais de um órgão Elevação da Escolaridade e


ou por UOs de órgãos diferentes, Qualificação Profissional -
Multis-
considerando a temática ProJovem Urbano e Campo
setorial
desenvolvida pelo setor à qual está (realizada no MEC, MTE e
vinculada. Presidência).

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Operações que perpassam diversos


Pagamento de Aposentadorias e
órgãos e/ ou UOs sem contemplar as
Pensões; Contribuição da União,
especificidades do setor ao qual estão
de suas Autarquias e Fundações
vinculadas. Caracterizam-se por
para o Custeio do Regime de
União apresentar base legal, finalidade,
Previdência dos Servidores
descrição e produto padrão, aplicável a
Públicos Federais; e Auxílio-
qualquer órgão e, ainda, pela gestão
Alimentação aos Servidores e
orçamentária realizada de forma
Empregados.
centralizada pela SOF.

Por fim, apresento elementos que compõem o programa de


mobilidade urbana do PPA 2016-2019.

Figura 3: Indicadores

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Figura 4: Valor Global e Valor de Referência

Figura 5: Objetivo e Metas

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Figura 6: Iniciativas

Figura 7: Integração com a LOA – Parte 1

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Figura 8: Integração com a LOA – Parte 2

O PPA possui fases?


Sim, pode-se admitir que o PPA possui 4 fases: implementação,
monitoramento, avaliação e revisão.

Art. 12. A gestão do PPA 2016-2019 observará os princípios da


publicidade, eficiência, impessoalidade, economicidade e efetividade e
compreenderá a implementação, o monitoramento, a avaliação e a
revisão do Plano.
§ 1o Caberá ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão definir os
prazos, as diretrizes e as orientações técnicas complementares para a
gestão do PPA 2016-2019.
§ 2o O Poder Executivo manterá sistema informatizado de apoio à
gestão do Plano, cujas informações deverão ser atualizadas com
periodicidade definida nos termos do §1o.
§ 3o O Poder Executivo adotará, em conjunto com representantes da
sociedade civil, mecanismos de participação social nas etapas do ciclo
de gestão do PPA 2016-2019.

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Quanto às fases do PPA:

Art. 13. O Poder Executivo:


I - publicará em portal eletrônico dados estruturados e informações sobre a
implementação e o acompanhamento do PPA 2016-2019; e
II - encaminhará ao Congresso Nacional o Relatório Anual de Avaliação
do Plano, que conterá:
a) análise do comportamento das variáveis macroeconômicas que
embasaram a elaboração do Plano, explicitando, se for o caso, as razões
das discrepâncias verificadas entre os valores previstos e realizados;
b) análise da situação, por Programa, dos Indicadores, Objetivos e
Metas, informando as medidas corretivas a serem adotadas quando houver
indicativo de que metas estabelecidas não serão atingidas até o término do
Plano; e
c) execução financeira das ações vinculadas aos objetivos dos
Programas Temáticos.

O Decreto 8.759, de 10 de maio de 2016, estabelece que o


monitoramento e a avaliação do PPA 2016-2019 são atividades
estruturadas a partir da implementação de cada Programa, orientada para
o alcance das metas da administração pública federal.
O monitoramento incidirá sobre os Programas Temáticos e seus
respectivos Indicadores, Objetivos, Metas e Iniciativas.
Pelo decreto 8.759, de 10 de maio de 2016, o relatório de avaliação
deve ser enviado até 31 de maio do ano subsequente ao avaliado, e
adotará as providências necessárias para a sua ampla divulgação.

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É possível alterar o PPA por Decreto?


Existem alterações que necessariamente são por Lei?

Sim, a lei do PPA 2016-2019 define situações em que o PPA pode ser
alterado por ato próprio do Executivo (decreto por exemplo). Porém,
certas alterações do PPA necessitam projeto de Lei: inclusão ou
exclusão de programas temáticos, objetivos ou metas.
Art. 15. Fica o Poder Executivo autorizado a promover, por ato próprio,
alterações no PPA 2016-2019 para:
I - compatibilizar as alterações promovidas pelas leis orçamentárias anuais
e pelas leis de crédito adicional, podendo, para tanto:
a) alterar o Valor Global do Programa;
b) adequar as vinculações entre ações orçamentárias e objetivos; e
c) revisar ou atualizar Metas.
II - alterar Metas qualitativas; e
III - incluir, excluir ou alterar os seguintes atributos:
a) Indicador;
b) Órgão Responsável por Objetivo e Meta;
c) Iniciativa; e
d) Valor Global do Programa, em razão de alteração de fontes de
financiamento com recursos extraorçamentários.
Parágrafo único. Quaisquer modificações realizadas com fulcro na
autorização prevista no caput deverão ser informadas à Comissão Mista de
Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso Nacional e
publicadas em portal eletrônico do governo federal.

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Pelo decreto 8.759, de 10 de maio de 2016, A revisão do Plano


consiste na atualização de Programas com vistas a proporcionar aderência
à realidade de implementação das políticas públicas e, nos termos do art.
15 da Lei nº 13.249, de 2016, poderá ser realizada pelo Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão, por ato próprio e a qualquer tempo.
Ou seja, houve uma delegação do Presidente ao Ministro do
Planejamento, respeitado os casos que necessitam de lei:

Decreto 8.759/2016
Art. 10. Para a revisão do Plano que resulte em inclusão ou exclusão de
Programa Temático, Objetivo ou Meta deverá ser encaminhado Projeto de
Lei ao Congresso Nacional, contendo os respectivos atributos e observando
a não superposição com a programação já existente no PPA 2016-2019.

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2.3. Mensagem Presidencial do PPA federal


O Projeto de Lei do PPA 2016-2019 foi resultado de um processo de
construção coletiva entre órgãos do governo e representações da
sociedade, que envolveu mais de 4 mil pessoas, sendo realizadas 120
oficinas governamentais para a formulação dos programas temáticos, dois
Fórum Interconselhos, seis fóruns regionais, quatro setoriais e amplo
debate no Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Planejamento
(Conseplan).

O novo PPA reforça a opção por um modelo de desenvolvimento


com inclusão social e redução das desigualdades, com foco na qualidade
dos serviços públicos e no equilíbrio da economia, e está organizado em
duas partes: dimensão estratégica, composta pela visão de futuro,
por quatro eixos estratégicos e pelas 28 diretrizes estratégicas, e a
dimensão tática, que apresenta os 54 programas temáticos e os
programas de gestão, manutenção e serviços ao Estado.

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Na dimensão tática, cada programa temático é integrado por


objetivos, metas e iniciativas, entre outros atributos que detalham o
planejamento para cada área de atuação governamental. Os objetivos
orientam a atuação do governo para o que deve ser feito e apresentam
o que será entregue à sociedade. As metas detalham essas entregas,
resultando na medida do alcance do objetivo, podendo ser de natureza
quantitativa ou qualitativa. As iniciativas apresentam os meios e
mecanismos de gestão que serão efetivados pelo Estado para viabilizar
os objetivos e suas metas. Ao todo, são 303 objetivos e 1.118 metas,
além de 2.860 iniciativas que compõem o arranjo das políticas públicas
para os próximos quatro anos.
O PPA 2016-2019 em relação ao PPA 2011-2015 não trouxe
alterações significativas quanto a sua estrutura e conceitos. As mudanças
concentraram-se em dois pontos.
O primeiro foi reforçar o caráter estratégico do Plano,
estruturando-o em uma Dimensão Estratégica, contendo uma Visão de
Futuro e um conjunto de Eixos e Diretrizes Estratégicas. O debate para a
elaboração do PPA foi iniciado a partir das Diretrizes Estratégicas,
previamente à elaboração dos Programas, tanto no âmbito interno do
governo como com a sociedade civil. Buscou-se evidenciar o projeto
estratégico de governo, que orienta a construção dos Programas
Temáticos, expressando os cursos de ação propostos para o alcance dos
resultados esperados para o Plano. Estabelece-se, assim, uma conexão
lógica que permite visualizar como a estratégia geral do governo,
anunciada na Dimensão Estratégica, orienta as escolhas das políticas
públicas materializadas em Objetivos e Metas expostos na Dimensão
Programática.

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O segundo ponto teve como foco qualificar o conteúdo dos


Programas Temáticos, que passam a expressar com maior clareza as
escolhas estratégicas para cada área por meio de seus Objetivo e
respectivas Metas, que por sua vez destacam de forma concisa as
entregas mais relevantes e estruturantes para a implementação das
políticas públicas.

2.3.1 Elementos Estratégicos


O PPA 2016-2019 assume como Visão de Futuro um Brasil que se
reconheça e seja reconhecido como:
• uma sociedade inclusiva, democrática e mais igualitária, com educação
de qualidade, respeito e valorização da diversidade e que tenha superado
a extrema pobreza;
• uma economia sólida, dinâmica e sustentável, capaz de expandir e
renovar competitivamente sua estrutura produtiva com geração de
empregos de qualidade e com respeito ao meio ambiente.

Visão de Futuro

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Os Eixos Estratégicos mantêm o foco da ação governamental na


melhoria das condições de vida da população que, após anos de
crescimento econômico com redução das desigualdades, viu sua renda,
assim como suas possibilidades de acesso a bens e serviços, aumentar
fortemente.

Para a superação dos desafios compreendidos em cada Eixo


Estratégico, é proposto um conjunto de Diretrizes que norteiam as
principais agendas para os próximos quatro anos, nos quais o PPA 2016-
2019 propõe sustentar o processo de desenvolvimento inclusivo no Brasil
por meio da retomada do crescimento econômico e da distribuição dos
ganhos de produtividade na sociedade. O vínculo entre as Diretrizes e
os Eixos Estratégicos não é rígido, podendo uma mesma Diretriz
Estratégica colaborar para mais de um Eixo Estratégico. A seguir as
diretrizes:

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1. Combate à pobreza e redução das desigualdades, promovendo o acesso


equitativo aos serviços públicos e ampliando as oportunidades econômicas no
campo e na cidade.
2. Promoção da qualidade e ampliação do acesso à educação com equidade,
articulando os diferentes níveis, modalidades e sistemas, garantindo condições
de permanência e aprendizado e valorizando a diversidade.
3. Promoção do emprego e do trabalho decente, com garantia de direitos
trabalhistas, qualificação profissional e o fortalecimento do sistema público de
emprego.
4. Garantia de acesso universal aos serviços de atenção básica e especializada
em saúde, com foco na integralidade e qualidade do atendimento e no
fortalecimento do Sistema Único de Saúde - SUS.
5. Garantia de acesso da população ao sistema previdenciário, com qualidade e
equidade no atendimento e melhoria da gestão, contribuindo para a
sustentabilidade do sistema.
6. Garantia de acesso com qualidade aos serviços de assistência social, por
meio da consolidação do Sistema Único de Assistência Social - SUAS.
7. Garantia do direito humano à alimentação adequada e saudável, com
promoção da soberania e da segurança alimentar e nutricional.
8. Fortalecimento da cidadania e dos direitos fundamentais, promovendo a
participação social, o acesso à justiça, os direitos da pessoa idosa, dos jovens,
da pessoa com deficiência, o respeito à população LGBT e o enfrentamento a
todas as formas de violência.
9. Promoção da igualdade de gênero e étnico-racial e superação do racismo,
respeitando a diversidade das relações humanas.
10. Promoção do desenvolvimento rural sustentável, visando a ampliação da
produção e da produtividade agropecuária, com geração de emprego, renda,
divisas e o acesso da população rural aos bens e serviços públicos.
11. Fortalecimento da governança fundiária e promoção da reforma agrária e da
proteção dos direitos dos povos indígenas, povos e comunidades tradicionais e
quilombolas.
12. Promoção do direito à comunicação e à inclusão digital, ampliando o acesso
à Internet banda larga e expandindo a oferta de serviços e conteúdos de
telecomunicações.

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13. Fortalecimento da segurança pública e redução de homicídios, com


integração de políticas públicas entre os entes federados, controle de fronteiras
e promoção de uma cultura de paz.
14. Promoção do desenvolvimento urbano integrado e sustentável, ampliando e
melhorando as condições de moradia, saneamento, acessibilidade, mobilidade
urbana e trânsito, com qualidade ambiental.
15. Promoção da segurança hídrica, com investimentos em infraestrutura e
aprimoramento da gestão compartilhada e da conservação da água.
16. Promoção da conservação, da recuperação e do uso sustentável dos recursos
naturais.
17. Ampliação das capacidades de prevenção, gestão de riscos e resposta a
desastres e de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
18. Redução das desigualdades regionais e intrarregionais e promoção do
desenvolvimento territorial sustentável, respeitando as identidades e a
diversidade cultural.
19. Promoção do desenvolvimento cultural e artístico e acesso à cultura, com
valorização da diversidade e fortalecimento da economia da cultura.
20. Promoção da democratização do acesso ao esporte, da formação esportiva e
da preparação de atletas, com foco na elevação da qualidade de vida da
população.
21. Promoção da ciência, da tecnologia e da inovação e estímulo ao
desenvolvimento produtivo, com ampliação da produtividade, da competitividade
e da sustentabilidade da economia.
22. Promoção do desenvolvimento econômico, melhoria do ambiente de
negócios e da concorrência, com justiça fiscal e equilíbrio das contas públicas.
23. Fortalecimento das micro e pequenas empresas e dos microempreendedores
individuais, e promoção do trabalho associado, da cooperação, da autogestão e
dos empreendimentos solidários.
24. Ampliação da atuação do Brasil no comércio internacional de bens e serviços,
agregando valor, conteúdo tecnológico, e diversificando a pauta e o destino das
exportações brasileiras.

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25. Investimentos na melhoria do transporte de passageiros e de carga,


buscando a integração modal, a eficiência da rede de transporte, a
competitividade do país, o desenvolvimento sustentável e a integração regional,
nacional e sul-americana.
26. Promoção de investimentos para ampliação da oferta de energia e da
produção de combustíveis, com ênfase em fontes renováveis.
27. Garantia da defesa nacional e da integridade territorial, e promoção da paz,
dos direitos humanos e da cooperação entre as nações.
28. Fortalecimento da capacidade de gestão do Estado, com foco no aumento da
qualidade dos serviços prestados ao cidadão, na qualidade do gasto, na
transparência, na comunicação e participação social, bem como da prevenção e
do combate à corrupção.

2.3.2 Elementos Táticos

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2.4. Comparação do PPA federal atual com os anteriores


PPA PPA 2008-2011 PPA 2012-2015 2016-2019
Estratégico (visão,
Níveis de Estratégico (visão, valores e eixos e diretrizes) e
Estratégico, Tático e
Planejamento dentro macrodesafios) e Tático (programas, Tático (programas,
Operacional.
do PPA objetivos e iniciativas). objetivos e
iniciativas).
Programas,
Elementos Programas, Objetivos, Metas e
Programas e Ações Objetivos, Metas e
constitutivos Iniciativas.
Iniciativas.
Não há órgão
Existem órgãos
responsável por
responsáveis por Não há órgão responsável por
Responsabilidade programa. Há apenas
programas. Cada Programa programa. Há apenas órgão
pelos programas órgão responsável
possui um gerente e cada responsável por objetivo.
por objetivo e por
Ação um Coordenador.
meta.
Vinculação dos Não havia necessidade, As metas fazem as
As iniciativas fazem as vinculações
programas com as pois as ações já estavam vinculações das ações
das ações constantes na LOA.
ações da LOA no PPA. constantes na LOA.

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Programas de
Não constam no PPA Não constam no PPA Não constam no PPA
Operações Especiais
Discriminação das
No PPA e na LOA Apenas na LOA Apenas na LOA
Ações
Sistema Utilizado SIGPLAN SIOP SIOP
Delimitação dos Programas
Temáticos conferindo novo
significado à dimensão tática no
Esta sobreposição
Plano e qualificou a comunicação
confundia o PPA com o Reforço do caráter
dentro do governo e deste com a
Orçamento à medida que estratégico do Plano e
sociedade.
Análise Crítica Geral mantinha níveis idênticos qualificação maior
Aproximação dos os Programas
de agregação entre os dos programas
Temáticos dos temas de políticas
instrumentos. temáticos.
públicas possibilitando a definição de
indicadores dotados de maior
capacidade de revelar aspectos das
políticas e contribuir com a gestão

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8.(IPAJM/2010/Técnico Superior/Adaptada) O Poder Executivo pode


proceder a alteração do órgão responsável pela execução de determinado
objetivo incluído no PPA, sem necessidade de se utilizar projeto de lei.

9. (Cespe/2013/ANTT) O plano plurianual deve ser elaborado com vistas


ao fortalecimento da unidade federativa, sendo, portanto, vedada
qualquer forma de regionalização de objetivos ou de diretrizes
governamentais.

(Cespe/2013/BACEN) Com relação aos instrumentos de planejamento,


orçamento e execução do programa de trabalho do governo, julgue o
seguinte item.
10. O programa temático, orientando a ação governamental, desdobra-se
em objetivos e iniciativas e deve retratar, no âmbito do plano plurianual,
a agenda de governo organizada pelos temas das políticas públicas.

11. (Cespe/TCE-RO/2013) No contexto de elaboração do Plano Plurianual


(PPA), o conceito de iniciativa é definido como a declaração dos meios e
mecanismos de gestão que viabilizam os Objetivos e suas Metas,
explicitando a lógica da intervenção.

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12.(Cespe/2013/ TRT 10ª Região/Analista) Os empreendimentos


plurianuais cujo valor global estimado seja igual ou superior ao valor de
referência são caracterizados de grande porte e deverão ser expressos no
PPA 2012-2015, como iniciativas. Logo, são obrigatoriamente
individualizados no PPA, os empreendimentos de grande porte
financiados com recursos provenientes de transferências da União a
estados, ao Distrito Federal e aos municípios.

13.(Cespe/2013/ TRT 10ª Região/Analista) Anualmente, o Poder


Executivo encaminhará ao Congresso Nacional relatório anual de
avaliação do PPA, que conterá, entre outras informações, a avaliação do
comportamento das variáveis macroeconômicas que embasaram a
elaboração do PPA, explicitando, se for o caso, as razões das
discrepâncias verificadas entre os valores previstos e os realizados.

14.(Cespe/2013/ TRT 10ª Região/Analista) Além de programas


destinados exclusivamente a operações especiais, o PPA integra as
políticas públicas e organiza a atuação governamental, por meio de
programas temáticos e de gestão, manutenção e serviços ao Estado.

15. (Cespe/TJ-CE/2014/Analista) No âmbito do plano plurianual, um


programa temático é composto por uma série de atributos, entre os
quais está indicador que consiste no instrumento que permite identificar
e aferir aspectos relacionados ao programa, auxiliando o monitoramento
da evolução de uma determinada realidade e gerando subsídios para a
sua avaliação.

16.(Cespe/DPF/2014/Administrador) A contextualização do programa


temático no âmbito do plano plurianual deve incluir a interpretação
completa e objetiva da temática tratada, as oportunidades e os desafios
associados, os contornos regionais que a política pública deverá assumir
e as transformações que se deseja realizar.

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COMENTÁRIOS ÀS QUESTÕES
8.(IPAJM/2010/Técnico Superior/Adaptada) O Poder Executivo pode
proceder a alteração do órgão responsável pela execução de determinado
objetivo incluído no PPA, sem necessidade de se utilizar projeto de lei.
CERTO, de acordo como novo PPA faz-se necessário projeto de lei
apenas nos casos de inclusão ou exclusão de programas,
objetivos e metas.

9. (Cespe/2013/ANTT) O plano plurianual deve ser elaborado com vistas


ao fortalecimento da unidade federativa, sendo, portanto, vedada
qualquer forma de regionalização de objetivos ou de diretrizes
governamentais.
ERRADO, a regionalização da diretrizes, objetivos e metas é
obrigatória.

(Cespe/2013/BACEN) Com relação aos instrumentos de planejamento,


orçamento e execução do programa de trabalho do governo, julgue o
seguinte item.
10. O programa temático, orientando a ação governamental, desdobra-se
em objetivos e iniciativas e deve retratar, no âmbito do plano plurianual,
a agenda de governo organizada pelos temas das políticas públicas.
CERTO, apenas o programa temático possui objetivos e
iniciativas.

11. (Cespe/TCE-RO/2013) No contexto de elaboração do Plano Plurianual


(PPA), o conceito de iniciativa é definido como a declaração dos meios e
mecanismos de gestão que viabilizam os Objetivos e suas Metas,
explicitando a lógica da intervenção.
CERTO, é exatamente o conceito do novo PPA 2016-2019.

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12.(Cespe/2013/ TRT 10ª Região/Analista) Os empreendimentos


plurianuais cujo valor global estimado seja igual ou superior ao valor de
referência são caracterizados de grande porte e deverão ser expressos no
PPA 2016-2019, como iniciativas. Logo, são obrigatoriamente
individualizados no PPA, os empreendimentos de grande porte
financiados com recursos provenientes de transferências da
União a estados, ao Distrito Federal e aos municípios.
ERRADO. A primeira parte está errada, pois são os valores
maiores que os de referência.
A segunda parte está errada, pois as transferências do FPE e do
FPM são operações especiais e constam apenas nos programas de
operações especiais. Logo não constam no PPA.

13.(Cespe/2013/ TRT 10ª Região/Analista) Anualmente, o Poder


Executivo encaminhará ao Congresso Nacional relatório anual de
avaliação do PPA, que conterá, entre outras informações, a avaliação do
comportamento das variáveis macroeconômicas que embasaram a
elaboração do PPA, explicitando, se for o caso, as razões das
discrepâncias verificadas entre os valores previstos e os realizados.
CERTO, até 31 de maio de cada exercício, o Executivo
encaminhará ao Congresso Nacional o Relatório Anual de
Avaliação do Plano, que conterá:
a) análise do comportamento das variáveis macroeconômicas que
embasaram a elaboração do Plano, explicitando, se for o caso, as razões
das discrepâncias verificadas entre os valores previstos e realizados;
b) análise da situação, por Programa, dos Indicadores, Objetivos
e Metas, informando as medidas corretivas a serem adotadas quando
houver indicativo de que metas estabelecidas não serão atingidas até o
término do Plano; e
c) execução financeira das ações vinculadas aos objetivos dos
Programas Temáticos.

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14.(Cespe/2013/ TRT 10ª Região/Analista) Além de programas


destinados exclusivamente a operações especiais, o PPA integra as
políticas públicas e organiza a atuação governamental, por meio de
programas temáticos e de gestão, manutenção e serviços ao Estado.
ERRADO, os programas de operações especiais não constam no
PPA.

15. (Cespe/TJ-CE/2014/Analista) No âmbito do plano plurianual, um


programa temático é composto por uma série de atributos, entre os
quais está indicador que consiste no instrumento que permite identificar
e aferir aspectos relacionados ao programa, auxiliando o monitoramento
da evolução de uma determinada realidade e gerando subsídios para a
sua avaliação.
CERTO, é exatamente o conceito da lei 13.249/2016.

16.(Cespe/DPF/2014/Administrador) A contextualização do programa


temático no âmbito do plano plurianual deve incluir a interpretação
completa e objetiva da temática tratada, as oportunidades e os desafios
associados, os contornos regionais que a política pública deverá assumir
e as transformações que se deseja realizar.
CERTO, é uma questão genérica. Não tem nenhum aspecto mais
técnico que a desabone.

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3. LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS


Antes de começar, vamos ao nosso tradicional esquenta de
questões discursivas.

MPU/2011/Técnico em CI/Cespe
As mudanças no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para
2011 sugeridas pelo relator do projeto melhoram alguns pontos da
proposta enviada pelo governo ao Congresso Nacional em abril.
Segundo uma das novas regras que o relator impõe para a execução
orçamentária no próximo ano, os investimentos públicos devem crescer
mais que as despesas com a manutenção da máquina administrativa.
Se isso de fato ocorrer em 2011, poderá ser o início de importante
mudança na tendência da política fiscal, marcada pelo crescimento
contínuo dos gastos com custeio e pela contínua redução proporcional dos
investimentos, embora estes sejam essenciais para a expansão e a
melhoria dos serviços públicos e da infraestrutura econômica. O Estado de
S. Paulo, 27/6/2010 (com adaptações).
Considerando que o fragmento de texto acima tem caráter unicamente
motivador, redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema.

A IMPORTÂNCIA DA LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS PARA O


PLANEJAMENTO DA GESTÃO PÚBLICA

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3.1.Atribuições Principais na CF/1988 e na LRF

A CF/1988 estabelece que:


Art. 165.
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e
prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas
de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a
elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações
na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das
agências financeiras oficiais de fomento.

A partir do conceito anterior surgem os seguintes


questionamentos:
1 – Qual o cuidado que se deve ter com os termos “metas e prioridades”?
2 – A LDO é apenas para União, ou para todos os entes?
3 – Qual o cuidado que deve ter com o termo “orientará a elaboração da
LOA”? Qual a relação dessa atribuição com o ciclo orçamentário da LOA?
4 – Quais tipos de alterações na legislação tributária são tratadas na
LDO?
5 – Quais as agências financeiras oficiais de fomento?

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1 – Qual o cuidado que deve ter com os termos “metas e


prioridades”?
Normalmente as bancas trocam MP (“metas e prioridades”),
termos típicos da LDO, por DOM (diretrizes, objetivos e metas),
termos típicos do PPA. Caso isso ocorra considere um erro.

2 – A LDO é apenas para União, ou para todos os entes?


Apesar do conceito mencionar administração pública federal, todos
os entes da federação devem ter PPA, LDO e LOA. Assim, se
consideramos 5500 municípios temos: 1 LDO da União, 27 LDO´s dos
Estados e DF e 5500 LDO´s dos Municípios.

3 – Qual o cuidado que deve ter com o termo “orientará a


elaboração da LOA”? Qual a relação dessa atribuição com o ciclo
orçamentário da LOA?
Se todo ano temos uma LOA, então todo ano devemos ter uma LDO
que oriente a LOA na fase de ELABORAÇÃO da LOA. Essa atribuição da
LDO deixa claro que no momento de elaboração da LOA, já deve existir
uma LDO publicada e válida para que haja a orientação.

4 – Quais tipos de alterações na legislação tributária são tratadas


na LDO?
A CF/1988 reserva para lei complementar criação de novos
impostos no âmbito da União1 e outros temas de legislação tributária2.

1
Art. 154. A União poderá instituir:
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato
gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;
2
Art. 146. Cabe à lei complementar:
I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos
respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas.
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive
regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e
13, e da contribuição a que se refere o art. 239. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

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Assim, sabendo que a LDO é lei ordinária e não pode tratar de


temas relacionados à lei complementar, o que vem sendo tratado no
âmbito na União? Resposta: Renúncia de Receita.

5 – Quais as agências financeiras oficiais de fomento?


Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco da Amazônia S/A,
Banco do Nordeste do Brasil, Banco Nacional do Desenvolvimento
Econômico e Social.

A LRF estabelece que:


Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no §
2º do art. 165 da Constituição e:
I - disporá também sobre:
a)equilíbrio entre receitas e despesas;
b)critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas
hipóteses previstas na alínea b do inciso II deste artigo, no art. 9º
e no inciso II do § 1º do art. 31;
e)normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos
resultados dos programas financiados com recursos dos
orçamentos;
f)demais condições e exigências para transferências de recursos a
entidades públicas e privadas.

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A partir do conceito anterior surgem os seguintes


questionamentos:
1 – Qual o cuidado que se deve ter com os termos “equilíbrio entre
receitas e despesas”?

2 – Qual situação gera limitação empenho pela LRF? Qual a relação dessa
atribuição com o ciclo orçamentário da LOA?

3 – Qual a relação da atribuição “normas relativas ao controle de custos


e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos
orçamentos” com o ciclo orçamentário da LOA?

4 – Qual a relação da atribuição “demais condições e exigências para


transferências de recursos a entidades públicas e privadas” com o ciclo
orçamentário da LOA?

1 – Qual o cuidado que se deve ter com os termos “equilíbrio


entre receitas e despesas”?
Algumas questões questionam se o equilíbrio orçamentário está
restrito à regra de ouro na CF/1988 (operações de crédito não podem
superar as despesas de capital). Essa atribuição deixa claro que o tema
equilíbrio é tratado na LRF e deve ser tratado da LDO.

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2 – Qual situação gera limitação empenho pela LRF? Qual a


relação dessa atribuição com o ciclo orçamentário da LOA?
Pela LRF ocorre limitação de empenho quando não se alcança a
meta bimestral de arrecadação da receita (receita arrecadada é menor
que a receita prevista). Nesse caso, a LDO estabelece despesas que
mesmo nesse caso de frustração da receita não podem sofrer limitação.
Essa atribuição mostra que a LDO participa ativamente a 3ª etapa
da LOA – Execução Orçamentária e Financeira.

3 – Qual a relação da atribuição “normas relativas ao controle de


custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados
com recursos dos orçamentos” com o ciclo orçamentário da LOA?
Essa atribuição mostra que a LDO participa ativamente a 4ª etapa
da LOA – Controle e Avaliação, na medida em que trata da avaliação de
programas.

4 – Qual a relação da atribuição “demais condições e exigências


para transferências de recursos a entidades públicas e privadas”
com o ciclo orçamentário da LOA?
Essa atribuição mostra que a LDO participa ativamente a 3ª etapa
da LOA – Execução Orçamentária e Financeira, na medida em que trata
outros critérios para transferências voluntárias. Dica: a LRF trata de
critérios de transferências voluntárias: Da União para Estados, Da União
para Municípios, e Dos Estados para Municípios. Assim, critérios para
convênios com ONG, ou outros tipos de pessoas jurídicas constam na LDO
e na legislação infralegal.

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17. (ESAF/CGU/2012) Assinale a opção que indica matéria que, segundo


dispõe a Constituição Federal, não é objeto da Lei de Diretrizes
Orçamentárias - LDO.
a)Diretrizes para a elaboração dos orçamentos.
b)Estabelecimento da política de aplicação das agências financeiras de
fomento.
c) Regras para alteração da legislação tributária.
d) Orientação relacionada aos gastos com transferências a terceiros.
e) Prioridades da Administração Pública Federal.

18. (Cespe/2013/ANTT) Ao realizar-se a integração entre o sistema de


planejamento e o orçamento federal, o instrumento legal que explicita as
metas e prioridades para cada ano, além das alterações na legislação
tributária, é a lei orçamentária anual.

19. (Cespe/2014/DPF/Administrador) A LDO orienta a elaboração da LOA


e auxilia na coerência entre o PPA e a LOA.

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17. (ESAF/CGU/2012) Assinale a opção que indica matéria que, segundo


dispõe a Constituição Federal, não é objeto da Lei de Diretrizes
Orçamentárias - LDO.
a)Diretrizes para a elaboração dos orçamentos.
ERRADO, pois apesar de ser uma atribuição consta na CF/1988.
b)Estabelecimento da política de aplicação das agências financeiras de
fomento.
ERRADO, pois apesar de ser uma atribuição consta na CF/1988.
c) Regras para alteração da legislação tributária.
ERRADO, pois apesar de ser uma atribuição consta na CF/1988.
d) Orientação relacionada aos gastos com transferências a terceiros.
CERTO, é uma atribuição e consta na LRF.
e) Prioridades da Administração Pública Federal.
ERRADO, pois apesar de ser uma atribuição consta na CF/1988.

18. (Cespe/2013/ANTT) Ao realizar-se a integração entre o sistema de


planejamento e o orçamento federal, o instrumento legal que explicita as
metas e prioridades para cada ano, além das alterações na legislação
tributária, é a lei orçamentária anual.
ERRADO, é a LDO.

19. (Cespe/2014/DPF/Administrador) A LDO orienta a elaboração da LOA


e auxilia na coerência entre o PPA e a LOA.
CERTO, a LDO integra o PPA com a LDO.

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3.2. Outras atribuições da LDO na CF, na LRF e na própria LDO

3.2.1. Papel da LDO na relação entre os Poderes quando da elaboração da


LOA
Sabemos que o PLOA 2017 deve ser enviado pelo Executivo ao
Congresso Nacional até 31/08/2016. Porém, antes dessa data, os demais
Poderes, MPU e DPU devem enviar suas propostas até 15/08/2016 para
consolidação do Executivo3.
A seguir apresento uma série de artigos da CF/1988 que
determinam que a proposta orçamentária dos poderes, do MPU deve ser
compatível com a LDO.

Poder Legislativo:
Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados:
[...] IV - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia,
criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de
seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva
remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias;
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
[...] XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia,
criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de
seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva
remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias

3
Lei 13.242/2015
Art. 24. Os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público da União e da Defensoria Pública
da União encaminharão à Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão, por meio do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento - SIOP, até 15 de agosto de 2015, suas
respectivas propostas orçamentárias, para fins de consolidação do Projeto de Lei Orçamentária de 2016,
observadas as disposições desta Lei.

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Poder Judiciário:
Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa
e financeira.
§ 1º - Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias
dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes
na lei de diretrizes orçamentárias.
[...]
§ 4º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem
encaminhadas em desacordo com os limites estipulados na forma do §
1º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para
fins de consolidação da proposta orçamentária anual.

Ministério Público:
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à
função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem
jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais
indisponíveis.
[...]
§ 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária
dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias.
§ 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta
orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes
orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de
consolidação da proposta orçamentária anual, os valores
aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo
com os limites estipulados na forma do § 3º. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for
encaminhada em desacordo com os limites estipulados na
forma do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes
necessários para fins de consolidação da proposta
orçamentária anual. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)

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Defensoria Pública:
Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à
função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e
instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação
jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os
graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de
forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV
do art. 5º desta Constituição Federal. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 80, de 2014)
[...]
§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia
funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta
orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, §
2º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 3º Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias Públicas da
União e do Distrito Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 74, de 2013)

O que ocorre se a proposta de um dos demais Poderes estiver em


desacordo com a LDO?
O Executivo devolve, OU ajusta e incorpora no PLOA?

A CF/1988 determina que o Poder Executivo deva proceder aos ajustes


necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual.

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3.2.2. Papel da LDO no aumento das despesas com Pessoal


Para se aumentar a despesas com pessoal para 2017, por exemplo,
a CF/1988 estabelece dois requisitos gerais: (i) dotação na LOA 2017; (ii)
prévia autorização na LDO que tramitou no Congresso em 2016 e que
orientou o PLOA 2017 quando da sua elaboração. Vejamos o texto
constitucional:

Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites
estabelecidos em lei complementar.
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de
remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração
de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de
pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração
direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo
poder público, só poderão ser feitas:
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender
às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela
decorrentes;
II - se houver autorização específica na lei de diretrizes
orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades
de economia mista.

As Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista que


constam no Orçamento de Investimento precisam dessa
autorização?
Não. As únicas despesas que constam no orçamento de investimento são
as despesas de capital de investimentos. As despesas com pessoal
dessas empresas estão fora da LOA.

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3.2.3. Outros papeis


A seguir trago atribuições que são pouco cobradas em prova, mas
foram cobradas.
LRF
Art. 5º. [...]
§ 3o A atualização monetária do principal da dívida mobiliária refinanciada
não poderá superar a variação do índice de preços previsto na lei de
diretrizes orçamentárias, ou em legislação específica.
Art.7º [...]
§ 2o O impacto e o custo fiscal das operações realizadas pelo Banco
Central do Brasil serão demonstrados trimestralmente, nos termos em
que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias da União.

Lei 13.242/2015
Art. 1o São estabelecidas, em cumprimento ao disposto no § 2o do art.
165 da Constituição Federal, e na Lei Complementar no 101, de 4 de maio
de 2000, Lei de Responsabilidade Fiscal, as diretrizes orçamentárias da
União para 2016, compreendendo:
I - as metas e prioridades da administração pública federal;
II - a estrutura e organização dos orçamentos;
III - as diretrizes para a elaboração e execução dos orçamentos da União;
IV - as disposições para as transferências;
V - as disposições relativas à dívida pública federal;
VI - as disposições relativas às despesas com pessoal e encargos sociais e
benefícios aos servidores, empregados e seus dependentes;
VII - a política de aplicação dos recursos das agências financeiras oficiais
de fomento;
VIII - as disposições sobre alterações na legislação e sua adequação
orçamentária;
IX - as disposições sobre a fiscalização pelo Poder Legislativo e
sobre as obras e os serviços com indícios de irregularidades
graves;
X - as disposições sobre transparência; e
XI - as disposições finais.

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20. (Cespe/IPEA/2008) Se o Banco do Brasil S.A. pretende conceder, em


2009, aumento salarial para seus empregados, então tal elevação
somente poderá ser efetivada se prevista na LDO que tramitou no
Congresso Nacional em 2008.

21. (Cespe/2014/Câmara dos Deputados/Consultor) Na LDO, constam os


limites para a elaboração das propostas orçamentárias do Ministério
Público.

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20. (Cespe/IPEA/2008) Se o Banco do Brasil S.A. pretende conceder, em


2009, aumento salarial para seus empregados, então tal elevação
somente poderá ser efetivada se prevista na LDO que tramitou no
Congresso Nacional em 2008.
ERRADO, o Banco do Brasil é uma Sociedade de Economia Mista,
logo não se aplica a disposição para que o aumento das despesas
com pessoal de seus empregados conste na LDO.

21. (Cespe/2014/Câmara dos Deputados/Consultor) Na LDO, constam os


limites para a elaboração das propostas orçamentárias do Ministério
Público.
CERTO, e caso esses limites sejam desrespeitados pelo MPU
quando do envio da proposta ao Executivo, este efetua os ajustes
e consolida e envia o PLOA no prazo.

3.3. Anexos da LDO


A CF/1988 não previa e não prevê anexos à LDO. Estes passaram a
existir a partir da LRF.
Quadro 2: Observância dos Anexos da LDO pelos entes
Anexo Observância
Anexo de Metas Fiscais Por todos os entes da Federação
Anexo de Riscos Fiscais Por todos os entes da Federação
Anexo Específico da União Apenas pela União

3.3.1 Anexo de Metas Fiscais - AMF


Inicialmente vamos ao nosso esquenta para você refletir o que já
caiu em provas discursivas sobre este tema.

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TCM-RJ/2008/Auditor/FGV
Na elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias, ela deve conter o Anexo
de Metas Fiscais. Esclareça, de forma sucinta, sua finalidade e conteúdo.

Em primeiro lugar devemos ter a clareza de quais são as 5 metas


fiscais dispostas na LRF e em segundo saber que o AMF não trata apenas
de projeções para o futuro, mas trata de avaliações do passado.
A LRF estabelece as seguintes metas fiscais:
Art.4º [...]
§ 1o Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de
Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores
correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados
nominal e primário e montante da dívida pública, para o
exercício a que se referirem e para os dois seguintes.

Deixando de forma clara: 1-Receitas, 2-Despesas, 3-Resultado


Primário, 4-Resultado Nominal, 5-Dívida Consolidada. Inicialmente a
Figura 9 mostra a relação entre as três últimas metas.

Figura 9: Relação entre Resultado Primário, Resultado Nominal e Dívida Consolidada


Caso positivo, mostra que o país consegue
Resultado Primário Receitas Primárias –Despesas Primárias
pagar os juros.

Resultado Primário –Juros Pagos + Juros Caso positivo, mostra que o país consegue
Resultado Nominal
Recebidos reduzir a Dívida Consolidada.

Observamos que as fórmulas acima são simples, porém necessitam


que você diferencie receitas e despesas primárias e financeiras. A Figura
10 auxilia nessa tarefa.

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Figura 10: Receitas e despesas primárias e financeiras

Juros

Concessão de Empréstimos
Despesas Financeiras

Aquisição de Títulos

Despesas Orçamentárias
Amortização da Dívida

Despesas Primárias

Juros

Aplicações Finaceiras
Receitas Financeiras

Operação de Crédito

Receitas Orçamentárias
Amortização de Empréstimos

Receitas Primárias

Superado o que seriam as metas fiscais e suas relações vamos


apresentar todos os itens do AMF em conformidade com a LRF:
LRF
Art.4º [...]
§ 1o Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de
Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores
correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados
nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a
que se referirem e para os dois seguintes.
§ 2º O Anexo conterá, ainda:
I - avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;
II - demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e
metodologia de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos,
comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e
evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da
política econômica nacional;

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III - evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três


exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos
com a alienação de ativos;
IV - avaliação da situação financeira e atuarial:
a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores
públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador;
b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza
atuarial;
V - demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de
receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias de
caráter continuado.

Resumo das Metas Fiscais da LDO 2015 considerando como base


a LOA 2016
1. Metas anuais para o exercício de referência e os dois seguintes: 2016,
2017, 2018.
2. Avaliação do cumprimento das metas fiscais do exercício anterior:
2014.
3. Metas fiscais anuais de 2016, 2017 e 2018 comparadas com as fixadas
nos 3 exercícios anteriores: 2014, 2013 e 2012.
4. Evolução do Patrimônio Líquido dos 3 exercícios anteriores: 2014, 2013
e 2012, destacando a origem e aplicação dos recursos obtidos com a
alienação de ativos.
5. Avaliação Financeira e Atuarial do RGPS; do RPSP e do FAT.
6. Estimativa e compensação da renúncia de receita.
7. Margem de expansão das Despesas Obrigatórias de Caráter
Continuado.

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Figura 11: Agregados e Metas Fiscais para a LDO 2015 da LOA 2016

3.3.2. Anexo de Riscos Fiscais - ARF


A LRF estabelece que:
Art.4º [...]
§ 3o A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos
Fiscais, onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos
capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a
serem tomadas, caso se concretizem.

O Quadro 3 identifica os tipos de riscos considerados no ARF da


LDO.

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Quadro 3: Tipo de Riscos na LDO


Tipo de
Característica
Riscos
Dizem respeito à possibilidade das receitas e despesas
projetadas quando da elaboração do Projeto de Lei
Orçamentária não se confirmarem durante o exercício
financeiro. Tanto do lado da receita quanto da despesa, os
Orçamentários riscos decorrem de fatos novos e imprevisíveis à época da
elaboração do orçamento, como a não concretização das
hipóteses e parâmetros utilizados nas projeções e/ou a
ocorrência de decisões de alocação de recursos ou mudanças
na legislação.
O primeiro tipo de risco da dívida é inerente à
administração da dívida pública mobiliária federal e
decorre do impacto de eventuais variações das taxas de juros,
de câmbio e de inflação nos títulos vincendos. Essas variações,
quando verificadas, geram impacto no orçamento anual, pois
Da dívida provocam variações no volume de recursos necessários ao
pagamento do serviço da dívida dentro do período
orçamentário. O segundo tipo de risco de dívida é
originado pelos denominados passivos contingentes
(“condicional e impreciso”) e refere-se às novas obrigações
causadas por evento que pode vir ou não a acontecer.

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Riscos repetitivos deixam de ser riscos?

Sim. Riscos repetitivos deixam de ser riscos, devendo ser tratadas no


âmbito do planejamento, ou seja, devem ser incluídas como ações na Lei
de Diretrizes Orçamentárias e na Lei Orçamentária Anual do ente
federativo. Por exemplo, se a ocorrência de catástrofes naturais – como
secas ou inundações – ou de epidemias – como a dengue – tem
sazonalidade conhecida, as ações para mitigar seus efeitos, assim como
as despesas decorrentes, devem ser previstas na LDO (como metas e
prioridades) e na LOA do ente federativo afetado, e não ser tratada como
risco fiscal no Anexo de Riscos Fiscais.

Precatórios constam no ARF?


Não. Os precatórios decorrem de sentenças com transito e julgado, assim,
devem constar na LOA. No ARF constam apenas as demandas judiciais
em aberto.

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Figura 12: Exemplo de ARF

3.3.3. Específico da União


A LRF estabelece que:
Art.4º [...]
§ 4o A mensagem que encaminhar o projeto da União apresentará,
em anexo específico, os objetivos das políticas monetária,
creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as projeções para
seus principais agregados e variáveis, e ainda as metas de inflação,
para o exercício subsequente.
Figura 13: Exemplo de Anexo Específico da União

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22.(Cespe/IPEA/2008) Os encargos da União decorrentes da assinatura


de contratos de parceria público-privada (PPP) devem ser integralmente
discriminados no anexo de riscos fiscais da LDO.

(SEFAZ-ES/2010/Consultor Executivo/Contador) Julgue o item a seguir,


relativo ao disposto no manual de demonstrativos fiscais.
23. Riscos repetitivos não deixam de ser riscos, a exemplo de
ocorrências de catástrofes naturais e epidemias de sazonalidade
conhecida, devendo as ações para mitigar seus efeitos, assim como as
despesas decorrentes, ser tratadas como risco fiscal no anexo de riscos
fiscais.

24. (ABIN/2010/Administração) O cálculo das necessidades de


financiamento do governo central é realizado no início do ciclo
orçamentário, embora as metas fiscais resultantes desse cálculo sejam
acompanhadas durante toda a execução orçamentária e possam indicar
alterações no montante global da despesa.

25. (DPU/2010/Analista Técnico Administrativo) Metas fiscais são valores


projetados para o exercício financeiro e que, depois de aprovados pelo
Poder Legislativo, servem de parâmetro para a elaboração e a execução
do orçamento. Para obrigar os gestores a ampliar os horizontes do
planejamento, as metas devem ser projetadas para os próximos três
anos, isto é, o exercício a que se referem e os dois seguintes.

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26. (Cespe/Min Int/2013) Se a União for condenada em ação judicial de


indenização, mas a sentença correspondente ainda não tiver transitado
em julgado no momento da elaboração do projeto de LDO, deverá o valor
da ação ser incluído no anexo de riscos fiscais da referida lei.

(Cespe/BACEN/2013) Com relação aos instrumentos de planejamento,


orçamento e execução do programa de trabalho do governo, julgue os
seguintes itens.
27. Se determinado ente da Federação precisar estipular um limite para a
expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado, então a
matéria deverá ser incluída no anexo de metas fiscais da lei de diretrizes
orçamentárias.

28. (Cespe/2014/Câmara dos Deputados/Consultor) Entre os assuntos


tratados nos anexos de riscos fiscais da LDO, tem-se a evolução do
patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios.

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22.(Cespe/IPEA/2008) Os encargos da União decorrentes da assinatura


de contratos de parceria público-privada (PPP) devem ser
integralmente discriminados no anexo de riscos fiscais da LDO.
ERRADO, os encargos contratuais são certeza e não riscos, logo
devem constar na LOA.

(SEFAZ-ES/2010/Consultor Executivo/Contador) Julgue o item a seguir,


relativo ao disposto no manual de demonstrativos fiscais.
23. Riscos repetitivos não deixam de ser riscos, a exemplo de
ocorrências de catástrofes naturais e epidemias de sazonalidade
conhecida, devendo as ações para mitigar seus efeitos, assim como as
despesas decorrentes, ser tratadas como risco fiscal no anexo de
riscos fiscais.
ERRADO, Riscos repetitivos deixam de ser riscos e devem constar
na LOA.

24. (ABIN/2010/Administração) O cálculo das necessidades de


financiamento do governo central é realizado no início do ciclo
orçamentário, embora as metas fiscais resultantes desse cálculo sejam
acompanhadas durante toda a execução orçamentária e possam indicar
alterações no montante global da despesa.
CERTO, as necessidades de financiamento são o resultado
primário e resultado nominal. Caso se detecte que não serão
cumpridos no orçamento essas metas, ajustes devem ser feitos
na LOA.

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25. (DPU/2010/Analista Técnico Administrativo) Metas fiscais são valores


projetados para o exercício financeiro e que, depois de aprovados pelo
Poder Legislativo, servem de parâmetro para a elaboração e a execução
do orçamento. Para obrigar os gestores a ampliar os horizontes do
planejamento, as metas devem ser projetadas para os próximos três
anos, isto é, o exercício a que se referem e os dois seguintes.
CERTO, com o AMF os horizontes foram ampliados. Desde a LRF
pode-se considerar a LDO como um instrumento tanto tático,
quanto operacional.

26. (Cespe/Min Int/2013) Se a União for condenada em ação judicial de


indenização, mas a sentença correspondente ainda não tiver transitado
em julgado no momento da elaboração do projeto de LDO, deverá o valor
da ação ser incluído no anexo de riscos fiscais da referida lei.
CERTO, como ainda é sentença em aberto, deve ir para o ARF.

(Cespe/BACEN/2013) Com relação aos instrumentos de planejamento,


orçamento e execução do programa de trabalho do governo, julgue os
seguintes itens.
27. Se determinado ente da Federação precisar estipular um limite para a
expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado, então a
matéria deverá ser incluída no anexo de metas fiscais da lei de diretrizes
orçamentárias.
CERTO, é um dos itens obrigatórios do AMF da LDO.

28. (Cespe/2014/Câmara dos Deputados/Consultor) Entre os assuntos


tratados nos anexos de riscos fiscais da LDO, tem-se a evolução do
patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios.
CERTO, é um dos itens obrigatórios do AMF da LDO.

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4.LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL


Já vimos que a LOA é a lei que fixa a despesa e estima a receita.
Agora chegou a hora de aprofundar. Inicialmente vamos as entidades que
fazem parte da LOA considerando os 3 tipos de orçamento: fiscal,
seguridade social e investimento.

Quadro 4: Entidades abrangidas pelos orçamentos da LOA


Tipo de
Entidades abrangidas Observação
Orçamento
Contempla todas as despesas
orçamentárias não
Fiscal enquadradas no Orçamento da
Administração Direta,
Seguridade e Orçamento de
Autarquias, Fundações
Investimento.
Públicas e Empresas
Contempla todas as despesas
Estatais Dependentes
Seguridade orçamentárias com saúde,
Social previdência social e
assistências social.
Contempla apenas as
Empresas Estatais
Investimento despesas com investimentos
Independentes
das estatais independentes.

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Qual a diferença de estatais dependentes e independentes?

Essa nomenclatura surgiu a partir da LRF. Ambas são empresas


controladas (empresas públicas e sociedade de economia mista, incluindo
suas subsidiárias): empresas que o ente possui maioria do capital
votante. Assim, empresa controlada seria o gênero e E.E.D. e E.E.I.
espécies.
Uma empresa controlada “nasce” para ser independente (E.E.I.), porém,
ela pode estar passando por dificuldades e passa a receber auxílio. Nesse
caso, ela passa a ser E.E. Dependente. A LRF assim, define EED:

Art. 2o Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como:


[...]
II - empresa controlada: sociedade cuja maioria do capital social com direito
a voto pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação;
III - empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente
controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou
de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles
provenientes de aumento de participação acionária;

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Figura 14: Todas as EED da administração pública federal

Fonte: DEST
A seguir apresento o conceito dos tipos de orçamento à luz da
CF/1988:
Art. 165. § 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus
fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta,
inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a
União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital
social com direito a voto; “abrange apenas investimentos das
estatais, cuja a União detenha maioria do capital votante”;
“deixa de fora receitas e despesas operacionais”
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas
as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta
ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e
mantidos pelo Poder Público.

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O que está por trás dos conceitos de Orçamento Fiscal e


Seguridade Social?
Inicialmente devo deixar claro que ser o conceito vier da forma que
consta na CF/1988 marque certo. Porém, observa-se que o conceito
extrapola a realidade ao trazer os termos “órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas
pelo Poder Público” sem deixar claro que nem todas as empresas públicas
e sociedades de economia mista constam no orçamento fiscal. Na
verdade, apenas uma minoria de estatais consta no orçamento fiscal.

4.1. Estrutura
A Figura 15 apresenta o mosaico da estrutura completa da LOA. E
os artigos a seguir a fundamentação:
CF/1988
Art.165. [...]
§ 6º - O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo
regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções,
anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e
creditícia.
LRF
Art. 5º O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível
com o plano plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com as
normas desta Lei Complementar:
I-conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos
orçamentos com os objetivos e metas constantes do documento de que trata
o § 1º do art. 4º (Anexo de Metas Fiscais);
II-será acompanhado do documento a que se refere o § 6º do art. 165 da
Constituição, bem como das medidas de compensação a renúncias de receita
e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado;
III-conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante,
definido com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias, destinada ao:
-atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais
imprevistos.

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Figura 15: Mosaico da Estrutura da LOA

LOA
Corpo Principal Anexos Informações Complementares

Efeitos regionalizados das renúncias de


Orçamento Fiscal receita (Subsídios, Anistias, Benefícios,
Isenções e Remissões –SABIR, de Fundos de Incentivos Fiscais
natureza financeira, tributária e creditídia)
Deve conter reserva de sobre as receitas e despesas
contingência cujo montante
(%) é definido na LDO que
orientou aquela LOA.
Orçamento da Seguridade
Social: saúde, assistência e
previdência.
Anexo demonstrando a compatibilidade da
LOA com o AMF da LDO

Orçamento de
Investimento: apenas
despesas com investimento
das EEI.

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29. (Cespe/TCU/2008/AFCE) A Lei Orçamentária Anual (LOA)


compreenderá o orçamento fiscal, o de investimento e o da seguridade
social, devendo propiciar uma visão de conjunto e integrada das ações
empreendidas pela administração pública. Devem integrar os
orçamentos fiscal e da seguridade social os fundos de incentivos fiscais e
as empresas que públicas que receberem transferências para aplicação
em programas de financiamento ao setor produtivo das regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste.

30. (DPU/2010/Analista Técnico Administrativo) A partir da LRF, além de


opcional, a reserva de contingência terá o seu montante fixado na LPPA,
discriminado o valor de cada exercício financeiro, em percentual da
receita corrente líquida, e os seus recursos serão destinados
exclusivamente ao atendimento dos passivos contingentes relacionados
no anexo de riscos fiscais da LDO.

31. (Cespe/2014/ICMBio/Analista) Os orçamentos não compreendidos na


LOA pelo orçamento fiscal incluem os orçamentos da saúde e do
investimento das empresas.

COMENTÁRIOS ÀS QUESTÕES

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29. (Cespe/TCU/2008/AFCE) A Lei Orçamentária Anual (LOA)


compreenderá o orçamento fiscal, o de investimento e o da seguridade
social, devendo propiciar uma visão de conjunto e integrada das ações
empreendidas pela administração pública. Devem integrar os
orçamentos fiscal e da seguridade social os fundos de incentivos
fiscais e as empresas que públicas que receberem transferências
para aplicação em programas de financiamento ao setor
produtivo das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
ERRADO, os fundos de incentivos fiscais constam na LOA, mas
não no orçamento fiscal e seguridade. As empresas que públicas
que receberem transferências para aplicação em programas de
financiamento ao setor produtivo das regiões Norte, Nordeste e
Centro-Oeste são as agências financeiras oficiais de fomento que
são Empresa Estatais Independentes, logo estão no Orçamento de
Investimento.

30. (DPU/2010/Analista Técnico Administrativo) A partir da LRF, além de


opcional, a reserva de contingência terá o seu montante fixado na
LPPA, discriminado o valor de cada exercício financeiro, em percentual
da receita corrente líquida, e os seus recursos serão destinados
exclusivamente ao atendimento dos passivos contingentes relacionados
no anexo de riscos fiscais da LDO.
ERRADO, a reserva de contingência é obrigatória, sei montante
consta na LDO. Além disso, ela pode ser fonte de créditos
adicionais.
31. (Cespe/2014/ICMBio/Analista) Os orçamentos não compreendidos na
LOA pelo orçamento fiscal incluem os orçamentos da saúde e do
investimento das empresas.
CERTO, o orçamento da saúde está no da seguridade. O
orçamento da seguridade e o orçamento de investimento são
distintos do orçamento fiscal.

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4.2. Orçamento de Investimento


Vejamos inicialmente o conceito do orçamento de investimento
previsto na LDO.

Lei 13.242/2015 (LDO)


Art. 40. O Orçamento de Investimento previsto no art. 165, §
5º, inciso II, da Constituição, abrangerá as empresas em que a
União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do
capital social com direito a voto, ressalvado o disposto no §
5º deste artigo, e dele constarão todos os investimentos
realizados, independentemente da fonte de financiamento
utilizada.
§5º As empresas cuja programação conste integralmente
no Orçamento Fiscal ou no da Seguridade Social, de acordo
com o disposto no art. 5º desta Lei, não integrarão o Orçamento
de Investimento.
Art. 5º Os Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social
compreenderão o conjunto das receitas públicas bem como das
despesas dos Poderes da União, seus fundos, órgãos,
autarquias, inclusive especiais, e fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público, bem como das empresas públicas,
sociedades de economia mista e demais entidades em que a
União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital
social com direito a voto e que dela recebam recursos do
Tesouro Nacional, devendo a correspondente execução
orçamentária e financeira, da receita e da despesa, ser
registrada na modalidade total no Sistema Integrado de
Administração Financeira do Governo Federal – SIAFI.

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Até aqui nenhuma surpresa, porém chegou o momento de


detalharmos as receitas e despesas que compõem o orçamento de
investimento.
Quadro 5: Receitas e Despesas do Orçamento de Investimento
Receita: fontes de Despesa: apenas com
financiamento do investimento investimento
Recursos: Despesas com:
I - gerados pela empresa; I - aquisição de bens classificáveis
II - de participação da União no no ativo imobilizado, excetuados os
capital social; que envolvam arrendamento
III - da empresa controladora sob a mercantil para uso próprio da
forma de: empresa ou de terceiros e os
a) participação no capital; e valores do custo dos empréstimos
b) de empréstimos; contabilizados no ativo imobilizado;
IV - de operações de crédito junto II - benfeitorias realizadas em bens
a instituições financeiras: da União por empresas estatais; e
a) internas; e III - benfeitorias necessárias à
b) externas; e infraestrutura de serviços públicos
V - de outras operações de longo concedidos pela União.
prazo.

As figuras 16 e 17 mostram exemplos do orçamento de


investimento na União.

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Figura 16: Fonte de Financiamento do Investimento

Figura 17: Fonte de Financiamento do Investimento

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De onde vem os recursos para cobrir as depesas do orçamento de


investimento?
Esses recursos vêm das próprias estatais que compõem o orçamento de
investimento.

Onde posso encontrar as demais despesas das empresas estatais


que fazem parte do orçamento de investimento?
O documento que contém todas das despesas de uma empresa estatal
que consta no orçamento de investimento denomina-se PDG: programa
de dispêndios globais.
Para deixar claro como exemplo: as despesas com investimento dessas
estatais contam no Orçamento de Investimento e no PDG, as despesas
com folha de pagamento constam apenas no PDG.

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4.3. Orçamento da Seguridade Social


Já vamos chegar detalhando as receitas e despesas que compõem o
orçamento da seguridade social.

Quadro 6: Receitas e Despesas do Orçamento da Seguridade Social


Receitas da Seguridade Despesas da Seguridade
Recursos: Dotações destinadas a atender às
I - das contribuições sociais ações de saúde, previdência e
previstas na Constituição, assistência social
exceto a de que trata o § 5º de seu
art. 212 (contribuição do salário
educação) e as destinadas por lei
às despesas do Orçamento Fiscal:
COFINS, CSLL, Concursos de
Prognósticos, PIS, PASEP;
II - da contribuição para o plano
de seguridade social do
servidor, que será utilizada para
despesas com encargos
previdenciários da União;
III - do Orçamento Fiscal; e
IV - das demais receitas,
inclusive próprias e vinculadas, de
órgãos, fundos e entidades, cujas
despesas integrem,
exclusivamente, o orçamento
referido no caput, que deverão ser
classificadas como receitas da
seguridade social.

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Sobre as contribuições previstas na CF/1988 destinada à seguridade


social deve-se observar o que se segue:
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a
sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei,
mediante recursos provenientes dos orçamentos da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das
seguintes contribuições sociais:
I- do empregador, da empresa e da entidade a ela
equiparada na forma da lei, incidentes sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho
pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe
preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; [Apenas
benefícios do RGPS] Art. 167 Inciso XI/ CF
b) a receita ou o faturamento; [Despesas da Seguridade
Social]
c) o lucro; [Despesas da Seguridade Social]
II- do trabalhador e dos demais segurados da previdência
social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e
pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de
que trata o art. 201; [Apenas benefícios do RGPS] Art. 167
Inciso XI/CF
III-sobre a receita de concursos de prognósticos;
[Despesas da Seguridade Social]
IV- do importador de bens ou serviços do exterior, ou de
quem a lei a ele equiparar. [Despesas da Seguridade Social]

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Realizando uma análise critica das receitas e despesas da


seguridade social
1. Todas as receitas de contribuições sociais estão no orçamento da
seguridade social, exceto a contribuição do salário educação.
2. As receitas de COFINS, CSLL, Concursos de Prognósticos, PIS, PASEP
podem ser aplicadas apenas em saúde, assistência ou previdência. Mas as
receitas de contribuições previdenciárias podem ser aplicadas apenas em
despesas da previdência social.

4.3.1. Relação das despesas da seguridade social na Federação


A CF/1988 estabelece que:

Art. 195. [...]


§ 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios destinadas à seguridade social constarão dos
respectivos orçamentos, NÃO INTEGRANDO o orçamento
da União.

A lógica é que se cada ente tem sua LOA e cada LOA é composta
por orçamento fiscal, seguridade social e investimento; cada ente possui
seu próprio orçamento da seguridade social.
Lembro que os entes subnacionais podem até não ter gastos com
assistência e previdência, mas existe vinculação de recursos para a saúde
em estados e municípios:

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Lei complementar 141/2012


Art. 6º Os Estados e o Distrito Federal aplicarão,
anualmente, em ações e serviços públicos de saúde, no mínimo,
12% (doze por cento) da arrecadação dos impostos a que
se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam o art. 157, a
alínea “a” do inciso I e o inciso II do caput do art. 159, todos da
Constituição Federal, deduzidas as parcelas que forem
transferidas aos respectivos Municípios.
Art. 7º Os Municípios e o Distrito Federal aplicarão
anualmente em ações e serviços públicos de saúde, no mínimo,
15% (quinze por cento) da arrecadação dos impostos a
que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam o art. 158
e a alínea “b” do inciso I do caput e o § 3º do art. 159, todos da
Constituição Federal.

4.3.2. Observância específica para a o orçamento da seguridade na


elaboração do PLOA
A CF/1988 estabelece que:

Art. 195. [...]§ 2º - A proposta de orçamento da seguridade


social será elaborada de forma integrada pelos órgãos
responsáveis pela saúde, previdência social e assistência
social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na
lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a
gestão de seus recursos.

Assim, na etapa de elaboração da LOA, os órgãos responsáveis pela


saúde, previdência social e assistência social devem atuar de forma
integrada.

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Existem órgãos que estão integralmente na seguridade social?

Sim, existem ministérios e órgãos que estão integralmente na seguridade


social, basta que eles tenham como razão de ser saúde, assistência e
previdência social.

Figura 18: Órgão que está integralmente na seguridade social

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32. (Cespe/IPEA/2008) Se a União utilizar recursos da contribuição social


sobre o faturamento das empresas (COFINS), para o pagamento de
despesas de natureza não previdenciária estará incorrendo em afronta a
dispositivo constitucional.

33. (Cespe/TCU/2008) As receitas dos estados, do Distrito Federal e dos


municípios destinadas à seguridade social constarão do orçamento da
União, que será elaborado de forma integrada pelos órgãos responsáveis
pela saúde, pela previdência social e pela assistência social, tendo em
vista as metas e prioridades estabelecidas na LDO, assegurada a cada
área a gestão de seus recursos.

34. (Cespe/TCU/2008) As despesas da seguridade social podem ser


executadas por órgão ou entidade na esfera institucional da saúde, da
previdência social ou da assistência social, ou seja, por órgão ou entidade
vinculados aos ministérios correspondentes a essas áreas,
independentemente da natureza da despesa.

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COMENTÁRIOS ÀS QUESTÕES
32. (Cespe/IPEA/2008) Se a União utilizar recursos da contribuição social
sobre o faturamento das empresas (COFINS), para o pagamento de
despesas de natureza não previdenciária estará incorrendo em afronta a
dispositivo constitucional.
ERRADO, a COFINS pode ser aplicada ainda em despesas da
saúde e assistências (que são não previdenciárias).
33. (Cespe/TCU/2008) As receitas dos estados, do Distrito Federal e dos
municípios destinadas à seguridade social constarão do orçamento da
União, que será elaborado de forma integrada pelos órgãos responsáveis
pela saúde, pela previdência social e pela assistência social, tendo em
vista as metas e prioridades estabelecidas na LDO, assegurada a cada
área a gestão de seus recursos.
ERRADO, as receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios destinadas à seguridade social constarão dos
respectivos orçamentos, NÃO INTEGRANDO o orçamento da
União.

34. (Cespe/TCU/2008) As despesas da seguridade social podem ser


executadas por órgão ou entidade na esfera institucional da saúde, da
previdência social ou da assistência social, ou seja, por órgão ou entidade
vinculados aos ministérios correspondentes a essas áreas,
independentemente da natureza da despesa.
CERTO, a assertiva traz as três áreas no fim destaca que podem
haver despesas as seguridade social corrente ou de capital
(natureza da despesa).

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4.4. Integração para combater a desigualdade inter-regional

Vamos a seguinte enquente: Qual dos instrumentos combinados a


seguir a CF/1988 atribui a função de reduzir desilgualdades inter-
regionais segundo critério populacional?
a) PPA, LDO e LOA.
b) PPA, Orçamento Fiscal e Orçamento da Seguridade.
c) LDO, Orçamento Fiscal e Orçamento da Seguridade.
d) PPA, Orçamento Fiscal e Orçamento de Investimento.
e) LDO, Orçamento Fiscal e Orçamento de Investimento.

Comentários a seguir:

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De acordo com a CF/1988:


Art.165. [...]
§ 7º - Os orçamentos previstos no § 5º, I e II (Fiscal e
Investimento), deste artigo, compatibilizados com o plano
plurianual, terão entre suas funções a de reduzir
desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.

Gabarito D. Assim, por mais que se saiba que vários programas sociais de
combate à pobreza estejam no orçamento da seguridade social, para fins
de concurso, devemos seguir estritamente a CF/1988 que considera: PPA,
Orçamento Fiscal e Orçamento de Investimento.

35. (MPU/2010/ Técnico de Apoio/ Orçamento) O orçamento fiscal e o da


seguridade social, integrantes da LOA, incluem, entre suas funções, a de
reduzir desigualdades inter-regionais.

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36. (Cespe/MME/2013/Analista) Acerca da composição, da estrutura e da


destinação do orçamento público no Brasil, assinale a opção correta.
A)O orçamento fiscal abrange os poderes da União e seus fundos, órgãos
e entidades da administração direta e indireta, inclusive as fundações
instituídas e mantidas pelo poder público.
B)As empresas estatais que não recebem recursos financeiros da União
para o pagamento de despesas com pessoal ou de custeio devem constar
do orçamento fiscal.
C) As despesas relativas ao custeio de programas de saúde estão
inseridas no orçamento fiscal.
D) As despesas das empresas estatais dependentes incluem-se no
orçamento de investimento.
E) O orçamento da seguridade social destina-se, entre outras metas, a
reduzir desigualdades inter-regionais, de acordo com o critério
populacional.

37. (Cespe/2014/TJ-CE/Técnico) A LDO tem a função constitucional de


reduzir desigualdades inter-regionais.

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35. (MPU/2010/ Técnico de Apoio/ Orçamento) O orçamento fiscal e o da


seguridade social, integrantes da LOA, incluem, entre suas funções, a
de reduzir desigualdades inter-regionais.
ERRADO, seria orçamento fiscal e de investimento.

36. (Cespe/MME/2013/Analista) Acerca da composição, da estrutura e da


destinação do orçamento público no Brasil, assinale a opção correta.
A)O orçamento fiscal abrange os poderes da União e seus fundos, órgãos
e entidades da administração direta e indireta, inclusive as fundações
instituídas e mantidas pelo poder público.
CERTO, é o conceito da CF/1988.
B)As empresas estatais que não recebem recursos financeiros da União
para o pagamento de despesas com pessoal ou de custeio devem constar
do orçamento fiscal.
ERRADO, neste caso, elas deveriam estar no orçamento de
investimento.
C) As despesas relativas ao custeio de programas de saúde estão
inseridas no orçamento fiscal.
ERRADO, constam no orçamento da seguridade social.
D) As despesas das empresas estatais dependentes incluem-se no
orçamento de investimento.
ERRADO, constam no orçamento da fiscal.
E) O orçamento da seguridade social destina-se, entre outras metas, a
reduzir desigualdades inter-regionais, de acordo com o critério
populacional.
ERRADO, seria orçamento fiscal ou de investimento.

37. (Cespe/2014/TJ-CE/Técnico) A LDO tem a função constitucional de


reduzir desigualdades inter-regionais.
ERRADO, seria PPA, orçamento fiscal ou de investimento.

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5. PRAZOS DOS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO


Os prazos dos instrumentos de planejamento estão definidos hoje
com base o ADCT da CF/1988.
ADCT. Art. 35. [...]
2º - Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere
o art. 165, § 9º, I e II , serão obedecidas as seguintes normas:
I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do
primeiro exercício financeiro do mandato presidencial
subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do
encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para
sanção até o encerramento da sessão legislativa;
II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será
encaminhado até oito meses e meio antes do encerramento do
exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento
do primeiro período da sessão legislativa;
III - o projeto de lei orçamentária da União será
encaminhado até quatro meses antes do encerramento do
exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento
da sessão legislativa.
Art. 165. [...]
§ 9º - Cabe à lei complementar:
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os
prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da
lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da
administração direta e indireta bem como condições para a
instituição e funcionamento de fundos;
III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de
procedimentos que serão adotados quando houver
impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar
e limitação das programações de caráter obrigatório, para a
realização do disposto no § 11 do art. 166.

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O quadro 7 resume os prazos de elaboração e aprovação dos


instrumentos, e a Figura 19 ilustra a relação entre os instrumentos.

Quadro 7: Prazos de elaboração e aprovação dos instrumentos de


planejamento

Instrumento Encaminhamento ao Devolução para


Congresso Nacional Sanção do Executivo

LOA Até 31/08 (4 meses antes) Até 22/12

LDO Até 15/04 (8 meses e meio Até 17/07 (Término do


antes) 1º período legislativo)

PPA Até 31/08 (4 meses antes) Até 22/12

Figura 19: Integração entre os prazos dos instrumentos de planejamento

Observa-se que para cada exercício existe uma LDO que foi
elaborada e aprovada no ano anterior que acompanha o ciclo
orçamentário completo da LOA. Assim, dependendo da perspectiva
podemos ter três LDO em vigor simultaneamente.
Tomemos por exemplo no ano de 2020. Em 2020, existe uma LDO
que orienta a LOA 2021 na etapa de elaboração; existe uma LDO que
orienta a LOA 2020 na etapa de execução; existe uma LDO que ser de
parâmetro para a LOA 2019 na etapa de controle e avaliação (prestação
de contas do presidente).

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É importante destacar que para um dos três instrumentos existe


sanção institucional ao Legislativo federal caso este não aprove o projeto
de lei no prazo. Vejamos:

CF/1988
Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na
Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de
agosto a 22 de dezembro.
§ 2º - A sessão legislativa não será interrompida sem a
aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias.

Essa mesma situação não ocorre para o caso do PPA e da LOA não
serem aprovados pelo legislativo.

38. (Cespe/IPEA/2008) O Poder Executivo Federal tem o dever de, até 31


de agosto do primeiro ano do mandato presidencial, enviar ao Congresso
Nacional a proposta de LDO.
39. (Cespe/2014/ICMBio) O período do plano plurianual (PPA) coincide
com o período do mandato do chefe do Poder Executivo.
40. (Cespe/DPF/2014/Administrador) No Brasil, elabora-se o orçamento
do tipo legislativo, dada a competência para votar e aprovar o orçamento
ser do Poder Legislativo.
41. (Cespe/PGE-PI/2015/Procurador) No âmbito estadual, o prazo de
vigência do PPA deve coincidir integralmente com o do mandato de
governador, ou seja, quatro anos.

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COMENTÁRIOS ÀS QUESTÕES
38. (Cespe/IPEA/2008) O Poder Executivo Federal tem o dever de, até 31
de agosto do primeiro ano do mandato presidencial, enviar ao Congresso
Nacional a proposta de LDO.
ERRADO, poderia ser PPA ou LOA, a LDO deve ser enviada até
15/04.

39. (Cespe/2014/ICMBio) O período do plano plurianual (PPA) coincide


com o período do mandato do chefe do Poder Executivo.
ERRADO, em todos os entes, o PPA tem a mesma duração do
mandato do chefe do Executivo, mas não pode coincidir
integralmente.

40. (Cespe/DPF/2014/Administrador) No Brasil, elabora-se o orçamento


do tipo legislativo, dada a competência para votar e aprovar o
orçamento ser do Poder Legislativo.
ERRADO, adota-se o orçamento misto: o Executivo elabora e o
Legislativo propõe emendas.

41. (Cespe/PGE-PI/2015/Procurador) No âmbito estadual, o prazo de


vigência do PPA deve coincidir integralmente com o do mandato de
governador, ou seja, quatro anos.
ERRADO, em todos os entes, o PPA tem a mesma duração do
mandato do chefe do Executivo, mas não pode coincidir
integralmente.

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6. CRÉDITOS ADICIONAIS
Antes de mais nada, vamos ao nosso tradicional esquenta.

Analista/2008/EPE/Cesgranrio
O gestor de determinada autarquia federal necessita de recursos
adicionais para viabilizar gasto público não previsto no orçamento inicial.
Para tanto, solicitou a abertura de crédito adicional. Ao avaliar os recursos
disponíveis, deparou-se com o seguinte:
- de uma receita prevista, até o mês de agosto, de R$ 140.000,00, já
haviam sido arrecadados R$ 180.000,00, mas estimou-se que, no restante
do exercício, deixariam de ser arrecadados R$ 20.000,00;
- já havia sido aberto um crédito extraordinário de R$ 7.000,00;
-o balanço patrimonial do exercício anterior apresentou R$ 12.000,00 no
passivo e R$ 25.000,00 de superávit financeiro;
-está sendo reaberto um crédito especial de R$ 15.000,00, autorizado no
mês de outubro do exercício anterior;
- obteve-se um empréstimo de R$ 20.000,00 para fazer face às novas
despesas;
- R$ 10.000,00, em dotações não mais utilizáveis, foram anulados.
Com base no exposto,
a) identifique o tipo de crédito adicional a ser utilizado (item 1).
b) conceitue e identifique a finalidade das espécies de créditos adicionais
previstos na legislação pertinente (item 2).
c) demonstre o cálculo e apresente o valor disponível para abertura do
crédito adicional solicitado no enunciado (item 3).

Então, presta muita atenção agora para você destruir com


tranquilidade questões desse nível.

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6.1. Finalidades e formas de abertura


Após o início da execução da LOA, pode ser necessário retificar ou
ajustar o orçamento, seja porque a dotação é insuficiente, seja porque
não foi computada na LOA. Os instrumentos que permitem essa alteração
são denominados créditos adicionais. O Quadro 8 contém as
características desses instrumentos retificadores do orçamento.
Quadro 8: Créditos Adicionais
Tipo de
Suplementar Especial Extraordinário
Crédito
Créditos
Créditos destinados a
Créditos destinados a
despesas urgentes e
destinados a ao despesas para as
imprevistas, em caso de
Finalidade4 reforço de quais não haja
guerra, comoção
dotação dotação
intestina ou calamidade
orçamentária. orçamentária
pública.
específica.
Será aberto por decreto
Forma de
do Poder Executivo, que
abertura na Serão autorizados por lei e abertos por
deles dará imediato
Lei decreto executivo.
conhecimento ao Poder
4320/1964
Legislativo.
Forma de Lei Ordinária ou
abertura na Decreto Lei Ordinária5. Medida Provisória.
CF/1988 Executivo.
Depende da existência de recursos Não dependem da
disponíveis para ocorrer a despesa e existência prévia de
Recursos
será precedida de exposição recursos.
justificativa.

4
Art. 41º da lei 4320/1964.
5
Art. 42. Os projetos de lei relativos a créditos suplementares e especiais serão encaminhados pelo Poder
Executivo ao Congresso Nacional, também em meio magnético, por Poder, sem prejuízo do disposto no § 11
deste artigo, e, preferencialmente, consolidados de acordo com as áreas temáticas definidas no art. 26 da
o
Resolução n 1, de 2006-CN, ajustadas a reformas administrativas supervenientes.
[...]
§ 10. Os créditos de que trata este artigo, aprovados pelo Congresso Nacional, serão considerados
automaticamente abertos com a sanção e publicação da respectiva lei.

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Observamos que os créditos suplementares são para reforçar uma


dotação previamente existente, ou seja, a despesa a ser reforçada já
existia na LOA; enquanto que os créditos especiais se destinam a uma
nova dotação, uma dotação que não estava prevista na LOA. Os créditos
extraordinários se destinam a despesas imprevisíveis e urgentes.
Quanto à forma de abertura, os créditos suplementares e especiais
serão autorizados por lei e abertos por decreto. Essa regra é aplicada nos
Estados e Municípios. Na União consideram-se estes créditos abertos
quando da publicação da respectiva lei ordinária.
Ainda, quanto à forma de abertura os créditos extraordinários são
abertos diretamente por decreto. Essa regra é aplicada nos Estados e
Municípios. Na União o instrumento para abrir créditos extraordinários é a
Medida Provisória.
Quanto à fonte de recursos a mesma será aprofundada
posteriormente. Neste primeiro momento quero que você grave que os
créditos suplementares e especiais somente podem ser abertos se
indicarem as fontes de recursos. Os créditos extraordinários não
dependem para sua abertura de indicação das fontes de recursos. Porém,
nada impede que quando da abertura dos créditos extraordinários o chefe
do Poder Executivo indique os recursos.

Nas questões omissas em que não se mencione legislação federal e não


se mencione o tipo de ente (União, Estados e Municípios), deve adotar a
forma de abertura da lei 4320/1964.

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6.2.Fontes de Créditos Adicionais


O Quadro 9 contém as fontes de abertura de créditos adicionais
previstas na lei 4320/1964.

Quadro 9: Fontes de recursos para créditos adicionais na lei 4320/1964


O superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício
anterior.
Os provenientes de excesso de arrecadação.
Os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou
de créditos adicionais, autorizados em Lei.
O produto de operações de credito autorizadas, em forma que
juridicamente possibilite ao poder executivo realizá-las.

Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o


ativo financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os
saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de credito a
eles vinculadas. Lembro que este superávit é obtido a partir do
BALANÇO PATRIMONIAL do exercício anterior.

Figura 20: Memória de Cálculo do Superávit Financeiro

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Entende-se por excesso de arrecadação, o saldo positivo das


diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a
realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício. Lembro
que este excesso é obtido a partir do BALANÇO ORÇAMENTÁRIO do
exercício corrente.
Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de
excesso de arrecadação, serão deduzidos os créditos extraordinários
abertos no exercício.

Figura 21: Memória de Cálculo do Excesso de Arrecadação

Do superávit financeiro devem ser deduzidos os créditos


extraordinários e especiais REABERTOS no exercício.

Do excesso de arrecadação devem ser deduzidos os créditos


extraordinários ABERTOS no exercício.

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Por fim, há mais duas fontes de aberturas de créditos adicionais não


previstas na lei 4320/1964, mas que podem ser cobradas em prova: a
reserva de contingência6; os recursos que, em decorrência de
veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual,
ficarem sem despesas correspondentes (neste caso somente poderão
ser utilizados mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e
específica autorização legislativa) 7.

As fontes são independentes. Assim, se uma fonte for negativa (déficit


financeiro), ela não afeta as demais.
Outro ponto importante é que não existem outras fontes além das aqui
citadas.

6
Art. 8º da Portaria STN/SOF 163/2001: A dotação global denominada “Reserva de Contingência”, permitida
para a União no art. 91 do Decreto-Lei 200, de 25 de fevereiro de 1967, ou em atos das demais esferas de
Governo, a ser utilizada como fonte de recursos para abertura de créditos adicionais e para o atendimento
de passivos contingentes.
7 § 8º do Art. 166 da CF/1988.

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42.(Cespe/IPEA/2008) Estará violando norma constitucional o


administrador público que abrir créditos suplementares ou
extraordinários sem a indicação de recursos correspondentes.

43.(Cespe/IPEA/2008) Suponha que, em decorrência de uma crise


cambial, uma série de obrigações do governo federal contratadas em
moeda estrangeira tenham ultrapassado em 10% os valores
originalmente aprovados no orçamento para essa finalidade. Nessa
situação, para honrar tais compromissos, somente a abertura de crédito
especial poderá suprir a dotação orçamentária do montante necessário.

44. (Cespe/IPEA/2008) Suponha que, em um órgão público, pouco antes


do final do exercício, se verifique ter havido excesso de arrecadação de
R$ 500 mil, hajam sido abertos créditos extraordinários de R$ 50 mil,
tenha havido economia de despesas de R$ 150 mil e que dotações de R$
200 mil possam ser canceladas. Diante dessa situação, caso esse órgão
pleiteie crédito especial, este poderá atingir o valor de R$ 800 mil.

45. (MPU/2010/ Técnico de Apoio/Orçamento) Os créditos adicionais


provocam, necessariamente, um aumento do valor global do orçamento
aprovado.

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46. (Cespe/2014/PGE-PI) Os créditos adicionais, que incluem as


autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente dotadas
na LOA, terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem
abertos, salvo expressa disposição legal em contrário quanto aos
especiais e extraordinários.

47. (Cespe/2014/TCDF/Técnico) Caso o governo federal precise realizar


gasto urgente e imprevisto, decorrente, por exemplo, da necessidade de
atendimento às vítimas do desabamento de uma ponte em rodovia
federal, poderá ser aberto crédito extraordinário por meio de medida
provisória.

48. (Cespe/2014/DPF/Agente) Considere que, na fronteira entre Brasil e


Bolívia, incidentes envolvendo membros das forças de segurança
brasileira e traficantes tenham demandado operações extras da Polícia
Federal na região e que, apesar de o orçamento prever recursos para
essas operações, eles não sejam suficientes para financiá-las. Nessa
situação, os recursos adicionais necessários devem ser providos por meio
da abertura de créditos extraordinários.

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42.(Cespe/IPEA/2008) Estará violando norma constitucional o


administrador público que abrir créditos suplementares ou
extraordinários sem a indicação de recursos correspondentes.
ERRADO, os créditos extraordinários não precisam indicar a fonte.

43.(Cespe/IPEA/2008) Suponha que, em decorrência de uma crise


cambial, uma série de obrigações do governo federal contratadas em
moeda estrangeira tenham ultrapassado em 10% os valores
originalmente aprovados no orçamento para essa finalidade. Nessa
situação, para honrar tais compromissos, somente a abertura de
crédito especial poderá suprir a dotação orçamentária do
montante necessário.
ERRADO, se já estava originalmente na LOA, a primeira opção
seria crédito suplementar.

44. (Cespe/IPEA/2008) Suponha que, em um órgão público, pouco antes


do final do exercício, se verifique ter havido excesso de arrecadação de
R$ 500 mil, hajam sido abertos créditos extraordinários de R$ 50 mil,
tenha havido economia de despesas de R$ 150 mil e que dotações de R$
200 mil possam ser canceladas. Diante dessa situação, caso esse órgão
pleiteie crédito especial, este poderá atingir o valor de R$ 800 mil.
ERRADO, temos duas fontes apenas:
Excesso de arrecadação de R$ 500 mil. Deduz-se 50 de créditos
extraordinários. Valor final de 450 mil.
Anulação de dotação: dotações de R$ 200 mil possam ser
canceladas.
Valor total final: 650 mil.
Cuidado com dados inúteis.

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45. (MPU/2010/ Técnico de Apoio/Orçamento) Os créditos adicionais


provocam, necessariamente, um aumento do valor global do orçamento
aprovado.
ERRADO, quando se anula a dotação ou se utiliza a reserva de
contingência, o valor global da LOA permanece o mesmo.
Recomendo que você assista o vídeo neste caso, pois faço uma
simulação bem interessante.

46. (Cespe/2014/PGE-PI) Os créditos adicionais, que incluem as


autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente dotadas
na LOA, terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que forem
abertos, salvo expressa disposição legal em contrário quanto aos
especiais e extraordinários.
CERTO, apenas estes créditos podem ser reabertos nos limites de
seus saldos.

47. (Cespe/2014/TCDF/Técnico) Caso o governo federal precise realizar


gasto urgente e imprevisto, decorrente, por exemplo, da necessidade de
atendimento às vítimas do desabamento de uma ponte em rodovia
federal, poderá ser aberto crédito extraordinário por meio de medida
provisória.
CERTO, este poderá tem sabor de deverá. É uma característica do
Cespe.

48. (Cespe/2014/DPF/Agente) Considere que, na fronteira entre Brasil e


Bolívia, incidentes envolvendo membros das forças de segurança
brasileira e traficantes tenham demandado operações extras da Polícia
Federal na região e que, apesar de o orçamento prever recursos para
essas operações, eles não sejam suficientes para financiá-las. Nessa
situação, os recursos adicionais necessários devem ser providos por meio
da abertura de créditos extraordinários.

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ERRADO, a deixa na questão está aqui: apesar de o orçamento


prever recursos para essas operações, eles não sejam suficientes
para financiá-las. Como já estava na LOA, trata-se de crédito
suplementar.

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7. LISTA DAS QUESTÕES APRESENTADAS


Nada como fazer umas questões enquanto se espera a próxima
aula.
BATERIA ESAF

1. (ESAF/CGU/2006) Segundo a Constituição de 1988, no capítulo das


Finanças Públicas, o Plano Plurianual-PPA é uma Lei que abrangerá os
respectivos Poderes na União, nos Estados, no Distrito Federal e nos
Municípios. No que diz respeito ao Plano Plurianual [PPA] e Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO), identifique a opção incorreta.
a) A Lei que instituir o Plano Plurianual será elaborada no princípio do
primeiro ano do mandato do executivo e terá vigência de quatro anos.
b) Com base no Plano Plurianual, o governo elaborará e enviará para o
Poder Legislativo o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias.
c) A Lei que instituir o Plano Plurianual definirá programas, objetivos e
metas para o quadriênio, cabendo desta forma, à LDO definir, com base
no PPA, quais serão as metas que serão desenvolvidas no exercício
financeiro subsequente.
d) Com o advento da Lei de Responsabilidade Fiscal, em maio de 2000,
passou a integrar à LDO, dois anexos: o Anexo de Metas Fiscais e o
Anexo de Objetivos Fiscais.
e) A LDO antecipa o orçamento anual, com todas suas implicações
alocativas e tributárias, e ainda fixa o programa das instituições
financeiras da União.

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2. (ESAF/TCE-GO/2007) O orçamento é um instrumento fundamental de


governo e seu principal documento de políticas públicas. Por meio dele, os
governantes selecionam prioridades, decidindo como gastar os recursos
extraídos da sociedade e como distribuí-los entre diferentes grupos
sociais, conforme seu peso ou força política. No que diz respeito a
orçamento, indique a opção falsa.
a) Nas decisões orçamentárias, os problemas centrais de uma ordem
democrática como representação estão presentes.
b) A Constituição de 1988 trouxe inegável avanço na estrutura
institucional que organizou o processo orçamentário brasileiro.
c) A Constituição de 1988 não só introduziu o processo de planejamento
no ciclo orçamentário, medida tecnicamente importante, mas, sobretudo,
reforçou o Poder Legislativo.
d) A Constituição de 1988 indica que, por iniciativa do Poder Legislativo,
devem ser estabelecidas, além do Plano Plurianual ( PPA ), a Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual ( LOA ).
e) O Plano Plurianual é um instrumento de Planejamento no qual são
apresentados, de quatro em quatro anos, os objetivos e as metas
governamentais.

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3.(ESAF/SEFAZ-CE/2007) Sobre o Plano Plurianual - PPA de que trata o


art. 165 da Constituição Federal é correto afirmar, exceto:
a) sua duração atual é de quatro anos.
b) estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da
Administração Pública para as despesas de capital.
c) a elaboração dá-se no primeiro ano do mandato do governante.
d) os programas de governo e seus principais elementos constitutivos
são objeto do PPA.
e) os valores a serem aplicados nos programas não constam do PPA por
serem objeto da Lei Orçamentária Anual - LOA.

4.(ESAF/SEFAZ-CE/2007) Assinale a opção falsa em relação às regras


impostas pela Constituição Federal/88 para a abertura de créditos
adicionais.
a) Admite-se a reabertura, no exercício seguinte, dos saldos
remanescentes dos créditos especiais e extraordinários
independentemente da data em que tenham sido abertos.
b) Os créditos especiais destinam-se às despesas para as quais não
existe dotação específica.
c) Os créditos suplementares podem ser abertos mediante cancelamento
de outros créditos consignados em lei.
d) Créditos Extraordinários podem ser abertos por Medida Provisória.
e) Na abertura de créditos extraordinários não é necessário indicar a
fonte de recursos.

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5. (União/Processo Simplificado/Área geral) A Constituição Federal de


1988 criou um novo sistema de planejamento e orçamento da
administração pública, tendo como principais instrumentos o PPA, a LDO e
a LOA. Examine os enunciados a seguir e marque a resposta certa.
a) O Plano Plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes,
objetivos e metas da administração pública federal para as despesas
correntes e de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos
programas de duração continuada.
b) A LOA não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à
fixação da despesa, não se incluindo, na proibição, a autorização para
abertura de créditos suplementares e contratação de operações de
crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
c) A LOA disporá sobre as alterações na legislação tributária e
estabelecerá a política de aplicação anual de recursos das agências
financeiras oficiais de fomento.
d) A LOA deverá conter o orçamento fiscal referente aos Poderes da
União, o orçamento de investimento das empresas públicas e o
orçamento da seguridade social.
e) A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) compreenderá as metas e
prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas
correntes e de capital para o exercício financeiro subsequente e orientará
a elaboração da Lei Orçamentária Anual ( LOA ).

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6. (CGU/2008/Área geral) De acordo com a Constituição Federal, foi


reservada à Lei de Diretrizes Orçamentárias a função de:
a) definir, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos, as metas e
prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de
capital para o exercício financeiro subsequente.
b) estabelecer critérios e forma de limitação de empenho, nos casos
previstos na legislação.
c) dispor sobre alterações na legislação tributária.
d) disciplinar as transferências de recursos a entidades públicas e
privadas.
e) dispor sobre o equilíbrio entre receitas e despesas.
7. (CGU/2008/Área geral) A Constituição Federal instituiu o Plano
Plurianual - PPA e a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar
101/2000) ratificou sua obrigatoriedade para todos os entes da
federação. De acordo com a Constituição e os últimos planos aprovados
para o governo federal, indique a opção incorreta.
a) Toda ação finalística do Governo Federal deverá ser estruturada em
Programas orientados para a consecução dos objetivos estratégicos
definidos para o período do Plano Plurianual.
b) A regionalização prevista na Constituição Federal considera, na
formulação, apresentação, implantação e avaliação do Plano Plurianual, as
diferenças e desigualdades existentes no território brasileiro.
c) Na estrutura dos últimos planos plurianuais da União, as metas
representam as parcelas de resultado que se pretende alcançar no
período de vigência do PPA.
d) A Constituição Federal remete à lei complementar a disposição sobre a
vigência, os prazos, a elaboração e a organização do PPA e, enquanto não
for editada a referida lei, segue-se o disposto no Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias.
e) Após a Constituição Federal, não há mais a possibilidade da existência
de planos e programas nacionais, regionais e setoriais, devendo ser
consolidado em um único instrumento de planejamento que é o PPA.

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8. (CGU/2008/Área geral) Com a publicação da Lei de Responsabilidade


Fiscal (Lei Complementar n. 101/2000), a Lei de Diretrizes Orçamentárias
- LDO assumiu novas prerrogativas, entre as quais a de apresentar o
Anexo de Metas Fiscais – AMF e o Anexo de Riscos Fiscais – ARF.
Em relação ao AMF e ARF não se pode afirmar:
a) no ARF, serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos
capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem
tomadas, caso se concretizem.
b) o AMF estabelece as metas de Receita, Despesa, Resultado Primário e
Nominal e montante da dívida pública a serem observadas no exercício
financeiro a que se refere, além de indicar as metas fiscais para os dois
exercícios seguintes.
c) de acordo com as últimas Leis de Diretrizes Orçamentárias da União, os
riscos fiscais podem ser classificados em duas grandes categorias: Riscos
orçamentários e Riscos de dívida.
d) considerando os riscos dos déficits atuariais dos sistemas de
previdência, a LRF determina que integre o ARF a avaliação da situação
financeira e atuarial do regime próprio dos servidores públicos.
e) faz parte do AMF o demonstrativo da estimativa e compensação da
renúncia de receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias
de caráter continuado.

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9. (CGU/2008/Área geral) Das afirmações a seguir relacionadas com a Lei


Orçamentária Anual - LOA, assinale a que não se enquadra nas regras
estabelecidas na legislação federal.
a) A elaboração da Proposta de Lei Orçamentária Anual é uma
prerrogativa do Poder Executivo, podendo o poder legislativo efetuar
emendas.
b) As emendas ao Projeto de Lei Orçamentária não podem acarretar
aumento na despesa total do orçamento, a menos que sejam identificados
erros ou omissões nas receitas, devidamente comprovados.
c) Os recursos para emendas parlamentares não podem ter como fonte o
cancelamento de despesas com pessoal, benefícios previdenciários, juros,
transferências constitucionais e amortização de dívida.
d) Todas as empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha
a maioria do capital social com direito a voto integram o orçamento de
investimento das estatais, exceto aquelas enquadradas no conceito de
empresa estatal dependente na forma da Lei de Responsabilidade Fiscal.
e) As empresas sob controle direto da União, que recebam no exercício
financeiro recursos do Tesouro a título de aumento de participação
acionária, deverão integrar os orçamentos Fiscal e da Seguridade Social.

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10. (CGU/2008/Área geral) Ao longo do exercício financeiro, pode ocorrer


a necessidade de abertura de créditos adicionais para cobrir despesas
não-computadas ou insuficientemente dotadas. Com base na legislação
vigente, relativa a esse assunto, identifique a opção incorreta.
a) A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da
existência de recursos disponíveis para atender à despesa e será
precedida de exposição justificada.
b) A vigência dos créditos especiais não pode ultrapassar o exercício
financeiro em que foram autorizados, em respeito ao princípio
orçamentário da anualidade.
c) Somente será admitida a abertura de crédito extraordinário para
atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de
guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto na
Constituição Federal.
d) Terão vigência até o final do exercício financeiro os créditos
extraordinários cujo ato de autorização tenha sido promulgado nos
primeiros 4 (quatro) meses do exercício financeiro.
e) Para fins de abertura de créditos suplementares e especiais,
consideram-se recursos disponíveis os provenientes do excesso de
arrecadação, ou seja, do saldo positivo das diferenças, acumuladas
mês a mês, entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se,
ainda, a tendência do exercício.

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11.(CGU/2008/Área geral) Considerando a premissa constitucional de


elaboração do Plano Plurianual - PPA, o Governo Federal desde 1998 vem
adotando ações no sentido de organizar a forma de elaboração e gestão
do PPA e consolidou conceitos em relação ao Ciclo de Gestão do PPA.
Segundo o previsto na legislação federal, indique a opção correta.
a) O Ciclo de Gestão do PPA é um conjunto de eventos integrados que
viabilizam o alcance dos objetivos de governo e compreende os processos
de elaboração da programação orçamentária, a implementação, o
monitoramento, a avaliação e a revisão dos projetos.
b) A Revisão do PPA se traduz no contínuo acompanhamento da
implementação do Plano, referenciado na estratégia de desenvolvimento
e nos desafios, com o objetivo de subsidiar a alocação dos recursos,
identificar e superar restrições sistêmicas, corrigir rumos, sistematizar
elementos para subsidiar os processos de avaliação e revisão, e, assim,
contribuir para a obtenção dos resultados globais desejados.
c) Na fase de Elaboração do PPA, acontece a definição de orientações
estratégicas, diretrizes e objetivos estruturados em programas com vistas
ao alcance do projeto de Governo.
d) O Monitoramento do PPA é o processo sistemático de aferição
periódica dos resultados e da aplicação dos recursos, segundo os critérios
de eficiência, eficácia e efetividade, permitindo o aperfeiçoamento do
Plano Plurianual e o alcance dos objetivos de governo.
e) Na fase da Avaliação do PPA, adequa-se o Plano às mudanças internas
e externas da conjuntura política, social e econômica, por meio da
alteração, exclusão ou inclusão de programa, resultante do processo de
avaliação.

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12. (ESAF/MPOG/APO/2008) A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) atribuiu


novas e importantes funções ao orçamento e à Lei de Diretrizes
Orçamentárias. Nos termos da LRF, a Lei de Diretrizes Orçamentárias
recebeu novas e importantes funções entre as quais não se inclui:
a) mostrar as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual e
respectivas receitas, sendo o financiamento da dívida demonstrado de forma
separada nas leis de créditos adicionais.
b) estabelecer critérios e formas de limitação de empenho, na ocorrência de
arrecadação da receita inferior ao esperado, de modo a comprometer as
metas de resultado primário e nominal previstas para o exercício.
c) quantificar o resultado primário obtido com vistas à redução do montante
da dívida e despesas com juros.
d) dispor sobre o controle de custos e avaliação dos resultados dos
programas financiados pelo orçamento.
e) disciplinar as transferências de recursos a entidades públicas e privadas.

13. (ESAF/MPOG/APO/2008) O Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes


Orçamentárias e a Lei do Orçamento Anual são componentes básicos do
planejamento governamental. Identifique a única opção incorreta no que diz
respeito ao planejamento governamental.
a) O planejamento governamental estratégico tem como documento básico o
Plano Plurianual.
b) A Lei Orçamentária Anual compreende o orçamento fiscal e, ainda, o
orçamento das autoridades monetárias e das empresas financeiras de
economia mista.
c) O planejamento governamental operacional tem como instrumentos a Lei
de Diretrizes Orçamentárias e a Lei do Orçamento.
d) A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreende o conjunto de metas e
prioridades da Administração Pública Federal, incluindo as despesas de
capital para o exercício financeiro subsequente.
e) A Lei Orçamentária Anual (LOA) é o orçamento propriamente dito e possui
a denominação de LOA por ser a consignada pela Constituição Federal.

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14. (ESAF/STN/AFC/2008) Assinale a opção correta, a respeito dos


créditos adicionais.
a) Os créditos suplementares somente podem ser abertos em razão de
excesso de arrecadação ou por cancelamento de créditos consignados na
Lei Orçamentária Anual.
b) Os créditos especiais podem ser reabertos no exercício seguinte pelos
saldos remanescentes, caso o ato de autorização tenha sido promulgado
nos últimos quatro meses do exercício.
c) Na abertura de créditos extraordinários, a indicação da fonte dos
recursos é dispensada, caso haja grave ameaça à ordem pública.
d) Os créditos suplementares não necessitam de autorização legislativa
para serem abertos, quando a abertura decorrer de calamidade pública.
e) O cancelamento de restos a pagar é fonte para a abertura de créditos
adicionais.

15. (ESAF/SRF/Analista Tributário/2009) Segundo a Constituição Federal,


um dos instrumentos em que se materializa o processo de planejamento
do Governo Federal é o Plano Plurianual – PPA. Assinale a opção em que a
afirmação se aplica inteiramente a esse instrumento.
a) Embora de natureza constitucional, o PPA não abrange todos os
projetos do ente, em razão das emergências não possíveis de serem
previstas em lei.
b) O PPA tem seu foco nos programas de governo, seu período de
abrangência é de quatro anos podendo ser revisado a cada ano.
c) A elaboração do PPA é feita no nível de cada órgão e sua submissão ao
Congresso Nacional se dá por intermédio da presidência de cada um dos
Poderes da República.
d) O PPA, embora fundamentado em programas de governo, tem como
objetivo definir as modalidades de aplicação de recursos que priorizam o
cumprimento das políticas públicas.
e) A inclusão de novos programas no PPA se dá na revisão anual e está
condicionada ao cumprimento das metas anteriormente aprovadas.

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16. (ESAF/SRF/Analista Tributário/2009) Assinale a opção falsa a respeito


dos créditos adicionais.
a) A abertura de crédito suplementar está condicionada à existência de
despesa já pré-empenhada no exercício.
b) A abertura de créditos especiais exige a indicação da fonte dos recursos.
c) Os créditos adicionais aumentam a disponibilidade de crédito à despesa
relacionada para emissão de empenho ou descentralização.
d) É permitida a reabertura de créditos especiais e extraordinários no
exercício seguinte ao da abertura.
e) Créditos extraordinários têm sua abertura submetida a restrições de
natureza constitucional.

17. (ESAF/SUSEP/2010) A respeito dos prazos relativos à elaboração e


tramitação da lei que institui o Plano Plurianual – PPA, da Lei de Diretrizes
Orçamentárias – LDO e da Lei Orçamentária Anual – LOA, é correto afirmar:
a) o projeto de PPA será encaminhado até cinco meses antes do término do
exercício em que inicia o mandato do Presidente da República, enquanto a
LOA deve ser encaminhada até quatro meses antes do término do exercício.
b) a proposta de LOA deverá ser remetida ao Congresso Nacional até quatro
meses antes do término do exercício financeiro e o projeto aprovado da LDO
deve ser devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da
sessão legislativa.
c) os projetos de PPA e de LDO devem ser encaminhados juntos até seis
meses antes do término do exercício uma vez que há conexão entre eles.
d) a Constituição Federal determina que esses projetos de lei são
encaminhados ao Congresso Nacional de acordo com as necessidades do
Poder Executivo, exceto no último ano de mandato do titular do executivo.
e) os projetos de LDO e de LOA devem ser encaminhados ao Congresso
Nacional até seis meses antes do término do exercício e devolvidos para
sanção até o encerramento da sessão legislativa.

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18. (ESAF/SUSEP/2010) Assinale a opção falsa a respeito dos créditos


adicionais de que tratam os artigos 40 a 46 da Lei n. 4.320/64.
a) Crédito extraordinário é uma das classificações de créditos adicionais.
b) Créditos especiais e suplementares são autorizados por lei.
c) Créditos suplementares não podem ser abertos sem a indicação da fonte
de recursos.
d) Os créditos suplementares abertos no exercício não podem exceder a um
terço daqueles originalmente consignados na lei orçamentária.
e) O superávit financeiro apurado no balanço patrimonial pode ser fonte de
recursos para a abertura de créditos adicionais.

19. (ESAF/SUSEP/2010) Segundo a Lei n. 4.320/64, considera-se superávit


financeiro:
a) a diferença positiva entre o ativo e o passivo verificado no balanço
patrimonial.
b) o saldo positivo apurado na conta de controle financeiro do ativo,
conjugado com os saldos de fornecedores a pagar.
c) a diferença positiva apurada no confronto entre os ingressos e dispêndios
do Balanço Financeiro.
d) o superávit apurado na demonstração das variações patrimoniais,
observada a existência destes no balanço patrimonial.
e) a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro,
conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as
operações de credito a eles vinculadas.

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20. (ESAF/CVM/2010) Nos termos da Constituição Federal, é correto


afirmar que:
a) o Plano Plurianual possui status de lei complementar.
b) a Lei de Diretrizes Orçamentárias compreende o orçamento fiscal, o
orçamento de investimento das estatais e o orçamento da seguridade
social.
c) o Poder Executivo deve publicar, até trinta dias após o encerramento
de cada trimestre, relatório resumido da execução orçamentária.
d) o Plano Plurianual compreende as metas e prioridades da
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o
exercício financeiro subsequente.
e) os orçamentos fiscal e de investimento das estatais possuem, entre
outras, a função de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério
populacional.

21. (ESAF/MPOG/2010/Analista de TI) Considerando que o Plano Plurianual -


PPA, a Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO e a Lei Orçamentária Anual -
LOA são os principais instrumentos de planejamento do setor público
definidos pela Constituição Federal, é correto afirmar:
a) a integração do PPA com a LOA se dá por intermédio do programa,
enquanto a LDO define as metas e prioridades da Administração Federal.
b) os principais elementos de estruturação do PPA são a função e a
subfunção de governo.
c) as propostas de alteração dos projetos de lei relativos ao PPA, a LDO e a
LOA podem ser encaminhadas pelo Presidente da República e apreciadas pelo
Congresso a qualquer tempo.
d) os recursos que ficarem sem despesa correspondente em razão de veto
ou rejeição do projeto de lei orçamentária deverão ser transferidos ao
exercício seguinte.
e) em razão da soberania do Congresso Nacional, a sua competência para
alterar o projeto de lei orçamentária não sofre limitações.

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22. (ESAF/SEFAZ/2010/Analista de TI) Assinale a opção falsa a respeito da Lei


Orçamentária Anual de que trata o art. 165 da Constituição Federal.
a) No âmbito do Congresso Nacional, é analisada por comissão mista, cuja
atribuição é o exame de matérias de natureza orçamentária.
b) O envio da proposta de lei ao Congresso Nacional é de competência do
Presidente da República, para o orçamento do Poder Executivo, e dos chefes dos
demais Poderes, para os seus respectivos orçamentos.
c) Em obediência ao princípio orçamentário da exclusividade, não poderá conter
matéria estranha ao orçamento.
d) O orçamento de investimento das empresas que a União detenha a maioria
do capital votante integra a Lei Orçamentária Anual.
e) O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo
regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções,
anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e
creditícia.

23. (ESAF/SEFAZ/2010) A gestão do Plano Plurianual 2008-2011 observará os


princípios de eficiência, eficácia e efetividade. Com relação aos programas do
PPA, não é correto afirmar que sua gestão compreenderá:
a) a implementação.
b) a revisão.
c) a avaliação.
d) o monitoramento.
e) a revisão de programas destinados exclusivamente a operações especiais.

24. (ESAF/2012/CGU) Assinale a opção que indica matéria que, segundo dispõe
a Constituição Federal, não é objeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO.
a) Diretrizes para a elaboração dos orçamentos.
b) Estabelecimento da política de aplicação das agências financeiras de
fomento.
c) Regras para alteração da legislação tributária.
d) Orientação relacionada aos gastos com transferências a terceiros.
e) Prioridades da Administração Pública Federal.

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25. (ESAF/2013/DNIT) A Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF estabelece


que a Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO disporá sobre as matérias
abaixo, exceto:
a) equilíbrio entre receitas e despesas.
b) critérios e formas de limitação de empenhos.
c) índice de preços cuja variação servirá de limite para a atualização
monetária do principal da dívida mobiliária.
d) situações extraordinárias que possibilitam a contratação de hora
extra.
e) demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas,
decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de
natureza financeira, tributária e creditícia.

26. (ESAF/2013/DNIT) A Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO é


integrada por Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas
anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas,
resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o
exercício a que se referirem e para os dois seguintes. À vista disso,
assinale a opção correta.
a) Resultado nominal é a diferença entre os valores não financeiros das
receitas e das despesas públicas.
b) Resultado primário é a diferença entre as receitas e as despesas
públicas, incluindo as receitas e despesas financeiras, os efeitos da
inflação e da variação cambial.
c) Metas estabelecidas em valores constantes são as metas quantificadas
em moeda corrente.
d) A quantificação das metas fiscais é estipulada tendo em vista o
montante necessário de recursos para a recondução da dívida aos limites
de endividamento impostos em Resolução do Senado Federal.
e) O anexo de metas fiscais deve conter a avaliação dos passivos
contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas.

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27. (ESAF/2013/DNIT) De acordo com a Constituição Federal, o principal


objetivo da Lei de Diretrizes Orçamentárias é:
a) orientar as unidades orçamentárias e administrativas na formulação
do seu planejamento anual e na elaboração da proposta orçamentária,
bem como estabelecer as metas a serem alcançadas no exercício
subsequente.
b) estabelecer as diretrizes, prioridades e metas para a organização das
entidades com vistas à definição da proposta orçamentária anual a ser
enviada ao Congresso Nacional.
c) criar as condições necessárias ao estabelecimento de um sistema de
planejamento integrado com vistas à elaboração e aprovação do
orçamento.
d) estabelecer as metas de despesas correntes e de capital para o
exercício seguinte, as prioridades da administração e orientar a
elaboração da proposta orçamentária.
e) estabelecer as metas e prioridades da administração pública federal,
incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente e
orientar a elaboração da lei orçamentária.

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28. (ESAF/2013/MPOG/EPPGG) O modelo orçamentário brasileiro é


definido na Constituição Federal de 1988 do Brasil. Compõe-se de três
instrumentos: o Plano Plurianual - PPA, a Lei de Diretrizes Orçamentárias
- LDO e a Lei Orçamentária Anual - LOA, conforme informa o art. 165:
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I - o plano
plurianual; II - as diretrizes orçamentárias; III - os orçamentos anuais.
Acerca do Planejamento no Brasil após a Constituição de 1988, assinale a
opção correta.
a) O PPA, com vigência de quatro anos, tem como função enunciar as
políticas públicas e respectivas prioridades para o exercício seguinte.
b) Cabe à LDO estabelecer as diretrizes, objetivos e metas de médio
prazo da administração pública.
c) A LOA, ao identificar no PPA as ações que receberão prioridade no
exercício seguinte, torna-se o elo entre o PPA, que funciona como um
plano de médio prazo do governo.
d) A LOA é a lei orçamentária da União que estima receitas e fixa as
despesas para um exercício financeiro. De um lado, permite avaliar as
fontes de recursos públicos no universo dos contribuintes e, de outro,
quem são os beneficiários desses recursos.
e) A LDO tem como principais objetivos estimar a receita e fixar a
programação das despesas para o exercício financeiro.

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29. (ESAF/2013/MPOG/EPPGG) O art. 5º da Lei n. 12.593, de


18/01/2012, estabelece a estrutura e organização do PPA. O PPA 2012-
2015 reflete as políticas públicas e organiza a atuação governamental. De
que forma o PPA 2012- 2015 realiza essas tarefas? Assinale a opção
correta.
a) O PPA atua por meio de Programas Temáticos e de Gestão,
Manutenção e Serviços à Sociedade.
b) O PPA atua por meio do Programa Temático que expressa e orienta a
ação governamental para a entrega de bens e serviços ao Estado.
c) O PPA atua por intermédio do Programa de Gestão, Manutenção e
Serviços ao Estado: que expressa e orienta as ações destinadas ao apoio,
à gestão e à manutenção da atuação governamental.
d) O Programa de Gestão, parte integrante do PPA, é composto por
Objetivos, Indicadores, Valor Global e Valor de Referência.
e) Os programas destinados exclusivamente a operações especiais
integram o PPA.

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8. LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS


Nada como fazer umas questões enquanto se espera a próxima aula. É
importante que você tenha lido a parte teórica antes ou tenha assistido
aos vídeos. Os comentários consideram a premissa anterior.
BATERIA ESAF

1. (ESAF/CGU/2006) Segundo a Constituição de 1988, no capítulo das Finanças


Públicas, o Plano Plurianual-PPA é uma Lei que abrangerá os respectivos Poderes
na União, nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios. No que diz respeito
ao Plano Plurianual [PPA] e Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), identifique a
opção incorreta.
a) A Lei que instituir o Plano Plurianual será elaborada no princípio do primeiro
ano do mandato do executivo e terá vigência de quatro anos.
CERTO, sem comentários adicionais.
b) Com base no Plano Plurianual, o governo elaborará e enviará para o Poder
Legislativo o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias.
CERTO, sem comentários adicionais.
c) A Lei que instituir o Plano Plurianual definirá programas, objetivos e metas
para o quadriênio, cabendo desta forma, à LDO definir, com base no PPA, quais
serão as metas que serão desenvolvidas no exercício financeiro subsequente.
CERTO, sem comentários adicionais.
d) Com o advento da Lei de Responsabilidade Fiscal, em maio de 2000, passou
a integrar à LDO, dois anexos: o Anexo de Metas Fiscais e o Anexo de
Objetivos Fiscais.
ERRADO, são 2 anexos obrigatórios a todos os entes: o Anexo de Metas
Fiscais e o Anexo de Riscos Fiscais e um específico para União.
e) A LDO antecipa o orçamento anual, com todas suas implicações alocativas e
tributárias, e ainda fixa o programa das instituições financeiras da União.
CERTO, ela dispõe sobre alterações na legislação tributária e sobre a
política de aplicação das agencias financeiras oficiais de fomento.

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2. (ESAF/TCE-GO/2007) O orçamento é um instrumento fundamental de


governo e seu principal documento de políticas públicas. Por meio dele, os
governantes selecionam prioridades, decidindo como gastar os recursos
extraídos da sociedade e como distribuí-los entre diferentes grupos
sociais, conforme seu peso ou força política. No que diz respeito a
orçamento, indique a opção falsa.
a) Nas decisões orçamentárias, os problemas centrais de uma ordem
democrática como representação estão presentes.
CERTO, nesse tipo de questão observa-se que não nenhum
comprometimento técnico que desabone a questão.
b) A Constituição de 1988 trouxe inegável avanço na estrutura
institucional que organizou o processo orçamentário brasileiro.
CERTO, na medida em que institui PPA, LDO e LOA e reforçou o
orçamento programa.
c) A Constituição de 1988 não só introduziu o processo de planejamento
no ciclo orçamentário, medida tecnicamente importante, mas, sobretudo,
reforçou o Poder Legislativo.
CERTO, na medida em que deu poder ao Legislativo de efeutar
emendas ao PLOA.
d) A Constituição de 1988 indica que, por iniciativa do Poder
Legislativo, devem ser estabelecidas, além do Plano Plurianual (PPA), a
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA).
ERRADO, todos os instrumentos são de iniciativa do Executivo.
e) O Plano Plurianual é um instrumento de Planejamento no qual são
apresentados, de quatro em quatro anos, os objetivos e as metas
governamentais.
CERTO, sem comentários adicionais.

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3.(ESAF/SEFAZ-CE/2007) Sobre o Plano Plurianual - PPA de que trata o art. 165


da Constituição Federal é correto afirmar, exceto:
a) sua duração atual é de quatro anos.
CERTO, sem comentários adicionais.
b) estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da
Administração Pública para as despesas de capital.
CERTO, sem comentários adicionais.
c) a elaboração dá-se no primeiro ano do mandato do governante.
CERTO, sem comentários adicionais.
d) os programas de governo e seus principais elementos constitutivos são
objeto do PPA.
CERTO, sem comentários adicionais.
e) os valores a serem aplicados nos programas não constam do PPA por
serem objeto da Lei Orçamentária Anual - LOA.
ERRADO, os valores globais dos programas temáticos e de gestão
constam no PPA.
4.(ESAF/SEFAZ-CE/2007) Assinale a opção falsa em relação às regras impostas
pela Constituição Federal/88 para a abertura de créditos adicionais.
a) Admite-se a reabertura, no exercício seguinte, dos saldos remanescentes dos
créditos especiais e extraordinários independentemente da data em que
tenham sido abertos.
ERRADO, desde que o ato de autorização tenha ocorrido nos últimos
quatro meses do exercício.
b) Os créditos especiais destinam-se às despesas para as quais não existe
dotação específica.
CERTO, sem comentários adicionais.
c) Os créditos suplementares podem ser abertos mediante cancelamento de
outros créditos consignados em lei.
CERTO, a anulação de dotação é um das fontes previstas.
d) Créditos Extraordinários podem ser abertos por Medida Provisória.
CERTO, sem comentários adicionais.
e) Na abertura de créditos extraordinários não é necessário indicar a fonte de
recursos.
CERTO, sem comentários adicionais.

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5. (União/Processo Simplificado/Área geral) A Constituição Federal de


1988 criou um novo sistema de planejamento e orçamento da
administração pública, tendo como principais instrumentos o PPA, a LDO e
a LOA. Examine os enunciados a seguir e marque a resposta certa.
a) O Plano Plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes,
objetivos e metas da administração pública federal para as despesas
correntes e de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos
programas de duração continuada.
ERRADO, não existe no conceito da CF/1988 de forma explícita o termo
despesas correntes.
b) A LOA não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à
fixação da despesa, não se incluindo, na proibição, a autorização para
abertura de créditos suplementares e contratação de operações de
crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
CERTO, seria exatamente o que prevê o princípio da exclusividade.
c) A LOA disporá sobre as alterações na legislação tributária e
estabelecerá a política de aplicação anual de recursos das agências
financeiras oficiais de fomento.
ERRADO, compete à LDO.
d) A LOA deverá conter o orçamento fiscal referente aos Poderes da
União, o orçamento de investimento das empresas públicas e o
orçamento da seguridade social.
ERRADO, seria o orçamento fiscal, o orçamento de investimento das
empresas que a união possuía maioria do capital social votante e o
orçamento da seguridade social.
e) A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) compreenderá as metas e
prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas
correntes e de capital para o exercício financeiro subsequente e
orientará a elaboração da Lei Orçamentária Anual ( LOA ).
ERRADO, não existe no conceito da CF/1988 de forma explícita o termo
despesas correntes.

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6. (CGU/2008/Área geral) De acordo com a Constituição Federal, foi reservada à Lei de


Diretrizes Orçamentárias a função de:
a) definir, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos, as metas e prioridades
da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício
financeiro subsequente.
ERRADO, incluiu termos a mais do PPA.
b) estabelecer critérios e forma de limitação de empenho, nos casos previstos na
legislação.
ERRADO, apesar de ser um atribuição da LDO consta na LRF.
c) dispor sobre alterações na legislação tributária.
CERTO, é uma das atribuições da CF/1988.
d) disciplinar as transferências de recursos a entidades públicas e privadas.
ERRADO, apesar de ser um atribuição da LDO consta na LRF.
e) dispor sobre o equilíbrio entre receitas e despesas.
ERRADO, apesar de ser um atribuição da LDO consta na LRF.
7. (CGU/2008/Área geral) A Constituição Federal instituiu o Plano Plurianual - PPA e a Lei
de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/2000) ratificou sua obrigatoriedade
para todos os entes da federação. De acordo com a Constituição e os últimos planos
aprovados para o governo federal, indique a opção incorreta.
a) Toda ação finalística do Governo Federal deverá ser estruturada em Programas
orientados para a consecução dos objetivos estratégicos definidos para o período do
Plano Plurianual.
CERTO, nesse tipo de questão observa-se que não nenhum comprometimento
técnico que desabone a questão.
b) A regionalização prevista na Constituição Federal considera, na formulação,
apresentação, implantação e avaliação do Plano Plurianual, as diferenças e
desigualdades existentes no território brasileiro.
CERTO, nesse tipo de questão observa-se que não nenhum comprometimento
técnico que desabone a questão.
c) Na estrutura dos últimos planos plurianuais da União, as metas representam as
parcelas de resultado que se pretende alcançar no período de vigência do PPA.
CERTO, nesse tipo de questão observa-se que não nenhum comprometimento
técnico que desabone a questão.
d) A Constituição Federal remete à lei complementar a disposição sobre a vigência, os
prazos, a elaboração e a organização do PPA e, enquanto não for editada a referida lei,
segue-se o disposto no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
CERTO, essa questão se refere à lacuna juridica pela inexistência da lei
mencionada no art. 165 da CF/1988.
e) Após a Constituição Federal, não há mais a possibilidade da existência de planos
e programas nacionais, regionais e setoriais, devendo ser consolidado em um único
instrumento de planejamento que é o PPA.
ERRADO, nos planos nacionais, regionais e setoriais não só existem como
devem ser compatíveis com o PPA.

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8. (CGU/2008/Área geral) Com a publicação da Lei de Responsabilidade


Fiscal (Lei Complementar n. 101/2000), a Lei de Diretrizes Orçamentárias
- LDO assumiu novas prerrogativas, entre as quais a de apresentar o
Anexo de Metas Fiscais – AMF e o Anexo de Riscos Fiscais – ARF.
Em relação ao AMF e ARF não se pode afirmar:
a) no ARF, serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos
capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem
tomadas, caso se concretizem.
CERTO, sem comentários adicionais.
b) o AMF estabelece as metas de Receita, Despesa, Resultado Primário e
Nominal e montante da dívida pública a serem observadas no exercício
financeiro a que se refere, além de indicar as metas fiscais para os dois
exercícios seguintes.
CERTO, sem comentários adicionais.
c) de acordo com as últimas Leis de Diretrizes Orçamentárias da União, os
riscos fiscais podem ser classificados em duas grandes categorias: Riscos
orçamentários e Riscos de dívida.
CERTO, sem comentários adicionais.
d) considerando os riscos dos déficits atuariais dos sistemas de
previdência, a LRF determina que integre o ARF a avaliação da situação
financeira e atuarial do regime próprio dos servidores públicos.
ERRADO, avaliação da situação financeira e atuarial do regime
próprio dos servidores públicos consta no Anexo de Metas Fiscais.
e) faz parte do AMF o demonstrativo da estimativa e compensação da
renúncia de receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias
de caráter continuado.
CERTO, sem comentários adicionais.

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9. (CGU/2008/Área geral) Das afirmações a seguir relacionadas com a Lei


Orçamentária Anual - LOA, assinale a que não se enquadra nas regras
estabelecidas na legislação federal.
a) A elaboração da Proposta de Lei Orçamentária Anual é uma
prerrogativa do Poder Executivo, podendo o poder legislativo efetuar
emendas.
CERTO, sem comentários adicionais.
b) As emendas ao Projeto de Lei Orçamentária não podem acarretar
aumento na despesa total do orçamento, a menos que sejam identificados
erros ou omissões nas receitas, devidamente comprovados.
CERTO, esse item se refere ao tema ciclo orçamentário. A questão
foi trazida devidos aos demais itens.
c) Os recursos para emendas parlamentares não podem ter como fonte o
cancelamento de despesas com pessoal, benefícios previdenciários, juros,
transferências constitucionais e amortização de dívida.
CERTO, esse item se refere ao tema ciclo orçamentário. A questão
foi trazida devidos aos demais itens.
d) Todas as empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha
a maioria do capital social com direito a voto integram o orçamento de
investimento das estatais, exceto aquelas enquadradas no conceito de
empresa estatal dependente na forma da Lei de Responsabilidade Fiscal.
CERTO, não constam no orçamento de investimento as empresas
estatais dependentes.
e) As empresas sob controle direto da União, que recebam no exercício
financeiro recursos do Tesouro a título de aumento de participação
acionária, deverão integrar os orçamentos Fiscal e da Seguridade
Social.
ERRADO, se a empresa recebe recursos e em troca a União recebe
ações, a empresa continua no orçamento de investimento.

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10. (CGU/2008/Área geral) Ao longo do exercício financeiro, pode ocorrer


a necessidade de abertura de créditos adicionais para cobrir despesas
não-computadas ou insuficientemente dotadas. Com base na legislação
vigente, relativa a esse assunto, identifique a opção incorreta.
a) A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da
existência de recursos disponíveis para atender à despesa e será
precedida de exposição justificada.
CERTO, estes dois tipos de crédito sempre devem apresentar a
indicação dos recursos.
b) A vigência dos créditos especiais não pode ultrapassar o exercício
financeiro em que foram autorizados, em respeito ao princípio
orçamentário da anualidade.
ERRADO, o crédito especial for autorizado nos últimos quatro
meses e houve saldo remanescente no fim do ano, ele pode ser
reaberto no ano seguinte.
c) Somente será admitida a abertura de crédito extraordinário para
atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de
guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto na
Constituição Federal.
CERTO, sem comentários adicionais.
d) Terão vigência até o final do exercício financeiro os créditos
extraordinários cujo ato de autorização tenha sido promulgado nos
primeiros 4 (quatro) meses do exercício financeiro.
CERTO, para que haja a possibilidade de abertura o ato de
autorização deve ocorrer a partir de 1º de setembro.
e) Para fins de abertura de créditos suplementares e especiais,
consideram-se recursos disponíveis os provenientes do excesso de
arrecadação, ou seja, do saldo positivo das diferenças, acumuladas mês a
mês, entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda,
a tendência do exercício.
CERTO, o excesso de arrecadação é uma das seis fontes de
créditos adicionais.

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11.(CGU/2008/Área geral) Considerando a premissa constitucional de


elaboração do Plano Plurianual - PPA, o Governo Federal desde 1998 vem
adotando ações no sentido de organizar a forma de elaboração e gestão
do PPA e consolidou conceitos em relação ao Ciclo de Gestão do PPA.
Segundo o previsto na legislação federal, indique a opção correta.
a) O Ciclo de Gestão do PPA é um conjunto de eventos integrados que
viabilizam o alcance dos objetivos de governo e compreende os processos
de elaboração da programação orçamentária, a implementação, o
monitoramento, a avaliação e a revisão dos projetos.
ERRADO, as fases são apenas estas: implementação, o
monitoramento, a avaliação e a revisão dos programas.
b) A Revisão do PPA se traduz no contínuo acompanhamento da
implementação do Plano, referenciado na estratégia de desenvolvimento
e nos desafios, com o objetivo de subsidiar a alocação dos recursos,
identificar e superar restrições sistêmicas, corrigir rumos, sistematizar
elementos para subsidiar os processos de avaliação e revisão, e, assim,
contribuir para a obtenção dos resultados globais desejados.
ERRADO, esse seria o conceito de monitoramento.
c) Na fase de Elaboração do PPA, acontece a definição de orientações
estratégicas, diretrizes e objetivos estruturados em programas com vistas
ao alcance do projeto de Governo.
CERTO, sem comentários adicionais.
d) O Monitoramento do PPA é o processo sistemático de aferição periódica
dos resultados e da aplicação dos recursos, segundo os critérios de
eficiência, eficácia e efetividade, permitindo o aperfeiçoamento do Plano
Plurianual e o alcance dos objetivos de governo.
ERRADO, esse seria o conceito de avaliação.
e) Na fase da Avaliação do PPA, adequa-se o Plano às mudanças internas
e externas da conjuntura política, social e econômica, por meio da
alteração, exclusão ou inclusão de programa, resultante do processo de
avaliação.
ERRADO, esse seria o conceito de revisão.

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12. (ESAF/MPOG/APO/2008) A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) atribuiu novas e


importantes funções ao orçamento e à Lei de Diretrizes Orçamentárias. Nos termos
da LRF, a Lei de Diretrizes Orçamentárias recebeu novas e importantes funções
entre as quais não se inclui:
a) mostrar as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual e
respectivas receitas, sendo o financiamento da dívida demonstrado de forma
separada nas leis de créditos adicionais.
ERRADO, não é uma competência da LDO.
b) estabelecer critérios e formas de limitação de empenho, na ocorrência de
arrecadação da receita inferior ao esperado, de modo a comprometer as metas de
resultado primário e nominal previstas para o exercício.
CERTO, é uma competência prevista na LRF.
c) quantificar o resultado primário obtido com vistas à redução do montante da
dívida e despesas com juros.
CERTO, é uma competência prevista na LRF.
d) dispor sobre o controle de custos e avaliação dos resultados dos programas
financiados pelo orçamento.
CERTO, é uma competência prevista na LRF.
e) disciplinar as transferências de recursos a entidades públicas e privadas.
CERTO, é uma competência prevista na LRF.
13. (ESAF/MPOG/APO/2008) O Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e
a Lei do Orçamento Anual são componentes básicos do planejamento
governamental. Identifique a única opção incorreta no que diz respeito ao
planejamento governamental.
a) O planejamento governamental estratégico tem como documento básico o Plano
Plurianual.
CERTO, atualmente o PPA é estratégico e tático. Porém, isso não
compromete a questão.
b) A Lei Orçamentária Anual compreende o orçamento fiscal e, ainda, o orçamento
das autoridades monetárias e das empresas financeiras de economia mista.
ERRADO, Lei Orçamentária Anual compreende o orçamento fiscal,
seguridade social e de investimento.
c) O planejamento governamental operacional tem como instrumentos a Lei de
Diretrizes Orçamentárias e a Lei do Orçamento.
CERTO, sem comentários adicionais.
d) A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreende o conjunto de metas e prioridades
da Administração Pública Federal, incluindo as despesas de capital para o exercício
financeiro subsequente.
CERTO, é uma competência prevista na CF/1988.
e) A Lei Orçamentária Anual (LOA) é o orçamento propriamente dito e possui a
denominação de LOA por ser a consignada pela Constituição Federal.
CERTO, sem comentários adicionais.

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14. (ESAF/STN/AFC/2008) Assinale a opção correta, a respeito dos créditos


adicionais.
a) Os créditos suplementares somente podem ser abertos em razão de excesso de
arrecadação ou por cancelamento de créditos consignados na Lei Orçamentária
Anual.
ERRADO, excesso de arrecadação ou anulação de dotação são apenas duas
das seis fontes que podem alimentar os créditos suplementares.
b) Os créditos especiais podem ser reabertos no exercício seguinte pelos saldos
remanescentes, caso o ato de autorização tenha sido promulgado nos últimos quatro
meses do exercício.
CERTO, sem comentários adicionais.
c) Na abertura de créditos extraordinários, a indicação da fonte dos recursos é
dispensada, caso haja grave ameaça à ordem pública.
ERRADO, a indicação da fonte nos créditos extraordinários é sempre
dispensada.
d) Os créditos suplementares não necessitam de autorização legislativa para
serem abertos, quando a abertura decorrer de calamidade pública.
ERRADO, sempre precisam de autorização legislativa prévia e reforçam
dotação existente.
e) O cancelamento de restos a pagar é fonte para a abertura de créditos
adicionais.
ERRADO, não é uma das seis fontes.
15. (ESAF/SRF/Analista Tributário/2009) Segundo a Constituição Federal, um dos
instrumentos em que se materializa o processo de planejamento do Governo Federal
é o Plano Plurianual – PPA. Assinale a opção em que a afirmação se aplica
inteiramente a esse instrumento.
a) Embora de natureza constitucional, o PPA não abrange todos os projetos do
ente, em razão das emergências não possíveis de serem previstas em lei.
ERRADO, ele não abrange, mas em função de não ter todas as despesas
previstas que devem constar na LOA.
b) O PPA tem seu foco nos programas de governo, seu período de abrangência é de
quatro anos podendo ser revisado a cada ano.
CERTO, e só um lembrete, a revisão só deve ocorrer por projeto de lei nos
casos de inclusão ou exclusão de programa, objetivo ou meta.
c) A elaboração do PPA é feita no nível de cada órgão e sua submissão ao Congresso
Nacional se dá por intermédio da presidência de cada um dos Poderes da
República.
ERRADO, a submissão é centralizada pelo Executivo.
d) O PPA, embora fundamentado em programas de governo, tem como objetivo
definir as modalidades de aplicação de recursos que priorizam o
cumprimento das políticas públicas.
ERRADO, a modalidade de aplicação da despesa consta apenas na LOA.
e) A inclusão de novos programas no PPA se dá na revisão anual e está
condicionada ao cumprimento das metas anteriormente aprovadas.
ERRADO, não existe essa condição.

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16. (ESAF/SRF/Analista Tributário/2009) Assinale a opção falsa a respeito


dos créditos adicionais.
a) A abertura de crédito suplementar está condicionada à existência de
despesa já pré-empenhada no exercício.
ERRADO, não existe essa condição.
b) A abertura de créditos especiais exige a indicação da fonte dos
recursos.
CERTO, sempre exige indicação de recursos.
c) Os créditos adicionais aumentam a disponibilidade de crédito à despesa
relacionada para emissão de empenho ou descentralização.
CERTO, na medida em que reforça uma dotação, ele aumenta a
capacidade de gasto naquela despesa.
d) É permitida a reabertura de créditos especiais e extraordinários no
exercício seguinte ao da abertura.
CERTO, desde que o ato de abertura ocorre a partir de 1º de
setembro.
e) Créditos extraordinários têm sua abertura submetida a restrições de
natureza constitucional.
CERTO, devem ser para despesas urgentes e imprevisíveis.

17. (ESAF/SUSEP/2010) A respeito dos prazos relativos à elaboração e


tramitação da lei que institui o Plano Plurianual – PPA, da Lei de Diretrizes
Orçamentárias – LDO e da Lei Orçamentária Anual – LOA, é correto afirmar:

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a) o projeto de PPA será encaminhado até cinco meses antes do término


do exercício em que inicia o mandato do Presidente da República,
enquanto a LOA deve ser encaminhada até quatro meses antes do
término do exercício.
ERRADO, o projeto de PPA será encaminhado até quatro meses
antes do término do exercício em que inicia o mandato do
Presidente da República, enquanto a LOA deve ser encaminhada
até quatro meses antes do término do exercício.
b) a proposta de LOA deverá ser remetida ao Congresso Nacional até
quatro meses antes do término do exercício financeiro e o projeto
aprovado da LDO deve ser devolvido para sanção até o encerramento do
primeiro período da sessão legislativa.
CERTO, sem comentários adicionais.
c) os projetos de PPA e de LDO devem ser encaminhados juntos até seis
meses antes do término do exercício uma vez que há conexão entre eles.
ERRADO, o projeto de PPA será encaminhado até quatro meses
antes do término do exercício em que inicia o mandato do
Presidente da República, enquanto a LOA deve ser encaminhada
até oito meses e meio antes do término do exercício.
d) a Constituição Federal determina que esses projetos de lei são
encaminhados ao Congresso Nacional de acordo com as necessidades
do Poder Executivo, exceto no último ano de mandato do titular do
executivo.
ERRADO, esses projetos possuem datas limites de envio. Não há
discricionariedade.
e) os projetos de LDO e de LOA devem ser encaminhados ao Congresso
Nacional até seis meses antes do término do exercício e devolvidos
para sanção até o encerramento da sessão legislativa.
ERRADO, ver comentários anteriores quanto ao prazo.

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18. (ESAF/SUSEP/2010) Assinale a opção falsa a respeito dos créditos


adicionais de que tratam os artigos 40 a 46 da Lei n. 4.320/64.
a) Crédito extraordinário é uma das classificações de créditos adicionais.
CERTO, sem comentários adicionais.
b) Créditos especiais e suplementares são autorizados por lei.
CERTO, sem comentários adicionais.
c) Créditos suplementares não podem ser abertos sem a indicação da fonte
de recursos.
CERTO, sem comentários adicionais.
d) Os créditos suplementares abertos no exercício não podem exceder a
um terço daqueles originalmente consignados na lei orçamentária.
ERRADO, não existe tal previsão.
e) O superávit financeiro apurado no balanço patrimonial pode ser fonte de
recursos para a abertura de créditos adicionais.
CERTO, é uma das seis fontes.

19. (ESAF/SUSEP/2010) Segundo a Lei n. 4.320/64, considera-se superávit


financeiro:
a) a diferença positiva entre o ativo e o passivo verificado no balanço
patrimonial.
b) o saldo positivo apurado na conta de controle financeiro do ativo,
conjugado com os saldos de fornecedores a pagar.
c) a diferença positiva apurada no confronto entre os ingressos e dispêndios
do Balanço Financeiro.
d) o superávit apurado na demonstração das variações patrimoniais,
observada a existência destes no balanço patrimonial.
e) a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro,
conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as
operações de credito a eles vinculadas.
Conforme vimos na aula, a opção E contém o conceito correto.

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20. (ESAF/CVM/2010) Nos termos da Constituição Federal, é correto


afirmar que:
a) o Plano Plurianual possui status de lei complementar.
ERRADO, é lei ordinária.
b) a Lei de Diretrizes Orçamentárias compreende o orçamento fiscal, o
orçamento de investimento das estatais e o orçamento da seguridade
social.
ERRADO, seria LOA.
c) o Poder Executivo deve publicar, até trinta dias após o encerramento
de cada trimestre, relatório resumido da execução orçamentária.
ERRADO, seria trinta dias após o encerramento de cada bimestre.
Esse item se refere ao tema LRF. A questão foi trazida devidos aos
demais itens.
d) o Plano Plurianual compreende as metas e prioridades da
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o
exercício financeiro subsequente.
ERRADO, seria LDO.
e) os orçamentos fiscal e de investimento das estatais possuem, entre
outras, a função de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério
populacional.
CERTO, juntamente com o PPA.

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21. (ESAF/MPOG/2010/Analista de TI) Considerando que o Plano


Plurianual - PPA, a Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO e a Lei
Orçamentária Anual - LOA são os principais instrumentos de
planejamento do setor público definidos pela Constituição Federal, é
correto afirmar:
a) a integração do PPA com a LOA se dá por intermédio do programa,
enquanto a LDO define as metas e prioridades da Administração Federal.
CERTO, sem comentários adicionais.
b) os principais elementos de estruturação do PPA são a função e a
subfunção de governo.
ERRADO, seria na dimensão estratégica: visão de futuro, eixos
estratégicos e diretrizes; e na dimensão tática: programas,
objetivos, metas e iniciativas.
c) as propostas de alteração dos projetos de lei relativos ao PPA, a LDO e
a LOA podem ser encaminhadas pelo Presidente da República e
apreciadas pelo Congresso a qualquer tempo.
ERRADO, existem prazos limites na CF/1988.
d) os recursos que ficarem sem despesa correspondente em razão de
veto ou rejeição do projeto de lei orçamentária deverão ser
transferidos ao exercício seguinte.
ERRADO, estes recursos podem apenas ser utilizados como fonte
de créditos suplementares ou especiais.
e) em razão da soberania do Congresso Nacional, a sua competência
para alterar o projeto de lei orçamentária não sofre limitações.
ERRADO, existem limitações para as emendas ao PLOA. Esse item
se refere ao tema ciclo orçamentário. A questão foi trazida
devidos aos demais itens.

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22. (ESAF/SEFAZ/2010/Analista de TI) Assinale a opção falsa a respeito da Lei


Orçamentária Anual de que trata o art. 165 da Constituição Federal.
a) No âmbito do Congresso Nacional, é analisada por comissão mista, cuja
atribuição é o exame de matérias de natureza orçamentária.
CERTO, sem comentários adicionais. Esse item se refere ao tema
ciclo orçamentário. A questão foi trazida devidos aos demais itens.
b) O envio da proposta de lei ao Congresso Nacional é de competência do
Presidente da República, para o orçamento do Poder Executivo, e dos chefes
dos demais Poderes, para os seus respectivos orçamentos.
ERRADO, o Presidente consolida todas as propostas e envia.
c) Em obediência ao princípio orçamentário da exclusividade, não poderá conter
matéria estranha ao orçamento.
CERTO, sem comentários adicionais.
d) O orçamento de investimento das empresas que a União detenha a maioria
do capital votante integra a Lei Orçamentária Anual.
CERTO, sem comentários adicionais.
e) O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo
regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções,
anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e
creditícia.
CERTO, é um dos anexos obrigatórios da LOA.

23. (ESAF/SEFAZ/2010) A gestão do Plano Plurianual 2008-2011 observará os


princípios de eficiência, eficácia e efetividade. Com relação aos programas do
PPA, não é correto afirmar que sua gestão compreenderá:
a) a implementação.
b) a revisão.
c) a avaliação.
d) o monitoramento.
e) a revisão de programas destinados exclusivamente a operações especiais.
A única fase que não faz parte da gestão consta na opção E.

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24. (ESAF/2012/CGU) Assinale a opção que indica matéria que, segundo


dispõe a Constituição Federal, não é objeto da Lei de Diretrizes
Orçamentárias - LDO.
a) Diretrizes para a elaboração dos orçamentos.
ERRADO, é uma competência, mas prevista na CF/1988.
b) Estabelecimento da política de aplicação das agências financeiras de
fomento.
ERRADO, é uma competência, mas prevista na CF/1988.
c) Regras para alteração da legislação tributária.
ERRADO, é uma competência, mas prevista na CF/1988.
d) Orientação relacionada aos gastos com transferências a terceiros.
CERTO, é uma competência, e prevista na LRF.
e) Prioridades da Administração Pública Federal.
ERRADO, é uma competência, mas prevista na CF/1988.

25. (ESAF/2013/DNIT) A Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF estabelece


que a Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO disporá sobre as matérias
abaixo, exceto:
a) equilíbrio entre receitas e despesas.
CERTO, é uma competência, e prevista na LRF.
b) critérios e formas de limitação de empenhos.
CERTO, é uma competência, e prevista na LRF.
c) índice de preços cuja variação servirá de limite para a atualização
monetária do principal da dívida mobiliária.
CERTO, é uma competência, e prevista na LRF.
d) situações extraordinárias que possibilitam a contratação de hora extra.
CERTO, é uma competência, e prevista na LRF.
e) demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas,
decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de
natureza financeira, tributária e creditícia.
ERRADO, é um dos anexos obrigatórios da LOA.

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26. (ESAF/2013/DNIT) A Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO é


integrada por Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas
anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas,
resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o
exercício a que se referirem e para os dois seguintes. À vista disso,
assinale a opção correta.
a) Resultado nominal é a diferença entre os valores não financeiros das
receitas e das despesas públicas.
ERRADO, seria resultado primário.
b) Resultado primário é a diferença entre as receitas e as despesas
públicas, incluindo as receitas e despesas financeiras, os efeitos da
inflação e da variação cambial.
ERRADO, seria resultado nominal.
c) Metas estabelecidas em valores constantes são as metas
quantificadas em moeda corrente.
ERRADO, metas estabelecidas em valores nominais são as metas
quantificadas em moeda corrente.
d) A quantificação das metas fiscais é estipulada tendo em vista o
montante necessário de recursos para a recondução da dívida aos limites
de endividamento impostos em Resolução do Senado Federal.
CERTO, esse item se refere ao tema LRF. A questão foi trazida
devidos aos demais itens.
e) O anexo de metas fiscais deve conter a avaliação dos passivos
contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas.
ERRADO, seria anexo de riscos fiscais.

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27. (ESAF/2013/DNIT) De acordo com a Constituição Federal, o principal


objetivo da Lei de Diretrizes Orçamentárias é:
a) orientar as unidades orçamentárias e administrativas na
formulação do seu planejamento anual e na elaboração da proposta
orçamentária, bem como estabelecer as metas a serem alcançadas no
exercício subsequente.
b) estabelecer as diretrizes, prioridades e metas para a organização
das entidades com vistas à definição da proposta orçamentária anual a
ser enviada ao Congresso Nacional.
c) criar as condições necessárias ao estabelecimento de um
sistema de planejamento integrado com vistas à elaboração e
aprovação do orçamento.
d) estabelecer as metas de despesas correntes e de capital para o
exercício seguinte, as prioridades da administração e orientar a
elaboração da proposta orçamentária.
e) estabelecer as metas e prioridades da administração pública federal,
incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente e
orientar a elaboração da lei orçamentária.
Conforme vimos na aula a única opção que possui atribuições da
LDO todas corretas é a alternativa E.

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28. (ESAF/2013/MPOG/EPPGG) O modelo orçamentário brasileiro é


definido na Constituição Federal de 1988 do Brasil. Compõe-se de três
instrumentos: o Plano Plurianual - PPA, a Lei de Diretrizes Orçamentárias
- LDO e a Lei Orçamentária Anual - LOA, conforme informa o art. 165:
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I - o plano
plurianual; II - as diretrizes orçamentárias; III - os orçamentos anuais.
Acerca do Planejamento no Brasil após a Constituição de 1988, assinale a
opção correta.
a) O PPA, com vigência de quatro anos, tem como função enunciar as
políticas públicas e respectivas prioridades para o exercício seguinte.
ERRADO, as prioridades constam na LDO.
b) Cabe à LDO estabelecer as diretrizes, objetivos e metas de médio
prazo da administração pública.
ERRADO, seria PPA.
c) A LOA, ao identificar no PPA as ações que receberão prioridade no
exercício seguinte, torna-se o elo entre o PPA, que funciona como um
plano de médio prazo do governo.
ERRADO, seria a LDO que faz o elo da LOA com o PPA.
d) A LOA é a lei orçamentária da União que estima receitas e fixa as
despesas para um exercício financeiro. De um lado, permite avaliar as
fontes de recursos públicos no universo dos contribuintes e, de outro,
quem são os beneficiários desses recursos.
CERTO, sem comentários adicionais.
e) A LDO tem como principais objetivos estimar a receita e fixar a
programação das despesas para o exercício financeiro.
ERRADO, seria LOA.

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29. (ESAF/2013/MPOG/EPPGG) O art. 5º da Lei n. 12.593, de


18/01/2012, estabelece a estrutura e organização do PPA. O PPA 2012-
2015 reflete as políticas públicas e organiza a atuação governamental. De
que forma o PPA 2012- 2015 realiza essas tarefas? Assinale a opção
correta.
a) O PPA atua por meio de Programas Temáticos e de Gestão,
Manutenção e Serviços à Sociedade.
ERRADO, seriam Programas Temáticos e de Gestão, Manutenção e
Serviços ao Estado.
b) O PPA atua por meio do Programa Temático que expressa e orienta a
ação governamental para a entrega de bens e serviços ao Estado.
ERRADO, seria de Programa Gestão, Manutenção e Serviços ao
Estado.
c) O PPA atua por intermédio do Programa de Gestão, Manutenção e
Serviços ao Estado: que expressa e orienta as ações destinadas ao apoio,
à gestão e à manutenção da atuação governamental.
CERTO, sem comentários adicionais.
d) O Programa de Gestão, parte integrante do PPA, é composto por
Objetivos, Indicadores, Valor Global e Valor de Referência.
ERRADO, seria Programas Temático.
e) Os programas destinados exclusivamente a operações especiais
integram o PPA.
ERRADO, constam apenas: Programas Temáticos e de Gestão,
Manutenção e Serviços ao Estado.

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Gabarito das questões comentadas ESAF


1-B 2-D 3-E 4-A 5-B
6-C 7-E 8-D 9-E 10-B
11-C 12-A 13-B 14-B 15-B
16-A 17-B 18-D 19-E 20-E
21-A 22-D 23-E 24-D 25-E
26-D 27-E 28-D 29-C

Pessoal o prazer foi meu. Até a próxima aula.

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