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2012
Av. Francisco Rodrigues Filho, 1233 - Mogilar
A Braz Cubas
Nascida em 1940, na cidade de Mogi das Cruzes, a Braz Cubas, que iniciou suas
atividades com um pequeno curso preparatório, conta hoje com cerca de 20 mil alu-
nos, entre as modalidades presencial e educação a distância.
A importante notícia veio valorizar a região de Mogi das Cruzes e premiar uma
longa carreira de bons serviços prestados à educação brasileira, formando profissio-
nais competentes e capacitados ao mercado de trabalho.
Missão
Visão
Valores
3
Sumário
Sumário
Apresentação 7
O Professor 9
Introdução 11
1Unidade I
Introdução à Sociologia Geral e da Educação 13
1.1 Alguns fundamentos da reflexão sociológica que são imprescindíveis para se entender o
mundo social 14
1.2 “O Príncipe” – N. Maquiavel 22
1.3 Considerações da Unidade I 23
2Unidade II
Linha explicativa positiva funcionalidade e a Sociologia Compreensiva 25
2.1 A vez de Augusto Comte 25
2.2 A vez de Émile Durkheim 28
2.3 A vez de Max Weber 35
2.4 Considerações da Unidade II 36
3Unidade III
A Sociologia dialética de Karl Marx e implicações em Rousseau 37
3.1 Um histórico de vida a ser considerado 37
3.2 Princípios Antropológicos 42
3.3 A Alienação 44
3.4 A Alienação do produto do seu trabalho 45
3.5 A Alienação no ato de produção 46
3.6 O homem alienado de sua espécie 47
3.7 O homem alienado do seu semelhante 47
3.8 A Ideologia Alemã 48
3.9 A história 49
3.9.1 Da produção da consciência 50
3.10 Outras ideias gerais sobre o marxismo 52
3.11 O Manifesto Comunista 52
3.12 Considerações da Unidade III 53
4Unidade IV
Educação, Globalização, Neoliberalismo e Pós-Modernidade 55
4.1 Educação e Globalização ou Neoliberalismo 55
4.2 Globalização/Neoliberalismo 57
4.3 E a educação? 59
4.4 Darwinismo Social e Neoliberalismo 65
4.5 Considerações da Unidade IV 66
Referências 67
Apresentação
Apresentação
Aquilo que aponto aqui faz parte, sem dúvida, de uma discussão que precisa
ser explorada detalhadamente consultando, de modo especial, as obras originais
dos autores citados. Por isso, não será demais frisar que aqui você terá um pequeno
fragmento dos estudos na área da sociologia do educando. É necessário, portanto,
que você busque outras fontes, tanto diretamente ligadas ao conteúdo oferecido
aqui, quanto em bibliotecas, sites de revistas ou, enfim, nas diversas fontes confiá-
veis de que dispomos. Lembre-se de que vídeos (incluindo as teleaulas), noticiários,
artigos em revistas, jornais, entre outros, devem fazer parte da rotina de estudo.
Por fim, quero dizer que não se sinta só. Estarei junto a você nessa caminhada,
partilhando conhecimentos, experiências e, ainda, indicando possíveis referências
para que você possa ter uma formação exemplar. Que você se sinta encorajado a ir à
busca de novas respostas (por mais que permaneçam as velhas perguntas) construí-
das por meio da pesquisa e dos novos conhecimentos.
Portanto, você está convidado a me seguir nessas discussões para juntos dis-
cutirmos os ideais que possam guiar as relações sociais e, com isso, reavivar e aca-
lentar o sonho de uma sociedade justa, em que se possa viver num completo estado
de bem-estar social.
7
Não é a consciência que determina o ser social. Ao contrário, é o
ser social que determina a consciência.
(Karl Marx)
O Professor
9
Introdução
Introdução
Os temas que nos pautam nestas próximas unidades estão orientados, ain-
da, para formar uma base diversificada de análises, referenciais e/ou pressupostos
para que os futuros educadores, com apoio nesses referendos, compreendam um
pouco mais os processos e mecanismos sociais que conduzem a organização da
escola, bem como daquilo que está institucionalizado enquanto processo educativo
(pedagógico).
11
Sociologia da Educação Unidade 1
1 Unidade I
Objetivos da Unidade:
13
Unidade 1 Sociologia da Educação
1.1 Alguns
fundamentos da reflexão sociológica que são
imprescindíveis para se entender o mundo social
Resumidamente,
a psicologia estuda o homem, mas podemos falar de indivíduo, pois estuda o homem
isolado, isto é, sem suas relações com as instituições.
14
Sociologia da Educação Unidade 1
Apesar desse conceito geral, deve-se salientar que a educação nunca foi a mes-
ma durante todos os tempos. Conforme foram se modificando as configurações so-
ciais, também foi se configurando novas formas educativas. Assim, tem-se que a edu-
cação foi cristã (ou religiosa) na Idade Antiga e Medieval, na Renascença foi leiga e, no
momento contemporâneo de nossa existência, educação no sentido mais científico,
educação que exige o status de ciência – a pedagogia.
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Unidade 1 Sociologia da Educação
Nesse sentido é que temos algumas propostas de Platão, no seu livro “Repúbli-
ca” e, ainda, Aristóteles, de modo especial, no livro intitulado “A Política”. Esse cenário
de interpretação, inclusive de fundamento religioso, ganhou força na Idade Medieval.
Apenas foi modificada a partir da Renascença, primeiramente nos questionamentos
de Campanella (A Cidade do Sol) e T. Morus (Utopia).
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Sociologia da Educação Unidade 1
Mas a posição que via as ciências humanas como idênticas às ciências exa-
tas, ou como ciências que poderiam ter como fundamento os mesmos princípios,
não foi uma posição homogênea. Haviam muitos que eram antipositivistas, isto é,
17
Unidade 1 Sociologia da Educação
adeptos de uma distinção entre ciências humanas e ciências naturais. Alguns nomes
importantes de estudiosos que pensavam dessa forma são, sobretudo, os idealistas,
filósofos, como aqueles pertencentes a época do Romantismo, cito Hegel ( Alemanha
em Esturgarda, 1770 – 1831 ) e Schleiermacher ( Polônia em Breslau, 1768 – 1834).
Outros representantes dessas posições foram pensadores que tiveram inspiração
no filósofo alemão, Imanuel Kant (Alemão de Konigsberg, 1724 – 1804). São, portanto,
os chamados neokantianos: Wilhelm Dilthey (Alemanha em Briebrich, Renânia, 1833
– 1911), Wilhelm Windelband (Alemanha em Potsdam, 1848-1915) e Heinrich Rickert
(Alemanha em Danzig, 1863 – 1936).
Os sentidos, por sua vez, na perspectiva de Dilthey, são dados na própria experiência do
investigador, ou de outra forma, mas dependem sempre da relação com a experiência, nunca
tem uma origem exata e precisa a partir do significado. Poderiam, ainda, ser empaticamente
apreendidos por outros em interação com o investigador, conforme a vivência de cada um.
18
Sociologia da Educação Unidade 1
Segundo esse raciocínio, podem ter sido sociólogos das religiões alguns santos, que dedicaram
sua vida a pensar algumas relações entre as pessoas, por exemplo, Agostinho (354 – 430 ),
Tomás de Aquino (1225 – 1274) e padre Antônio Vieira (1608 - 1697), que interpretavam a
realidade social de acordo com os dogmas e interesses da Igreja Católica.
Santo Agostinho2, por exemplo, fala das relações entre os homens quando
pensa sobre o aspecto ontológico do mal. Ele diz que o mundo em que vivem os ho-
mens possui algo chamado de mal. Esse fenômeno conhecido tem por desconhecido
sua origem e ainda mais, está embutido de alguma forma nos homens que, por tal,
são criaturas de Deus que afirmam ter criado tudo.
1 TURNER, 2000.
2 Para tratar de Santo Agostinho, tomou-se por base os apontamentos de REALE, G. História da Filosofia, Cap. XV:
p.455 e 456.
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Unidade 1 Sociologia da Educação
Do ponto de vista moral, o mal é o pecado e depende da “má vontade”, que diz
Agostinho ter uma causa deficiente, a qual é uma tendência por haver diversos bens,
de a vontade preferir a criatura ao invés de Deus. A vontade se torna má porque se
volta contra a natureza, dirigindo-se daquele que é seu ser supremo para um ser
inferior, por que a liberdade é algo bom e o pecado está no homem, como Agostinho
deixa claro quando diz:
“O bem em mim é obra tua, é teu dom; o mal em mim é o meu pecado”.
Em relação ao mal físico, afirma ser o mal do pecado que corrompe a alma e
esta reflete no corpo, tornando assim a “carne corruptível”. O mal parece ser então
uma privação de ser ou privação de bem e cuja solução proposta para esse problema
é estética, para o mal físico e moral.
Sendo privação de ser o mal é algo não metafísico e só pode ter vindo ao mundo humano atra-
vés do pecado original e atual; para tal a humanidade foi punida, os homens foram punidos
com sofrimentos. Diz ainda, com a vinda de Cristo torna-se possível apenas a restituição do mal
moral, mas as consequências físicas do mal continuam.
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Sociologia da Educação Unidade 1
O mal
da
al e depende-se
o su a gê ne se no pecado origin
tem en tã uma pred ti-
es
us pa ra a re de nção, como que
graça de De mais sorte que ou
tros.
o em qu e un s pela graça terão
naçã
afirmando que o
am en to cr ist ão ) interveio nisso
(o pens o que
Porém, a igreja sabe de antemão
de cis ão e qu e Deus apenas
homem é livre na
al.
acontecerá no fin
passa-
o de em algumas
fíc il pa ra Agostinho a pont e
mal foi mui to di mesmo modo qu
O problema do m o um a au sê ncia de bem, do
ao mal apenas co cilante.
gens se referirem o permaneceu va
lu z. Su a po siç ão nessa questã
sência de
as trevas são a au
Sua teoria serviu de sustentação por muito tempo, e até hoje pode-se dizer
que ainda é muito usada. No entanto, o problema do mal atual parece ter outras
dimensões da qual a teoria de Agostinho, como um todo, está um pouco inválida e
muito criticada. O mundo moderno está voltado para a ciência e fica difícil uma teoria
consistente sobre qualquer coisa quando se afirma que a verdade não é absoluta,
mas sim válida até que ninguém prove ao contrário ou válida apenas se for provada
cientificamente. Seria de tamanha dificuldade estabelecer uma solução para esse
problema.
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Unidade 1 Sociologia da Educação
como o historia-
Ibn Khaldun é um precursor das ciências sociais e é reconhecido
árabe de então dominava
dor principal do mundo árabe em seu tempo. Mas, o mundo
É considerado como his-
também o Mediterrâneo, Espanha e metade de Europa do leste.
de Sevilha, embora
pânico-árabe, pois sua família foi uma das principais e mais antigas
e estadista, professor nas
tivesse nascido na Tunísia e morrido no Cairo. Era diplomata
idade e magistratura.
instituições precursoras do que hoje associamos a ideia de univers
trata do mundo
Sua obra mestra é “Muqaddimah” ou “introdução à história”, que
teoria da história e do
árabe e muçulmano. Entretanto, julgou necessário conformar uma
como Arnold Toynbee
seu método, e ao fazê-lo, produziu um tratado, que segundo alguns,
es sin duda lo más gran-
(Inglaterra, 1889 – 1975) , «desarrolla una filosofía de la historia que
do que um tratado da his-
dioso de su tipo jamás escrito, en cualquier tiempo o lugar». Mais
sobre o fenômeno social
tória ou da sua filosofia, é um exemplo de um enfoque analítico
é um tratado geral da
que hoje em dia nós chamamos Sociologia. O livro I de sua história
chamamos de Ciência
Sociologia; o II e o III são sobre a sociologia da política (o que hoje
ão e conhecimento.
Política); o IV é sobre economia política e o V versa sobre educaç
“asabiyah”, ou
Toda a obra está estruturada em torno de um conceito que chamou
que surge espontanea-
coesão social. Este é o elemento ordenador do fenômeno social
conformado e institucio-
mente das relações entre as pessoas e os grupos, que pode ser
do ou debilitado pela
nalizado pela cultura e a religião, mas que também pode ser destruí
decadência.
r a existência
Ibn Khaldun é um precursor das ciências sociais modernas ao anuncia
econômico, legal e moral.
de determinada ordem social subjacente ao fenômeno político,
22
Sociologia da Educação Unidade 1
Bons estudos!
Na plataforma você também terá disponível uma atividade para análise, fórum
de dúvidas e links para que você se aprofunde nesses aspectos. Não se esqueça de
buscar essas novas informações, inclusive, antes de testar seu conhecimento.
Bom trabalho!
23
Sociologia da Educação A Unidade
Braz Cubas
2
Unidade II
2
Objetivos da Unidade:
1º
uma filosofia da história com o objetivo de mos- uma fundamentação e classifi-
trar as razões pelas quais uma certa maneira de cação das ciências baseadas na
pensar (chamada por ele filosofia positiva ou pen- 2º filosofia positiva.
samento positivo) deve imperar entre os homens.
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A Unidade
Braz Cubas
2 Sociologia da Educação
A contribuição principal de Comte à filosofia do positivismo foi sua adoção do método científi-
co como base para a organização política da sociedade industrial moderna.
Ex: a explicação da queda de um objeto ou corpo: o primitivo explicaria a queda como uma
ação dos deuses; o metafísico Aristóteles explicaria a queda pela essência dos corpos pesados,
cuja natureza os faz tender para baixo, onde seria seu lugar natural; Galileu, espírito positivo,
não indagaria o porquê, não procuraria as causas primeiras e últimas, mas se contentaria em
descrever como o fenômeno da queda ocorre, lei da gravidade.
Para o positivismo, a realidade é formada por partes isoladas, de fatos atômicos; a explicação
dos fenômenos se dá através da relação entre eles; não se interessa pelas causas, mas pelas
relações entre os fenômenos; rejeição ao conhecimento metafísico; há somente um método
para a investigação dos dados naturais e sociais. Tanto um quanto outro são regidos por leis
invariáveis.
s estados
Em sua lei dos trê
senvolvi-
ou estágios do de teoriza que o desenv
ctu al, olvimento
mento intele
intelectual humano hav
ia passado
historicamente prime
iro por um
Comte estágio teológico, em
que o mundo e
a humanidade foram
explicados nos
termos dos deuses e
dos espíritos;
tentou também uma clas
sificação das ciências;
baseada na hipótese que
as ciências tinham se
afísico
desenvolvido a partir da um estágio met
compreensão de princípi
os depois através de es esta-
simples e abstratos, para e as explana çõ
daí chegarem à compreen- transitório, em qu de ca usas
são de fenômenos complex das essências ,
os e concretos. Assim, as vam nos termos e fin al-
ciências haviam se desenv s abstraçõe s;
olvido a partir da matem
á- finais, e de outra od er no.
tica, da astronomia, da físic tágio positivo m
a e da química para atingir mente para o es po r um a
o campo mais complexo gio se distingu ia
da biologia e finalmente Este último está
da co nh ec i-
sociologia. limitações do
consciência das
m en to humano.
26
Sociologia da Educação A Unidade
Braz Cubas
2
De acordo com Comte, esta última disciplina, a Sociologia, não somente fechava
a série, mas também reduziria os fatos sociais à leis científicas, e sintetizaria todo o
conhecimento humano, como ápice de toda a ciência. Embora não fosse dele o con-
ceito de sociologia ou da sua área de estudo, Comte ampliou seu campo e sistema-
tizou seu conteúdo. Dividiu a Sociologia em dois campos principais: Estática Social,
ou o estudo das forças que mantêm unida a sociedade; e Dinâmica Social, ou o
estudo das causas das mudanças sociais.
deve ser iniciado com o entendimento do Consenso Social, que é a interdependência social ou
interpenetração dos fenômenos sociais. Segundo Comte, os fenômenos sociais só podem ser
estudados em conjunto porque eles são fundamentalmente conexos. E é pelo consenso social
que pode existir a harmonia social.
De uma outra forma, toda sociedade deve possuir uma ordem, proveniente
dos instintos sociais do indivíduo e que se manifesta através da família. Essa ordem
exige para a sua sobrevivência uma autoridade. Na família essa autoridade é o ma-
rido e na sociedade é o governo. Não há sociedade sem governo, nem governo sem
sociedade. Por tal, o governo deve manter uma intervenção “universal e contínua” na
sociedade, de forma material, intelectual e moral, para evitar que o progresso a invia-
bilize. Segundo Comte, o progresso enfraquece a união e a cooperação, fragilizando
a ordem. Essa é a intervenção do “conjunto sobre as partes”.
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A Unidade
Braz Cubas
2 Sociologia da Educação
para o futuro. Não há espaço para quaisquer vontades superiores. As leis que regem
o estado social são leis análogas às leis biológicas. E exatamente por essa analogia
conclui-se que a humanidade caminha para a completa autonomia, o que ocorrerá
quando for ultrapassada a sua etapa metafísica.
a humanidade assumiu a fase teológica ou fictícia, que foi uma fase provisó-
No início
ria, mas o ponto de partida necessário para todo o processo cultural.
Durkheim viveu numa época de grandes conflitos sociais entre a classe dos em-
presários e a classe dos trabalhadores. É também uma época em que surgem novos
problemas sociais, como: favelas, suicídios, poluição, desemprego etc. No entanto, o
crescente desenvolvimento da indústria e tecnologia fez com que Durkheim tivesse
uma visão otimista sobre o futuro ciclo do capitalismo. Ele pensava que todo o pro-
gresso desencadeado pelo capitalismo traria um aumento generalizado da divisão
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Sociologia da Educação A Unidade
Braz Cubas
2
Com isso, Durkheim admitia que o capitalismo é a sociedade perfeita; trata-se ape-
nas de conhecer os seus problemas e de buscar uma solução científica para eles. Em
outras palavras, a sociedade é boa, sendo necessário, apenas, “curar as suas doenças”.
Tal forma de pensar o progresso de um jeito positivo fez com que Durkheim
concluísse que os problemas sociais entre empresários e trabalhadores não se resol-
veriam dentro de uma luta política, e, sim, através da ciência, ou melhor, da sociolo-
gia. Esta seria, então, a tarefa da sociologia:
A estrutura da sociedade, por seu turno, é formada pelas esferas política, eco-
nômica e ideológica. Essas esferas formam a estrutura social responsável pela con-
solidação do Capitalismo. Ao refletir sobre a sociedade, Durkheim começou a elabo-
rar algumas questões que orientaram seu trabalho, por exemplo:
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A Unidade
Braz Cubas
2 Sociologia da Educação
Nesse aspecto, a primeira regra do método é, sem dúvida, tratar o FATO SO-
CIAL como COISA.
im
e Durkhe
Para Émil
fatos sociais são maneiras de agir, pensar e sentir, exteriores ao indivíduo, dotadas de um poder coer-
citivo e compartilhadas coletivamente. Variam de cultura para cultura e tem como base a moral social,
estabelecendo um conjunto de regras e determinando o que é certo ou errado, permitido ou proibido.
Não podem ser confundidos com os fenômenos orgânicos nem com os psíquicos, constituem uma
espécie nova de fatos.
s
Fatos sociai
deveriam ser encarados como coisas, isto é, objetos que lhe sendo exteriores poderiam ser medidos,
observados e comparados independentemente do que os indivíduos pensassem ou declarassem a seu
respeito. Para se apoderar dos fatos sociais, o cientista deve identificar dentre os acontecimentos gerais e
repetitivos aqueles que apresentam características exteriores comuns.
é considerado como uma coisa, em última instância, para afastar os pré-conceitos, as pré-noções e o indivi-
dualismo, ou seja, seus valores e sentimentos pessoais em relação ao acontecimento a ser estudado.
é, ainda, reconhecido, pelo poder de coerção que exerce ou que pode exercer sobre os indivíduos, identifi-
cado pelas sanções ou resistências a alguma atitude individual contrária, e quando é exterior a ele. Ex.: se
um aluno chega ao colégio de roupa de praia, ele estará em desacordo com a regra e sofrerá sanção por
isso, seja voltar para casa ou uma advertência por escrito.
Durkheim não aceita a ideia que diz ser o social formado de processos psíqui-
cos. Durkheim afirma que o social não pertence a nenhum indivíduo, mas ao grupo
que sofre pressões e sansões sendo obrigado a aceitá-lo. Partindo do princípio de
que o objetivo máximo da vida social é promover a harmonia da sociedade consigo
mesma e com as demais sociedades, e que essa harmonia é conseguida através do
consenso social, a “saúde” do organismo social se confunde com a generalidade dos
3 Coerção: repressão, restrição de direitos, que limita a liberdade de agir individual. Ex.: a
regra da escola é usar uniforme composto de blusa com logotipo do colégio, calça jeans azul
e tênis.
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Sociologia da Educação A Unidade
Braz Cubas
2
Pré-conceber significa antecipar uma ideia, sem saber ao certo o que é. Ex.: naquela escola,
dizem que o ensino é fraco; escola pública é sinônimo de má qualidade no ensino; todo
político é corrupto, acho que Roberto gosta de vinho suave.
2º) Os fatos sociais devem ser explorados de acordo com os seus aspectos gerais e co-
muns, evitando suas manifestações individuais. Ex.: Aspectos gerais da dengue: A dengue
é uma doença febril aguda, causada por vírus, de evolução benigna, na forma clássica, e,
grave, quando se apresenta na forma hemorrágica. A manifestação individual da dengue
varia de pessoa para pessoa. Uma pessoa pode ter dengue hemorrágica enquanto outra
pode ter dengue simples.
3º) Para explicar um fenômeno social devemos separar dois estudos: o da sua causa e o da
sua função. Ex.: qual a função do professor na escola? Qual é a causa do desinteresse do
aluno pelo conteúdo oferecido na escola?
4º) A pesquisa da causa que determina o fato social deve ser feita entre os fatos sociais
anteriores e nunca entre os estados de consciência individual. Ex.: em dada comunidade, há
histórico de violência doméstica. Os relatos, anteriores e atuais, determinaram ser a violência
doméstica um fato social naquela comunidade e não somente um caso isolado ou individual.
5º) Devemos buscar a origem primeira de todo processo social de alguma importância na cons-
tituição do meio social interno.
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A Unidade
Braz Cubas
2 Sociologia da Educação
interno
Meio social
Para Durkheim, o social é modelado pela Consciência Coletiva4, que é uma rea-
lidade social resultante do contato social. Essa consciência difere da consciência in-
dividual5, pertencendo a todos enquanto integrados e a nenhum em particular. Os
fenômenos sociais refletem a estrutura do grupo social que os produz (ideia da So-
ciologia Moderna).
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Sociologia da Educação A Unidade
Braz Cubas
2
Por outro lado, basta uma rápida observação do contexto histórico do século
XIX para se perceber que as instituições sociais se encontravam enfraquecidas, havia
muito questionamento, valores tradicionais eram rompidos e novos surgiam, muita
gente vivendo em condições miseráveis, desempregadas, doentes e marginalizadas.
Ora, numa sociedade integrada essa gente não podia ser ignorada, de uma forma ou
de outra toda a sociedade estava ou iria sofrer as consequências.
Durkheim acreditava
que a sociedade, fun
através de leis e reg cionando
ras já determinadas,
que os problemas soc far ia com
iais não tivessem sua
na economia (forma ori gem
pela qual as pessoas
mas sim numa crise mo tra bal ham ),
ral, isto é, num estado
que várias regras de con soc ial em
duta não estão funcionan
exemplo: se a crimina do. Por
lidade aumenta a cad
que as leis que regula a dia é por-
mentam o combate ao
falhas e mal formulad crim e são
as. A esse estado de
em que as leis não fun cris e soc ial
cionam, Durkheim den
patologia social. Por om ina de
outro lado, os proble
podem ter sua origem mas sociais
também na ausência
o que por sua vez se de regras,
caracterizaria como ano
mia.
Frente a patologia social (regras sociais falhas), cabe à Sociologia captar suas
causas, procurando evitar a anomia (crise total), através da criação de uma nova
moral social que supere a velha moral deficiente. Na tentativa de “curar” a socieda-
de da anomia, Durkheim escreve em seu livro “Da divisão do trabalho social”, sobre
a necessidade de se estabelecer uma solidariedade orgânica entre os membros da
sociedade. A solução estaria em cada membro da sociedade exercer uma função na
divisão do trabalho, como o que acontece no organismo biológico, em que cada ór-
gão tem uma função e depende dos outros para sobreviver.
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A Unidade
Braz Cubas
2 Sociologia da Educação
mecânica orgânica
Solidariedade Solidariedade
É fruto das diferenças sociais, já que são essas diferenças que unem os indiví-
duos pela necessidade de troca de serviços e pela sua interdependência. Os mem-
bros da sociedade onde predomina a Solidariedade Orgânica estão unidos em virtu-
de da divisão do trabalho social. O meio natural necessário a essa sociedade é o meio
profissional, onde o lugar de cada um é estabelecido pela função que desempenha.
A estrutura dessa sociedade é complexa. O indivíduo nessa sociedade é socializado
porque, embora tenha sua individualidade profissional, depende dos demais e, por
conseguinte, da sociedade resultante dessa união.
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Sociologia da Educação A Unidade
Braz Cubas
2
Max Weber nasceu e teve sua formação intelectual no período em que as primei-
ras disputas sobre a metodologia das ciências sociais começavam a surgir na Europa,
sobretudo em seu país, a Alemanha. Filho de uma família da alta classe média, Weber
encontrou em sua casa uma atmosfera intelectualmente estimulante. Seu pai era um
conhecido advogado e desde cedo orientou-o no sentido das humanidades. Weber
recebeu excelente educação secundária em línguas, história e literatura clássica.
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A Unidade
Braz Cubas
2 Sociologia da Educação
Para estudar Max Weber vamos para o AVA. Lá estão os materiais que apresen-
tam Weber e a sociologia weberiana. Não deixe de estudar todos os materiais antes
de realizar suas atividades e avaliações.
Bons estudos!
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Bom trabalho!
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Sociologia da Educação A Unidade
Braz Cubas
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Unidade III
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Objetivos da Unidade:
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A Unidade
Braz Cubas
3 Sociologia da Educação
Marx não foi estritamente um filósofo, embora tenha uma obra filosófica im-
portante. Sua filosofia, bem como suas ideias revolucionárias, foram forças teóricas
e políticas fundamentais do séc. XX.
MARX
99 Via suas obras superando os limites estritos e os rumos tradicionais da filosofia teóri-
ca moderna.
Embora Marx considere a filosofia teórica da tradição como uma simples for-
ma de idealismo, desvinculada da realidade social concreta e, nesse sentido, inútil,
como diz a famosa “XI tese sobre Feuerbach”: “Os filósofos se limitam a interpretar o
mundo de diferentes maneiras; o que importa é transformá-lo”, podemos situar seu
próprio pensamento como parte da tradição moderna da filosofia crítica.
38
Sociologia da Educação A Unidade
Braz Cubas
3
A alienação religiosa é uma das mais importantes premissas das demais críticas. Consistiria
no homem colocar em Deus o que lhe pertence, conformando-se com a exploração de que é
objeto.
A alienação econômica consistiria no fato do trabalhador não receber tudo o que produziu
com o seu trabalho, que ficaria com o capitalista (teoria da mais valia, desenvolvida em “O Ca-
pital”). Parte do princípio de que o valor dos bens é determinado pela “quantidade de trabalho
socialmente necessário para produzi-lo”. Assim, todo valor derivaria do trabalho e não do valor
de mercado, cujo valor determinante seria a escassez.
Materialismo histórico
Materialismo dialético
É a teoria segundo a qual o homem teria surgido dos mamí-
feros superiores e se distinguiria dos animais pelo trabalho.
O homem se criaria a si mesmo criando coisas. O homem É a teoria segundo a qual o motor
seria apenas o conjunto das relações socioeconômicas. Com da história seria a luta de classes.
o trabalho teria começado a história. Assim, seria a infraes- Todo momento histórico geraria
trutura econômica que determinaria a superestrutura ideo- contradições em seu seio, que
lógica (religião, moral, direito, arte etc.): “Não é a consciência provocariam a mudança social.
dos homens que determina o seu ser, mas, ao contrário, o
seu ser social que determina a sua consciência” (LUKACS).
39
A Unidade
Braz Cubas
3 Sociologia da Educação
Marx
Desenvolve a sua filosofia partindo dos princípios filosóficos de Hegel e também de Feuerbach,
por isso a grande influência de Hegel nos seus primeiros escritos.
A base da ontologia marxiana é a economia ou o trabalho e, portanto, não se pode dizer com isso
que a ideia de mundo que Marx formulou seja fundada sobre o economicismo.
A parte da filosofia que levou Marx a se apegar ao material é a economia ou o trabalho para
também poder fazer frente ao que criticava em Hegel, pois segundo Marx, Hegel possuía uma
concepção de história muito abstrata, colocava uma materialidade inexistente vendo nas obras
do homem apenas a objetivação (entendida como reconhecimento nas obras) e esquecendo-se
da alienação, que é quando o homem não se reconhece nas obras.
A concepção que Marx elaborou sobre Feuerbach tem um duplo sentido, que é
o seguinte: o reconhecimento de sua virada ontológica como o único ato filosófico do
período de Marx; e ao mesmo tempo, a constatação de seus limites, ou seja, do fato
de que o materialismo alemão Feuerbachiano ignora completamente o problema da
ontologia do ser social. Critica Feuerbach porque este era materialista e esquecia-se
da história e, quando considerava a história deixava de lado o materialismo. Os es-
critos remetiam muito à natureza e pouco à política.
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Sociologia da Educação A Unidade
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Eis aqui um problema enunciado por Marx entre ser e consciência. O ser pode
existir sem a consciência, mas a consciência não pode existir sem o ser. Portanto, a
consciência para existir precisa ter como fundamento algo que é. ”Não é a consciên-
cia dos homens que determina o seu ser; ao contrário é o seu ser social que deter-
mina sua consciência” (LUKÁCS, 1979, p.41). Nesse trecho, o mundo das formas de
consciência e seus conteúdos, não são vistos como produto da estrutura econômica,
mas da totalidade do ser social.
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Fonte:http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.123/3519. Acesso em
25/01/2016.
O homem, entendido por Marx como ser ativo, atua sobre a natureza de forma consciente,
pois o mesmo se conhece como ser natural (ou ser de capacidade) somente diante da natu-
reza. Portanto, o seu produto (objeto) é um produto objetivo, porque apenas confirma uma
atividade também objetiva (o trabalho) e que ambas interferem na determinação do homem
como ser consciente de si e diferente dos animais. O objeto é estabelecido (criado) por uma
atividade natural (trabalho), que contém em si a virtude de transformação. Assim, o homem
é diretamente um ser da natureza. Marx o caracteriza como ser natural enquanto ser natural
vivo, dotado de poderes e faculdades naturais. Dessa forma, o homem enquanto natural
(com capacidade de transformar a natureza) é também um ser de necessidades ou um ser
que não é completo, que necessita de algo para suprir esta carência.
Essa necessidade (ou carência) é suprida pelos objetos ou pulsões que existem
fora do homem, como objetos independentes. Esses objetos que lhe são exteriores
são os objetos das suas necessidades, objetos que Marx define como essenciais e
indispensáveis para o exercício e a confirmação das suas faculdades. Justamente
porque enquanto o homem é um ser corpóreo (dotado de forças naturais) ele será
um ser de capacidade e também de necessidade, somente mediante essas duas con-
siderações é que adquirirá a legitimação de um ser natural.
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3.3 A Alienação
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Alienação
A alienação no objeto faz com que o ser humano fique mais pobre quanto mais trabalhar e
produzir riqueza. Portanto, a alienação do homem em seu produto significa não apenas que seu
trabalho se torna objeto, mas também que ela exista fora dele, independente dele como um
poder em si mesmo, o que significa que a vida que ele deu ao objeto agora se contrapõe como
hostil e estranha.
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Marx tem sua formação cultural em vetores como: a dimensão ética recebida
de Kant e a dialética de Hegel. Ainda é fortemente influenciado por Feuerbach e seu
parceiro de carreira Engels; o surgimento do marxismo se dá dentro do movimento
operário do qual fazia parte.
Pelo fato de ter uma formação baseada em Hegel, Marx parece ter isolado al-
guns aspectos e a partir de então travado uma crítica contra todo o seu sistema.
A divisão de trabalho no interior de uma nação gera separação entre cidade e campo. Por
conseguinte tem-se as formas de propriedade, sendo a primeira a propriedade tribal, depois a
comunal, propriedade do Estado, e a terceira a propriedade feudal ou a dos diversos estamen-
tos, e dentro dessa tinha-se como principal a propriedade fundiária.
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3.9 A história
O primeiro fato histórico é a produção que permite comer, morar...; e depois a criação de no-
vas necessidades o primeiro ato histórico e cujos alemães nunca tiveram esta base materialista.
Uma outra relação que se dá é a família e da qual decorre uma “força produtiva”. Das forças
produtivas que o homem tem acesso resulta o estado social e que, por conseguinte, tem-se a
elaboração da “história dos homens”.
“A forma das trocas, condicionada pelas forças de produção existentes em todas as fases his-
tóricas que precedem a nossa e por sua vez as condiciona, é a sociedade civil, que tem por base
a família” (Ideologia Alemã, p.33).
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A história (fato), uma vez acontecida, é um processo sem volta. Pode-se per-
ceber isso em Heráclito quando afirma que não é possível banhar-se duas vezes no
mesmo rio. Nesse caso, a história, segundo Marx, tem a defesa de um determinismo
histórico, porém não rígido, se mostrando um tanto imparcial quanto a defender ou
não esse determinismo. É algo complexo, leva muito em conta.
Marx diz:
Os homens fazem sua própria história, mas não a fazem de modo arbitrário, em circuns-
tâncias por eles escolhidos, mas nas circunstâncias que encontram imediatamente diante
de si, determinados por fatos e pela tradição (Lukacs, p.83).
O homem está incluso numa totalidade e tem uma relação da sua parte com o
todo e o social, não sendo, portanto, apenas um ser vivo puramente biológico. Está
incluso num complexo histórico-social.
Coloca-se que os indivíduos estão submetidos a uma força que lhes é estranha
e que em última instância se revela como mercado mundial. Essa força que é impos-
ta como estranha só pode ser superada com o comunismo e por isso “os indivíduos
criam-se uns aos outros no sentido físico e moral” (Ideologia Alemã, p. 35).
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Essa concepção histórica “explica a formação das ideias segundo a prática ma-
terial” (Ideologia Alemã, p.36) e a “soma das forças produtivas, de capitais , de formas
de relações sociais, que cada indivíduo e cada geração encontram como dados exis-
tentes, constitui a base concreta da representação que os filósofos fazem do que seja
‘substância’ e ‘essência do homem’ (Ideologia Alemã, p.37).
Os alemães, porém, não usam essa concepção fazendo com que a ilusão re-
ligiosa seja a força que move as histórias, supondo que é do homem religioso que
parte toda a história.
Feuerbach
Pode-se notar também que os dominantes têm o poder material e por tal
possuem também o poder espiritual; portanto entende-se aqui uma ideologia que é
dos dominadores. Possuem entre outras coisas “uma consciência e consequentemente
pensam” (Ideologia Alemã, p.48), e dominam as outras coisas. Porém há uma divisão
entre o trabalho na classe dominante entre o trabalho intelectual e o trabalho
material.
devemos, portanto, partir dos devaneios dogmáticos e das ideias extravagantes dessa
gente, ilusão essa que explica simplesmente por sua posição prática na vida, sua profissão
e pela divisão do trabalho (Ideologia Alemã, p.54).
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Bons estudos!
Bom trabalho!
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4 Unidade IV
Objetivos da Unidade:
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Fonte:https://passeinafuvest.wordpress.
com/2015/08/21/guerra-fria/. Acesso em
25/01/2016.
Neoliberalismo Globalização
É uma fusão do modelo liberal É uma transposição dessas ideias para o universal,
com o capitalismo de manei- ou seja, para o mundo, de forma que todos adotem
ra que os princípios adotados esta política: o mercado é o controlador, ou então,
preconizam o livre mercado e tudo deve funcionar como uma empresa em que é
um estado mínimo, ou seja, uma preciso acima de tudo competitividade para sobrevi-
liberdade econômica. ver; tudo está sujeito a lei de mercado.
conscientização é o olhar mais crítico possível da realidade, que a desvela para conhecê-la
e para conhecer os mitos que enganam e que ajudam a manter a realidade da estrutura
dominante
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4.2 Globalização/Neoliberalismo
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4 Sociologia da Educação
Para este momento explicito duas formas mais importantes. Dentre elas uma
mais linear e outra mais referencial.
Porém, tem-se outro lado que chamaremos de contradições e que, por sinal,
não são poucas. Vê-se então que nem tudo é tão globalizado como parece.
Do ponto de vista econômico, o capital é um fenômeno que não há como fugir, embora mais
ou menos 50% da economia do mundo é globalizada, o resto não. Escapa a isso principalmen-
te a economia, que tem a característica mais informal. Tem-se ainda a questão das línguas,
religiões, moedas, símbolos, que por mais globalizado que seja não desapareceu e nem vai
desaparecer tão logo.
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4.3 E a educação?
ritmo e o conteúdo da vida cotidiana tem se tornado mais efêmero e volátil, de modo que
os valores e as virtudes são da instantaneidade e da descartabilidade”. Isso tudo é propor-
cionado em última instância pelo “ajuste estrutural.
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4 Sociologia da Educação
Isso é algo que vem de cima, dos dominantes, do tipo de globalização que re-
presenta uma Nova Ordem Mundial. Assim:
A escola segue regras que são ditadas pelos EUA, que tem o Banco Mundial (BM) como con-
cretizador ou auxiliar para fazer acontecer a política norte-americana. O BM ou FMI tem esse
poder de intervir e ditar porque são organismos que emprestam dinheiro, financiam projetos
para os países em desenvolvimento. Em contrapartida, esses países adotam algumas políticas
como condição para o empréstimo, além dos juros. Essas políticas nem sempre são analisadas
e adotadas na íntegra e causam o chamado endividamento externo que cria mais dependência
dos países em relação ao BM e FMI.
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4 Sociologia da Educação
A escola nas mãos de particulares terá, segundo o discurso, mais dinheiro para implantar os
programas de qualidade total. Qualidade total já significa para alguns, ou para os “experts” que
conseguiram se destacar e ter méritos. O sucesso no mercado, o poder de competitividade fa-
zem parte da característica meritocrática. Enquanto que o indivíduo que não souber “escolher”
uma boa escola, terá queimado uma etapa e será por causa da “escolha” uma parte do seu in-
sucesso. Aqueles que souberam adquirir um bom “insumo” conseguirão um bom desempenho
em seus trabalhos, são consumidores “responsáveis” e também empreendedores.
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Esse princípio filosófico não foi, porém, testado, e o que se percebe é que as pro-
postas do BM para a educação raras vezes dão certas. Outras vezes são normas para
os outros países em desenvolvimento seguirem. Os EUA, por exemplo, não segue, de
modo que se pode considerar o nosso Brasil uma cobaia dos projetos do BM e FMI.
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4 Sociologia da Educação
Fonte:http://wikigeo.pbworks.com/w/page/36435174/Sistema%20Econ%C3%B4mico%20Capitalista.
Acesso em 25/01/2016.
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Nesse sentido,
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Bons estudos!
Assim, chegamos ao final das discussões e desejo que tenhamos tido um ótimo
aprendizado.
Bom trabalho!
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Referências
DE TOMMASI, Lívia; WARDE, Mirian Jorge; HADDAD, Sérgio (orgs). O Banco Mundial
e as políticas educacionais. São Paulo: Cortez Editora, 1996.
LUKÁCS, Gyorgy. Ontologia do ser social. São Paulo: Ciências Humanas, 1979.
MARX & ENGELS. A Ideologia alemã. São Paulo: Martins Fontes, 1998, (Feuerbach –
Oposição entre a concepção materialista e a idealista – parte A), p. 5-55.
MOTA & BRAICK. História das cavernas ao terceiro milênio. Belo Horizonte: Mo-
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4 Sociologia da Educação
derna,1998.
OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia: série Brasil. São Paulo: Ática,
2004.
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