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Nos tempos modernos, a discussão sobre a cremação iniciou-se, no Ocidente, no século XIX, com
a publicação de um livro do médico Sir Henry Thompson. Nos Estados Unidos, o primeiro forno
crematório foi construído em 1876, e logo surgiram sociedades de apoio à cremação. Na Alemanha
e Dinamarca, no final do século XX, o número de cremações excedia o de enterros comuns, tal
como no Japão, onde foi admitida legalmente em 1875. A aceitação ampliou-se graças à derrubada
das objeções, como a de que impediria a investigação criminal, contraditada pelo aperfeiçoamento
dos equipamentos policiais e pelo desgaste dos preconceitos supersticiosos. (1)
A Questão Bíblica
Era prática judaica enterrar os mortos na terra ou em túmulos de pedra (Gn. 15:15). Nunca foi do
costume judeu cremar os corpos e contemplavam essa prática com horror (Am. 2:1). A cremação
só era prescrita como castigo (Js. 7:15).
Os cristãos seguiram o exemplo judaico no que concerne ao respeito aos mortos. Aceitavam o
ensino de que o corpo do Cristão é o Templo do Espírito Santo e, como tal, deveria ser
respeitosamente enterrado (I Cor. 3:16 e 6:19). Esses cristãos primitivos procuravam sepultar seus
mortos num mesmo lugar, dando a esse lugar o título de cemitério, cujo significado é dormitório
(Mt. 27:52). (2)
Conselho Prático
Bem, cremado ou enterrado, nada disso poderá impedir o arrebatamento do cristão (I Cor. 15; I Ts.
4:16-17), pois todas as cinzas voltarão à vida (Ap. 20:13). Entretanto, seria respeitoso o ofício
fúnebre nos moldes cristãos, isso por que nos primórdios do cristianismo o paganismo se utilizou
dessa prática para se contrapor a idéia cristã da ressurreição do corpo. Acredito que não seria
viável para nós tal prática pelo que ela nos lembra!
"Não vos admireis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a
sua voz e sairão" (Jo. 5:28).