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CADERNO PEDAGÓGICO
EDUCAÇÃO ESPECIAL
ÍNDICE
Apresentação ............................................................................................................................................................. 3
2. Autismo............................................................. ........................................................................................................... 23
APRESENTAÇÃO
1. 1. ADAPTAÇÃO CURRICULAR
Um ponto muito importante nas adaptações curriculares das crianças com
síndrome de Down é a necessidade de decompor os objetivos em objetivos parciais.
Precisamos analisar os passos intermediários necessários para alcançar um objetivo final,
de maneira que a criança possa adquirir um determinado conteúdo sem lacunas e sem
deixar de lado aspectos básicos que não compreenda.
Habilidades acadêmicas Habilidades motoras Habilidades da vida diária/ Habilidades sociais Habilidades de
autocuidado atitudes e comportamento Linguagem e
comunicação
Compreensão da
Atenção e concen- Equilíbrio Vestuário (cuidado e Área emocional / afetiva /
social língua oral, expressão oral,
tração para realizar colocação das roupas e
tarefas calçados) leitura de palavras e
Locomoção Interação social (com o imagens, clareza ao
Utilização de material de Aparência professor, com os profissionais
expressar ideias, articu-
escrita da escola etc)
Lateralidade Organização dos pertences lação correta das
Orientação espaço - Cooperação palavras...
Locomoção
temporal Orientação espaço - Afetividade
Autonomia na alimentação Expressão através da
Raciocínio lógico - temporal
Respeito aos direitos e às fala, gestos, expressões
matemático Rotina propriedades dos outros faciais
Construção do signifi- Coordenação motora Uso do banheiro Respeito às regras da vida Compreensão de
cado dos números e fina e ampla em grupo
Conhecimento do corpo pedidos ou ordens para
suas representações.
Higiene das mãos e dos Autocontrole executar tarefas
Resolução de situa- Atividades físicas
ções-problema dentes Cooperação com os outros Clareza ao transmitir
Regras de segurança nas atividades
Reconhecimento das Postura recados, reproduzir histó-
letras do alfabeto Cuidado com objetos Interesse e participação nas rias, descrever objetos,
perigosos atividades quadros, gravuras e
Relação entre unidades
sonoras e suas repre- Reconhecimento de sinais Exposição de seus pensa- pessoas
sentações gráficas de trânsito mentos, ideias, opiniões e
sentimentos Argumentação e defesa
Leitura Travessia de ruas do seu ponto de vista,
Reação às frustrações relato de acontecimentos
Produção escrita Comportamentos de
Recreação e lazer de forma compreensível
Localização de infor- autodefesa
mações em textos lidos Comunicação ao sentir
e ouvidos Conhecimento do corpo
dor ou indisposição...
Identidade
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a) percepção;
b) atenção;
c) memória;
d) leitura e escrita;
e) psicomotricidade;
f) raciocínio lógico-matemático.
a) A percepção
b) A atenção
começar com tarefas que requeiram pouco tempo de execução, a fim de que
o tempo de atenção exigido para realizar a atividade seja breve; ir
gradativamente aumentando o tempo de atenção;
utilizar jogos que trabalhem a atenção como o jogo “Cara a Cara”, jogos em
que ele terá que observar uma imagem/modelo e representar ou procurar
uma igual, jogo dos 7 erros, quebra cabeça, dominó, caça palavras, caça-
figuras...
c) A memória
d) A leitura e a escrita
e) A psicomotricidade
f) O raciocínio lógico-matemático
solicitar que o aluno agrupe imagens ou objetos e depois perguntar qual foi o
critério utilizado, por que ele agrupou as imagens/objetos daquele jeito? Trabalhar
agrupamentos por cor, tamanho, utilização, etc ;
Dominó temático
Auxilia o professor a trabalhar com temas desenvolvidos em
aula.
Ex.: meios de transporte, partes da planta, sistemas do corpo
humano, alimentação...
Jogo da memória
Auxilia o desenvolvimento da memória visual dentro de um
espaço delimitado e permite trabalhar com a atenção
concentrada, regras sociais, etc.
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Ábaco de argolas
Auxilia na compreensão do sistema de unidades,
dezenas e centenas...
Quando for trabalhar algum texto com o aluno, priorizar textos curtos (poesia,
quadrinha, etc), ou, então, que esse texto apresente as linhas com cores
intercaladas, pois, desta forma, o aluno não se perderá na hora de ler e transcrever
o texto do quadro para o caderno.
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Permitir que o aluno use respostas curtas/frases curtas em suas respostas, tanto
nas orais quanto nas escritas;
Utilizar sempre que possível o material concreto, pois tal recurso auxilia o aluno a
entender os conceitos apresentados;
Fazer perguntas para tentar compreender melhor o que o aluno tenta expressar;
Repetir para o aluno qualquer informação ou instrução que foi dada à turma;
2. AUTISMO
Muitos autistas são pensadores visuais, não pensam através da linguagem verbal.
Geralmente, substantivos são as palavras mais fáceis de aprender, pois em sua
mente ele pode relacionar a palavra a uma figura. Para aprender substantivos a
criança precisa escutar o professor falar a palavra, ver a figura e a palavra escrita
simultaneamente. O mesmo deve acontecer quando for ensinar um verbo: segure
um cartão que diz “pular” e você fala “pular” enquanto executa o ato de pular.
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a) Jogo da Batalha
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b) Jogo 7 cobras
c) Jogo Nunca 10
f) Jogo Uno:
Nestes jogos o ganhar e o perder são aleatórios, não dependendo da eficiência dos
jogadores. São muito úteis para crianças que não aceitam perder.
Nestes jogos, é preciso que a criança planeje a jogada, faça antecipações de suas
próprias jogadas e as do adversário.
i) Quebra-cabeça
Atividades interativas servem para auxiliar crianças e adultos com autismo a interagir e
desenvolver suas habilidades sociais e podem ser realizadas na sala de aula ou no momento
da recreação. As atividades podem ser adaptadas à faixa etária, interesses e estágios de
desenvolvimento social de cada aluno autista.
*Sinal Verde para Interação: depois de um período de isolamento, a criança demonstrará estar
disponível para uma interação social através de um “Sinal Verde”. Geralmente esse sinal verde
pode se dar por meio do: contato visual, comunicação verbal ou contato físico.
a) Caça ao quebra-cabeça
Meta: inspirar um aumento do intervalo de atenção compartilhada.
Motivações/Interesses: figuras, quebra-cabeças e passeios pela sala/escola.
Preparação: imprima da internet ou desenhe uma versão grande de um dos personagens
favoritos da criança (Barney, Backyardigans, Mickey, etc.). Plastifique com papel contact
(para tornar o material mais durável) e corte em pedaços para fazer um quebra-cabeça.
Início da atividade: quando a criança oferecer a você um “Sinal Verde para Interação”,
apresente a atividade pegando uma ou duas peças do quebra-cabeça. Explique
animadamente que figura será formada quando vocês pegarem todas as peças. Diga
também que a maneira de pegar mais peças será ela ir passear pela sala ou pelas
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dependências da escola com você. Aproveite esse momento para lhe apresentar os
colegas de classe e pessoas da escola.
Passeie com a criança pela sala e pegue uma peça por vez, e levando-a até a mesa para
juntar a peça ao quebra-cabeça. Se a criança não quiser passear com você, procure
convidá-la outras vezes quando ela oferecer Sinais Verdes até que ela aceite passear.
Demonstre para a criança como pode ser divertido observar a figura crescer e se tornar o
personagem.
b) Pescando as sentenças
Início da atividade: explique para a criança que neste jogo, cada um tem a sua vez para
jogar ambos os dados ao mesmo tempo. A combinação entre a situação e o nome da
pessoa ditará o assunto da conversa. A ideia é conversar sobre como aquela pessoa
agiria naquela determinada situação. Queremos encorajar conversas que tenham o foco
em informações pessoais. Se você jogar os dados e obtiver a mesma combinação uma
segunda vez, jogue o dado dos nomes novamente até que você tenha um nome diferente
para iniciar a conversa.
d) Histórias engraçadas
Descreva a situação de forma animada, divertida e bem detalhada. Procure adicionar na sua
descrição vários interesses da criança. Por exemplo, se a criança gosta de humor tipo “pastelão”,
inclua na história pessoas escorregando ou deixando coisas cair, etc. Estimule a criança a ter a
vez dela. Auxilie a criança a contar a história o quanto você achar necessário. Quando a criança
entender bem o mecanismo do jogo e estiver altamente motivada, comece a introduzir desafios
maiores. Ofereça menos auxílio, fique em silêncio e espere que a criança ofereça mais ideias
espontaneamente. Se necessário, ofereça algumas dicas relativas à personalidade daquela
pessoa específica (Ex.: “Você se lembra como o Beto gosta de conversar o tempo todo? O que
você acha que ele faria se o carro dele quebrasse?”).
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Para trabalhar o nome dos colegas da sala, pode-se utilizar esse tipo de chamada.
O aluno autista coloca a foto dos colegas que estão presentes, nomeia–os e realiza a
contagem dos presentes. É uma maneira lúdica e que geralmente surte efeito na
aprendizagem e socialização do aluno.
b) TRABALHANDO O NOME
Utilizar fichas com figuras ou pranchas de comunicação para que o aluno autista
consiga entender e observar o passo a passo da regra/assunto trabalhado.
OS 03 PASSOS PARA
ACALMAR
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d) TRABALHANDO A ROTINA
O objetivo é trabalhar:
• cores;
• números;
• sequência numérica;
• identificação dos personagens
Desenvolvimento:
1- Disponha a atividade para que os alunos possam explorar, visualizando-a e ao mesmo
tempo chamando a atenção para a atividade.
2- Peça para identificarem os personagens; caso o aluno não verbalize, neste momento
aponte e fale o nome de cada personagem para ele.
3- Peça para colocar uma bola no quadrado de mesma cor, ou para que coloque em um
quadrado de um personagem específico.
4- Com os números, peça para o aluno grudá-los nos quadrados de forma ordenada.
Explore a atividade conforme o nível do aluno. Se o mesmo não conhece os números,
entregue cada número na mão dele pedindo para grudar no local indicado por você e
identifique cada um.
Também, se preferir, pode usar tampas de pet nos quadrados pedindo ao aluno para
significar ou relacionar o número com a quantidade.
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b) Utilizando o tangran
COLORIR:
Variação da atividade: _________
3. DEFICIÊNCIA AUDITIVA
Material:
1 saco de pano, com a inscrição SACO DAS NOVIDADES e o nome da criança abaixo.
Desenvolvimento da atividade:
Cada criança deve possuir seu próprio saco das novidades, que será levado para
casa toda sexta-feira. Durante o final de semana, colocará no saco um objeto ou qualquer
material que represente ou faça parte de alguma atividade realizada neste período (seja
um passeio, uma brincadeira, um lanche, um momento em casa,...).Se não houver
possibilidade de colocar uma representação concreta, que seja então uma folha com um
desenho da atividade desenvolvida.
O saco das novidades deve ser levado e explorado em sala sempre na segunda-
feira. A criança mostra o objeto e conta o que ele significa, que atividade representa, onde
e quando foi realizada, quem participou dela.... Se não consegue fazê-lo
espontaneamente, o professor pode, num primeiro momento, auxiliá-la fazendo alguns
questionamentos: “O que você trouxe aí?”, “É seu? Não? De quem é?”,“Quando fez isto,
foi no sábado ou no domingo?”, “Você gostou?”,...
Conforme o nível de aprendizagem da turma, após a atividade, pode-se:
– fazer o registro individual ou em grupo; escrito ou ilustrado;
– montar histórias em quadrinhos que podem ser trocadas entre as crianças para que
recontem a atividade do colega em língua de sinais, proporcionando a troca e o
desenvolvimento linguístico;
– aproveitar algum registro para o trabalho de Português.
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Exemplo: uma criança traz dentro do saco uma boneca de pano nova.
Exemplo 2: Monta-se um livro em conjunto, onde cada criança faz um desenho e uma
frase que resuma a sua novidade. Então se juntam todas as folhas, cria-se uma capa e
faz-se o livro do fim de semana.
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DOMINGO EU FUI À CASA DA VOVÓ. VOVÓ FEZ UMA BONECA. VOVÓ ME DEU A BONECA.
2) Depois que todas as crianças participarem, trabalhar com todos os sinais e nomes dos
objetos expostos: listar os objetos em língua de sinais; escolher um objeto e criar frases,
montar cartões com os sinais e com os nomes em alfabeto manual e cartões com os
nomes em língua portuguesa, e brincar com todos eles.
ESPELHO
sabonete
Uso para lavar as mãos:
sabonete
Eu lavo minhas mãos com _____________.
Creme dental
Eu escovo os dentes com ___________.
f) Jogo de Memória
Montar diferentes jogos de memória:
Variação: utilizar os conteúdos que estejam sendo trabalhados em aula (verbos, meios de
transporte, países,...) para fixação ou confeccioná-lo por classificação aleatoriamente
(comidas, bebidas, vestuário, brinquedos, animais,...) para introdução de palavras novas.
Aproveitando a brincadeira: durante a partida, sempre que um par for encontrado, o aluno
individualmente, ou o grupo, terá que repetir a palavra em alfabeto manual e oralmente.
No final do jogo, cada criança registra no caderno os seus pares e desenha-os ou forma
frases escritas. O professor pode aproveitar as palavras para atividades posteriores.
g) Jogo do Baralho
Montar um baralho de letras (português/alfabeto
manual) ou de sílabas com os alunos.
Como jogar: metade das cartas são distribuídas e a
outra metade fica no monte. A primeira carta do monte é
virada e colocada na mesa. A criança, na sua vez,
compra do monte ou da mesa, baixa as palavras que
conseguir formar e descarta sempre uma carta no final
da sua jogada. Vence o jogo aquele que terminar
primeiro suas cartas ou quando acabarem as do monte.
Cada letra ou sílaba do baralho pode ter uma
pontuação, assim os alunos poderão somar seus pontos
conforme as palavras que conseguirem formar, porém só ganharão os pontos se
souberem o sinal correspondente.
Sistematizando a brincadeira: no final de cada partida, as palavras são registradas e, ao
terminar a brincadeira, pode ser montado um minidicionário com todo o vocabulário do
jogo para ser aproveitado em outras atividades de português.
h) Jogo do Bingo
Montar diferentes jogos de bingo: cartões com
palavras e cartelas com sinais; cartões com sinais e
cartelas com palavras; cartões com alfabeto manual e
cartelas com letras; cartões com configuração de mão e
cartelas com figura e palavra; etc.
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Sistematizando a brincadeira:
No fim de cada rodada todos terão que copiar as palavras marcadas na sua
cartela. Em seguida, formarão frases ou pequenos textos em português com as palavras
registradas. Esta brincadeira também pode ser aproveitada para montar em conjunto
situações problemas ou de interpretação escrita com os dados que obtiverem dela.
a) Fichário
Descrição do material: caixa repleta de fichas
padronizadas, com figuras e palavras, que pode ser
utilizada em qualquer momento de aula com o intuito
de mostrar à criança “o nome das coisas” em
português ou o que determinada palavra representa.
As palavras podem ser colocadas na ficha de
formas diferentes: escritas só com letra bastão ou
escrita com letra bastão e LIBRAS. A escrita pode vir
logo abaixo da figura, atrás da ficha ou escrita num cartão à parte, possibilitando assim
utilizar a ficha em atividades que não exijam o apoio escrito.
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Sugestões de uso:
apresentar palavras novas;
relacionar sinais feitos pela criança à figura ou palavra correspondente;
usar como apoio quando houver dúvida ou dificuldade de compreensão;
procurar figuras que comecem com a letra sugerida pelo professor ou pelo
colega, em letra bastão ou alfabeto Braille;
organizar figuras por ordem alfabética ou por quantidade de letras ou sílabas;
organizar figuras por classes de palavras, onde você mostra, por exemplo, um
cartão escrito “BRINQUEDOS” e as crianças têm que escolher entre várias
fichas só as que fazem parte deste conjunto;
escolher 2 ou 3 fichas para a criança escrever uma frase utilizando todas elas.
Exemplo: “bola – casa - menina” – “A menina tem uma bola em casa.”
Sugestões de uso:
utilizar esse dicionário sempre que a criança não souber como se escreve
determinada palavra;
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apoiar o aluno em qualquer atividade, tanto nas horas de leitura e produção textual,
quanto nas horas de atividades lúdicas.
Sugestões de uso:
o professor monta palavras em alfabeto
manual/LIBRAS para a criança montá-las abaixo em português;
fazer pareamento de letras com os dois alfabetos;
brincar com as letras num saco, onde uma criança tira uma letra para que as
demais apresentem sinais de objetos cujos nomes em português comecem ou
terminem com a letra escolhida;
montar bingo utilizando este recurso: figuras e letras, palavras e letras.
O treinamento auditivo tem por finalidade fazer com que o aluno com deficiência
auditiva aprenda a ouvir e interpretar os sons, desenvolvendo ao máximo seus resíduos
auditivos. O treinamento auditivo é apresentado seguindo uma gradação de sons
grosseiros para sons mais elaborados, dos mais graves e fortes para os mais agudos e
fracos. A distância da fonte sonora também segue uma gradação, de início mais perto e
aos poucos mais longe.
Esse treinamento visa desenvolver as funções auditivas necessárias à aquisição e
ao desenvolvimento da linguagem oral final.
Obs.: Uma criança que iniciar a estimulação auditiva na faixa etária de zero a três anos e
der continuidade ao treinamento e ao uso sistemático do aparelho de amplificação sonora,
até o final da pré-escola, provavelmente alcançará a maioria dos objetivos do treinamento
auditivo. Quando o treinamento auditivo iniciar-se na pré-escola, essas atividades
deverão estender-se por mais tempo até as séries iniciais do Ensino Fundamental.
Sugestão de Atividade
Levar CD de vários ritmos musicais (lento – rápido – forte – suave), pedir para o aluno
sentir o ritmo da música ao colocar as mãos no aparelho de CD. O professor deve
perguntar que tipo de ritmo a música apresenta. Incluir também momentos em que não
haja ritmo / música tocando, para que o aluno perceba a ausência de vibração.
Sugestão de Atividade
A mesma sugestão de atividade da consciência auditiva, pois na medida em que a criança
distingue o ritmo, a presença ou ausência do som, precisa prestar atenção ao que a
professora diz.
Sugestão de Atividade
Colocar na sala de aula, em local escondido (atrás / dentro de algo) o aparelho de CD. O
aluno deverá apontar a direção de onde está vindo o som. Caso não acerte, permita que
ele chegue mais próximo do som e pergunte novamente se ainda acha que vem do lado
em que informou anteriormente.
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Sugestão de Atividade
Utilizar duplas de caixinha de fósforos com diferentes materiais (terra fina – pedrinhas –
maisena – arroz). Mostre para o aluno o barulho de cada caixinha, depois, peça para ele
agrupar em duplas os sons semelhantes. Ao final, confira, abrindo a caixinha, se há o
mesmo material nas duas e consequentemente o mesmo som.
Sugestão de Atividade
Mostre figuras de animais (gato, cachorro, galinha, passarinho...) e emita o som de cada
animal (pode-se levar cd que tenha o som dos bichos). Peça para o aluno imitar o som
dos bichos, e, caso apresente dúvida em algum som, repita-o e auxilie o aluno a emiti-lo.
Sugestão de Atividade
Apresentar uma sequência de sons (poucos no início, aumentando gradativamente) e
pedir para que o aluno repita na ordem apresentada. Podem ser sons de bichos ou de
sílabas.
Sugestão de Atividade
Trabalhar a palavra com o reconhecimento dos fonemas que a compõem. Assim como
trabalhamos com os alunos nos anos iniciais para reconhecerem a sílaba inicial, mediana
e final de uma palavra, deve-se trabalhar com o aluno com deficiência auditiva para que
ele emita o som inicial, mediano e final da palavra estudada.
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4. DEFICIÊNCIA VISUAL
Deficiência visual é a redução ou perda total da capacidade de ver com o melhor olho,
após a melhor correção óptica. Classifica-se em:
cegueira - perda total ou resíduo mínimo de visão que leve a pessoa a necessitar
do Sistema Braille como meio de leitura e escrita.
baixa visão ou visão subnormal - é o comprometimento do funcionamento visual
de ambos os olhos, mesmo após tratamento ou correção. A pessoa com baixa
visão possui resíduo visual em grau que lhe permita ler textos impressos ampliados
ou com uso de recursos ópticos especiais.
A escola deverá descobrir com o aluno qual é a melhor localização deste na sala
de aula para que ele consiga utilizar ao máximo a sua visão e participar do que está
sendo desenvolvido na aula.
Geralmente, colocamos o aluno a um metro do quadro e sentado na 1ª cadeira do
lado direito da sala; depois, na 1ª cadeira do lado esquerdo e, por fim, na 1ª cadeira da
fila central. O aluno tentará visualizar algo escrito no quadro (em letra grande) e informará
em qual posição consegue enxergar melhor. Descoberto o melhor posicionamento na
sala, o aluno deverá sentar-se sempre no mesmo local e mudar quando houver
necessidade por conta do seu resíduo visual.
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2ª Orientação: claridade
As janelas deverão ter uma "barreira" que poderá ser feita colocando papel
madeira nos vidros para que a luz natural não interfira na visão do aluno. A luz artificial
ficará funcionando normalmente. Tal orientação serve p/ todos os alunos, desde que não
haja alguma outra orientação específica do Instituto Benjamin Constant - IBC ou de um
outro especialista da área médica.
As provas e atividades deverão ser realizadas (se forem por escrito) em fonte
maior do que a utilizada normalmente com os outros alunos. Para que se ache o tamanho
da fonte adequada para o aluno com deficiência visual, leve-o ao laboratório de
informática e digite uma palavra/frase na fonte Arial e coloque o tamanho 30 e vá
aumentando até que o aluno consiga informar qual é o tamanho da fonte mais apropriada
para ele.
Outra sugestão: o aluno pode realizar a avaliação/atividade na sala de informática,
utilizando o computador. Desta forma ele terá melhor visualização ou, ainda as provas e
atividades poderão ser respondidas oralmente, (gravando a resposta, mesmo que seja em
áudio, durante a avaliação).
5ª . Orientação: atividades
a) Escala de Cuisenaire
A Escala Cuisenaire propicia a apredizagem de
conteúdos como soma, subtração, propriedades
comutativa e associativa, noções de dobro, metade,
etc.
Sugestões de uso:
b) Material Dourado
Nessa atividade as crianças vão perceber que há
uma relação entre as peças. A pergunta a ser feita
é: quantas peças menores vale uma peça maior?
Sobrepondo umas às outras, os alunos chegarão à
relação de equivalência entre elas.
Posteriormente, esta atividade servirá como base
para compreensão do conceito de área.
a) Trabalhando o alfabeto
Esses materiais auxiliam o professor nas
atividades que envolvam o alfabeto, a
consciência fonológica e grafológica.
Solicitar ao aluno que encontre as
letras e estabeleça relação entre elas e
os objetos colocados nas gavetas;
Ler com os alunos as letras em
sequência de A a Z;
Periodicamente, substituir alguns objetos por outros novos para que os alunos
tenham oportunidade de conhecer um maior número de objetos do ambiente.
c) Livro sensorial
possíveis. Quando for impossível, usar objetos e mostrar exemplos reais, usar réplicas,
brinquedos, miniaturas e explicações verbais.
d) Livros ilustrados
Sugestões de uso:
pedir que formem grupos de placas com
a mesma forma;
pedir que digam os nomes das figuras;
pedir que peguem uma peça, identifiquem-na pelo nome e coloquem-na na
caixa correspondente sua forma;
ajudar as crianças a identificar as cores;
propor algumas continhas usando as placas.
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a) Miniaturas
Para auxiliar o aluno com deficiência
visual, deve-se utilizar miniaturas a fim de
possibilitar a compreensão e aplicação
adequada do conceito estudado, a percepção
tátil, as unidades de medidas, preço,
categorias, etc.
b) Mapas
Os mapas políticos, hidrográficos e outros
podem ser representados em alto relevo,
utilizando-se cartolina, linha, barbante, cola e
outros materiais de diferentes texturas.
Observação: a riqueza de detalhes em um
mapa pode dificultar a percepção de aspectos
significativos.
c) Mapa de encaixe
d) Maquetes
e) Caixa tátil
Através do orifício disposto na lateral da caixa a
criança deverá enfiar a mão, retirar uma peça e,
posteriormente, repetindo a operação, encontrar o
par do objeto. Ideal para o treinamento e
desenvolvimento da percepção tátil.
f) Bingo
O jogo de bingo permite o trabalho com diferentes conceitos (formas, números,
espécie e gênero, figura e palavra, etc).
Bingo de formas: as formas devem ser desenhadas em material tateável e coladas sobre
cada cartela e também em pequenos cartões, a serem sorteados. Vários tipos de
materiais podem ser utilizados para preparar figuras em relevo: EVA, lixa, flanela, papel
rugoso... Os "feijões", ou peças para marcar figuras sorteadas, podem ser substituídos
por quadrados de EVA que se encaixem nos orifícios no canto da cartela. Isso permite
que as informações não se percam sobre as figuras já sorteadas.
h) Dominó de texturas
i) Discos de frações
Auxiliam na aquisição do conceito de frações.
Desenvolvem a noção de inteiro e parte, de
equivalência e do conceito matemático de divisão.
j) Sólidos geométricos
Colocam-se pontos nas marcações dos centímetros (cola colorida). Auxiliam o aluno com
deficiência visual a traçar, transferir retas e compor ângulos.
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l) Ábaco
Auxilia no entendimento de conceitos de quantidades, na relação número/quantidade e
nas quatro operações (com ênfase na adição e subtração).
m)
n)
o)
É um recurso que substitui o uso do caderno pelo aluno com baixa visão. Geralmente
utiliza-se folha A4 ou A3 com as linhas com espaçamento ampliado e com as linhas bem
marcadas em negrito. O fixador de folhas age como um “prendedor ou fichário”, fazendo
com que as folhas fiquem juntas, auxiliando assim, o aluno na sua organização e
sequência.
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q) Tiposcópio
Auxilia o aluno com baixa visão no momento da leitura, pois serve como um guia de
linha. Com a utilização desse recurso, o aluno não confunde a linha em que estava
realizando a leitura.
Quando a imagem não tem a função de mera ilustração, mas estiver articulada
com o conteúdo em discussão na atividade, é preciso adaptá-la; os desenhos não
podem ter muitos detalhes e, de preferência, que sejam grandes e nomeados.
Além desta estratégia é preciso narrar a imagem apresentada.
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Usar a letra Arial, fonte 30. Se necessário, aumentar a fonte para uma maior e usar
o comando negrito para ressaltar a escrita e facilitar a leitura pelo aluno.
a) Ampliadores de texto
Magical Glass
DesktopZoom
b) Leitores de texto
Virtual Vision
DOSVOX
Desenvolvido pelo Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ), o DOSVOX não é apenas um leitor de telas e sim um
Sistema Operacional completo rodando em ambiente Windows.
O DOSVOX é o leitor de telas mais indicado para crianças, jovens ou para um
usuário que esteja começando a usar um computador.
Dentro do sistema você encontrará editor de texto, jogos de caráter didático e lúdico,
programas para ajudar na educação de crianças com deficiência visual, entre outras tantas
funcionalidades.
Desenvolvedor: Núcleo de Computação Eletrônica da UFRJ
Site Oficial: http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox
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Entregar com antecedência o texto que será estudado em sala para que o aluno
tenha tempo de lê-lo e de ter acesso ao assunto a ser abordado.
b) História e Geografia
Os textos mais curtos e diretos são mais acessíveis, podem ser apresentados
escritos em tópicos ou resumidos.
Sempre que for utilizar uma figura, esta deve ser apresentada em alto relevo, com
contrastes ou texturas que possam ser sentidas através do tato.
As atividades e testes deverão ser adaptados. O aluno se beneficiará de perguntas
que permitam a oferta de respostas diretas e não requeiram recurso de produção
textual, de mapas, tabelas, gráficos, uma vez que tais produções exigem maior
tempo;. Os gráficos, mapas, tabelas, etc. devem ser oferecidos em partes sempre
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d) Matemática
O professor deve favorecer ao aluno a leitura em voz alta dos exercícios que
resolveu.
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Cálculos muito "complicados", que envolvam muitas contas longas, devem ser
oferecidos ao aluno apenas quando ele já estiver resolvendo as operações
menores e menos complexas com autonomia;
e) Educação Artística
Colagens e outras técnicas devem ser ensinadas, cuidando para que o aluno com
deficiencia visual possa oferecer ao seu trabalho a mesma beleza visual que
oferecerá com a estética tátil; a beleza e a estética visual precisam ser ensinadas e
estar presentes nas produções dos alunos;
Para a produção dos trabalhos escolares, o aluno deverá receber informações que,
por vezes, já estão disponíveis para as pessoas que enxergam. A observação e a
exploração de objetos, animais, flores, ambientes reais, concretos e/ou sua
descrição devem compor a educação artística e visual do aluno com deficiência.
Educação Física
De uma forma mais simplificada, podemos dizer que paralisia cerebral (PC) é uma
deficiência motora ocasionada por uma lesão no cérebro. Quando se diz que uma criança
tem paralisia cerebral significa que existe uma deficiência motora consequente de uma
lesão no cérebro quando ele ainda não estava completamente desenvolvido.
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• Copos e pratos que possam ser presos sobre a mesa com ventosas ou outro sistema de
fixação, evitando que escorreguem ou caiam, sendo indicados especialmente para alunos
que apresentam dificuldade na coordenação olho-mão-mão-boca.
• Pratos com ventosas e com bordas altas, que permitam a fixação na mesa impedindo
que a comida se espalhe, indicados para alunos com dificuldade na coordenação motora
manual.
• Copos adaptados com bases mais pesadas, indicados para inibição dos movimentos
involuntários.
• Copos com duas alças para favorecer a simetria dos membros superiores e
coordenação bimanual.
b) Na aprendizagem
• Lápis com diâmetro engrossado por várias camadas de fita crepe, espuma ou outro
material.
• Evitar o uso de cadernos para a realização de atividades, pois estes não podem ser bem
fixados e pela diferença de altura com relação à mesa ou carteira.
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• Para o traçado ou execução de atividades do aluno, usar papel maior que o A4. Pode-se
usar folhas de sulfite de tamanho A1 ou outro tipo de papel que poderá ser adaptado para
esse fim.
• O papel deverá estar preso nas quatro pontas com fita crepe larga com grande
capacidade de aderência para suportar os movimentos de traçado do aluno.
• As atividades preparadas pelo professor deverão ter traçado grosso feito com pincel
atômico em tamanho grande para melhor visualização, percepção e entendimento do
aluno.
• O traçado de desenhos, letras e números deverá ser feito na cor preta, em papel de
fundo branco ou da cor gelo.
• Os desenhos apresentados nas diversas atividades deverão ter contorno grosso, ser
simples, com poucos elementos e sem detalhes, para que sua visualização, identificação
ou reconhecimento fiquem mais acessíveis para o aluno.
• Para melhor percepção pelo aluno, as figuras geométricas, letras e números usados no
processo inicial de manipulação (em tamanho grande) deverão ser revestidos com lixa na
face principal. O professor deve orientar o aluno, passo a passo, quais os movimentos
que deve seguir para perceber e construir a ideia do objeto pesquisado;
• Assim como a folha de atividade deverá ser presa nos quatro cantos com fita crepe, no
caso do uso de caderno, o mesmo procedimento precisa ser tomado.
• As atividades com papel deverão ser poucas e organizadas de forma que facilitem a
visualização, compreensão e execução pelo aluno.
• Para o aluno que apresenta dificuldade de percepção espacial (quando não consegue
encontrar determinada letra no meio de outras) o professor poderá providenciar uma tira
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de cartolina ou papel cartão nas cores branca ou preta, onde fará uma “janela” que é um
buraco de forma retangular de tamanho suficiente para destacar a letra ou número em
questão. O professor colocará a janela sobre o papel onde se encontram as letras,
deslizando-a sobre elas, uma a uma, até que a letra seja localizada e reconhecida pelo
aluno.
a) TESOURA ADAPTADA
b) ENGROSSADORES
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c) APOIADORES
d) PLANO INCLINADO
Para melhor visualizar o texto e as
gravuras, em alguns casos, é
recomendável colocar o livro na altura
dos olhos do aluno, com o auxílio do
plano inclinado.
f) DOMINÓ ADAPTADO
g) QUADRO DE FELTRO
h) CARTÃO DE COMUNICAÇÃO
i) LIVROS CONSTRUÍDOS
escrever, este emite um sinal afirmativo que pode ser um som ou um gesto. Este segundo
sistema é chamado de seleção por varredura.
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Pastas de comunicação
Bastante útil para se trabalhar com o aluno
paralisado cerebral vocabulário de símbolos gráficos,
fotos ou letras. Este recurso é feito utilizando pastas
com sacos plásticos ou álbuns de fotografia. Neste
formato, a primeira página geralmente equivale a uma
prancha principal e as seguintes dão sequência ao
tema trabalhado ou são subníveis da principal.
As pastas podem ser adaptadas com viradores
coloridos para possibilitar a autonomia do aluno e para
facilitar a discriminação de cada categoria. Exemplo: virador laranja (substantivos); verde
(verbos); amarelo (pessoas); azul (estados emocionais) e branca (tempo, espaço e
frases).
Álbum de fotografias:
Pode ser utilizado na introdução da
comunicação alternativa – CAA, quando o usuário
está aprendendo novos símbolos. Para isso,
organizamos as fotografias do aluno, sua família,
os lugares que frequentam e, ao lado de cada foto,
colamos os símbolos representativos do que a
imagem mostra. Podemos fazer um álbum que
mostre todos os espaços da escola,
acompanhados por símbolos correspondentes.
miniatura que se assemelha muito com o real. Esses objetos são tridimensionais e
proporcionam melhor manuseio.
As miniaturas são formas de representar o objeto real para aqueles alunos que têm
dificuldade em utilizar as fotos e figuras. A seleção das miniaturas deve ser cuidadosa no
sentido de conter detalhadamente as características do objeto real. As miniaturas
facilitarão a participação nas atividades escolares e a expressão e comunicação sobre
vivências do tema escolar. Velcros devem ser colados ao lado ou embaixo das miniaturas.
O quadro com fixação para velcro pode ser utilizado sobre a carteira ou fixado à parede.
Cartões de comunicação
Canal de comunicação
A estrofe diz:
lavadeiras e passarinhos,
Bibliografia:
GANDINIO e FORMAN. As cem linguagens das crianças. São Paulo: Ed. Artmed, 2005.
QUADROS Ronice Muller e MAGALY, L.P. Ideias para ensinar português para alunos
surdos. Brasília: Schmiedt, 2006.
Revista Ciranda da Inclusão – Ano 03 - Edições 05, 06, 07, 08, 09, 10, 11, 12 e 17 de
2011.
Revista Guia Escolar – Ano 01 – nº01/2011.