Sei sulla pagina 1di 6

1. O que é gaguez?

Uma perturbação da fluência, vulgo gaguez, é uma perturbação da comunicação em que a


pessoa sabe exactamente o que quer dizer mas o seu discurso é caracterizado por repetições
(é é é um submarino), prolongamentos (hoje ch ch ch choveu), por pausas não esperadas (Olá
Bom _____dia ) e por bloqueios em que o som de fala é interrompido (B____boa escolha).
Ainda se pode observar associado aos anteriores movimentos faciais ou do corpo enquanto a
pessoa fala.

2. Quais são as causas para a gaguez? Genética, 60% das pessoas com gaguez tê, um
familiar com gaguez nas suas famílias. Neurológica, os estudos mais recentes revelam que
pessoas com gaguez usam áreas neuronais distintas de pessoas que não
gaguejam Psicossocial, no qual se enquadram as exigências do meio envolvente e como a
sua própria família lidou com a gaguez. E ainda o desenvolvimento linguístico na infância.

3. A gaguez é provocada por questões psicológicas?

Crianças e adultos com gaguez não têm mais problemas emocionais do que qualquer outra
pessoa. E não há razões para acreditar que traumas provocam gaguez.

4. Quantas pessoas têm gaguez?


Mais de 68 milhões de pessoas no mundo têm gaguez, ou seja 1% da população mundial,
assim para Portugal estima-se que haja 100.000 pessoas com gaguez.

5. Qual é o rácio homem / mulher?

O rácio é de 4 homens para 1 mulher.

6. Quantas crianças têm gaguez?

Aproximadamente 5% de todas as crianças passam por um período em que o seu discurso tem
como característica apresentar repetições, pausas, bloqueios e prolongamentos. Tal sucede
durante cerca de 3 meses. Destas, três quartos recuperam espontaneamente. Sinais de alerta
que isso não irá acontecer são a condição permanecer mais de 3 meses e surgirem
comportamentos associados.

7. Eu acho que o meu filho tem uma gaguez! Devo esperar ou procurar ajuda?

Idealmente deveria procurar um Terapeuta da Fala com experiência em intervenção em


gaguez. Se a situação persiste para além de 3 meses ou se tal sucede há mais de 6 meses
então já se trata de uma condição mais grave.
Sugestões que podem ajudar a lidar com a situação:
- não dê atenção negativa às dificuldades linguísticas
- ouça pacientemente até que o seu filho termine de falar enquanto mantem o contacto ocular
- tente evitar demonstrar através da sua expressão fácil preocupação ou pena
- responda a um discurso disfluente do mesmo modo que responderia a discurso fluente
- repita o que a criança disse de modo a assegurar-lhe que esteve atento ao que disse e não à
forma como o disse
- tente falar com um débito de fala mais lento, e com ataques suaves. No início é difícil, mas
torna-se progressivamente mais fácil. Não é benéfico chamar a atenção para o débito de fala
da criança. Seja um modelo e deixe que a criança siga a sua forma de falar
- use frases simples e com vocábulos de acordo com a sua idade, pois as crianças tendem em
seguir o modelo do adulto e frases mais extensas e complexas aumentam a probabilidade de
disfluências
- a inexistência de uma pressão temporal de resposta ajuda a diminuir a probabilidade de
respostas
- sugestões como “fala mais devagar”, “pensa antes de falar” , “começa outra vez” e “respira
fundo” só servem para aumentar a frustração porque não trazem qualquer beneficio
- proteja o seu filho ao limitar os tempos da tomada de vez de cada um dos interlocutores, pois
reduzem assim as probabilidades da ocorrência de disfluências
- se o seu filho ainda não tem consciência das disfluências, evite falar sobre “gaguez” na sua
presença
- opte por perguntas de resposta fechada, cuja resposta será sim / não ou frases simples em
vez de perguntas abertas
- nas actividades do dia-a-dia esforce-se por que falar seja agradável e com um carisma
positivo. Para isso reforce positivamente “eu gostei como disseste isso”, fale como seu filho
sobre os que lhe interessa e deixe que ele inicie uma conversa.

8. Com que idade é que a maioria das crianças começa a revelar características de
gaguez?

Na maioria das crianças surge tipicamente entre os 2 e os 5 anos, em que a média é aos 3
anos.

9. O que é uma gaguez do desenvolvimento ou uma gaguez transitória?

Esta surge tipicamente entre os 2 e os 5 anos, inicialmente ocorrem episódios em que são
observadas disfluências, estes tornam-se cada vez mais cíclicos e aparecem e desaparecem
sem causa e de modo aleatório.
As características que habitualmente se observam são:
- não ocorrem mais do que 10 disfluências em 100 palavras
- não ocorrem mais de 2 repetições consecutivas
- as repetições não têm tensão física ou esforço associados
- as repetições mais frequentes são de interjeições, p.e. hum, uh, e ainda de reformular de
frases e repetições de toda a palavra
- tipicamente como não há tensão ou esforço, a criança continua a falar sem consciência das
disfluências
- a situação não se agrava, pelo contrário torna-se com o tempo cada vez mais ligeira.

10. A gaguez desaparece com a idade?

Quanto mais tempo uma criança permanece com características de gaguez e quanto mais
tarde estas surgem, menor é a probabilidade de as mesmas desaparecerem e pior é o
prognóstico.

11. Quais são os sinais de alerta para gaguez?

Estes são os sinais de alerta para uma criança vir a desenvolver uma gaguez de carater
permanente:
- repetições múltiplas de sons de fala (fonemas) ou sílabas das palavras: f-f-f-fiquei na escola
ou fi-fi-fi-fiquei na escola
- prolongamentos de sons de fala: jjjjjjjjjoguei à bola
- inserção de um som de fala, em vez de bebé, produz: ba-ba-ba-bebé
- elevar do timbre e do volume, conforme a criança repete e prolonga a produção da palavra o
timbre e o volume aumentam
- tremor, movimentos involuntários em redor dos lábios durante a produção de um som, palavra
ou silaba
- evitamento, a criança apresenta um numero invulgar de pausas, substituição de palavras, um
uso elevado de interjeições (ah, uhm), palavras (tipo, bem) ou frases, evita falar ou quando fala
tem uma voz tipo desenho animado
- medo, a criança reconhece que há palavras que tem dificuldade em dizer, e pode exprimir
medo quando tem que dizê-las, frequentemente são o seu nome próprio, onde reside…
- dificuldade em iniciar ou manter o vozeamento enquanto fala, ouve-se tipicamente quando a
criança inicia uma frase, as palavras podem ser produzidas em catadupa enquanto a criança
se esforça para que o seu discurso seja fluente.

12. Quais são os factores de risco para se tornar numa gaguez de carácter permanente?

Há vários factores que podem indicar que se trata de uma situação de risco para se vir a se
tornar numa condição crónica:
- tempo após o início, quanto mais tempo as características de uma situação de gauez
persistem maior é o risco
- historial familiar de gaguez, 60% das pessoas têm um familiar com gaguez na família
- prolongamentos que persistem no discurso
- co-morbilidade com outros aspectos do desenvolvimento linguístico, atraso do
desenvolvimento da linguagem; perturbações fonéticas e/ou fonológicas. Dificuldades de
evocação e/ou sintáticas não facilitam a produção de um discurso fluente
- expectativas elevadas relativamente a si próprio, tendências perfeccionistas podem levar a
uma menor tolerância em aceitar a produção de um discurso com disfluências
- perspectiva negativa relativamente a si próprio, a reacção da criança à sua gaguez irá
condicionar os progressos que poderá vir a alcançar.

13. A gaguez pode ser tratada?


Sim. Há várias metodologias de intervenção que têm muito sucesso. No geral, a intervenção
precoce é o ideal. Mas infelizmente nem todos têm acesso a intervenção o que por sua vez
pode ter consequências na auto-estima pelo tipo de performance que têm quando falam na
sala de aula e fora dela.

14. Eu li sobre uma nova cura para gaguez. Há cura?

Não há curas milagrosas para a gaguez. Terapia, instrumentos eletrónicos e mesmo


medicação não resolvem a situação de um momento para o outro. Um Terapeuta da Fala com
experiencia em intervenção com crianças, jovens e adultos com gaguez pode ensinar métodos
e técnicas que podem fazer toda a diferença na produção de um discurso mais fluente.
Ficam aqui algumas sugestões que podem ajudar em especial as crianças:
- Seja uma referência e reduza o seu débito de fala, i.e. fale mais devagar mas sem perder as
características prosódicas.
- Espere que a pessoa termine de falar e diga tudo o que quer dizer.
- Não corrija cada momento de disfuência de uma criança, desde que tenha descodificado o
que foi dito. Não há necessidade de consciencializar cada um dos momentos.
- Pergunte uma coisa de cada vez à criança e aguarde a sua resposta.
- Ajude a criança a ser aceite pela família e assim cada um respeita a vez de cada um de falar.
- Evite criticar, pois leva a que as crianças se sintam mal com elas próprias, p.e. “Se tu
quisesses conseguias não falar assim!”
- Eduque e informe os outros como proceder de modo adequado com pessoas com gaguez.
A Gaguez e o seu Tratamento

Processamento da Fala
O ato de falar implica coordenar uma sequência de movimentos, resultantes de
contrações musculares, que envolvem estruturas envolvidas na respiração, fonação
(voz) e articulação (modelar os diferentes sons para constituírem palavras), tudo isto
conjugado com um processo cognitivo fabuloso de planeamento linguístico (escolha
de palavras, construção sintática da frase), culmina num perfeito e sincronizado
discurso.

Falar é o ato motor mais rápido que o ser humano realiza. Uma ruptura neste
sistema poderá conduzir a sons repetidos, prolongados e/ou incapacidade de os
produzir no “timing” certo (bloqueios).

Gaguez
O que define gaguez, ao contrário do que muitos pensam, é que a pessoa sabe
exatamente o que quer dizer, contudo a palavra/som “simplesmente não saí”.
Naturalmente, poderão surgir sentimentos associados desde tenra idade (a Gaguez
poderá surgir a partir dos 18 meses), irritação, frustração, culpa , vergonha (entre
outros), que poderão conduzir a um evitamento de determinadas situações de
comunicação (evitar falar em público, substituir palavras, evitar situações…). Esta é
a principal consequência da gaguez.

A gaguez é uma perturbação da comunicação, que está incluída nas perturbações


do Neurodesenvolvimento no DSM-V (Diagnostic and Statistical Manual of Mental
Disorders). Atinge aproximadamente 5% das crianças e 1% da população adulta.
Grande parte das pessoas que gaguejam têm familiares com a mesma condição, o
que demonstra o forte carácter genético deste handicap, que não tem base
emocional, mas, segundo os estudos, com as possíveis alterações neurológicas que
nascem com as pessoas que gaguejam.
Tratamento

Investigações realizadas nos últimos anos têm demonstrado os benefícios do


tratamento da Gaguez. Uma terapia para a Gaguez, em fase precoce, pode inclusive
conduzir à remissão em crianças. Noutros casos, a terapia pode minimizar os
sintomas da gaguez,

Tratamento
Existem várias metodologias de intervenção, que para além de promoverem uma
maior fluência do discurso, ajudam também a lidar com os sentimentos negativos
(vergonha, frustração, medo, entre outros) que poderão surgir associados aos
momentos de gaguez. Um objectivo importante, é a criação de uma atitude positiva
perante situações da comunicação, em que a gaguez não defina as escolhas e
decisões da pessoa que gagueja.
Nas abordagens na infância , os pais têm um papel fulcral. São aliados terapêuticos
únicos e preponderantes no sucesso do tratamento.
Para adolescentes e adultos, as abordagens mais utilizadas têm origem em duas
vertentes, que poderão ser utilizadas de forma conjunta. A modelagem da fluência
e/ou a modificação do momento de gaguez. Na primeira, existe uma aprendizagem
de estratégias facilitadoras para momentos em que se pretende gaguejar o mínimo
possível (leitura em voz alta e participação nas aulas; apresentações e reuniões de
Universidade e Trabalho, entrevistas de emprego, etc) e aborda o discurso no seu
“todo”. O tratamento é baseado sobretudo na aprendizagem de técnicas, para a
produção de um discurso mais suave e relaxado, onde a probabilidade de gaguejar
é menor.

A modificação do momento de gaguez, tal como o nome indica, aborda


exclusivamente o “acto” de gaguejar, tornando-o mais fácil, assim como, o
desenvolvimento de estratégias para lidar com os sentimentos associados à
comunicação e à gaguez.
Em ambas as abordagens, é muito importante a promoção de estratégias que
ajudem as pessoas a lidar com os seus medos e ansiedades (resultantes da
convivência com a gaguez) relacionados com a comunicação.

Não existem “receitas mágicas” e o sucesso terapêutico é construído com base na


relação Terapeuta da Fala- Paciente

Nunca é tarde para procurar tratamento para a Gaguez e a Terapia da Fala em


Portugal tem vindo a ser cada vez mais reconhecida pela sua capacidade de
resposta a esta condição que poderá ter um impacto muito significativo na Qualidade
de Vida.

A GAGUEZ E OS SEUS MITOS

Os mitos em volta da gaguez são muitos: “O susto provoca a gaguez”, “A gaguez é um


problema de respiração” ou “A criança gagueja porque é nervosa”. Outro mito
igualmente frequente é a atribuição de causas emocionais, devido a comportamentos
que a mãe e / ou o pai tiveram com o filho, contribuindo para a gaguez como uma causa
do foro psicológico por ex.: divórcio ou ausência de um dos pais.

Os estudos mais recentes permitem-nos dizer: “Não se trata de nada disso!” Há causas?
Sim. Genéticas; neurofisiológicas; linguísticas e ambientais, por isso não peça à
criança/adolescente/adulto: “respira fundo”, “fala devagar”, “pensa antes de falar”, “tu
quando queres sabes falar!”… a ‘culpa’ não é deles.

Gaguez na infância – a importância da intervenção precoce

A gaguez surge tipicamente entre os 2 anos e os 4 anos de idade, e é mais frequente nos
meninos, numa proporção de 3 meninos para 1 menina. No início observam-se
repetições de sons, sílabas ou palavras, depois prolongamentos e em seguida podem
aparecer bloqueios, estes últimos com um nível de tensão cada vez maior. Mas há
crianças que desde o início “lutam” para que as palavras saiam e chegam mesmo a
chorar devido à frustração que “o não sair” das palavras lhes provoca.

Se não há na família parentes que gaguejam, então a atenção recai sobre: há quanto
tempo surgiu a gaguez? Surgiu há mais de seis meses e tem-se vindo a agravar? Os
estudos indicam que uma criança que gagueja há um ano de modo persistente, a
probabilidade de a gaguez desaparecer por si diminuiu muito.

Se na sua opinião, uma criança na sua família, não consegue falar sem repetir ou
prolongar sons, sílabas ou palavras, há mais de seis meses, e por vezes as palavras não
saem e/ ou também quando fala vê-se que “pisca os olhos” ou “abana a cabeça” e isso
“parece” ajuda-la a falar, então já há vários sinais de alerta que deveriam ter uma
resposta especializada.

Gaguez na adolescência – ainda há algo a fazer?

Há. Por um lado, algumas técnicas de intervenção só são possíveis de ser aprendidas
quando somos mais velhos. Por outro, as exigências linguísticas não são nem menores,
nem maiores, são diferentes.

Uma pessoa com gaguez pode lidar muito bem com a sua gaguez no geral exceto em
situações muito específicas: quando tem de apresentar um trabalho na escola; quando
teimam em lhe telefonar em vez de lhe enviar um SMS; quando lhe pedem para ler;
quando lhe dizem que para entrar naquele curso tem que passar por uma entrevista…
esses, entre muitos outros, são OS momentos complicados!

NOTA: Escrevo ‘pessoa com gaguez’ e não ‘gago’, pois essa pessoa tem muitas outras
características para além de que por vezes gagueja.

Jaqueline Carmona
Terapeuta da Fala, Especialista em Disfluência (Gaguez) e Linguista
PIN - Progresso Infantil

Potrebbero piacerti anche