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Perfil Socioeconômico ADR

LAGUNA
2016
GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA
João Raimundo Colombo

VICE-GOVERNADOR
Eduardo Pinho Moreira

SECRETÁRIO DE ESTADO DO PLANEJAMENTO


Murilo Xavier Flores

DIRETOR DE PLANEJAMENTO
Luiz Carlos Mior

DIRETOR DE ESTATÍSTICA E CARTOGRAFIA


Carlos Mestre Crespo Luz

ELABORAÇÃO
Diretoria de Planejamento
Diretoria de Estatística e Cartografia

Equipe de Elaboração:
Dakini Mesquita Barros
Dilvan Luiz Ferrari (Coord.)
João Alfredo Brodt
Larice Steffen Peters
Lucas Henrique da Silva
Mara Regina Hermes Luz
Pâmela Chan de Oliveira Marins
Philippe R. Rocha do Nascimento
Thaina Helena da Silva
Thiago Thalles Moreira

Revisão Final:
Dilvan Luiz Ferrari

2
Sumário

Apresentação .............................................................................................................. 4
I – Caracterização Socioeconômica .................................................................... 6
1. CARACTERIZAÇÃO .............................................................................................. 7
1.1. Introdução .............................................................................................................. 7
1.2. Características demográficas e Indicadores Sociais ..................... 8
1.2.1 Dinâmica populacional ................................................................................... 8
1.2.2 Indicadores de Desenvolvimento Humano ...................................... 11
1.2.3 Indicadores de Educação e Saúde ......................................................... 12
1.2.4 Indicadores de Assistência Social e Segurança Pública ........... 15
1.3. Características econômicas ........................................................................ 18
1.3.1 Agropecuária, Indústria e Serviços ...................................................... 18
1.3.2 Mercado de Trabalho e Renda .................................................................. 19
1.3.3 Geração de Riqueza: PIB e Valor Adicionado ................................. 23
1.4. Finanças dos Municípios ............................................................................... 30
1.5. Características da Infraestrutura ........................................................... 32
2. QUESTÕES QUE MERECEM ATENÇÃO ESPECIAL ..................................... 40
II - Caderno de Indicadores ................................................................................ 41
III – Glossário e Notas Técnicas ........................................................................ 53

3
Apresentação

Florianópolis, outubro de 2016

O desenvolvimento equilibrado das regiões é um desafio que


devemos nos impor cotidianamente no processo de planejamento e
implementação das políticas públicas. Para tanto, é necessário o estímulo
ao desenvolvimento das potencialidades regionais, passando pela
promoção da desconcentração do desenvolvimento econômico.

Para que essas ações se traduzam em eficácia, temos que


conhecer cada vez mais nossas regiões, sua realidade e suas
potencialidades. Os Perfis Socioeconômicos das ADR’s aqui
apresentados, constituem-se em um esforço para o aprofundamento do
debate sobre a questão regional em Santa Catarina. São uma
contribuição da Secretaria de Estado do Planejamento (SPG), que
oferece um diagnóstico elaborado a partir de uma base de dados comum
a todas as regiões, como subsídio ao processo de planejamento do
estado e das regiões.

Os Perfis não se constituem em uma visão acabada sobre a


realidade regional, mas sim em um ponto de partida, uma provocação
para o debate que se dará nas regiões no processo de elaboração das
Agendas Regionais de Desenvolvimento do Programa Crescendo Juntos.
Constituem-se, ainda, em um subsídio para que a sociedade regional e
os órgãos governamentais aprofundem a regionalização das políticas
públicas e o processo de planejamento visando ao desenvolvimento e a
redução das desigualdades regionais.

Murilo Xavier Flores


Secretário de Estado do Planejamento

4
Síntese Regional ADR de Laguna

Características Regionais
População (2010) 128.234 Habitantes
Área Territorial 1732,211 Km²
Densidade Demográfica (2010) 74,03 Habitantes/Km²
Taxa de Urbanização 81,86 %
População Economicamente Ativa (PEA - 2010) 61.252 Pessoas
Taxa Média Anual de Crescimento da População (2000/2010) 1,03 %
Taxa de Mortalidade Infantil (2014) 8,99 /mil hab.
Taxa Distorção Idade-Série Ensino Médio (2014) 19,50 %
PIB (2013) 2.320.639,83 Mil Reais
PIB Per Capita (2013) 17.282,10 Reais
Renda Domiciliar Per Capita (2010) 812,88 Reais

Municípios Área (Km²) % da ADR


1 Garopaba 115,405 6,66
2 Imaruí 542,633 31,33
3 Imbituba 182,929 10,56
4 Laguna 336,396 19,42
5 Paulo Lopes 449,679 25,96
6 Pescaria Brava 105,169 6,07

5
I – Caracterização Socioeconômica

6
1. CARACTERIZAÇÃO

1.1. Introdução

A Agência de Desenvolvimento Regional (ADR) de Laguna foi


criada em 2015 a partir da transformação da SDR que data do ano de
2003. É composta por seis municípios: Garopaba, Imaruí, Imbituba,
Laguna, Paulo Lopes, Pescaria Brava.

A região da ADR está situada no Litoral Sul Catarinense e conta


com uma população de 128,2 mil habitantes, sendo que 18% residem
no meio rural. Apresentou no período 2000-2010 uma taxa média de
crescimento demográfico de 1,03% ao ano, constituindo a ADR com a
14ª maior taxa de crescimento do Estado.

Possui características majoritariamente voltada ao setor de


serviços, com participação na economia bem superior à média estadual.
Administração pública e atividades imobiliárias são as mais relevantes na
participação do setor de Serviços da região. A indústria tem participação
bem inferior à média estadual, sendo as principais a construção civil e as
indústrias de transformação e extrativa. Na economia primária, destaque
para Pesca e aquicultura. A agropecuária, com baixa diversificação,
apresenta uma forte dependência econômica da produção de arroz e de
mandioca, predominando em pequenos estabelecimentos rurais.

Em relação à produção de riqueza, a região gera um PIB


equivalente a 1,08% do Estadual. Tanto o PIB per capita quanto a Renda
Domiciliar per capita são inferiores às médias de Santa Catarina,
ocupando a última posição (36ª) e 28ª, respectivamente, dentre as 36
regiões do Estado.

Os indicadores de desenvolvimento humano apresentam situação


similar à média do Estado, tanto em relação ao IDHM quanto ao índice
de vulnerabilidade social (IVS), contudo os municípios de Imaruí e Paulo
Lopes apresentam maior vulnerabilidade em relação aos demais da ADR.

7
No âmbito da educação básica, no que se refere ao desempenho
dos alunos, a região da ADR de Laguna se encontra em patamar inferior
à média de Santa Catarina, tanto no Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica (Ideb) quanto na Nota do Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem).

1.2. Características demográficas e Indicadores Sociais

1.2.1 Dinâmica populacional

A região possui uma população de 128.234 habitantes com 81,9%


residindo no meio urbano e 18,1% no meio rural, indicando uma
urbanização semelhante à média observada no Estado. Em 2010 os
principais centros urbanos eram Laguna e Imbituba, ambos com uma
população em torno de 40 mil habitantes. Em seguida Garopaba com
15.320 habitantes. Os outros três municípios são de pequeno porte, com
Imaruí apresentando população predominantemente rural.

Segundo estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística


(IBGE)1, a região possui um “Centro de Zona” (Imbituba), que atrai os
municípios “Centro local” de Garopaba e Imaruí. Os municípios de
Laguna e Paulo Lopes funcionam como “Centro local” que se relacionam
com o “Centro Sub-Regional” Tubarão. Imbituba e Tubarão têm ligações
com a “Capital Regional” Florianópolis e essa com as “Metrópoles”
Curitiba e Porto Alegre.

1
IBGE – Regiões de Influência das Cidades. Rio de Janeiro, 2007. A hierarquização é definida por: 1. Metrópole –
caracterizam-se por seu grande porte e por fortes relacionamentos entre si. Em geral, possuem extensa área de
influência direta. Subdivididas em três sub-níveis (Grande metrópole nacional, Metrópole nacional e Metrópole); 2.
Capital Regional – como as metrópoles, também se relacionam com o estrato superior da rede urbana. Com capacidade
de gestão no nível imediatamente inferior ao das metrópoles, têm área de influência de âmbito regional, sendo referidas
como destino, para um conjunto de atividades, por grande número de municípios. Também subdivididas em três
subgrupos, conforme número de habitantes e relacionamentos; 3. Centro Sub-Regional – centros com atividades de
gestão menos complexas, têm área de atuação mais reduzida, e seus relacionamentos com centros externos à sua
própria rede dão-se, em geral, apenas com as metrópoles. Divididos em A e B também conforme número de habitantes
e relacionamentos; 4. Centro de Zona – cidades de menor porte e com atuação restrita à sua área imediata, exercem
funções de gestão elementares. Igualmente divididos em A e B pelo mesmo critério; 5. Centro local – cidades cuja
centralidade e atuação não extrapolam os limites do seu município, servindo apenas aos seus habitantes, têm população
dominantemente inferior a 10 mil habitantes.

8
Santa Catarina, com uma taxa de crescimento populacional de
1,55% ao ano, foi o décimo primeiro estado brasileiro com maior
crescimento populacional no período 2000 a 2010, sendo o de maior
crescimento no Sul do País. Mas este crescimento não é homogêneo nas
distintas regiões do Estado. Observa-se regiões situadas no planalto
Catarinense e no Oeste e Extremo Oeste do estado com esvaziamento
populacional, principalmente na área rural. Em oposição, verifica-se um
processo de litoralização da população no leste do estado, conforme
Figura 1. Dentre os 293 municípios catarinenses, 99 perderam população
entre os anos de 2000 e 2010. Das 36 regiões, apenas 8 (oito) tiveram
crescimento acima da média estadual no período.

Figura 1. Mapa da Taxa Média Geométrica de Crescimento Anual (2000 – 2010) em


Santa Catarina, por ADR.

Fonte: IBGE. Elaboração: SPG – Diretoria de Estatística e Cartografia.

A ADR de Laguna apresentou no período 2000-2010 uma taxa


média de crescimento demográfico de 1,03% ao ano, constituindo a ADR

9
com a 14ª maior taxa de crescimento. Esse resultado se deve
principalmente à maior evasão do meio rural, que apresentou uma taxa
de -1,02% no período enquanto no meio urbano a taxa foi de 1,55%.
Nas duas últimas décadas a região vem perdendo participação no total
da população do Estado.

Essa região apresenta uma densidade demográfica de 74,03


hab./km², superior à média do Estado, que é de 65,27 hab./km².
Apresenta uma acentuada urbanização, com uma taxa próxima à média
do estado que é de 84%. Contudo, em apenas um município (Imaruí) a
população rural é maior que a urbana (66% vivem no meio rural). Com
relação ao crescimento populacional dos municípios, observa-se que, nos
seis municípios da região, a taxa anual varia de -1,37 a 3,26 (Figura 2).

Figura 2. Mapa da Taxa Média Geométrica de Crescimento Anual (2000-2010) dos


municípios da ADR Laguna

Fonte: IBGE.
Elaboração: SPG – Diretoria de Estatística e Cartografia.

10
As maiores perdas populacionais estão na área rural que
apresentaram taxas negativas nos municípios de Imaruí e Paulo
Lopes, o que confirma o fenômeno do êxodo rural verificado também
em outras regiões do Estado.

Em relação à população economicamente ativa (PEA) a região


computa 1,73% (61.252 pessoas) do total de Santa Catarina, sendo que
os municípios de Laguna e de Imbituba detêm 39,9% e 31,8% desse
total, respectivamente. A participação da região na PEA do estado caiu
de 1,81% em 2000 para 1,73% em 2010, ao mesmo tempo em que,
entre 2000 e 2010, o ritmo de crescimento da PEA no estado (2,82%)
foi ligeiramente superior ao da ADR de Laguna (2,37%).

1.2.2 Indicadores de Desenvolvimento Humano

Santa Catarina possui o terceiro melhor índice de


Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do Brasil, com valor de
0,774, classificado na faixa de Alto desenvolvimento. Dentre os
municípios que compõe a ADR Laguna, três encontram-se na faixa de
Alto e dois na faixa de Médio desenvolvimento (Pescaria Brava não
apresenta dados). O município melhor colocado é Imbituba com índice
0,765 (60ª posição no estado) e o pior é Imaruí com índice 0,667 (273ª
posição). Os indicadores mostram que a dimensão Renda foi a mais
determinante nos modestos resultados de desenvolvimento humano
para a região.

Em relação ao Índice de Vulnerabilidade Social2, no qual SC ocupa


a 1ª posição no ranking nacional (IVS igual a 0,19 situando o estado na
faixa de “muito baixa” vulnerabilidade social), os seis municípios da ADR

2
Complementar ao Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), o IVS traz dezesseis indicadores
estruturados em três dimensões, a saber, infraestrutura urbana, capital humano e renda e trabalho,
permitindo um mapeamento singular da exclusão e da vulnerabilidade social para os 5.565 municípios
brasileiros. Essas dimensões correspondem a conjuntos de ativos, recursos ou estruturas, cujo acesso,
ausência ou insuficiência indicam que o padrão de vida das famílias encontra-se baixo, sugerindo, no limite,
o não acesso e a não observância dos direitos sociais. IPEA, 2015.

11
situam-se na faixa de “muito baixa” (Garopaba, Imbituba e Laguna) e
“baixa” (Imaruí, Paulo Lopes). Garopaba é o município melhor
classificado, ocupando a posição 54 do estado. Contudo, os municípios
de Imaruí e Paulo Lopes ocupam posições que indicam maior
vulnerabilidade em relação à Santa Catarina. Os municípios apresentam
deficiências em relação às três dimensões que compõem o IVS: renda e
trabalho, capital humano e infraestrutura urbana.

Figura 3. Posição dos municípios da ADR em relação ao IDHM e IVS considerando todos
os municípios catarinenses.

IDHM e IVS - Posição dos municípios da ADR Laguna

300 273
239
250
194
183
200

150
93 96 101
100 68
54 60

50

0
Garopaba Imaruí Imbituba Laguna Paulo Lopes

IDHM IVS

Fonte: PNUD (2013) e IPEA (2015). Elaboração: SPG - Diretoria de Planejamento.

1.2.3 Indicadores de Educação e Saúde

Educação
O tema da Educação é de fundamental importância para a análise
do desenvolvimento regional. No ano de 2015, o Censo Escolar mostrou
que havia 1.045.589 alunos matriculados nos ensinos fundamental e
médio no Estado. A rede estadual atendia 35,8% e 84,3% dos
alunos no ensino fundamental e médio, respectivamente. A rede
municipal atendia 52,04% e 0,52% dos alunos no ensino fundamental e
médio, respectivamente.

12
Em Santa Catarina 24% da população com 18 anos ou mais de
idade concluíram o ensino médio (Censo Demográfico 2010). Na ADR de
Laguna esta proporção varia de 11,29% (município de Imaruí) até
25,05% (município de Laguna).

No que se refere ao desempenho dos alunos da educação básica,


a região de Laguna se encontra em patamar inferior à média de Santa
Catarina, tanto no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
(Ideb)3 quanto na Nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Deve-se considerar também que 80,5% dos Docentes do Ensino Médio e
75,26% do Ensino Fundamental tem formação superior (25ª e 32ª
posições dentre as ADRs, respectivamente).

Tabela 1. Indicadores da Educação Básica (Rede Pública) em Santa Catarina, por ADR
IDEB (2015); Taxa de Distorção Idade Série, Taxa de Abandono do Ensino Médio, ENEM (2014)
Ideb - Anos Ideb - Anos Taxa de Taxa de Taxa de Nota Média
Iniciais do Finais do Distorção Distorção Abandono do ENEM
Ensino Ensino Idade-Série Idade-Série Ensino
Fundamental Fundamental Ensino Ensino Médio
(2015) (2015) Fundamental Médio
Santa Catarina 6,10 4,90 13,00 16,10 6,50 501,30
ADR de Laguna 6,02 4,72 16,56 19,50 7,23 494,47
Garopaba 6,70 4,70 16,40 22,30 8,10 508,80
Imaruí 5,90 4,60 24,20 20,00 5,80 474,00
Imbituba 5,90 5,00 16,90 18,40 7,70 501,10
Laguna 5,90 4,70 15,10 19,00 6,50 483,70
Paulo Lopes 5,40 3,60 21,50 37,90 16,40
Pescaria Brava 13,80 15,00 1,00
Fonte: Inep. Elaboração: SPG – Diretoria de Planejamento e Diretoria de Estatística e Cartografia.

Em comparação às outras 36 regiões (ADRs) do estado, a ADR


ocupa as seguintes posições: Ideb Anos Iniciais do Ensino fundamental
– posição 25; Ideb Anos Finais do Ensino Fundamental – posição 29;
Nota do ENEM – posição 21; Taxa de Abandono Ensino Médio –

3
Santa Catarina em seu Plano Estadual de Educação tem como meta alcançar em 2021 as seguintes médias
para o IDEB: Anos Iniciais do Ensino fundamental = 6,5; anos Finais do Ensino Fundamental = 6,2.

13
posição 26; Taxa de Distorção Idade-Série Ensino Fundamental –
posição 33; Taxa de distorção Idade-Série Ensino Médio – posição 33.

No Ideb – Anos Iniciais do Ensino Fundamental, o pior resultado


é do município de Paulo Lopes, com índice igual a 5,4. Já, em relação ao
Ideb – Anos Finais do Ensino Fundamental, os piores desempenhos ficam
com Paulo Lopes e Imaruí com índices de 3,6 e 4,6, respectivamente. No
Enem, os municípios de Imaruí e Laguna apresentam notas inferiores à
média Estadual.

Em relação à Taxa de Abandono no Ensino Médio, esta é superior


à média do Estado, contudo, os municípios de Pescaria Brava e Imaruí
apresentaram valores inferiores à média do estado. Destaca-se o
município de Paulo Lopes, com índice muito acima da média do estado,
com valor de 16,4%.

Já, no que se refere a Taxa de Distorção Idade-Série, a região


apresenta valores acima da média estadual tanto para o Ensino
Fundamental quanto para o Ensino Médio. Chama atenção o município
de Paulo Lopes por apresentar uma Taxa de Distorção Idade-Série no
Ensino Médio extremamente elevada.

Saúde

A taxa de mortalidade infantil é uma variável fundamental em


desenvolvimento humano e está altamente correlacionada com
expectativa de vida. Trata-se de uma variável clássica nos estudos em
desenvolvimento. O resultado desta taxa tem relação direta com
aspectos de atendimento de saúde básica, saúde materna, pré-natal,
além de infraestrutura e saneamento básico.

Em Santa Catarina, no ano de 2014, a taxa média de mortalidade


infantil ficou em 9,97 (em 2013 era 10,45). Este valor é aceitável pela

14
OMS (10,0) mas bem acima do Chile, que detinha, em 2014, a menor
taxa de mortalidade infantil da América Latina, situada em 7,2.

Na ADR de Laguna a taxa de mortalidade infantil em 2014 ficou


em 8,99, um pouco abaixo da média estadual, situando-se na 13ª
posição dentre as regiões do Estado. As menores taxas em 2014
foram nas ADRs de Quilombo (4,02), Maravilha (5,41) e Palmitos (6,57)
e as maiores foram nas ADRs de Ibirama (16,56), Lages (17,61) e
Curitibanos (17,94).

Indicadores complementares qualificam a análise da área de


saúde. Em relação ao Índice de Cobertura de Médicos (médicos que
atendem pelo SUS por mil habitantes), em 2014, Santa Catarina
apresentou na média índice de 1,25. A condição ideal, segundo o
Ministério da Saúde, é 2,5 médicos para cada mil habitantes4. Na região
da ADR Laguna, o índice é de 0,75 (menor que a média estadual e
ocupando a 28ª posição dentre as 36 regiões). O melhor índice é da
região da Grande Florianópolis, com 1,82 e o pior é da ADR Dionísio
Cerqueira, com 0,55.

O número de Leitos Hospitalares SUS para cada mil habitantes


em 2014 na ADR Laguna era de 1,31, ocupando a 29ª posição dentre
as 36 regiões, enquanto a média Estadual ficou em 1,70. A ADR com
maior índice é a de Seara (3,17) e a com pior índice é a de Itajaí (1,06).

1.2.4 Indicadores de Assistência Social e Segurança Pública

Assistência Social

Utilizamos três indicadores para análise da situação das famílias


de baixa renda em Santa Catarina e nas regiões: extrema pobreza,
cadastro único e bolsa família.

4
Um sistema público de saúde de referência é o do Reino Unido, onde há 2,7 médicos por mil habitantes.

15
Extrema Pobreza

Pessoas que vivem com renda per capita de até R$70 por mês,
considerando o ano de 2010 para análises, se enquadram na situação de
extrema pobreza. Segundo dados do censo de 2010, 1,64% da
população de Santa Catarina vivem nessa situação.

Na região da ADR de Laguna, 2,05% da população vivem na


extrema pobreza (posição 19ª entre 36 ADR’s). A extrema pobreza é
mais acentuada no meio rural (no município de Imaruí) e mais acentuada
no meio urbano nos demais municípios. Os municípios de Imaruí, com
4,19%, e Paulo Lopes, com 2,75%, são os que apresentam os maiores
percentuais de extrema pobreza da ADR.

Cadastro Único

O Cadastro Único é uma ferramenta utilizada pelo governo para


conhecer melhor a situação socioeconômica das famílias de baixa renda5.
No estado de Santa Catarina (dados de 2015) 299,3 mil famílias com
renda mensal per capita menor que ½ salário mínimo estão inscritas no
Cadastro Único. Já, na ADR de Laguna, são 8.840 famílias. Os
municípios de Imbituba (2634 famílias) e Laguna (2370 famílias) são os
que mais têm famílias inscritas.

Em Santa Catarina, 20,1% da população está inscrita no Cadastro


Único, enquanto na ADR, essa proporção sobe para 25,71% da
população (posição 22ª das ADR’s). Os municípios de Imaruí e Garopaba
são os que têm os maiores percentuais de população inscrita no Cadastro
Único, com 44,9% e 32,2%, respectivamente.

Bolsa Família

5
Neste cadastro podem se inscrever famílias com renda per capita inferior a meio salário mínimo ou com
renda máxima da família de 3 salários mínimos. Ele é utilizado por famílias de baixa renda que querem ter
acesso a políticas públicas como, por exemplo, o programa Bolsa Família e o programa Minha Casa, Minha
Vida.

16
No estado de Santa Catarina (dados de 2015) 131,5 mil famílias
recebem o Bolsa Família, isso representa 6,80% da população do estado.

Na região de Laguna 4.258 famílias recebem o benefício


(posição 13ª entre as 36 ADR’s), representando 10,47% da população
da região. Os municípios de Imaruí (910 famílias) e Imbituba (1.209
famílias) são os que têm mais famílias que recebem o benefício,
enquanto o município de Imaruí é o que detém o maior percentual de
população com bolsa família, com 26,55%, seguido por Garopaba e
Pescaria Brava, com 13,29% e 12,99%, respectivamente.

Tabela 2. Indicadores da Assistência Social em Santa Catarina


Indicadores de Assistência Social
Pessoas em Extrema Bolsa Família Cadastro Único
Pobreza - 2010 2015 2015
Extrema Pobreza total
Beneficiários do PBF (%) População Inscrita (%)
(%)
Santa Catarina 1,64 6,80 20,01
ADR de Laguna 2.05 10.47 25.71
Garopaba 1.47 13.29 32.27
Imaruí 4.19 26.55 44.98
Imbituba 1.86 8.92 23.33
Laguna 2.16 6.16 21.85
Paulo Lopes 2.75 10.34 21.69
Pescaria Brava 12.99 21.19
Fonte: MDS/Data CAD; Censo Demográfico IBGE – 2010.
Elaboração: SPG – Diretoria de Planejamento e Diretoria de Estatística e Cartografia.

Segurança Pública

A taxa de homicídios (por 100 mil habitantes) em 2015 na região


da ADR Laguna é de 13,15 ficando acima da média estadual de 12,16 e
ocupando a 27ª posição dentre as 36 regiões catarinenses. A menor
taxa ocorreu na ADR de Jaraguá do Sul, com índice de 1,57 e a maior
taxa foi na ADR de Joinville, com 22,7.

O número de furtos e roubos (por 100 mil habitantes) foi de


1.672, ocupando a 25ª posição no Estado, cuja média ficou em 1.753
no ano de 2015. O menor índice foi na ADR de Itapiranga com 760 e o
maior índice foi na região de Florianópolis, com 2.666.

17
1.3. Características econômicas

A região apresenta uma estrutura produtiva onde os serviços têm


uma participação relativa maior perante os outros setores de atividades
quando comparado à média do estado.

1.3.1 Agropecuária, Indústria e Serviços

A agropecuária é uma atividade de pouca expressão nesta região,


contando com 2.104 estabelecimentos agropecuários, sendo 87,4%
familiares. A maior parte destes estabelecimentos são de pequeno porte,
com 61,76% deles detendo área de terra menor que 10 hectares
(em SC 36,6% detêm menos de 10 ha). Acima de 50 hectares, são 198
estabelecimentos (10,02% do total).

Figura 4. Estabelecimentos Agropecuários por grupos de área total (ha) - 2006

600
516
500

400 369

300

179
200

78 79
100

0
Garopaba Imaruí Imbituba Laguna Paulo Lopes

< 10 10 < 20 20 < 50 > 50

Fonte: IBGE - Censo Agropecuário 2006.


Elaboração: SPG - Diretoria de Planejamento e Diretoria de Estatística e Cartografia.
OBS: Não há dados disponíveis para o município de Pescaria Brava

As principais atividades econômicas do setor primário são Pesca


e aquicultura e as Lavouras temporárias. Na atividade de Pesca e
aquicultura se destacam os municípios de Laguna e Garopaba, seguidos
por Imbituba.

18
Dentre as lavouras temporárias, se destacam a produção de arroz
(8.425 ha) e de mandioca (2.410 ha). Os maiores produtores de arroz e
mandioca são Imaruí e Imbituba. A produção de palmito é relevante no
município de Imaruí.

A região de Laguna produziu, no ano de 2014, 5,36% do


arroz e 10,3% da mandioca de Santa Catarina.

Em relação aos setores de indústria e serviços, na região da ADR


Laguna há 6.897 estabelecimentos que empregam, sendo 2.762 no
comércio; 3.038 no setor de serviços; 591 na indústria de transformação
e 320 na construção civil (dados de 2014 do MTE/Rais).

1.3.2 Mercado de Trabalho e Renda

Emprego Formal

Santa Catarina tinha, ao final de 2014, 2.273.933 pessoas com


emprego formal, com uma taxa de crescimento de 3,66% ao ano entre
2010 e 2014. Na região da ADR de Laguna, em dezembro de 2014, havia
25.024 pessoas formalmente empregadas, ocupando a 21ª posição
em geração de emprego no estado. A taxa de crescimento do emprego
foi de 6,3% ao ano, ficando na 2ª posição dentre as ADR’s em
crescimento entre 2010 e 2014.

A remuneração dos empregados formais em 12/2014 foi de R$


2.173,00 na média de Santa Catarina, sendo que os empregados na
região da ADR Laguna recebiam R$ 1.612,00, ocupando a 28ª posição
dentre as 36 ADR’s.

Os principais setores de atividades que geram empregos formais


na região de abrangência da ADR de Laguna (Figura 5) são serviços com
7.620 empregos (30,45%), comércio com 7.298 empregos (29,16%),
administração pública com 4.165 empregos (16,6%) e indústria de
transformação com 3.012 empregos (12,04%).

19
Em relação à média de Santa Catarina, a região de Laguna tem
mais empregos concentrados no comércio e serviços e bem menos na
indústria de transformação. Já, a administração pública gera empregos
acima da média dos municípios catarinenses. Este panorama configura
uma região com perfil mais voltado ao setor de serviços, que gera 60%
dos empregos formais (Figura 5).

Figura 5. Empregos Formais por Setor de Atividade (%) - 2014

100% 1,97 1,75


11,49 16,64
90%
80% 37,96
30,53 54,08
70% 30,45 33,1
36,37
60%
50% 20,03
40% 34,96
4,63 29,16
30,33
30%
20% 7,5
30,09
10% 12,04
0%
Santa ADR de Garopaba Imaruí Imbituba Laguna Paulo Pescaria
Catarina Laguna Lopes Brava

Extrativa Mineral Indústria de Transformação


Servicos Industriais de Utilidade Pública Construção Civil
Comércio Serviços
Administração Pública Agropecuária, Extração Vegetal, Caça e Pesca

Fonte: MTE/RAIS
Elaboração: SPG - Diretoria de Planejamento e Diretoria de Estatística e Cartografia.

O setor de serviços é o que mais gera empregos tanto no


município de Imbituba (com 36,4%) quanto no município de Paulo Lopes
(com 33,1%), ficando em segundo lugar em Garopaba (com 28,9%) e
Laguna (com 28,5%). O comércio é o setor mais importante na geração
de empregos em Garopaba (34,9%), Laguna (28,5%) e expressivo em
Imbituba (30,3%). Já a indústria de transformação tem alguma
expressão em Garopaba e Paulo Lopes.

20
Chama atenção o quanto a administração pública participa em
termos de empregos nos municípios da região, representando 54% do
total em Pescaria Brava e 38% em Imaruí.

Na figura 6 podemos observar a quantidade total de empregos


formais em cada um dos municípios da região. Os municípios de
Imbituba, Laguna e Garopaba respondem por 34,5%, 33,5% e 19% do
total, respectivamente.

Figura 6. Empregos Formais Totais e por Setor de Atividade nos Municípios – 2014

Fonte: MTE/RAIS
Elaboração: SPG - Diretoria de Estatística e Cartografia.

Quanto ao grau de instrução, na região de Laguna, 55,1% dos


empregados formais tem o ensino médio completo, superior ao do
Estado, que é de 42,8%. Outros 17,6% tem o ensino superior (completo
e incompleto) e 21,3% tem somente o ensino fundamental (completo e
incompleto).

21
Renda dos Domicílios (Censo demográfico 2010 – IBGE)

No ano de 2010, existia 1,993 milhões de domicílios em SC e 42,4


mil domicílios na região da ADR Laguna. A renda destes domicílios da
ADR Laguna girava em torno de 89 milhões mensais, com certa
concentração nos municípios de Laguna (39%) e Imbituba (34%).

A Renda Domiciliar per capita era de R$ 812,88, ficando na 28ª


posição dentre todas as 36 regiões e abaixo da média estadual de R$
1.121,17. O município com maior renda domiciliar por pessoa era
Imbituba (R$ 904,39), ocupando a posição 97 no Estado, e o com pior
renda domiciliar por pessoa era Imaruí (R$ 576,41), ocupando a posição
263 no Estado.

Figura 7. Mapa da Renda Domiciliar per capita - Municípios da ADR Laguna - 2010

Fonte: IBGE/SPG (2013).


Elaboração: SPG - Diretoria de Estatística e Cartografia.

22
1.3.3 Geração de Riqueza: PIB e Valor Adicionado

Produto Interno Bruto (PIB)

A região de abrangência da ADR apresentou, em 2013, um


Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 2,32 bilhões, o que representava
1,08% do total do estado e ocupando a posição 22 dentre as 36 regiões.

Entre 2010 e 2013 o PIB da região cresceu a uma taxa média de


9,44% ao ano, um pouco superior à média de SC, que nesse período
ficou em 8,65%.

O PIB per capita era de R$ 17.282,10, bem abaixo do valor médio


do estado (R$ 32.289,58), o que a colocava na última posição (36ª)
entre as 36 regiões do estado. O município de Paulo Lopes possuía o
maior PIB per capita da ADR, mas ainda abaixo da média estadual (com
R$ 25.084,58 e na posição 139), enquanto Pescaria Brava possuía o
menor valor da ADR (R$ 5.382,11) e o menor do estado (posição 295).

Em 2013, Imbituba possuía o maior PIB da ADR, com R$ 897,69


milhões, o que representava 38,7% da região e 0,42% do estado. O
segundo maior PIB é o de Laguna, com R$ 680,3 milhões (29,3% da
região). Em seguida Garopaba com 354,6 milhões.

Um segundo grupo de municípios, Imaruí e Paulo Lopes geram


PIB’s de menor expressão na região, com valores de R$ 159,1 milhões e
R$ 176,7 milhões, respectivamente. O menor PIB da ADR era o de
Pescaria Brava (R$ 52 milhões).

A Figura 8 ilustra o PIB dos municípios da região de abrangência


da ADR de Laguna em 2013.

23
Figura 8. Mapa do Produto Interno Bruto dos Municípios da ADR Laguna - 2013

Fonte: IBGE/SPG (2013).


Elaboração: SPG - Diretoria de Estatística e Cartografia.

Valor Adicionado Bruto (VAB)

Em relação aos setores que compõem o Valor Adicionado Bruto


(VAB) da ADR, os Serviços comportam 74,6%, a Indústria 18,6%
e a Agropecuária 6,8%. Em relação à média dos municípios do estado,
a região da ADR de Laguna apresenta uma maior participação dos
Serviços e menor da Indústria, conformando um perfil de baixa
industrialização e fortemente voltado ao setor de serviços6 (Figura 9).

Em termos relativos, o setor de Serviços tem presença


significativa em todos os municípios de abrangência da ADR de Laguna.

6
O VAB de Santa Catarina (ano de 2013) se distribui em 62,4% nos Serviços, 30,9% na Indústria e 6,7% na
Agropecuária.

24
O setor da Indústria com modesta participação na região, tem certa
presença nos municípios de Imbituba (25,5%), Garopaba e Laguna.
Somente o município de Imaruí tem uma estrutura produtiva relevante
na Agropecuária, com 33,11% de participação relativa (Figura 9).

A região da ADR de Laguna contribui com 1,18% do VAB da


Agropecuária, 0,70% do VAB da Indústria e 1,38% do VAB dos
Serviços do estado de Santa Catarina.

Figura 9. VAB da ADR Laguna, Municípios e SC – Participação dos Setores (%)

Valor Adicionado Bruto (VAB) - 2013

100%
90%
80%
70% 62,43
74,59 71,53 77,33 76,05
60% 81,86
92,32
50%
40%
30%
30,86
20% 18,57 33,11 25,57
10%
6,71 6,84
0%
Santa ADR Garopaba Imaruí Imbituba Laguna Paulo Pescaria
Catarina Lopes Brava

Agro. Ind. Serv.

Fonte: SPG/IBGE.
Elaboração: SPG - Diretoria de Planejamento e Diretoria de Estatística e Cartografia.

Ao analisar a localização dos setores na ADR, pode-se identificar


quanto cada município contribui para o VAB total gerado nesta região.
Na Figura 10 pode-se observar o VAB gerado em cada setor nos
municípios da ADR.

Nos Serviços, Imbituba e Laguna se destacam na região com 35%


e 31,5%, respectivamente, do VAB do setor. Na Indústria, Imbituba é o
município que gera o maior valor (50,4% do VAB do setor na ADR)

25
seguido por Laguna (26%). Na Agropecuária, Imaruí aparece em
primeiro lugar, com 36% do VAB do setor, seguido por Laguna, com
29,8% (Figura 10).

Figura 10. VAB dos Municípios da ADR Laguna – Valor dos Setores (mil R$)

Valor Adicionado Bruto (mil R$) - 2013

600.000,00 547.041,31
491.056,26
500.000,00

400.000,00

300.000,00 259.735,42
195.518,33
200.000,00
101.400,11
100.000,00 51.506,78 42.552,01

0,00
Garopaba Imaruí Imbituba Laguna Paulo Lopes Pescaria
Brava
Agropecuária Indústria Serviços

Fonte: SPG/IBGE.
Elaboração: SPG - Diretoria de Planejamento e Diretoria de Estatística e Cartografia.

A Agropecuária gera um pequeno valor econômico para a


região, colocando-a na 33ª posição dentre todas as ADR’s, em
termos de geração de valor adicionado bruto (VAB).

No VAB das Atividades da Agropecuária da ADR, destaca-se a


Pesca e aquicultura com 38,6%, com destaque para os municípios de
Laguna e Garopaba, e também Imbituba. Em seguida aparece as
Lavouras temporárias com 35%, com destaque para arroz e mandioca.
Arroz é expressivo em Imaruí, Imbituba e Paulo Lopes. Mandioca em
Pescaria Brava, Imbituba e Imaruí. Bovinos tem importância econômica
em Paulo Lopes, Garopaba e Pescaria Brava. E aves em Paulo Lopes.

A Figura 11 demonstra os principais produtos do VAB da


Agropecuária dos municípios da ADR de Laguna, em 2013.

26
Figura 11. Mapa dos principais produtos do VAB da Agropecuária dos municípios da
ADR Laguna - 2013

Fonte: IBGE/SPG.
Elaboração: SPG – Diretoria de Estatística e Cartografia.

No VAB da Indústria, a construção civil participa com


41,2%, a indústria da transformação com 28,6% e a indústria
extrativa com 19,8%, na média da ADR (Figura 12).

A construção civil está mais presente em Laguna (R$ 76,6


milhões) e Imbituba (R$ 38,9 milhões), correspondendo a 72% da
atividade na região. A indústria de transformação está mais concentrada
em Imbituba (R$ 67,3 milhões) e Garopaba (R$ 26 milhões), somados
esses municípios respondem por 84% da atividade na ADR.

A indústria extrativa está concentrada em Imbituba e a Produção


e distribuição de eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana nos
municípios de Imbituba e Laguna.

27
Em termos relativos, analisando cada município, a construção civil
tem maior relevância para Imaruí, Laguna, Pescaria Brava e Paulo Lopes.
A indústria de transformação tem participação relativa maior para
Garopaba e Imbituba e, em segundo lugar, para Paulo Lopes. Já, a
indústria extrativa tem grande relevância em Imbituba.

A Figura 12 demonstra as principais atividades do VAB da


indústria dos municípios da ADR Laguna, em 2013.

Figura 12. VAB das principais atividades da Indústria (%) da ADR Laguna

100%
90%
80% 41,2
70% 61,5
75,5
60% 89,9 34,5
50%
40% 28,6
30% 51,8
20% 37,5
10% 19,8
0%
ADR Garopaba Imaruí Imbituba Laguna Paulo Lopes Pescaria
Brava
Construção Civil
Prod. e Dist. de Eletricidade, Gás, Água, Esgoto e Limpeza Urbana
Indústria de Transformação
Indústria Extrativa

Fonte: SPG/IBGE.
Elaboração: SPG - Diretoria de Planejamento e Diretoria de Estatística e Cartografia.

A indústria de transformação não tem presença econômica


relevante na região, se colocando na penúltima posição (35ª)
dentre todas em termos de geração de valor adicionado bruto
(VAB).

Na estrutura da indústria da transformação (Figura 13), destaca-


se a atividade Confecção e Têxtil com 14,4% do total, sendo
especialmente significativa para os municípios de Laguna e Pescaria
Brava. O segmento de Alimentos e Bebidas detém 5,6%, com

28
participação relativa destacada nos municípios de Paulo Lopes e Imaruí.
Além destes dois segmentos, destaca-se a fabricação de produtos
minerais não-metálicos (concreto, artefatos de cimento), sobretudo no
município de Imbituba, e de componentes eletrônicos em Garopaba.

Não há destaque especial para outros produtos, havendo uma


diversidade de atividades de transformação, mas com pouca expressão
regional.

Figura 13. Estrutura de atividades (%) da Indústria de Transformação da ADR Laguna

100%
90% 26,4
80%
70% 10,8 64,8
74,5
60% 59,4
92,5
50% 24,5 93,5
40%
30% 19,6
46,4
20% 41,0
14,4
10% 13,4
5,6
0%
Santa ADR Garopaba Imaruí Imbituba Laguna Paulo Pescaria
Catarina Lopes Brava

Alimentos e Bebidas Automóveis Confecção e Têxtil


Eletrometal Mecânica Madeira e Celulose Outras

Fonte: SPG/IBGE.
Elaboração: SPG - Diretoria de Planejamento e Diretoria de Estatística e Cartografia.

Os serviços têm presença econômica relevante na região,


se colocando na 19ª posição dentre todas as ADR’s, em termos
de geração de valor adicionado bruto (VAB).

No VAB dos Serviços, despontam a Administração Pública e


Atividades Imobiliárias, ambas com 28,7% (acima da média de Santa
Catarina, que é de 21,4% para APU), em seguida o Comércio em geral
(varejo e atacado), com 17,7% (Figura 14). Ambos, comércio e

29
atividades imobiliárias têm maior presença econômica nos municípios de
Imbituba e Laguna e, com menor valor, em Garopaba.

A atividade Administração Pública tem forte incidência no VAB dos


municípios da ADR, sendo o de maior participação relativa nos municípios
de Pescaria Brava, Imaruí e Imbituba. Isto sinaliza uma dependência
considerável da geração de valor adicionado em serviços a partir do setor
público municipal. Já a atividade imobiliária se destaca em quase todos
os municípios da ADR, sobretudo em Paulo Lopes e Pescaria Brava
(Figura 14).

Figura 14. Participação dos principais Serviços (%) na ADR Laguna

100,0
90,0
80,0 41,8
70,0 31,5
28,7 31,5
60,0 49,0
50,0
40,0 26,0
28,7
30,0 43,4 54,6
20,0
19,3 24,4
10,0 17,7
0,0
ADR Garopaba Imaruí Imbituba Laguna Paulo Lopes Pescaria
Brava

Comércio (varejo e atacado) APU Atividades Imobiliárias

Fonte: SPG/IBGE.
Elaboração: SPG - Diretoria de Planejamento e Diretoria de Estatística e Cartografia.

1.4. Finanças dos Municípios

A Federação Catarinense de Municípios (FECAM) vem publicando


a cada dois anos indicadores sobre o desenvolvimento dos municípios
catarinenses. Especificamente sobre o índice “finanças públicas”, este
apresentou um valor de 0,644 para os municípios da região de Laguna.
O município melhor colocado foi Imaruí e o pior Laguna.

30
Analisando três indicadores que compõem o índice finanças
públicas (base de dados de 2012):

Em Santa Catarina, na média, a “receita corrente líquida per


capita” dos municípios é de R$ 2555,38. Na ADR de Laguna, todos os
municípios apresentam valores inferiores, sendo Garopaba o município
que mais se aproxima com R$ 1996,72; o pior é o município de Laguna
com R$ 1393,39.

Em relação ao indicador “percentual de receita própria sobre a


receita corrente líquida”, na média dos municípios catarinenses, este
valor está em 10,16%. Na região de Laguna, o município de Imaruí é o
de pior colocação com 2,56%. Já, os municípios de Laguna, Imbituba e
Garopaba apresentam um bom grau de autonomia financeira.

O indicador “receita comprometida com a folha de pessoal”7, na


média dos municípios catarinenses, este valor está em 49,81%. Na ADR,
os municípios encontram-se abaixo do limite da LRF, com exceção de
Imaruí, que compromete 55,26% da receita.

Tabela 3. Indicadores de Finanças Públicas dos municípios


Finanças dos Municípios
FECAM – Finanças Públicas (2014) Índice FIRJAN de Gestão Fiscal

Receita Própria Receita


Receita Corrente Ranking
Sobre Receita Comprometida
Líquida Per Estadual IFGF – 2015
Corrente com Folha de
Capita (R$) IFGF (2015)
Líquida (%) Pessoal (%)

Santa Catarina 2.555,38 10,16 49,81 - 0,542


ADR de Laguna 1.752,09 17,82 49,66
Garopaba 1.996,72 23,99 47,81 36 0,648
Imaruí 1.855,96 2,56 38,80 197 0,484
Imbituba 1.586,66 24,13 52,74 50 0,630
Laguna 1.393,39 25,16 55,26 - -
Paulo Lopes 1.927,73 13,28 53,67 150 0,539
Pescaria Brava - -
Fonte: FECAM (Base de dados de 2012); FIRJAN (Base de dados de 2015).
Elaboração: SPG – Diretoria de Planejamento e Diretoria de Estatística e Cartografia.

7
A lei de responsabilidade fiscal (LRF) estabelece o limite de 54%.

31
A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN) publica
anualmente o índice FIRJAN de Gestão Fiscal (IFGF)8. Este índice mostra
que, no ano base de 2015, o número de prefeituras catarinenses em
situação fiscal difícil ou crítica atingiu 72,5% do estado.

Na ADR de Laguna, os municípios de Garopaba e Imbituba foram


classificados como de “boa gestão” (com índice de 0,64 e 0,63,
respectivamente). Os municípios de Imaruí e Paulo Lopes se
enquadraram no grupo de “gestão em dificuldade”.

1.5. Características da Infraestrutura

Habitação

No que diz respeito à infraestrutura de habitação, as análises


abrangem domicílios residenciais atendidas com: energia elétrica; rede
geral de abastecimento de água; coleta de lixo; e rede de esgoto (geral
ou pluvial).

O censo demográfico 2010 registrou 1.993.097 domicílios no


Estado, desses 42.487 localizados na ADR de Laguna (IBGE, 2010).

a) Energia elétrica:

Do total de domicílios, 97,5% possui medidor de consumo de


energia elétrica. Na ADR de Laguna, esse número alcança 98,2% (41.721
residências). Considerando os municípios que compõem a ADR observa-
se que todos seguem esse percentual aproximado.

8
O IFGF tem como objetivo estimular a cultura da responsabilidade administrativa, possibilitando maior
aprimoramento da gestão fiscal dos municípios. É classificado em Conceito A – gestão de excelência (>0,8),
Conceito B – boa gestão (0,6 – 0,8), Conceito C – gestão em dificuldade (0,4 – 0,6) e Conceito D – gestão
crítica (<0,4).

32
b) Água encanada:

Do total de domicílios, 81,48% (1.624.058) estava ligado à rede


geral de abastecimento de água em 2010 (IBGE, 2010).

A ADR de Laguna possui 76,98% dos domicílios ligado à rede geral


de abastecimento, ficando, à exceção de Imbituba (87,22%), todos seus
municípios com percentuais abaixo da média do Estado: Imaruí
(59,23%), Pescaria Brava (62,90%), Garopaba (75,28%) e Laguna
(75,5%).

c) Rede de esgoto sanitário:

No que diz respeito a esse indicador, os números de 2010


chamam atenção, apenas 579.576 dos mais de 1.990.000 domicílios
estavam ligados à rede geral de esgoto ou pluvial, ou seja, apenas
29,08%. (IBGE, 2010).

Na ADR de Laguna esse indicador encontrava-se ainda mais baixo


do que a média estadual, com apenas 14,08% de cobertura. Com
exceção de Laguna, que possuía aproximadamente 30% de cobertura,
todos os municípios apresentaram índice menores que 5%.

d) Coleta de lixo:

Em Santa Catarina, 92,78% dos domicílios residenciais


(1.849.171) possuíam coleta de lixo efetuada diretamente por serviço de
limpeza (IBGE, 2010).

A média da ADR de Laguna está um pouco acima da média


estadual, 93,68% (39.802 domicílios). À exceção de Imaruí que possuía
55,76% dos domicílios com esse tipo de coleta, todos os municípios
apresentaram percentuais próximos à média estadual.

33
Tabela 4. Indicadores da Habitação
Número de Domicílios com Energia, Água, Esgoto e Coleta de Lixo - 2010

Domicílios Energia Água Encanada Rede Esgoto Coleta Lixo


Total Unidades % Unidades % Unidades % Unidades %
Santa Catarina 1.993.097 1.943.338 97,5 1.624.058 81,5 579.576 29,1 1.849.191 92,8
ADR de Laguna 42.487 41.721 98,2 32.707 77,0 5.984 14,1 39.802 93,7
Garopaba 6.093 5.997 98,4 4.587 75,3 17 0,3 6.024 98,9
Imaruí 3.897 3.864 99,2 2.308 59,2 180 4,6 2.173 55,8
Imbituba 13.160 12.884 97,9 11.478 87,2 634 4,8 12.926 98,2
Laguna 17.229 16.901 98,1 13.008 75,5 5.099 29,6 16.631 96,5
Paulo Lopes 2.108 2.075 98,4 1.326 62,9 54 2,6 2.048 97,2
Pescaria Brava
Fonte: IBGE – Censo Demográfico 2010.
Elaboração: SPG - Diretoria de Planejamento e Diretoria de Estatística e Cartografia.

Estabelecimentos de Saúde

A Saúde foi analisada a partir da infraestrutura de atendimento de


serviços públicos disponíveis nas unidades instaladas na ADR conforme
segue: Hospitais Gerais, Policlínicas. Centros de Saúde, Postos de Saúde,
Unidades de Pronto Atendimento-UPA’s e Pronto Socorro, assim como o
número de Médicos e Leitos Hospitalares, em números absolutos e
quantidade por mil habitantes (1.000/hab.)9.

Santa Catarina registrou 204 Hospitais Gerais, sendo 03


localizados na ADR de Laguna, nos municípios de Imaruí, Imbituba e
Laguna. O número de Policlínicas registradas foi de 186 no Estado,
sendo 04 (2,15%) na ADR, das quais 03 em Laguna e 01 em Imbituba.

Os Centros de Saúde somavam 1.510 unidades no Estado com


registro de 55 unidades (3,64%) na ADR de Laguna. Estão presentes em
todos os municípios da ADR, destacando-se o município de Imbituba com
27 unidades, 49,09% da ADR. Quanto aos Postos de Saúde, a ADR de
Laguna possuía 09 das 355 unidades existentes no Estado,
representando 2,54%, sendo 07 em Garopaba e 02 em Paulo Lopes.

9
Todas as informações deste item se referem ao ano de 2014 e foram obtidas a partir do DATASUS.

34
O Estado registrava 30 UPA’s e 08 Pronto Socorro, porém a
ADR de Laguna não contava com estes estabelecimentos de Saúde.

O número de Médicos que atendem através do SUS em 2014 era


de 8.411 no Estado, sendo que na ADR de Laguna haviam 102 médicos
(1,21% do Estado). Todos os municípios da ADR possuem número de
médicos por 1.000/hab. menor que a média estadual (1,25), sendo a
maior média em Garopaba (0,88) e a menor em Pescaria Brava (0,41).

Em 2014 o Estado contava com 11.425 Leitos Hospitalares do


SUS, sendo 178 (1,56%) na ADR de Laguna. Dos três municípios da ADR
que apresentaram leitos disponíveis o maior índice por 1.000/hab. foi
Imaruí com 2,88 e o menor Imbituba com 1,33.

Estabelecimentos de Educação

A análise dos dados não pode ser dissociada da oferta de vagas


nos diferentes níveis educacionais das redes pública e privada da região,
que aborda: (i) Número de escolas da rede pública estadual, municipal,
privada e de educação de jovens e adultos; (ii) Número de cursos de
graduação; (iii) Cursos de capacitação profissional – formação técnica
profissionalizante. A tabela a seguir, identifica a situação na região da
ADR de Laguna nos três aspectos citados.

Tabela 5. Instituições de Ensino nos municípios da ADR de Laguna


Infraestrutura - Educação
Escolas Públicas Escolas Formação Técnica - Cursos
EJA
Estadual Municipal Particulares SENAI SENAC CEDUP IFSC IFC
Santa Catarina 1.302 3.962 954 67 61 16 14 103 62
ADR de Laguna 36 99 10 2 0 0 0 6 0
Garopaba 3 19 1 6
Imaruí 5 9
Imbituba 12 24 5 1
Laguna 11 25 4 1
Paulo Lopes 2 8
Pescaria Brava 3 14
Fonte: Censo Escolar SED-SC, 2015
Elaboração: SPG - Diretoria de Planejamento e Diretoria de Estatística e Cartografia.

35
a) Número de escolas da rede pública de ensino:

Especificamente na região de abrangência da ADR de Laguna, no


ano de 2015 em relação a 2014, houve o acréscimo de 5 escolas na rede
pública estadual, passando de 31 para 36 (2,76% do total de escolas
estaduais). O número de escolas municipais reduziu de 105 para 99
(2,5% do total de escolas municipais) e na rede particular passou de 14
para 10 (1,05% do total de escolas particulares).

A Educação Básica de Jovens e Adultos no Estado é realizada pelos


67 Centros (CEJAs), através de ensino presencial, por disciplinas 10.
Desses, 2 Centros localizam-se na ADR de Laguna, 01 no município de
Imbituba e 01 no município de Laguna. Em relação aos alunos na
modalidade de EJA em 2015, na rede estadual totalizou 32.565
matriculas, das quais 2.067 no Ensino Fundamental – anos iniciais, 9.678
no Ensino Fundamental – anos finais e 20.820 no Ensino Médio.

O Instituto Federal de Santa Catarina - IFSC11, bem como o


Instituto Federal Catarinense - IFC12 oferecem Cursos Técnicos na
modalidade de Educação de Jovens e Adultos por meio do Programa
Nacional de Integração Profissional com a Educação Básica, nos termos
do Decreto Federal nº 5.840, de 2006.

b) Formação técnica profissionalizante:

A formação técnica é oferecida pelo IFSC e IFC na rede federal,


pelo SENAC e SENAI na rede privada e pelos CEDUPs – Centro de
Educação Profissional, na rede estadual13. Dos 256 cursos técnicos
oferecidos por essas instituições no estado, apenas o IFSC oferece 06
cursos de nível técnico na cidade de Garopaba.

10
Maiores informações acessar www.portalestatistico.sc.gov.br
11
www.ifsc.edu.br/ensino/modalidade, link guia de cursos.
12
http://issuu.com/institutofederalcatarinense/docs/ifc_guiadecursos
13
http://www.sed.sc.gov.br/index.php/servicos/etapas-e-modalidades-de-ensino/16973-endereco-dos-
cejas

36
c) Número de cursos de graduação:

Das instituições de ensino superior - IES públicas instaladas no


Estado, tem-se: (i) 04 federais – a Universidade Federal de SC – UFSC,
o Instituto Federal de Santa Catarina – IFSC, a Universidade Federal da
Fronteira Sul – UFFS e o Instituto Federal Catarinense - IFC; (ii) uma
estadual, a Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC; (iii) e
15 Instituições criadas por lei municipal de direito privado, vinculadas ao
Sistema ACAFE.

Com relação às instituições privadas que atuam em SC, registra-


se aquelas 34 afiliadas à Associação de Mantenedoras Particulares de
Educação Superior de Santa Catarina – AMPESC, devidamente
credenciadas pelo MEC, representando, aproximadamente, 89% do
ensino superior particular catarinense.

Na região da ADR de Laguna, a UDESC14 oferece 04 cursos de


graduação presenciais (no município de Laguna) por meio do Centro de
Educação Superior da Região Sul e a FEBAVE – Centro Universitário
Barriga-Verde oferece 03 cursos de graduação em Imbituba.

Comunicações

Relativo a Infraestrutura de comunicações, as análises abrangem


conexões de banda larga fixa; municípios cobertos por banda larga móvel
(3G); e acessos de telefonia fixa por empresas concessionárias.

a) Conexões de banda larga fixa:

Do total de domicílios do Estado, 56,37% possui conexão de


Banda Larga Fixa. Na ADR de Laguna, esse número chega a
aproximadamente 37% (15.810 residências). Considerando os
municípios que compõem a ADR observa-se que Garopaba detém o
maior percentual de cobertura que é de aproximadamente 65%, ficando

14
www.udesc.br/cursospresenciais/pormunicipio

37
acima dos índices da ADR e do Estado. O índice mais baixo é do município
de Imaruí, em torno de 20%.

b) Municípios cobertos por banda larga móvel:

O Estado possui 194 municípios cobertos com tecnologia banda


larga móvel 3G. Nesta ADR, apenas o município de Pescaria Brava não
possui este tipo de cobertura.

c) Acessos de telefonia fixa por empresas concessionárias:

Em 2016, o Estado de Santa Catarina aponta 1.011.894 de


acessos, cerca de 50% dos domicílios atendidos. A ADR de Laguna
registrou 24.675 de acessos, representando 2,44% em relação ao Estado
e na abrangência da ADR, temos 58% dos domicílios atendidos com esta
tecnologia. Destacamos Garopaba, alcançando 80,37% dos seus
domicílios com acesso à telefonia fixa.

38
Mapa da ADR de Laguna
Mapa 1. ADR com localização dos núcleos urbanos e vias de transporte

39
2. QUESTÕES QUE MERECEM ATENÇÃO ESPECIAL

2.1 Meio rural

- Estrutura fundiária com forte predomínio de minifúndios


agropecuários.

- Produção agrícola com forte predomínio das culturas de arroz irrigado


e mandioca.

2.2 Desenvolvimento social

- Diferença acentuada entre os municípios em relação à vulnerabilidade


social, com especial atenção para Imaruí e Paulo Lopes.

- Percentual de pessoas em extrema pobreza e recebendo Bolsa Família


acima da média estadual.

- Renda das famílias e Geração de riquezas (PIB) per capita bem abaixo
da média dos municípios catarinenses.

- Indicadores de educação básica muito abaixo da média dos municípios


catarinenses. Inexistência de cursos de formação técnica do Senac e
Senai.

- Índices de violência (homicídios e furtos/roubos) acima da média


estadual.

2.3 Desenvolvimento econômico

- Estrutura produtiva fortemente dependente do setor de serviços,


especialmente de atividades imobiliárias, da administração pública e do
comércio.

- Indústria com pouca importância regional, com a construção civil


liderando a agregação de valor neste setor. Na agropecuária forte
geração de valor adicionado pela Pesca e aquicultura.

- Parte dos municípios fortemente dependente em termos de emprego


e renda de atividades relacionadas à administração pública.

40
II - Caderno de Indicadores

41
2.1. Demografia:

Demografia
População Total, Urbana, Rural e PEA - 2010
Taxa de
Total Urbano Rural PEA
Urbanização
Santa Catarina 6.248.436 5.247.913 1.000.523 83,99 3.543.218
ADR de Laguna 128.234 104.970 23.264 81,86 61.252
Garopaba 18.138 15.320 2.818 84,46 9.463
Imaruí 11.672 4.005 7.667 34,31 4.717
Imbituba 40.170 40.170 - 100,00 19.511
Laguna 51.562 40.655 10.907 78,85 24.479
Paulo Lopes 6.692 4.820 1.872 72,03 3.082
Pescaria Brava
Fonte: IBGE – Censo Demográfico 2010

2.2. Estrutura Fundiária e Produção Agropecuária:

Estabelecimentos Agropecuários - Estrutura Fundiária


Estabelecimentos Agropecuários - Estrutura Fundiária (2006)
Total Não familiar Familiar % Familiar
Santa Catarina 193.668 25.156 168.512 87,01
ADR de Laguna 2.104 266 1.838 87,36
Garopaba 131 13 118 90,08
Imaruí 856 56 800 93,46
Imbituba 145 34 111 76,55
Laguna 588 57 531 90,31
Paulo Lopes 384 106 278 72,40
Pescaria Brava
Fonte: IBGE - Censo Agropecuário 2006

42
Estabelecimentos Agropecuários
Estabelecimentos Agropecuários - Grupos de Área Total (ha)
< 10 <10 % 10 < 20 10<20 % 20 < 50 20<50 % > 50 > 50 %
Santa Catarina 69.394 36,61% 56.412 29,76% 45.310 23,90% 18.430 9,72%
ADR de Laguna 1.221 61,76% 297 15,02% 261 13,20% 198 10,02%
Garopaba 78 65,55% 17 14,29% 15 12,61% 9 7,56%
Imaruí 516 63,08% 141 17,24% 105 12,84% 56 6,85%
Imbituba 79 57,25% 19 13,77% 19 13,77% 21 15,22%
Laguna 369 70,42% 60 11,45% 59 11,26% 36 6,87%
Paulo Lopes 179 47,35% 60 15,87% 63 16,67% 76 20,11%
Pescaria Brava
Fonte: IBGE - Censo Agropecuário 2006

Área e Produção das Principais Lavouras Temporárias - 2014


Área e Produção das Principais Lavouras Temporárias
Área Colhida (Hectares)
Feijão Fumo Milho Soja Alho Arroz Mandioca Tomate
Santa Catarina 88.018 120.641 436.433 560.098 2.150 149.869 23.397 2.735
ADR de Laguna 168 140 171 0 0 8.425 2.410 6
Garopaba 18 40 60
Imaruí 90 140 50 3.696 920
Imbituba 30 70 2.323 800
Laguna 10 20 1.104 55
Paulo Lopes 15 24 1.250 150 6
Pescaria Brava 5 7 12 425
Quantidade Produzida (ton.)
Feijão Fumo Milho Soja Alho Arroz Mandioca Tomate
Santa Catarina 145.171 258.245 3.149.729 1.668.235 21.409 1.082.441 443.462 184.482
ADR de Laguna 165 294 740 0 0 58.014 45.610 240
Garopaba 20 228 2.160
Imaruí 78 294 195 26.194 16.560
Imbituba 33 280 18.157 16.000
Laguna 9 72 5.941 990
Paulo Lopes 20 168 7.410 2.250 240
Pescaria Brava 5 25 84 7.650
Fonte: IBGE – PAM (2014)

43
2.3. Emprego Formal:

Estabelecimentos por Setor de Atividade (Valor Absoluto) - 2014


Estabelecimentos por Setor de Atividade (Valor Absoluto) - 2014

Serviços
Agropecuária,
Industriais
Extrativa Indústria de Construção Administração extração Total de
de Comércio Serviços
Mineral Transformação Civil Pública vegetal, caça Estabelecimentos
Utilidade
e pesca
Pública

Santa Catarina 771 53.042 1.060 15.601 152.528 159.388 1.089 10.240 429.427
ADR de Laguna 29 591 24 320 2.762 3.038 22 111 6.897
Garopaba 2 140 2 53 605 634 5 14 1.455
Imaruí 4 26 1 11 155 154 5 13 369
Imbituba 11 201 8 150 981 1.122 2 22 2.497
Laguna 4 161 9 76 844 976 5 45 2.120
Paulo Lopes 7 46 2 22 143 113 2 16 351
Pescaria Brava 1 17 2 8 34 39 3 1 105
Fonte: MTE/RAIS
Estoque de empregos formais por setor de atividade (Valor Absoluto) - 2014
Estoque de empregos formais por setor de atividade (Valor Absoluto) - 2014

Serviços
Agropecuária,
Industriais
Extrativa Indústria de Construção Administração Extração
de Comércio Serviços Total
Mineral Transformação Civil Pública Vegetal, Caça e
Utilidade
Pesca
Pública

Santa Catarina 8.496 684.309 20.124 105.331 455.439 694.185 261.177 44.872 2.273.933
ADR de Laguna 345 3.012 270 1.876 7.298 7.620 4.165 438 25.024
Garopaba 0 877 74 93 1.659 1.373 662 7 4.745
Imaruí 3 149 0 149 210 123 405 28 1.067
Imbituba 274 734 58 371 2.616 3.137 1.396 40 8.626
Laguna 2 909 81 1.090 2.395 2.389 1.187 327 8.380
Paulo Lopes 62 301 57 147 295 568 250 36 1.716
Pescaria Brava 4 42 0 26 123 30 265 0 490
Fonte: MTE/RAIS

45
2.4. Indicadores Econômicos:

Renda Domiciliar
Renda Domiciliar (RD) e RD per capita - 2010
Renda Domiciliar RD per capita
Domicílios (nº) RD mensal (R$) % da ADR % de SC R$ Posição SC

Santa Catarina 1.993.097 6.009.377.509,22 - - 1.121,17 -


ADR de Laguna 42.487 89.021.758,19 - 1,48 812,88 28
Garopaba 6.093 13.901.423,22 15,62 0,23 883,99 116
Imaruí 3.897 5.908.358,61 6,64 0,10 576,41 263
Imbituba 13.160 30.183.776,00 33,91 0,50 904,39 97
Laguna 17.229 34.777.081,08 39,07 0,58 785,80 179
Paulo Lopes 2.108 4.251.119,28 4,78 0,07 698,04 224
Pescaria Brava
Fonte: IBGE/SPG

PRODUTO INTERNO BRUTO


Produto Interno Bruto e PIB per capita - 2013
PIB PIB per capita
% da
PIB (R$ mil) ADR % de SC R$ Posição SC
Santa Catarina 214.217.274,01 - - 32.289,58 -
ADR de Laguna 2.320.639,83 - 1,08 17.282,10 36
Garopaba 354.626,00 15,28 0,17 17.710,05 235
Imaruí 159.103,63 6,86 0,07 14.078,72 282
Imbituba 897.695,03 38,68 0,42 21.250,24 190
Laguna 680.357,86 29,32 0,32 15.470,06 268
Paulo Lopes 176.720,83 7,62 0,08 25.084,58 139
Pescaria Brava 52.136,48 2,25 0,02 5.382,11 295
Fonte: IBGE/SPG
Estrutura Produtiva
Valor Adicionado Bruto e Participação por VAB - 2013
Valor Adicionado Bruto (R$ mil) Estrutura (%)
Total Agropecuária Indústria Serviços Agro. Ind. Serv.
Santa Catarina 180.691.122,04 12.123.710,45 55.765.123,38 112.802.288,21 6,71 30,86 62,43
ADR de Laguna 2.090.133,27 142.872,73 388.197,38 1.559.063,16 6,84 18,57 74,59
Garopaba 317.281,37 7.325,26 50.220,69 259.735,42 2,31 15,83 81,86
Imaruí 155.556,89 51.506,78 16.669,00 87.381,11 33,11 10,72 56,17
Imbituba 764.740,77 22.181,13 195.518,33 547.041,31 2,9 25,57 71,53
Laguna 635.008,38 42.552,01 101.400,11 491.056,26 6,7 15,97 77,33
Paulo Lopes 165.862,51 16.343,19 23.382,11 126.137,21 9,85 14,1 76,05
Pescaria Brava 51.683,35 2.964,36 1.007,14 47.711,85 5,74 1,95 92,32
Fonte: IBGE/SPG

47
Estrutura das Atividades Agropecuárias por Participação no VAB - 2013
Estrutura das Atividades Agropecuárias por Participação no VAB (mil R$)

Outros
Produtos Bovinos e Silvicultura,
Cereais para Cana-de- Produtos LT, Pesca,
Soja Fumo Lavoura outros Suínos Aves extração
Grãos açúcar Horticultura, aquicultura
Perm. Animais vegetal
Viveiro

Santa Catarina 1.675.533,79 726.531,96 1.298.938,15 20.109,45 1.758.862,99 711.453,57 1.910.485,08 832.254,92 1.306.390,92 1.444.385,69 345.439,71
ADR de Laguna 22.962,08 0,00 1.765,64 1.559,65 24.809,99 751,92 15.006,97 172,94 7.319,12 10.685,04 55.197,04
Garopaba 119,38 0,00 0,00 22,54 1.181,24 59,95 1.153,26 5,65 11,84 0,00 4.771,40
Imaruí 11.133,21 0,00 1.765,64 1.006,00 13.956,24 501,66 5.126,83 40,34 1.589,34 6.673,63 7.475,74
Imbituba 5.916,21 0,00 0,00 32,20 5.374,91 13,11 1.412,52 100,28 449,45 969,72 7.688,92
Laguna 2.086,45 0,00 0,00 257,56 541,43 93,91 3.603,43 2,19 538,34 211,66 35.214,83
Paulo Lopes 3.696,03 0,00 0,00 112,57 1.645,36 83,29 3.156,14 23,43 4.724,60 2.677,46 46,15
Pescaria Brava 10,80 0,00 0,00 128,78 2.110,81 0,00 554,79 1,05 5,55 152,57 0,00
Fonte: IBGE/SPG
Estrutura das Atividades da Indústria por Participação no VAB - 2013
Estrutura das Atividades da Indústria por Participação no VAB (mil R$) - 2013

Prod. e Dist. de
Indústria Indústria de Eletricidade, Gás,
Construção Civil
Extrativa Transformação Água, Esgoto e
Limpeza Urbana

Santa Catarina 894.463,81 39.582.620,34 4.110.102,21 11.177.936,96


ADR de Laguna 76.740,23 111.144,12 40.408,50 159.904,53
Garopaba 27,96 26.031,12 7.088,54 17.073,07
Imaruí 0,00 989,83 697,43 14.981,74
Imbituba 73.261,47 67.357,67 16.034,30 38.864,88
Laguna 26,10 11.234,45 13.550,44 76.589,12
Paulo Lopes 3.424,70 5.509,06 2.671,67 11.776,69
Pescaria Brava 0,00 21,99 366,12 619,03
Fonte: IBGE/SPG

Estrutura das Atividades da Indústria de Transformação por Participação no VAB - 2013


Estrutura das Atividades da Indústria de Transformação por Participação no VAB (%) - 2013
Demais Ativ.
Alimentos e Confecção Eletrometal Madeira e
Automóveis Industriais de
Bebidas e Têxtil Mecânica Celulose
Transformação

Santa Catarina 13,39 5,32 19,61 24,5 10,76 26,43


ADR de Laguna 5,59 1,77 14,39 1,09 2,66 74,5
Garopaba 0,89 0 27,78 1,66 4,86 64,82
Imaruí 40,95 0 21,7 10,74 3,87 22,74
Imbituba 0,44 2,41 2,75 0,61 1,33 92,46
Laguna 24,26 2,77 59,37 1,31 1,55 10,74
Paulo Lopes 46,4 0,48 0,16 2,22 10,52 40,23
Pescaria Brava 1,46 0 93,45 0 5,09 0
Fonte: IBGE/SPG
Estrutura das Atividades de Serviços por Participação no VAB - 2013
Estrutura das Atividades de Serviços por Participação no VAB (mil R$) - 2013

Arte,
Ativ.
Cultura,
Profissionais,
Comércio Esporte, Transporte,
Alojamento e Ativ. Educação Serviços de Interm. Científicas, Saúde
(varejo e APU Recreação, Armazenagem
Alimentação Imobiliárias Privada Informação Financeira Admin. e Privada
atacado) Outras e Correio
Serviços
Ativ. de
complem.
Serviços

Santa Catarina 3.898.393 27.376.456 24.194.421 4.736.949 18.425.778 2.345.831 3.982.797 8.129.270 5.751.364 11.205.933 2.755.091
ADR de Laguna 74.285,24 275.829,62 447.222,95 57.715,36 446.713,76 7.234,60 25.475,25 63.676,50 54.223,18 84.120,56 22.566,13
Garopaba 17.799,12 50.135,53 71.503,40 9.505,80 74.494,85 379,67 485.146,00 9.658,53 6.909,19 13.223,39 1.274,50
Imaruí 763,43 5.400,96 37.900,38 5.178,96 27.510,91 3,79 121.715,00 2.845,98 1.967,95 2.942,24 1.649,35
Imbituba 29.249,92 133.470,17 142.267,10 19.384,39 108.486,09 1.081,28 912.763,00 33.648,48 20.373,13 41.706,36 8.246,76
Laguna 19.671,34 71.936,62 144.276,76 19.004,19 154.549,16 5.769,86 737.570,00 13.352,32 23.589,88 20.284,85 11.245,58
Paulo Lopes 6.790,82 14.747,03 25.243,34 4.024,69 61.748,46 0,00 279.993,00 3.885,63 1.383,03 5.364,34 149,94
Pescaria Brava 10,61 139,31 26.031,97 617,33 19.924,29 0,00 10.338,00 285,56 0,00 599,38 0,00
Fonte: IBGE/SPG

50
2.5. Indicadores de Desenvolvimento Humano:

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) - 2010


IDHM, IDH - Renda, IDH - Educação e IDH - Longevidade (2010)

Posição IDHM Posição IDHM Posição IDHM Posição


IDHM
SC Renda SC Educação SC Longevidade SC

Santa Catarina 0,774 - 0,773 - 0,697 - 0,86 -


Garopaba 0,753 93 0,737 131 0,668 90 0,868 92
Imaruí 0,667 273 0,67 263 0,53 281 0,834 187
Imbituba 0,765 60 0,734 149 0,703 43 0,868 93
Laguna 0,752 96 0,715 197 0,682 72 0,871 74
Paulo Lopes 0,716 194 0,707 217 0,6 225 0,865 106
Pescaria Brava
Fonte: PNUD

Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) - 2010


Índice de Vulnerabilidade Social IVS - 2010

IVS IVS IVS


Posição Posição Posição Posição
IVS Renda e Capital Infraestrutura
SC SC SC SC
Trabalho Humano Urbana

Santa Catarina 0,19 - 0,194 - 0,253 - 0,128 -


Garopaba 0,156 54 0,201 78 0,223 66 0,043 107
Imaruí 0,276 239 0,372 255 0,327 222 0,129 207
Imbituba 0,165 68 0,197 70 0,247 111 0,051 119
Laguna 0,187 101 0,223 103 0,256 130 0,083 160
Paulo Lopes 0,227 183 0,235 118 0,307 204 0,139 215
Pescaria Brava
Fonte: IPEA

51
2.6. Indicadores de Assistência Social:

Indicadores de Assistência Social: Pessoas em Extrema Pobreza, Bolsa Família e Cadastro Único
Indicadores de Assistência Social
Proporção de Pessoas em Extrema
Pobreza - 2010 Bolsa Família - 2015 Cadastro Único - 2015

N° de
Percentual Percentual Famílias
Percentual Número
de de Percentual inscritas Percentual
de de
Extrema Extrema de com renda da
Extrema Famílias
Pobreza, Pobreza, Beneficiários per capita População
Pobreza Beneficia
Perímetro Perímetro da População até ½ Inscrita
total das
Urbano Rural salário
mínimo

Santa Catarina 1,64 57,29 42,71 6,8 131.525 299.301 20,01


ADR de Laguna 2,05 75,29 24,71 10,47 4.258 8.840 25,71
Garopaba 1,47 90,26 9,74 13,29 721 1.548 32,27
Imaruí 4,19 23,93 76,07 26,55 910 1.313 44,98
Imbituba 1,86 100 0 8,92 1.209 2.634 23,33
Laguna 2,16 79,89 20,11 6,16 828 2.370 21,85
Paulo Lopes 2,75 61,96 38,04 10,34 227 423 21,69
Pescaria Brava 12,99 363 552 21,19
Fonte: Data Social

52
III – Glossário e Notas Técnicas

53
1. Agenda Regional de Desenvolvimento – Sintetiza uma
concertação de compromissos intragovernamentais com a
sociedade civil para serem executados em período plurianual.
Fonte: SPG.

2. Censo Demográfico – O Censo Demográfico é uma pesquisa


realizada pelo IBGE a cada dez anos. Através dele, reunimos
informações sobre toda a população brasileira. Fonte: IBGE.

3. Educação de Jovens e Adultos - A idade mínima para ingresso


na EJA é 15 (quinze) anos completos no ato da matrícula para o
Ensino Fundamental e 18 (dezoito) anos completos para o Ensino
Médio, conforme as Resoluções nº 3/2010/CEB/CNE e nº
074/2010/CEE/SC.

4. Educação Profissional - Em Santa Catarina, a educação


profissional técnica de nível médio é oferecida em todas suas
formas: (i) de forma integrada ao ensino médio (ensino médio +
curso técnico junto a instituição que oferta); (ii) concomitante ao
ensino médio (ensino médio em outra instituição + curso técnico);
(iii) subsequente (curso técnico pós ensino médio).

5. Emprego Formal - Trabalho com carteira assinada de acordo com


a legislação trabalhista vigente e, portanto, assegurando ao
trabalhador todos os direitos a que faz jus. Fonte: RAIS.

6. ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) - Desempenho dos


alunos do ensino médio para acesso ao ensino superior e aos
programas de financiamento em instituições privadas (nota de 0 a
1000). Fonte: MEC/INEP.

7. Estabelecimentos – O levantamento da RAIS é feito em nível de


estabelecimento, considerando-se como tal as unidades de cada
empresa separadas espacialmente, ou seja, com endereços
distintos. Fonte: MTE/RAIS.

54
8. IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) -
Esse indicador é calculado bianualmente pelo INEP, a partir dos
dados obtidos no Censo Escolar relativos à aprovação escolar e a
média de desempenho nas avaliações do Sistema de Avaliação da
Educação Básica (SAEB) e Prova Brasil. Fonte: MEC/INEP.

9. IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) - É


um índice composto que agrega 3 das mais importantes dimensões
do desenvolvimento humano: a oportunidade de viver uma vida
longa e saudável, de ter acesso a conhecimento e ter um padrão
de vida que garanta as necessidades básicas, representadas pela
saúde, educação e renda.

 Classificado em muito baixo (0,0 - 0,499), baixo (0,500 –


0,599), Médio (0,600 – 0,699), Alto (0,700 – 0,799), Muito Alto
(0,800 – 1,0). Fonte: IPEA.

10. Instituto Federal Catarinense (IFC) - teve sua origem na


integração das Escolas Agrotécnicas de Concórdia, Rio do Sul e
Sombrio, mais os Colégios Agrícolas de Araquari e Camboriú que
eram vinculados à UFSC. Por meio da Lei Federal nº 11.892, de
2008, as escolas agrícolas foram unificadas e transformadas em
Campus do IFC, que conta hoje com 15 Campus acrescido da
Reitoria, em Blumenau. O IFC oferece educação em todos os níveis,
desde a formação inicial e continuada até a pós-graduação,
buscando o atendimento das demandas regionais de localização
dos campi.

11. Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) - A Lei Federal de


nº 8.948, de 8/12/1994, transformava automaticamente todas as
Escolas Técnicas Federais em Centros Federais de Educação
Tecnológica, condicionando o ato à publicação de decreto
presidencial específico para cada novo centro. No caso da Escola
Técnica Federal - ETF-SC, a transformação para CEFET-SC foi

55
oficializada em 27/03/2002, quando foi publicado no Diário Oficial
da União (DOU) o decreto de criação. Depois da mudança para
CEFET-SC, a instituição passou a oferecer cursos superiores de
tecnologia e de pós-graduação lato sensu (especialização). Com o
advento da Lei Federal 11.892, de 2008 nova mudança na área
tecnológica e profissionalizante ocorreu com a implantação de 38
Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Desde então
o IFSC, no Estado, vem sofrendo expansão.

12. IVS (Índice de Vulnerabilidade Social) - Permite identificar


falhas de oferta de bens e serviços públicos no território nacional,
sendo composto por três dimensões: Infraestrutura Urbana,
Capital Humano, Renda e Trabalho.

 Classificado em muito baixo (0,0 – 0,200), baixo (0,201 –


0,300), média (0,301 – 0,400), alta (0,401 – 0,500) e muito alta
(0,501 – 1,0). Fonte: IPEA.

13. PEA (População Economicamente Ativa) - É composta pelas


pessoas de 10 a 65 anos de idade que foram classificadas como
ocupadas ou desocupadas na semana de referência da pesquisa.
Fonte: IBGE.

14. PIB (Produto Interno Bruto) - representa a soma, em valores


monetários, de todos os bens e serviços produzidos em um
determinado espaço geográfico, no período considerado. Fonte:
IBGE.

15. PIB per capita - divisão do PIB pelo número de habitantes da


região e indica quanto cada habitante produziu em determinado
período. Fonte: IBGE.

16. Rede Estadual de Ensino - inclui as Escolas de Ensino


Fundamental – EEFs, caracterizadas como de segunda etapa da
Educação Básica, constituída pelos anos iniciais (faixa etária de 6

56
a 10 anos) e pelos anos finais (faixa etária de 11 a 14 anos),
Escolas de Educação Básica - EEB que integram o ensino
fundamental e médio e Escolas Ensino Médio - EEM, em perímetro
rural e urbano. O Estado oferece, ainda, a Educação de Jovens e
Adultos destinada àqueles que não tiveram direito ao acesso ou
continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade
própria. (Art.37, LDB Lei nº 9.394/96). A idade mínima para
ingresso na EJA é 15 (quinze) anos completos no ato da matrícula
para o Ensino Fundamental e 18 (dezoito) anos completos para o
Ensino Médio, conforme as Resoluções nº 3/2010/CEB/CNE e nº
074/2010/CEE/SC.

17. Renda Domiciliar – somatório de renda de todos os moradores


do domicílio.

18. Renda domiciliar per capita – a soma dos rendimentos mensais


(em termos nominais) dos moradores do domicílio dividida pelo
número de seus moradores. Fonte: IBGE.

19. Setores da Indústria – Primário: As atividades giram em torno


da agricultura, pecuária e extrativismo, importante na fabricação
de matéria prima. Secundário: Setor Industrial da economia que
transforma matéria prima em produto para consumo interno e
externo, além da geração de energia e construção civil. Terciário:
É chamado de setor de Serviços, como Professores e Médicos.

20. Taxa de abandono no ensino médio - Percentual dos alunos do


ensino médio que abandonaram os estudos. Fonte: MEC/INEP.

21. Taxa de crescimento da população - Percentual de incremento


médio anual da população residente em determinado espaço
geográfico. Fonte: IBGE.

22. Taxa de distorção idade-série no ensino - Expressa o


percentual de alunos, em cada série, com idade superior à idade
recomendada. Fonte: MEC/INEP.
57
23. Taxa de homicídios (por 100 mil habitantes) - Número de
homicídios por 100 mil habitantes em determinado espaço
geográfico, no ano considerado. Fonte: SSP-SC/SISP.

24. Taxa de mortalidade infantil - Número de óbitos de menores de


um ano de idade, por mil nascidos vivos, na população residente
em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Fonte:
SES: RIPSA-SC.

25. Taxa de urbanização - percentagem da população da área


urbana em relação à população total. Fonte: IBGE.

26. Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Instituição


pública federal, criada pela Lei nº 12.029, de 15.09.09,
abrangendo mais de 400 municípios da Mesorregião Grande
Fronteira Mercosul – Sudoeste do PR, Oeste de Santa Catarina e
Noroeste do Rio Grande do Sul. A sede no Estado localiza-se no
município de Chapecó, com a oferta de 13 cursos de graduação.

27. VAB (Valor Adicionado Bruto) – Valor que a atividade agrega


aos bens e serviços consumidos no seu processo produtivo. É a
contribuição ao produto interno bruto pelas diversas atividades
econômicas, obtida pela diferença entre o valor de produção e o
consumo intermediário absorvido por essas atividades. Fonte:
IBGE.

28. Vínculos empregatícios, número de trabalhadores – entende-


se por vínculos empregatícios as relações de emprego,
estabelecidas sempre que ocorre trabalho remunerado. São
consideradas como vínculos as relações de trabalho dos celetistas,
dos estatutários, dos trabalhadores regidos por contratos
temporários, por prazo determinado, e dos empregados avulsos,
quando contratados por sindicatos. Fonte: MTE/RAIS.

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