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Os Anônimos

“E aconteceu que, num daqueles dias, estava ensinando, e estavam ali assentados fariseus e
doutores da lei, que tinham vindo de todas as aldeias da Galiléia, e da Judéia, e de Jerusalém.
E a virtude do Senhor estava com ele para curar. E eis que uns homens transportaram numa
cama um homem que estava paralítico, e procuravam fazê-lo entrar e pô-lo diante dele. E,
não achando por onde o pudessem levar, por causa da multidão, subiram ao telhado, e por
entre as telhas o baixaram com a cama, até ao meio, diante de Jesus. E, vendo ele a fé deles,
disse-lhe: Homem, os teus pecados te são perdoados. E os escribas e os fariseus começaram a
arrazoar, dizendo: Quem é este que diz blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão só
Deus? Jesus, porém, conhecendo os seus pensamentos, respondeu, e disse-lhes: Que arrazoais
em vossos corações? Qual é mais fácil? dizer: Os teus pecados te são perdoados; ou dizer:
Levanta-te, e anda? Ora, para que saibais que o Filho do homem tem sobre a terra poder de
perdoar pecados (disse ao paralítico), a ti te digo: Levanta-te, toma a tua cama, e vai para tua
casa. E, levantando-se logo diante deles, e tomando a cama em que estava deitado, foi para
sua casa, glorificando a Deus. E todos ficaram maravilhados, e glorificaram a Deus; e
ficaram cheios de temor, dizendo: Hoje vimos prodígios” (Lc 5:17-26).

Oh, Senhor, como é importante atentarmos aos detalhes das escrituras e estarmos
conscientes da amplitude da Tua obra!

Enquanto certo irmão compartilhava este texto o comigo percebi nele profunda
instrução. Bem, de acordo com as estatísticas e pelo tempo médio de vida do brasileiro, eu teria
pouco mais de 25 anos de vida ainda. Não há muitos projetos a se vislumbrar quando olhamos
para além da metade da vida. Isto me leva a crer que o Senhor está mais próximo de mim hoje
do que estava no princípio. Em todos estes anos dedicados à igreja os sonhos que tive nem
sempre foram os sonhos de Deus, mas, depois muitas frustrações, estou aprendendo a buscar os
Seus sonhos em lugar dos meus. Hoje, mesmo não tendo o fulgor da juventude, nem a energia
que ela abriga, ainda guardo a esperança de ver a família de Deus conforme o Senhor sonhou.
Mas o texto, eu dizia, é profundo do início ao fim. Jesus estava de volta à sua região, à sua
residência e já trazia consigo a fama de sinais e maravilhas. A sua casa cercada de uma multidão
era a prova disso. Pensando neste paralítico e nestes homens que resolveram levá-lo ao Senhor,
quantos ensinamentos se extraem...

1. Provavelmente estes homens eram amigos chegados deste paralítico, sendo


talvez dois ou quatro homens;
2. Este paralítico não tinha a menor condição de ir até onde estava Jesus;
3. É bem provável que fosse um homem calejado e sem qualquer esperança,
mesmo porque é natural relutarmos ter esperanças costumam trazer dor e frustração;
4. É bem provável que a idéia de levá-lo a Jesus tenha partido de apenas um deles
e este deve ter contagiado os demais, o que nos leva a considerar o fato de a fé de um ter sido
contagiante, mesmo que o próprio paralítico não tenha sido contagiado num primeiro
momento;
5. O obstáculo interposto entre a esperança deles e o paralítico não os fez
esmorecer, pelo contrário, estando mais desafiados pela dificuldade provaram a sua fé pelo
amor e pela ação;
6. A expectativa destes homens era, seguramente, que o paralítico fosse curado,
mas se fossem questionados sobre o assunto certamente concluiriam que melhor benefício seria
uma restauração total da vida e da alegria daquele homem.

Agora a nossa vez...


• Não podemos ser desafiados a ajudar alguém se não tivermos um
compromisso de coração com esse alguém. Devemos ter empatia e compaixão, um sentimento
compartilhado e mesmo lágrimas que se misturem.
• Muitas das pessoas que precisam de ajuda não reúnem o mínimo de forças para
irem ao Senhor. Devemos buscá-las, cativá-las e muitas vezes arrastá-las ao Senhor. É um
trabalho árduo, mas gratificante, por causa da alegria que teremos ao vermos uma vida
restaurada e motivada pelo Céu.
• Se estivermos sozinhos e não tivermos recursos suficientes para socorrermos
alguém, o entusiasmo de Deus em nossos corações há de contagiar outros que o Senhor
certamente preparará para repartir conosco a carga e o privilégio de salvar uma vida.
• Devemos ter consciência de que serão muitos obstáculos, mas nunca devemos
desanimar, nem que levemos anos, porque a esperança alcançada está depois do próximo
obstáculo. A cada obstáculo transposto podemos sorrir porque significa que o propósito de Deus
está cada vez mais próximo de nós! Isto é fé!
• Sempre queremos resolver os problemas emergentes antes dos fundamentais
(isso mesmo – invertemos os valores), mas o Senhor sabe disso e não nos desanima, mesmo
quando somos frustrados diante de supostos fracassos. Logo passa a tristeza e começamos a
perceber que o nosso trabalho era bom, mas o Dele é excelente!

O paralítico, homem de pouca fé, conduzido por homens de fé, foi posto aos pés de
Jesus. O Senhor lhe tratou carinhosamente o coração, como se tivesse dito: “- Sei de tua tristeza
e tua amargura. Conheço as tuas frustrações, de quantas vezes quase creu que seria restaurado e
curado de sua paralisia. Sei que o teu coração não é perfeito e que muitas vezes duvidou de sua
própria fé. Quero dizer, meu amado, que conheço tuas fraquezas, mas também sei que você
nunca desistiu de mim. Vi a desilusão se formando em seu coração quando a esperança parecia
ruir ou falhar. Foi duro para você ouvir toda sorte de acusações e ver em si mesmo o castigo de
pecados e o julgamento e indiferença de todos. Saiba que eu nunca te castiguei por qualquer de
teus pecados. Se os homens não sabem perdoar e não te dão o espaço necessário à tua
restauração, olhe bem nos meus olhos, porque eu te digo: perdôo todos os teus pecados. A tua
enfermidade nada tem a ver com qualquer das tuas transgressões e eu estou aqui para que o teu
coração salte de alegria, porque eu te amo.”
É claro que não sei como Jesus teria dito tudo isso com apenas um olhar, mas me alegra
saber que Ele vê tudo de forma diferente. Eu, um paralítico amargurado, pareço inteiramente
inocente aos Seus olhos. O Senhor tratou primeiramente daquele coração. Perdoar pecados era a
prerrogativa do Deus Altíssimo. Jesus é o próprio Deus! Aleluia! Mas para que a obra não ficasse
pela metade ele, para libertação completa do paralítico diz: “- Levanta! Toma teu leito e vai!”
Glória a Deus! Uma obra completa! Pense na alegria dos amigos do paralítico!
Amados, se hoje somos os amigos cheios de fé podemos socorrer muitos paralíticos.
São irmãos paralisados em suas tristezas e que não conhecem a alegria do Senhor... Vamos
socorrê-los. Mas é certo que, de alguma forma e em algum momento de nossas vidas,
experimentamos a paralisia. Por isso sabemos muito bem o valor de valentes homens que
emprestam a sua fé para os nossos momentos de tristeza e desesperança.

Há muito mais riqueza nestes textos, mas por enquanto é só...

Com súplicas, lágrimas e muito amor.

Valmir Vale
Taubaté, 4 de novembro de 2010.

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