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CAPÍTULO II
§ 3º Se o executado comparecer
tempestivamente e depositar o valor,
com a finalidade de isentar-se da
multa, o ato não será havido como
incompatível com o recurso por ele
interposto.
§ 5º Ao cumprimento provisório de
sentença que reconheça obrigação de
fazer, de não fazer ou de dar coisa
aplica-se, no que couber, o disposto
neste Capítulo.
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– “O art. 520 trata da disciplina do ‘cumprimento provisório da sentença’, isto é, a ‘execução provisória’ do art.
475-O do CPC de 1973, cometendo o mesmo equívoco conceitual na nova denominação que dá ao instituto: o
que é provisório não é o cumprimento da sentença, mas, sim, o título executivo que o fundamenta, já que dele
pende de análise recurso sem efeito suspensivo. Os atos executivos, isto é, os relativos ao cumprimento de
sentença, nada têm de provisórios e são, na verdade, adiantamento dos atos destinados à satisfação do exequente,
ainda que antes do trânsito em julgado da decisão que reconhece o seu direito. (…) O § 4º evidencia o correto
entendimento de que a alienação de domínio é preservada no caso de provimento de apelo do executado,
ressalvando-se o direito do executado (quem sofre o cumprimento provisório da sentença) pleitear a indenização
cabível. Questão nova que ele enseja é a de saber se quando o adquirente for o próprio exequente (que, por
exemplo, adjudica ou arremata o bem penhorado), preserva-se a alienação (prevalecimento do § 4º) ou a previsão
do inciso II, que determina, como no CPC de 1973, a restituição das partes ao estado anterior. Isto porque o § 4º,
compreendido isoladamente, torna inútil a previsão do inciso II quanto ao trecho destacado, uma vez que, no
mais, ele prescreve a responsabilização do exequente pelos danos causados ao executado. Outra novidade do art.
520 é a expressa previsão, em seu § 2º, de incidência da multa de 10% no caso de não pagamento no prazo de
quinze dias, que terá início com observância do art. 523 e de seus respectivos parágrafos. O novo CPC trata do
tema em sentido diverso daquele que acabou por prevalecer na jurisprudência do STJ e o faz corretamente,
evidenciando que a incidência da multa não é ontologicamente avessa ao cumprimento provisório. Não é, e a
opção feita pelo novo CPC deixa isso bem claro como se vê na leitura do § 2º e, embora de perspectiva diversa, do
que o § 3º bem evidencia. O § 2º do art. 520 é expresso, outrossim, quanto à incidência dos honorários
advocatícios no cumprimento provisório da sentença, sem prejuízo da multa. (…) Destarte, para evitar, também
aqui, violação ao devido processo legislativo, por atritar aos limites derivados do parágrafo único do art. 65 da
CF, cabe considerar não escrita a menção a honorários advocatícios (inserido pelo Senado logo antes de o Projeto
ser enviado à sanção presidencial) no § 2º do art. 520 do novo CPC. Não que não se possa chegar a esta
conclusão (incidência dos honorários no cumprimento provisório) – que parece ser a mais correta, não há por
que negar -, mas por meio de interpretação, não de alteração de texto legislativo.(…) O § 1º do art. 520 inova em
relação ao CPC de 1973 ao dispor que o executado, querendo, deve se voltar aos atos executivos por
‘impugnação’, previsão que colmata importante lacuna do texto do CPC de 1973 e que se harmoniza com a
concepção, acolhida pelo novo CPC, de que o cumprimento provisório da sentença nada tem, em si mesmo
considerado, de provisório (a provisoriedade está no título) mas, diferentemente, de prática antecipada dos atos
executivos, inclusive – e em plena consonância com o princípio da ampla defesa – a viabilidade de o executado
deles se defender.Também há, contudo, um problema de ordem formal no dispositivo: o texto do Projeto da
Câmara era claro quanto ao dever de o executado ser intimado para, querendo, apresentar impugnação. Na
redação final do texto, a menção à intimação foi suprimida, o que atrita com os limites estabelecidos pelo art. 65,
parágrafo único, da CF, eis que, no Projeto do Senado, nada havia a este respeito. Para contornar aquele vício e
também para harmonizar a regra com o ‘modelo constitucional’, tão enfatizado pelo novo CPC, é o caso de
entender que a mesma intimação dirigida ao executado (para que ele pague o valor reclamado pelo exequente)
deve conter a intimação relativa à possibilidade de ser apresentada a impugnação, observando-se, para ela, o
disposto no art. 525, a começar pelo prazo de sua apresentação. (…) Há uma derradeira questão que merece ser
anotada nesta sede. O novo CPC não repetiu o art. 587 do CPC de 1973 que, nas condições por ele especificadas
(embargos à execução recebidos com efeito suspensivo e rejeitados por sentença recorrida por apelação despida de
efeito suspensivo) autoriza a execução provisória de títulos executivos extrajudiciais. Por isso, voltam a ter
plena valia as lições doutrinárias e jurisprudenciais anteriores ao advento da Lei n. 11.382/2006, que modificou
aquele dispositivo, sobre a inexistência de execuções provisórias de títulos extrajudiciais. A Súmula 317 do STJ
(‘É definitiva a execução de título extrajudicial, ainda que pendente apelação contra sentença que julgue
improcedentes os embargos’) volta, destarte, a ter fundamento de validade com o novo CPC, o que lhe havia sido
tirado desde o advento da referida Lei n. 11.382/2006.”. (Bueno, Cassio Scarpinella – Novo Código de Processo
Civil anotado/Cassio Scarpinella Bueno. São Paulo: Saraiva, 2015. p. 348-350).
Abaixo os Enunciados do Fórum Permanente de Processualistas Civis (FPPC) que se referem a este
artigo:
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– Enunciado n.º 218 do FPPC: A inexistência de efeito suspensivo dos embargos de declaração não
autoriza o cumprimento provisório da sentença nos casos em que a apelação tenha efeito suspensivo.
– Enunciado n.º 262 do FPPC: É admissível negócio processual para dispensar caução no
cumprimento provisório de sentença.
– “A ausência de dispensa de caução nos casos de ‘agravo em Recurso Especial e Extraordinário’ (inciso III),
conhecida pelo inciso II do § 2º do art. 475-O do CPC de 1973, foi preservada. Chama a atenção na versão final
do dispositivo, contudo, que ele restringe a dispensa de caução às hipóteses dos incisos II e III do art. 1.042,
deixando de fora a do inciso I do mesmo dispositivo, isto é, quando o agravo for dirigido ao ato que indeferir
pedido de inadmissão de recursos extraordinário e especial intempestivo formulado com base nos arts. 1.035, §
6º, § 2º, respectivamente. A restrição é formalmente inconstitucional porque ela não guarda relação com o que, a
respeito, dispunham o Projeto do Senado e o Projeto da Câmara, tendo aparecido, apenas, na última etapa do
processo legislativo. Deve, por isso mesmo, ser considerada como não escrita, violadora que é do art. 65,
parágrafo único, da CF. Diante da sistemática do novo CPC e do valor dado aos precedentes dos Tribunais
Superiores, justifica-se a novidade trazida pelo inciso IV do art. 521, que apresenta nova redação (mas aqui sem
nenhuma modificação substancial) quando comparada com a versão do Projeto do Senado aprovado em
dezembro de 2010. Não há espaço para duvidar que as hipóteses dos quatro incisos do art. 52 não são
cumulativas, isto é, cada uma delas tem o condão de, por si só, justificar a dispensa de caução, diferentemente,
portanto, do que se extrai do § 2º do art. 475-O do CPC de 1973. O parágrafo único do art. 521, por sua vez, é
salutar e indica as exceções que, a depender do exame de cada caso concreto, podem ocorrer na temática aqui
regulamentada. A literalidade do dispositivo, contudo, não deve autorizar interpretação que se atrele única e
exclusivamente à percepção do chamado ‘periculum in mora inverso’. As reais chances de êxito do recurso
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interposto pelo executado, que está a sofrer o cumprimento provisório da sentença, têm que ser levadas em conta
para deixar de dispensar a caução. É da essência do instituto e dos riscos processuais que ele envolve, máxime
diante da eficácia pretendida pelo novo CPC aos precedentes. A versão aprovada do art. 521 não se vincula,
diferentemente do CPC de 1973, a nenhum valor preestabelecido, o que não significa que o magistrado,
consoante as circunstâncias, não possa atrelar a dispensa da caução a alguma quantidade e/ou a alguma
periodicidade.”. (Bueno, Cassio Scarpinella – Novo Código de Processo Civil anotado/Cassio Scarpinella Bueno.
São Paulo: Saraiva, 2015. p. 351-352).
Abaixo os Enunciados do Fórum Permanente de Processualistas Civis (FPPC) que se referem a este
artigo:
– Enunciado n.º 262 do FPPC: É admissível negócio processual para dispensar caução no
cumprimento provisório de sentença.
– “Nada há de substancialmente novo em relação ao art. 475-O, § 3º, do CPC de 1973, a não ser a correta
ressalva que abre o parágrafo único quando se tratar de ‘processo eletrônico’, hipótese em que não haverá
necessidade de serem apresentadas cópias instrutórias do requerimento de cumprimento provisório da sentença.
O art. 522 é importante, de qualquer sorte, porque evidencia ser necessária uma ‘petição’ para que o início da
etapa de cumprimento provisório da sentença tenha início, momento em que o exequente assume para si a
responsabilidade objetiva de sua iniciativa (art. 520, I). Além das exigências nele referidas, a petição deve
observar também o disposto no art. 524.”. (Bueno, Cassio Scarpinella – Novo Código de Processo Civil
anotado/Cassio Scarpinella Bueno. São Paulo: Saraiva, 2015. p. 352).
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CAPÍTULO III
– “O art. 523, equivalente ao art. 475-J do CPC de 1973, prescreve que o executado, sempre a pedido do
exequente (art. 513, § 1º), deve ser intimado para pagar o débito em quinze dias sob pena de multa (caput). A
forma pela qual o executado é intimado para pagamento é objeto de disciplina do art. 513, § 2º. Não ocorrendo o
pagamento, além da multa de 10%, o § 1º também determina a expressa incidência de honorários advocatícios,
fixados igualmente em 10%, o que é novidade, ao menos do ponto de vista da literalidade da regra quando
comparado com o CPC de 1973. (…) Cabe acrescentar que os quinze dias para que o executado apresente sua
impugnação têm início após o término do prazo para pagamento voluntário. Trata-se de novidade que está
estampada no caput do art. 525.”. (Bueno, Cassio Scarpinella – Novo Código de Processo Civil anotado/Cassio
Scarpinella Bueno. São Paulo: Saraiva, 2015. p. 353).
Abaixo os Enunciados do Fórum Permanente de Processualistas Civis (FPPC) que se referem a este
artigo:
– Enunciado n.º 12 do FPPC: A aplicação das medidas atípicas sub-rogatórias e coercitivas é cabível
em qualquer obrigação no cumprimento de sentença ou execução de título executivo extrajudicial.
Essas medidas, contudo, serão aplicadas de forma subsidiária às medidas tipificadas, com observação
do contraditório, ainda que diferido, e por meio de decisão à luz do art. 489, § 1º, I e II.
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§ 4º Quando a complementação do
demonstrativo depender de dados
adicionais em poder do executado, o
juiz poderá, a requerimento do
exequente, requisitá-los, fixando
prazo de até 30 (trinta) dias para o
cumprimento da diligência.
– “Como a apresentação de cálculo não é tratada pelo novo CPC como modalidade de liquidação, ao menos, não
como ‘liquidação-fase’, o art. 524 disciplina a necessidade de o exequente demonstrar aritmeticamente a evolução
do seu crédito, anexando ao requerimento que dá início à fase de cumprimento de sentença (art. 523) o
demonstrativo respectivo, que deve observar as exigências feitas pelos incisos I a VI do art. 524. Nesse mesmo
requerimento, o exequente, sempre que possível, indicará, desde logo, os bens que pretende ver penhorados caso o
executado não pague o valor devido (art. 524, VII). A iniciativa é, de todos os ângulos de análise, louvável, até
porque permite ao magistrado controlar com maior objetividade se há ou não excesso de execução e, ao mesmo
tempo, criar condições de identificação do valor devido quando houver necessidade de participação do executado.
Para este fim, os §§ 1º e 2º aprimoram as regras respectivas que estão nos §§ 3º e 4º do art. 475-B do CPC de
1973. O § 3º, similarmente às regras dos §§ 1º e 2º do art. 475-B do CPC de 1973, prevê que, quando a
elaboração do demonstrativo depender de dados em poder de terceiros ou do executado, o juiz poderá requisitá-
los, sob cominação do crime de desobediência. Prevaleceu, no novo CPC, o § 4º, originário do Projeto da Câmara
que trata da necessidade de complementação do demonstrativo por dados que estão em poder do executado. Neste
caso, os dados serão requisitados e se não entregues justificadamente, será considerado correto o cálculo
apresentado pelo exequente a partir dos elementos a ele disponíveis, como se lê do § 5º, desdobrado na revisão
final a que o texto do novo CPC foi submetido antes do envio à sanção presidencial. Estes dois dispositivos, pela
sua especialidade, prevalecem sobre a disciplina dos arts. 396 a 404, o que não inibe, de qualquer sorte, que o
magistrado crie condições concretas de obtenção dos dados para a escorreita elaboração dos cálculos, ainda que
com terceiros, até mesmo por força do dever-poder previsto no inciso IV do art. 139.”. (Bueno, Cassio
Scarpinella – Novo Código de Processo Civil anotado/Cassio Scarpinella Bueno. São Paulo: Saraiva, 2015. p.
354-355).
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– “De acordo com o caput do dispositivo, o executado terá quinze dias após os quinze dias que ele teve para o
pagamento voluntário (art. 523, caput), ‘independentemente de penhora ou nova intimação’. A ‘antecipação’ do
prazo para a prática daquele ato justifica-se porque, no novo CPC, a impugnação independe de prévia garantia
do juízo, diferentemente do que era mais correto entender para o art. 475-J, § 1º, do CPC de 1973, como revela o
próprio caput do art. 525. O § 3º do art. 525 evidencia a aplicação do art. 229 à impugnação, o que significa
dizer que, em se tratando de litisconsórcio com advogados de escritório diferentes, o prazo para sua apresentação
será computado em dobro, bem assim os prazos para os demais atos processuais a ela relativos. No que diz
respeito às matérias arguíveis, tais quais indicadas pelos incisos do § 1º do art. 525, as alterações são, em sua
grande maioria, redacionais. Há, todavia, o acréscimo do inciso VI, pelo qual a arguição de incompetência,
relativa ou absoluta, deve ser feita pelo executado observando, no particular, os arts. 146 e 148, isto é, por mera
petição e não mais por exceção. No inciso VII, foi subtraída a expressão ‘causas impeditivas da obrigação’. (…)
Não há novidades no que concerne à possibilidade de concessão de efeito suspensivo ou, ainda – e a despeito dele
-, o prosseguimento da execução a pedido do exequente mediante a prestação de caução. É certo, contudo, que a
disciplina do novo CPC é bem mais completa e pormenorizada a este respeito (§§ 6º a 10). O § 11 evidencia que,
após ofertada a impugnação, todas as questões relativas à higidez dos atos executivos serão formuladas ‘por
simples petição’. Essa petição deve ser apresentada no prazo de quinze dias contado da comprovada ciência do
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fato ou da intimação do ato. O § 12 ocupa-se com a polêmica hipótese de inexequibilidade do título (art. 525, §
1º, III) quando a lei que o fundamenta for considerada inconstitucional pelo STF ou em aplicação ou
interpretação tidas como incompatíveis com a Constituição por aquele Tribunal. A novidade está em que a
decisão daquele tribunal, em um e em outro caso, pode ter sido tomada tanto em sede de controle concentrado
como difuso. O § 13 aceita modulação temporal dos efeitos da decisão neste caso. A dúvida que fica é saber quem,
o STF ou o juízo da execução, tomará a iniciativa. Acabou prevalecendo no novo CPC o § 14, que nasceu no
Projeto da Câmara, prescrevendo que a decisão do STF, que autoriza a inexigilidade da obrigação retratada no
título, deve ter sido proferida antes do trânsito em julgado da decisão exequenda. Correta a regra: se proferida
depois do trânsito em julgado, a hipótese será de ação rescisória por ‘violar manifestamente norma jurídica’ (art.
966, V), descartando-se, por se tratar de matéria constitucional, a aplicação da Súmula 343. O § 15 do art. 525 é
claro neste sentido, acentuando, ademais, que o prazo para a rescisória ‘será contado do trânsito em julgado da
decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal’. Só não está claro no Parecer n. 956/2014 nem no Parecer n.
1.099/2014, que antecederam a conclusão dos trabalhos legislativos relativos ao novo CPC no Senado e a revisão
a que seu texto foi submetido antes de ser enviado à sanção presidencial, a origem deste § 15.”. (Bueno, Cassio
Scarpinella – Novo Código de Processo Civil anotado/Cassio Scarpinella Bueno. São Paulo: Saraiva, 2015. p.
356-357).
Abaixo os Enunciados do Fórum Permanente de Processualistas Civis (FPPC) que se referem a este
artigo:
– Enunciado n.º 57 do FPPC: A prescrição prevista nos arts. 525, §1º, VII e 535, VI, é exclusivamente
da pretensão executiva.
– Enunciado n.º 176 do FPPC: Compete exclusivamente ao Supremo Tribunal Federal modular os
efeitos da decisão prevista no § 13 do art. 525.
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05/04/2018 Artigo 520 ao 527 – Estudos do Novo CPC
Art. 526 É lícito ao réu, antes de ser – Não possui correspondência com o
intimado para o cumprimento da CPC/1973.
sentença, comparecer em juízo e
oferecer em pagamento o valor que
entender devido, apresentando
memória discriminada do cálculo.
– “Antes da Lei n. 11.232/2005, o art. 605 do CPC de 1973, na redação da Lei n. 8.898/94, aceitava o início da
execução pelo executado, estabelecendo algo razoavelmente próximo a uma consignatória, ao menos do ponto de
vista procedimental. É o que parcela da doutrina chamava de ‘execução inversa’. Tanto o Projeto do Senado
como o da Câmara voltaram a disciplinar aquela possibilidade, como verdadeira alternativa à sistemática do
‘pague em quinze dias sob pena de multa de dez por cento, sem prejuízo dos honorários advocatícios’ que, no
novo CPC, está previsto no § 1º do art. 523, que, desde então, tem sido o modelo executivo típico das obrigações
de pagar em dinheiro no direito brasileiro. A iniciativa acabou consagrada no art. 526 do novo CPC.”. (Bueno,
Cassio Scarpinella – Novo Código de Processo Civil anotado/Cassio Scarpinella Bueno. São Paulo: Saraiva,
2015. p. 358).
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05/04/2018 Artigo 520 ao 527 – Estudos do Novo CPC
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Rachel disse:
4 DE AGOSTO DE 2016 ÀS 11:08
Quando o juiz proferir decisão para pagamento de dívida condominial de acordo com o art523, e
não for cumprida em 15 dias tal dívida .Podera ser pedido a penhora imediata do imóvel de
acordo com o art 523 parágrafo 3?
RESPOSTA
André Alves disse:
4 DE AGOSTO DE 2016 ÀS 21:04
Sim Rachel. Tal caso se encontra como exceção da regra de impenhorabildade do bem de
família. Entretanto, na prática, é possível, em razão do princípio da menor onerosidade ao
executado, pode haver substituição da penhora do imóvel por outro bem, exemplo: dinheiro.
Abraço,
André
RESPOSTA
mariana carvalho disse:
15 DE SETEMBRO DE 2016 ÀS 21:40
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O que fazer quando o juiz condena ao pagamento de parte da heranca e um irmão ao outro que na
época estava hospitalizado. Processo esta em cumprimento de sentenã e o reu foi intimado para
realizar o pagamento da quantia. Tanto na contestação quanto agora em fase de cumprimento de
sentença o réu foi citado.
RESPOSTA
André Alves disse:
15 DE SETEMBRO DE 2016 ÀS 22:44
Se não for caso de rescisória ou anulação em razão de alguma inconstitucionalidade o
executado deve pagar.
RESPOSTA
Claudio Dias disse:
19 DE SETEMBRO DE 2016 ÀS 19:21
Dr., Ainda restou uma dúvida que não consegui sanar mesmo ao longo de muitas pesquisas.
Determina o art. 523:
Art. 523 No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de decisão
sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a requerimento do
exequente, sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias,
acrescido de custas, se houver.
A minha dúvida persiste no seguinte ponto: “Quanto tempo tem o credor para DAR INÍCIO ao
cumprimento de sentença? Ou seja, qual o prazo para o “far-se-á a REQUERIMENTO DO
EXEQUENTE”?
A dúvida que levanto é válida pois, poderá um processo ter sua sentença em Dez/2015, com
trânsito em julgado em Jan/2016 e após 7 ou 8 meses o credor “resolve dar início ao cumprimento
de sentença ao seu bel prazer”.
Se puder por favor me ajude.
RESPOSTA
André Alves disse:
19 DE SETEMBRO DE 2016 ÀS 20:33
O requerimento para cumprimento definitivo de sentença se dá após 15 dias da publicação da
sentença, não tendo sido interposto recurso (caso haja recurso sem efeito suspensivo o
requerimento é para o cumprimento provisório). Sua dúvida é pertinente, porém, o credor
pode sim deixar para requerer o cumprimento posteriormente, ou seja, não precisa requerer a
intimação para pagamento tão logo o trânsito em julgado. Mas, para remediar uma possível
eternização dessa possibilidade do credor poder requerer o cumprimento a qualquer tempo,
existe a prescrição intercorrente, que tem o mesmo prazo da prescrição da eficácia da
pretensão que deve ser observado para ajuizar a ação. Assim, o credor não pode ser desidioso
ou mesmo agir de má-fé neste caso, achando que “cobra” do devedor a hora que bem
entender.
RESPOSTA
Heloisa Carvalho disse:
21 DE OUTUBRO DE 2016 ÀS 17:57
Prezado André boa tarde,
vamos ver se entendi direito. A sentença transitou em julgado e o devedor deposita um valor
inferior ao devido. entro com petição informando que o depósito foi a menor e requeiro sua
intimação para pagar a diferença faltante. O juiz determina o pagamento no prazo de 15 dias, após
os quais, se nada acontecer, inicia-se o prazo do devedor de mais 15 dias para impugnar.
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Daí minha dúvida: preciso esperar esgotar o prazo da impugnação ou paralelo a ele já entro com
nova petição atualizando valores até aquela data (acrescidos dos 10% de multa e 10% de
honorários) e requerendo a penhora de imediato?
abraços!
RESPOSTA
André Alves disse:
23 DE OUTUBRO DE 2016 ÀS 22:05
Não precisa esperar esgotar o prazo da impugnação!
Abraço,
André
RESPOSTA
Josivania disse:
15 DE NOVEMBRO DE 2016 ÀS 10:19
Olá André, preciso muito de sua ajuda, o que devo fazer quando um juiz dos juizados especiais
cíveis faz um execução provisória de ex officio? Quando cabia a mim em nome do meu cliente que
é o credor da multa (astrientes)? O ato prejudicou todo processo, pois, o valor total até aquele
momento estava em R$ 13.000,00, o juiz abre um processo de execução provisória e diminui o
valor para R$ 3.000,00, já passaram-se 08 meses, o que posso fazer para anular os efeitos da
provisória feita ex officio? Detalhe, no processo principal ele deu sentença que manteve os efeitos
da tutela antecipada que permitiu as astrientes chegarem a R$ 13.000,00, não houve despacho no
processo principal revogando essa decisão e a manteve na sentença final, a diminuição ocorreu na
provisória ex officio. Aguardo. Obrigada. A . Josivânia.
RESPOSTA
André Alves disse:
16 DE NOVEMBRO DE 2016 ÀS 21:37
Josivania, pode ser interposto embargos de declaração com efeitos infringentes por
contradição. Se não for reformada a decisão é viável a impetração de mandado de segurança.
Abraço,
André
RESPOSTA
Josivânia disse:
16 DE NOVEMBRO DE 2016 ÀS 23:28
Olá prezado André, ajudou muito, muito obrigada.
Josivania disse:
15 DE NOVEMBRO DE 2016 ÀS 10:47
Olá! Prezado André, para completar, a execução provisória de ex officio é de um processo de dano
moral, obrigação de fazer. Aguardo sua ajuda, obrigada, a . Josivânia.
RESPOSTA
ellen disse:
17 DE NOVEMBRO DE 2016 ÀS 11:44
Boa tarde prezado! Percebe-se que o novo Código não reproduziu o constante no § 3º do art. 475-
M, que determinava que “a decisão que resolver a impugnação é recorrível mediante agravo de
instrumento, salvo quando importar extinção da execução, caso em que caberá apelação”.
RESPOSTA
André Alves disse:
17 DE NOVEMBRO DE 2016 ÀS 15:11
Ellen, entendo que sim. Depende se a decisão que resolver a impugnação extinguirá o processo
(sentença) ou se terá natureza de decisão interlocutória. No primeiro caso, basta a aplicação do
art. 1.009. No último caso continua previsto no art. 1.015, parágrafo único do NCPC.
Abraço,
André
RESPOSTA
jose carlos dos santos disse:
22 DE NOVEMBRO DE 2016 ÀS 14:59
Boa tarde Srs. tenho uma dúvida alguém pode me ajudar ???
Depois do transito em julgado e o juiz determinar a extinção e arquivamento do processo, cabe ao
réu impugnar ??
Obs: Na peça, o Réu depositou a quantia certa em juízo, porém pleiteia impugnação ao valor
depositado alegando excesso de execução.
Impugnar depois do transito em julgado e extinta a sentença.
Obrigado…..
RESPOSTA
André Alves disse:
22 DE NOVEMBRO DE 2016 ÀS 19:05
José, a impugnação ao cumprimento de sentença/execução definitivo só se dá quando ocorre o
trânsito em julgado mesmo. Porém, não ficou muito bem esclarecido o caso para uma melhor
análise.
RESPOSTA
jose carlos dos santos disse:
22 DE NOVEMBRO DE 2016 ÀS 20:29
André desde já agradeço a atenção.
Esse é o texto da decisão proferida ::
Extinta a Execução/Cumprimento da Sentença pela Satisfação da Obrigação
Vistos.Em face do cumprimento da obrigação noticiado nos autos, com fundamento no art.
924, inc. II, do Novo Código de Processo Civil, JULGO EXTINTA a presente execução.Com
o trânsito em julgado, expeça-se MLJ, em favor do exequente, dos valores depositados.
Atento, em razão do item 3 (escrito a caneta), que deve ser respeitada a ordem cronológica
para expedição de guia de levantamento, pois consta expressamente no art. 153 do Código
de Processo Civil, apenas admitindo exceção nas situações previstas no art. 1.048 do CPC,
ou seja, em se tratando de idoso ou pessoa portadora de doença grave. Não é o caso dos
autos, contudo, razão pela qual deve prevalecer a isonomia entre os litigantes deste juízo,
preceito este, inclusive, esculpido na Carta Magna.Com o trânsito em julgado, comunique-
se a extinção e arquivem-se os autos.P.R.I.C…….
Isso……
Enfim…
Dá pra ter uma ideia se cabe mesmo impugnação ???
https://estudosnovocpc.com.br/2015/07/24/artigo-520-ao-527/ 17/19
05/04/2018 Artigo 520 ao 527 – Estudos do Novo CPC
Se não concordar com a decisão primeiro deve haver recurso para cassá-la, sob o
argumento de que a quantia depositada foi tão somente para não incorrer nas penalidades
do não cumprimento voluntário…a impugnação é só quanto ao cumprimento de sentença.
Sabrina disse:
17 DE MARÇO DE 2017 ÀS 16:23
Em relação a eficácia dessas medidas cominatórias sobre o inadimplemento do ente público, o que
você acha?
RESPOSTA
George disse:
1 DE ABRIL DE 2017 ÀS 12:07
Duvida: A intempestividade ( 8 dias ao invés de 5) para a resposta prevista no artigo 526 § 1 do
NCPC gera que efeitos. A resposta apresentada se só versar sobre matéria de direito será
considerada ou dada a intempestividade será tida como preclusa ?
RESPOSTA
JOSE CARLOS FERREIRA DE MIRANDA disse:
26 DE ABRIL DE 2017 ÀS 11:00
UMA DUVIDA? ENTREI COM PEDIDO DE APOSENTADORIA, SOU POLICIAL CIVIL COM 29
ANOS NA CARREIRA E 8 ANOS NA INICIATIVA PRIVADA, COM 53 ANOS DE IDADE;
GANHEI NA 1A. E 2A. INSTÂNCIA, ME FOI NEGADO O CUMPRIMENTO PROVISÓRIO,
VISTO QUE O JUIZ DETERMINOU O PAGAMENTO DO PERIODO TRABALHADO
INDEVIDAMENTE ALEGANDO DANO IRREPARÁVEL , O PROCESSO FOI AGRAVADO,
PARA SUBIR AO STF; POSSO PEDIR QUE O JUIZ ANALISE NOVAMENTE O PEDIDO DE
CUMPRIMENTO PROVISÓRIO SOMENTE NO QUE TANGE AO DIREITO À
APOSENTADORIA, POIS O MONTANTE QUE TENHO DIREITO DE RECEBER VAI PRA
PRECATÓRIO ME CAUSANDO ASSIM DANO IRREPARÁVEL VISTO QUE NÃO IREI
RECEBER IMEDIATAMENTE O VALOR DEVIDO.SERIA A GROSSO MODO SEPARAR OS
MEUS DIREITOS, O DE APOSENTAR E O DE RECEBER O QUE ME É DE DIREITO?
RESPOSTA
Fillipe Romão Magalhães de Oliveira disse:
28 DE JUNHO DE 2017 ÀS 10:23
Bom dia, de acordo com o novo CPC, o cumprimento de sentença é o mesmo que execução ?
logo, posso ingressar com execução contra a fazendo nos mesmos autos da ação principal?
agradeço.
RESPOSTA
Oswaldo Ba aglia disse:
18 DE JULHO DE 2017 ÀS 12:34
Boa tarde. No caso de adiantada fase do cumprimento de sentença, sendo que já ocorreu a
liquidação dos valores e todas os recursos possíveis e deferido o pedido de levantamento de
valores bloqueados,o banco réu não transferiu o valor para conta judicial e o juizo não ordena essa
transferência, mesmo sendo requerido o que fazer?
RESPOSTA
ANDREIA ANTUNES DE ANDRADE disse:
2 DE SETEMBRO DE 2017 ÀS 17:28
https://estudosnovocpc.com.br/2015/07/24/artigo-520-ao-527/ 18/19
05/04/2018 Artigo 520 ao 527 – Estudos do Novo CPC
André, boa tarde. Ajude-me por favor. Por decisão judicial, a Construtora deve me restituir o
valor integral das parcelas pagas do Contrato de Compra e Venda. O cálculo foi feito por perito
Judicial e depositado pela Construtora em juízo. O Juiz liberou o levantamento da quantia
depositada porém mantive inpugnação ao valor calculado pelo perito. Após novo calculo do
perito, o mesmo afirma que o valor anterior estava errado e que agora devo devolver parte do
valor. Isso é possivel? Não se trata de valor incontroverso?
Grato
RESPOSTA
Santos disse:
15 DE DEZEMBRO DE 2017 ÀS 01:10
Em caso de perda de prazo para os embargos, seria o caso de impugnação à execução do 520?
RESPOSTA
Gabriella Corrêa disse:
31 DE JANEIRO DE 2018 ÀS 14:09
Boa tarde gostaria de saber se é possível iniciar na vara de origem uma execução provisória ,
mesmo com o agravo em resp no STJ?
RESPOSTA
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