A escola é o local que deve servir de exemplo para a prática da inclusão,
a reflexão sobre este tema é importante na comunidade escolar, assim é possível compreender, que as pessoas com alguma deficiência apresentam características diferentes.
DESENVOLVIMENTO
Este trabalho possui como principal objetivo apresentar, por meio de
vários estudos, o avanço significativo nas pesquisas em relação à Educação Especial e do indivíduo portador de necessidades educacionais especiais, o que fortificou a dinâmica de ampliação da inclusão e favoreceu a união do ensino especial e do regular, em direção a processos mais inclusivos. A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 3º inciso IV, vem "promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação". A partir do surgimento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei n°9.394/96 e do avanço das discussões acerca do processo de inclusão, a atenção dada às crianças com necessidades educativas especiais teve crescimento e impulsionou a busca de estratégias de ensino aprendizagem diferenciadas e adequadas. De acordo com a LDBN/96, a educação especial expressa, em seu artigo 59, o seguinte: “os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais, currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades.” No contexto educacional ocorrem discussões e controvérsias a respeito da inclusão do indivíduo portador de necessidades educacionais especiais, a Declaração de Salamanca fortaleceu a inclusão dessas pessoas em 1994, ratificando que tal ação pedagógica, além dos aspectos democráticos, precisará ser múltipla, não assegurando somente o ingresso, mas inclusive a continuação do acadêmico nos mais variados níveis de ensino e acima de tudo enfatizando que a instituição escolar deve respeitar sua identidade social, facilitando as possíveis adaptações a fim de atender as demandas de aprendizagem de cada aluno durante o percurso educativo (SALAMANCA, 1994). Segundo Mantoan, (2003, p. 81), ensinar na perspectiva inclusiva significa ressignificar o papel do professor, da escola e de práticas pedagógicas que são visíveis no contexto excludente do nosso ensino, em todos os níveis. Desse modo, a educação inclusiva engloba uma metodologia de reorganização da sociedade, em que não existirá exclusivamente a obrigação de a escola estar preparada para herdar esses alunos. Novas perspectivas em relação às PNEE devem surgir, olhar somente para o lado da limitação ou da incapacidade deve deixar de existir, é preciso ver pelo prisma das competências, possibilidades a fim de possibilitar opções para a atuação de diversas destrezas sociais. A escola não deve deixar de lado sua função social autêntica, mas sim adequar-se para atender a todos os alunos, especialmente os da educação especial, pois eles representam a diversidade humana. As PNEE hoje buscam garantir os direitos já adquiridos, sendo papel do educador inovar sua metodologia de ensino, fortificando comportamentos inclusivos em sala de aula. As PNEE não precisam ser normalizadas, mas sim é preciso procurar adquirir o conhecimento necessário para ação pedagógica correta, que favoreçam a adoção de metodologias educacionais que ofertem possibilidades inovadoras de organização e absorção do conhecimento, buscando assim suprir as demandas reais de todos os alunos.
CONCLUSÃO
A metodologia de inclusão direciona-se para uma ordem inovadora de
ação e pensamento, no entanto, distante de conseguir respostas de imediato para o problema da inclusão dos indivíduos com necessidades especiais de educação, somente vislumbrando uma diversidade que possibilite inúmeras pluralidades e desafios para efetivar essa modalidade de ensino. Sendo assim, as instituições escolares devem organizar locais receptivos com atividades que precisam ser consolidadas e regularizadas no PPP da escola, acatando as peculiaridades de cada um e crendo que todos são aptos ao aprendizado, contanto que se organizem as probabilidades, determinando metodologias na reorganização de atividades escolares. As instituições escolares em seus espaços devem propiciar o convívio, suprimindo etiquetas, rótulos e estigmas classificatórios dos comportamentos. Dessa forma, as reais necessidades de seu público alvo serão trabalhadas e mediações executadas durante o processo de ensino/aprendizagem por meio de provocadoras tarefas, as quais estabelecem o conflito interior e promovem a inclusão social de maneira verdadeira.
REFERÊNCIAS
BRASIL, 1988. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.