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EXCELENTÍÍSSÍMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUÍZ(A) FEDERAL DA Xª VARA FEDERAL DA SUBSEÇAÃ O

JUDÍCÍAÍ RÍA DE CÍDADE – UF

NOME DA PARTE1 e NOME DA PARTE2, ambos jaá


cadastrados eletronicamente, veê m, com o devido respeito,
perante Vossa Exceleê ncia, por meio de seus procuradores,
propor

AÇÃO PREVIDENCIÁRIA DE CONCESSÃO


DE PENSÃO POR MORTE

em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL


(INSS), pelos seguintes fundamentos faá ticos e juríádicos que
passa a expor:

1. DOS FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS

Os Autores requereram, junto aà Autarquia Previdenciaá ria, a concessaã o do benefíácio de


pensaã o por morte, em razaã o do falecimento da segurada falecida, Sra. XXXXXXXXXXXXXX, conforme
certidaã o de oá bito anexa.

O pedido administrativo foi indeferido por alegada falta de qualidade de segurada da


instituidora. Tal decisaã o indevida motiva a presente demanda.
Dados do processo administrativo:

1. Número do benefício (NB): XXX.XXX.XXX-X

2. Data do óbito: 26/08/2015

3. Data do requerimento (DER): 01/09/2015

4. Razão do indeferimento: Alegada falta de qualidade de segurada da instituidora

PENSÃO POR MORTE E REQUISITOS LEGAIS

Da qualidade de dependente

A pensaã o por morte tem previsaã o no art. 74 da Lei 8.213/91, a qual regula que seraá devido o
benefíácio ao conjunto de dependentes do segurado falecido, aposentado ou não.

De mesma banda, o artigo 16 da referida lei define os dependentes do segurado. Veja-se:

Art. 16. Saã o beneficiaá rios do Regime Geral de Prevideê ncia Social, na condiçaã o de
dependentes do segurado:

Í - o coê njuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de


qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou invaá lido ou que tenha deficieê ncia
intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado
judicialmente;

(...)

§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é


presumida e a das demais deve ser comprovada.
(grifado)

No presente processo, os Requerentes NOME DA PARTE1 e NOME DA PARTE2 postulam, na


qualidade de companheiro e filho menor de 21 anos, respectivamente, a concessaã o de pensaã o por
morte, em virtude do oá bito de XXXXXXXXXXXXX, falecida em 26/08/2015.

Dos dependentes “NOME DA PARTE1” e “NOME DA PARTE2”

O Sr. NOME DA PARTE1 e a falecida viveram como se casados fossem por muitos anos, tendo
constituíádo uniaã o estaá vel no ano de 1986.

No que tange ao requisito de dependeê ncia econoê mica, cumpre salientar que o INSS
reconheceu a união estável constituída entre o Autor e a falecida, o que se exprime do processo
administrativo que segue anexo, tornando tal requisito superado.
A despeito de o casal ter mantido o relacionamento amoroso desde o ano de 1986, a
Autarquia concluiu pela existeê ncia da uniaã o estaá vel somente a partir de 29/08/1993. Perceba-se:

(DOCUMENTO PERTÍNENTE)

Entretanto, tal fato naã o prejudica a pretensaã o do Sr. NOME DA PARTE1 ao benefíácio
pretendido, haja vista que, sendo reconhecida a uniaã o estaá vel em 1993, restou cabalmente superado
o requisito de dependeê ncia, aà luz do artigo 77, § 2º, V, alíánea “b” da Lei 8.213/91, no que se refere ao
períáodo míánimo de dois anos de uniaã o estaá vel em momento preteá rito ao oá bito.

Nesse diapasaã o, resta cabalmente comprovada a uniaã o estaá vel e a consequente presumida
dependeê ncia econoê mica do companheiro, como estipula o art. 16, § 4º, da Lei 8.213/91.

Jaá no que se refere ao menor NOME DA PARTE2, fruto da uniaã o entre a de cujus e o Sr. NOME
DA PARTE1, aquele tambeá m faz jus aà concessaã o do benefíácio, uma vez que enquadrado na condiçaã o
de dependente, conforme art. 16, Í, da Lei 8.231/91. Ademais, da inteligeê ncia do art. 77, ÍÍ, do
referido diploma legal, deve o filho receber o benefíácio ateá completar 21 (vinte e um) anos de idade.

Portanto, imperativo que seja concedido o benefíácio de pensaã o por morte aos dois Autores,
NOME DA PARTE1 e NOME DA PARTE2.

Da qualidade de segurada da instituidora

Segundo a Lei de Benefíácios da Prevideê ncia Social, a concessaã o do benefíácio de pensaã o por
morte depende da ocorreê ncia do evento morte e, aleá m da dependeê ncia de quem objetiva a pensaã o, a
demonstraçaã o da qualidade de segurado do de cujus.

Observa-se que a Sra. XXXXXXXXXXXXX era segurada do RGPS, uma vez que sua última
contribuição previdenciária ocorreu em 07/2015, na qualidade de segurada facultativa de
baixa renda (vide GPS presente no processo administrativo). Assim, na data de seu
falecimento (26/08/2015), a de cujus persistia segurada do INSS, contribuindo de maneira
regular no período anterior ao óbito.

No que se refere aà careê ncia, insta salientar que esta eá dispensada para o benefíácio de pensaã o
por morte, uma vez que naã o eá necessaá ria a comprovaçaã o de um períáodo míánimo de contribuiçoã es.
Contudo, faz-se mister observar o que estabelece o art. 77, V, c, item 6, da Lei 8.213/91,
vejamos:

Art. 77. A pensaã o por morte, havendo mais de um pensionista, seraá rateada entre
todos em parte iguais.
[...]
V - para coê njuge ou companheiro:
[...]
c) transcorridos os seguintes períáodos, estabelecidos de acordo com a idade do
beneficiaá rio na data de oá bito do segurado, se o óbito ocorrer depois de vertidas 18
(dezoito) contribuições mensais e pelo menos 2 (dois) anos após o início do
casamento ou da união estável:
[...]
6) vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade. (grifo nosso)

Sendo assim, sabe-se que a de cujus jaá havia vertido mais de 18 recolhimentos (vide extrato
do CNÍS constante no processo administrativo) e o Sr. NOME DA PARTE1 possuíáa 52 anos quando do
oá bito, aleá m da data de iníácio da Uniaã o Estaá vel ter sido fixada pela Autarquia em 29/08/1993. Nesse
sentido, cumpridos os requisitos para o Autor NOME DA PARTE1 gozar da pensaã o vitalíácia.

Contudo, tais requisitos naã o englobam o menor NOME DA PARTE2, que teraá pensaã o
concedida ateá os 21 anos de idade.

Logo, quando do oá bito da segurada instituidora (26/08/2015), a mesma mantinha sua


qualidade de segurada (facultativa), de modo que preenchido o requisito em questaã o.

2. TUTELA DE URGÊNCIA

ENTENDEM OS DEMANDANTES QUE A ANÁLISE DA MEDIDA ANTECIPATÓRIA PODERÁ SER


MELHOR APRECIADA EM SENTENÇA.

O novo Coá digo de Processo Civil estabelece em seu art. 300 que “A tutela de urgência será
concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou
o risco ao resultado útil do processo”. Nesse sentido, o novo diploma legal exige para a concessaã o da
tutela de urgeê ncia dois elementos, quais sejam: o fumus boni iuris e o periculum in mora.

Ora, exceleê ncia, a parte Autora necessita da concessaã o do benefíácio em tela para custear a sua
vida, tendo em vista que eá pessoa de baixa renda e naã o pode patrocinar a proá pria subsisteê ncia e do
filho.
Assim, apoá s a instruçaã o processual, ficaraá claro que o Autor preenche todos os requisitos
necessaá rios para o deferimento da antecipaçaã o de tutela, em sentença, uma vez que se faraá prova
inequíávoca quanto aà verossimilhança das alegaçoã es vestibulares, comprovando, assim, o fumus boni
iuris. O periculum in mora, de outra banda, se configura pelo fato de que se continuar privado do
recebimento do benefíácio, o Autor teraá seu sustento drasticamente prejudicado.

De qualquer modo, o caraá ter alimentar do benefíácio traduz um quadro de urgeê ncia que exige
pronta resposta do Judiciaá rio, tendo em vista que nos benefíácios previdenciaá rios resta intuitivo o
risco de ineficaá cia do provimento jurisdicional final.

Assim, imperioso o deferimento deste pedido antecipatoá rio em sentença.

3. DA AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO OU DE CONCILIAÇÃO

Considerando a necessidade de produçaã o de provas no presente feito, bem como a políática


atual de acordo zero adotada pelos procuradores federais, a Parte Autora vem manifestar, em
cumprimento ao art. 319, inciso VÍÍ do CPC/2015, que naã o haá interesse na realizaçaã o de audieê ncia
de conciliaçaã o ou mediaçaã o, haja vista a iminente ineficaá cia do procedimento e a necessidade de que
ambas as partes dispensem a sua realizaçaã o, conforme previsto no art. 334, §4º, inciso Í, do
CPC/2015.

4. PEDIDOS

4 EM FACE DO EXPOSTO, REQUER a Vossa Exceleê ncia:

1) O recebimento e o deferimento da presente petiçaã o inicial;

2) O deferimento da Assistência Judiciária Gratuita, pois o Autor naã o tem condiçoã es de arcar com
as custas processuais sem o prejuíázo de seu sustento;

3) A citaçaã o do Ínstituto Nacional do Seguro Social – ÍNSS, para, querendo, apresentar defesa;

4) A produçaã o de todos os meios de prova admitidos, principalmente documental e testemunhal;

5) O julgamento da demanda com TOTAL PROCEDÊNCIA, condenando o ÍNSS a:

a) Conceder o benefíácio de pensaã o por morte aà parte Autora, desde a data do requerimento
administrativo, nos termos do art. 74, inciso ÍÍ, da Lei 8.213/91;
b) Pagar as parcelas vencidas e vincendas, monetariamente corrigidas desde o respectivo
vencimento e acrescidas de juros legais e moratoá rios, incidentes ateá a data do efetivo
pagamento;

c) Em caso de recurso, ao pagamento de custas e honoraá rios advocatíácios, eis que cabíáveis
em segundo grau de jurisdiçaã o, com fulcro no art. 55 da Lei 9.099/95 c/c art. 1º da Lei
10.259/01.

Nesses Termos;
Pede Deferimento.

Dá à causa o valor1 de R$ XX.XXX,XX.

Santa Maria, 22 de Abril de 2016.

NOME DO ADVOGADO
OAB/UF XX.XXX

1
Valor da causa = 12 parcelas vincendas (R$ XX.XXX,XX) + parcelas vencidas (R$ X.XXX,XX).

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