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ISMAEL DE CÓRDOVA OAB/SC 37.

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DO


JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE CRICIÚMA (SC).

PROCESSO: 0312293-98.2015.8.24.0020

AMARILDO ANTUNES ARAÚJO, já qualificado nos autos do


processo supra citado da AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR
COBRANÇA INDEVIDA C/C REPARAÇÃO POR DANOS
MORAIS COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA que move
em face de (CLARO FIXO) - Empresa Brasileira de
Telecomunicações (EMBRATEL) também já qualificada por
intermédio do seu mandatário ao final subscrito - instrumento
procuratório acostado aos autos principais, comparece com
lhaneza e acatamento perante sua Excelência, com objetivo de
REDARGUIR OS FATOS ALEGADOS PELO

Com fulcro nos fatos e fundamentos jurídicos que desfilam adiante:

O Autor ajuizou ação de indenização por cobrança indevida


c/c reparação por danos morais com pedido de antecipação da tutela em
desfavor de (CLARO FIXO) - Empresa Brasileira de Telecomunicações
(EMBRATEL) ora , aduzindo, em síntese, que teve seu nome inscrito nos
órgãos de proteção ao crédito, MESMO SEM NADA DEVER.

Inicialmente anota-se que o não trouxe aos autos


qualquer tipo de documento que comprovasse de forma inversa o
alegado pelo Autor.

Frisa-se que a questão é singela e prescinde de maiores


delongas, haja vista que, ao contrário do alegado pelo Réu em sua
contestação, não há como o Autor fazer prova de uma dívida que nunca existiu.

Trata-se de fato negativo e, como tal, não tem como ser


provado (negativa non sunt probanda).

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Como é muito difícil provar a inexistência de algo, a regra é


que a necessidade de prova fique por conta de quem afirma que existir algo e
não de quem nega.

Sendo assim, cabia unicamente ao Réu fazer prova


contrária do alegado na inicial, já que foi este quem negativou o Autor.

O QUE NÃO ESTÁ NO PROCESSO, NÃO ESTÁ NO


MUNDO, conforme inteligência do art. 300 do Código “Buzaid”.

Art. 300. Compete ao alegar, na contestação, toda a


matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito, com que
impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende
produzir.

Transportando-se o acima exposto para o presente caso,


vislumbra-se a ocorrência da inscrição indevida do nome do Autor no órgão de
proteção ao crédito, POR UM DÉBITO INEXISTENTE !!!!!

Em acréscimo, não há nos autos qualquer documento


especificando e detalhando o “SUPOSTO DÉBITO”, tanto o é que o próprio
Réu não juntou documento algum para fazer provas de suas alegações.

Aqui vigora o antigo brocardo jurídico “ALLEGARE SINE


PROBARE ET NON ALLEGARE PARIA SUNT” - alegar e não provar é o
mesmo que não alegar.

O Réu NÃO APRESENTOU QUALQUER PROVA DA


RESPONSABILIDADE DO AUTOR, pelo suposto apontamento de seu nome
nos órgãos de proteção ao crédito.

DAÍ A RESPONSABILIDADE do Réu pela inscrição do


nome do Autor nos órgãos de proteção ao crédito, sem que esta tivesse
contratado ou assumido qualquer dívida com a empresa Ré.

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SENDO ASSIM, PROCEDE, O PEDIDO INICIAL.

Com relação à prova do dano moral, tem-se que a


negativação por si só, indubitavelmente, ultrapassa a barreira do suportável
pelo cidadão comum.

Note-se que o descaso do Réu ocasionou no Autor


desgaste, frustração, ansiedade e transtornos, extrapolando em muito os
meros dissabores e incômodos rotineiros.

Tal constrangimento ultrapassou o liame da normalidade


alterando o estado psíquico do Autor culminando em danos de ordem moral
passível de reparação.

O que deve ser objeto de prova é o fato que ocasionou o


referido dano, DE MODO QUE A RESPONSABILIZAÇÃO DO OFENSOR
DECORRE UNICAMENTE DO FATO VIOLADOR.

Ressalta-se que a simples inscrição nos cadastros de


órgãos de proteção ao crédito, QUANDO FEITA DE FORMA INDEVIDA, por si
só, é causa geradora de danos morais, passíveis de indenização.

Neste sentido, amolda-se ao presente caso, verbis:

“DIREITO CIVIL - INDENIZAÇÃO - DANO MORAL -


DESNECESSIDADE DE PROVA - MANUTENÇÃO INDEVIDA DE NOME NO
CADASTRO DE DEVEDORES DO SERASA. O dano moral ocasionado pela
manutenção indevida de nome no cadastrado do Serasa independe de prova,
porquanto decorre do simples comportamento danoso.” (TJMS, Apelação Cível
nº 2002.006518-8, Rel. Exmo. Sr. Des. Atapoã da Costa Feliz)

Em relação ao quantum remetemos às decisões sólidas do


STJ e TJMS, senão vejamos:

STJ LIMITA INDENIZAÇÃO POR INSCRIÇÃO INDEVIDA


EM CADASTRO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. O valor razoável da
indenização para casos de inscrição indevida em órgãos de proteção ao crédito
é de 50 salários-mínimos.

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http://www.stj.jus.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?
tmp.area=398&tmp.texto=97734

“De efeito, CINQÜENTA SALÁRIOS MÍNIMOS tem sido o


parâmetro adotado pela 3ª e 4ª Turmas para o ressarcimento de dano moral
em situações assemelhadas, como de inscrição indevida em cadastros,
devolução indevida de cheques, protesto incabível etc.” (AI 548.373-AgRg)

Nosso Sodalício, seguindo entendimento adotado pelo STJ


já se posicionou, in verbis:

“O valor da indenização por danos morais deve servir de


desestímulo para o ofensor, razão pela qual é razoável a condenação em 50
salários mínimos, devendo ser mantida a decisão que negou seguimento ao
recurso de apelação, mantendo a condenação fixada na sentença.“ (TJMS,
AgRg-AgRg-AC 2004.011892-1/0001-01, Campo Grande, 3ª Câmara Cível,
Rel. Des. Claudionor Miguel Abss Duarte).

Não deve haver prevalência do patrimônio do agressor


sobre a honra maculada. Condenações módicas em casos como o ocorrido,
jamais terão efeito persuasivo desejado, sendo infinitamente mais atraente
para o ofensor continuar o procedimento, bem mais barato e cômodo, que é
litigar com alguns insatisfeitos, do que mudar rotinas.

Assim sendo, visando o PRINCÍPIO DA CELERIDADE,


busca-se evitar a tautologia.

Subjaz pela terminalidade, tem-se por Impugnada a


Contestação apresentada, requerendo, desde já, sejam ratificadas os
argumentos explanados na peça inaugural pórtica, sendo julgada totalmente
procedente a ação.

Protesta pelos meios de provas admissíveis.

Nestes termos, estando à peça de acordo, para que tudo


se processe em forma legal, aguarda merecer deferimento no pedido inicial.

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Que advenha toda a plenitude requerida!

Justiça é desejo firme e contínuo de dar a cada um o que


lhe é devido.
Criciúma/SC, 07 de janeiro de 2016.

ISMAEL DE CÓRDOVA
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