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Apostila de Cartografia

&
Geodésia
1ª módulo de topografia

Prof: Tércio Costa


1) Apresentação

A Cartografia é considerada uma das mais antigas ciências de que se tem


conhecimento, tendo sua origem na mais remota Antigüidade, acredita-se que a cerca de
6000 anos antes de Cristo, já haviam documentos cartográficos. Mesmo o homem
primitivo já sentia necessidade de registrar o espaço em sua volta a fim de marcar os
lugares mais importantes para a sua sobrevivência. Ao registrar nas paredes das
cavernas os locais onde havia abundância de água e alimentos, situações de perigo,
redutos de tribos hostis, utilizando-se de instrumentos rudimentares, o homem primitivo
já estaria desenvolvendo um trabalho de cartografia na sua forma mais primitiva.
Em 27 de abril de 1500, mal havia sido enrolados os panos das caravelas ancoradas
na Terra de Vera Cruz, João Emenelaus, um físico da esquadra de Cabral, desceu a terra
e por meio do astrolábio tomou a altura do Sol ao meio dia e determinou a latitude de 17
graus para o local de desembarque (Cêurio de Oliveira, 1993).

Imagem 1: Metodologia para identificação da Latitude utilizando-se o astrolábio

Desde então a Cartografia tem evoluído gradativamente em seus métodos e


instrumentos, tendo dado um verdadeiro salto nas últimas décadas. A cartografia dispõe
de valiosas ferramentas para aplicações em diferentes áreas que lidam com recursos
geograficamente distribuídos. Qualquer atividade em que a posição geográfica tiver
alguma importância é tipicamente uma aplicação da cartografia, da geodésia e suas
ferramentas. Áreas como a Engenharia, Geografia, Geologia, Agricultura, Arquitetura,
Navegação, Turismo, Meteorologia, Transportes, Urbanismo, além de muitas outras,
podem se beneficiar bastante das técnicas e ferramentas e produtos extraídos das
ferramentas cartográficas.
A Cartografia tem um papel de relevância fundamental, porquanto o mapa é a forma
de visualização mais natural e de interpretação mais intuitiva para a informação
espacial. Além disso, tradicionalmente já existe uma enorme quantidade de informações
sob a forma de mapas e cartas, tanto no formato digital como em papel.
Como definição, “Cartografia é a Ciência e Arte que se propõe a representar
através de mapas, cartas, plantas e/ou outras formas gráficas (computação gráfica) os
diversos ramos do conhecimento do homem sobre a superfície e o ambiente terrestre.
Ciência quando se utiliza do apoio científico da Astronomia, da Matemática, da Física,
da Geodésia, da Estatística e de outras Ciências para alcançar exatidão satisfatória.
Arte, quando recorre às leis estéticas da simplicidade e da clareza, buscando atingir o
ideal artístico da beleza”.
Ainda, todo documento cartográfico deve representar, por compromisso, com
exatidão. Essa exatidão deve espelhar-se na escala, posição, comprimento, área ou
demais variáveis representadas no mapa; organizadas de maneira a apresentar fácil
leitura e imediata compreensão.
2) Geodésia (conceitos):
2.1) Topografia
Os trabalhos de Topografia consistem em determinar a posição tridimensional
X,Y,Z ou coordenadas Leste, Norte e Altitude de pontos e feições do terreno, atuando
em extensões reduzidas da Terra e costuma não levar em consideração a sua curvatura.
De modo geral, a topografia é utilizada para trabalhos com até cerca de 40 km
partindo-se de um ponto central.
Este ponto é o chamado “instal”, onde são conhecidas suas coordenadas norte, leste
e Cota altimétrica. É ainda necessário outro ponto (o ponto ré) também de coordenadas
conhecidas. A finalidade deste, o ponto ré é fornecer ao aparelho situado no ponto
“instal” o azimute.
A partir daí utiliza-se instrumentos que medem ângulos (horizontais e verticais) e
distâncias, calculando as posições dos objetos terrestres utilizando geometria e
trigonometria.

Imagem 2: Leitura topográfica de pontos.

Com isso, é possível obter a superfície topográfica:


Imagem 3: Diferença entre topografia, geóide e elipsóide.

Azimute - ângulo de orientação de uma direção terrestre a partir do norte no


sentido horário variando de 0° a 360°

Imagem 4: Rosa dos Ventos


Na imagem acima, a seta vermelha representa um ângulo de 120º de azimute.
Rumo - ângulo de orientação de uma direção terrestre em relação ao quadrante
NE, NO, SE, SO, varia de 0° a 90º. O rumo sempre considera o ângulo de abertura
partindo-se da direção Norte ou Sul. O rumo é calculado usando-se as fórmulas a
seguir:
Para o quadrante NE: R=Az
Para o quadrante SE: R=180-Az
Para o quadrante SW: SO: R=Az-180
Para o quadrante NO: R=360-Az
Ainda na mesma imagem, o rumo seria:
R=180-120
R=60º SE
1º) Exercício de Fixação:
Usando o transferidor, calcule o azimute e o rumo das direções abaixo:
N N
A) B)

N N
B) D)

Observação Importante:
Na rosa dos ventos as direções principais são: Norte (N), Sul (S), Leste (E) e
Oeste (W).
São direções secundárias: Nordeste (NE), Sudeste (SE), Sudoeste (SW) e
Noroeste (NW).
Por sua vez as direções terciárias são: Nor-Nordeste (NNE), Este-Nordeste
(ENE), Este-Sudeste (ESE), Sul-Sudeste (SSE), Sul-Sudoeste (SSW), Oeste-
Sudoeste (WSW), Oeste-Noroeste (WNW) e finalmente Nor-Noroeste (NNW).
2.2) Geodésia
A Geodésia é a ciência que trata do estudo da forma e dimensões da Terra, a
Geodésia utiliza instrumentos e métodos de alta precisão. As posições geodésicas são
calculadas utilizando fórmulas precisas e complexas da trigonometria esférica e
ajustamentos estatísticos. A geodésia é utilizada quando trabalha-se com um raio
superior à 40 km de atuação, onde a Terra é considerada como um elipsóide de
revolução para as latitudes e longitudes e como um modelo gravitacional complexo
para as altitudes.

2.2A) Elipsóide de Revolução


O Elipsóide de Revolução é definido como sendo o sólido geométrico gerado por
uma elipse que gira em torno do seu eixo menor (eixo polar). Constitui a forma
definida matematicamente que mais se aproxima do geóide (prolongamento do
nível do mar), portanto é, dentre todas as formas, a que permite a maior precisão
de representação da Terra podendo responder em tratamentos matemáticos.
Os mapas e cartas topográficas, o sistema GPS e a maioria dos sistemas e processos
envolvidos em cartografia e navegação, trabalham sobre o modelo elipsóidico terrestre.
Esta é a forma padrão, considerada pela Geodésia para qualquer trabalho de precisão
rigorosa.

Imagem 5: Forma da Terra.


Existem vários elipsóides propostos para a Terra, alguns deles:
Ordem Autor SemiEixo a SemiEixo b Inv f =a/(a-b) Ano Método
1)BOUGUER,MAUPERTIU 6379300 6349875.2 216.80 1738 Astrogeodésic
2)COM.-PESOS-MED6375739 6356650.0 334.00 1800 Astrogeodésic
3)LAPLACE 6375739 6352804.7 278.00 1800 Astrogeodésic
4)LAPLACE 6375739 6354834.9 305.00 1802 Astronômico
5)DELAMBRE 6376523 6355860.3 308.60 1810 Astrogeodésic
6)WALBECK 6376896 6355836.2 302.80 1819 Astrogeodésic
7)SHIMIDT 6376959 6355523.8 297.50 1829 Astrogeodésic
8)EVEREST 6377276 6356074.9 300.80 1830 Astrogeodésic
9)AIRY 6377563 6356254.7 299.30 1830 Astrogeodésic
10)BESSEL 6377397 6356078.6 299.15 1841 Astrogeodésic
11)EVEREST 6376901 6356399.1 311.04 1847 Astrogeodésic
12)JAMES 6377936 6356513.4 297.72 1856 Astrogeodésic
13)CLARKE 6378345 6356669.1 294.26 1857 Astrogeodésic
14)SHUBERT 6378345 6356876.3 297.10 1859 Gravimétrico
15)PRATT 6378245 6356645.8 295.30 1863 Astrogeodésic
16)CLARKE 6378206 6356583.5 294.98 1866 Astrogeodésic
17)FISCHER 6378338 6356229.4 288.50 1868 Astrogeodésic
18)CLARKE 6378199 6356445.3 293.20 1878 Astrogeodésic
19)CLARKE 6378249 6356514.4 293.46 1880 Astrogeodésic
20)HELMERT 6378249 6356934.9 299.25 1884 Gravimétrico
21)BONSDORF 6378444 6357082.8 298.60 1888 Astrogeodésic
22)DARWIN 6378444 6356924.3 296.40 1889 Astronômico
23)DARWIN 6378444 6356989.4 297.30 1889 Astronômico
24)IVANOV 6378444 6356982.2 297.20 1889 Gravimétrico
25)CALLANDREAU6378444 6356996.6 297.40 Astronômico
26)HARKNESS 6378039 6356793.0 300.20 1891 Astrogeodésic
27)HELMERT 6378039 6356657.7 298.30 1901 Gravimétrico
28)MAYFORD 6378283 6356865.0 297.80 1906 Astrogeodésic
29)HELMERT 6378200 6356818.2 298.30 1907 Astrogeodésic
30)HAYFORD 6378388 6356911.9 297.00 1909 Astrogeodésic
31)HELMERT 6378388 6356890.2 296.70 1915 Gravimétrico
32)BERROTH 6378388 6356969.6 297.80 Gravimétrico
33)BOWIE 6378388 6356940.8 297.40 1917 Gravimétrico
34)MACCAW6378300 6356766.2 296.20 1924
35)HEISKANEN 6378300 6356853.1 297.40 1924 Gravimétrico
36)HEISKANEN 6378397 6356920.9 297.00 1926 Astrogeodésic
37)DE SITTER 6378397 6356918.0 296.96 1927 Astronômico
38)HEISKANEN 6378397 6356920.9 297.00 1928 Gravimétrico
39)HEISKANEN 6378397 6357007.3 298.20 1929 Gravimétrico
40)KRASSOWSKI 6378245 6356884.5 298.60 1936 Astrogeodésic
41)ISOTOV 6378279 6356982.6 299.50 1938 Astrogeodésic
42)DE SITTER 6378279 6356785.2 296.75 1938 Astronômico
43)HEISKANEN 6378279 6356889.7 298.20 1938 Gravimétrico
44)SHURAVLEV 6378279 6356908.4 298.46 1940 Gravimétrico
45)KRASSOWSKI 6378245 6356863.0 298.30 1940 Astrogeodésic
46)NISKANEN 6378245 6356827.1 297.80 1945 Gravimétrico
47)SCHUTTE 6378245 6356806.2 297.51 1950 Gravimétrico
48)LEDERSTEGER 6378300 6356824.2 297.00 1951 Gravimétrico
49)JEFFREIS 6378300 6356845.2 297.29 1952 Astronômico
50)SPENCER JONES6378300 6356845.9 297.30 1953 Astronômico
51)LIEBERMAN 6378160 6356684.7 297.00 1955 Combinado
52)A.M.S 6378240 6356764.4 297.00 1956 Astrogeodésic
53)A.M.S 6378285 6356809.3 297.00 1956 Astrogeodésic
54)HOUGH 6378270 6356794.3 297.00 1957 Astrogeodésic
55)UOTILA 6378270 6356801.6 297.10 1957 Gravimétrico
56)O'KEEFFE 6378270 6356887.9 298.30 1958 Satélites
57)BUCHAR 6378270 6356844.8 297.70 1958 Satélites
58)LECAR 6378270 6356889.4 298.32 1958 Satélites
59)MERSON,HELE 6378270 6356873.6 298.10 1958 Satélites
60)RUSHWORTH 6378201 6356772.5 297.65 1958 Astrogeodésic
61)MERSON,HELE 6378201 6356812.0 298.20 1959 Satélites
62)BLITZER 6378201 6356768.9 297.60 1959 Satélites
63)JACCHIA 6378201 6356818.4 298.29 1959 Satélites
64)FISCHER 6378160 6356778.3 298.30 1960 Combinado
65)COOK 6378160 6356774.0 298.24 1960 Satélites
66)KOZAI 6378160 6356778.3 298.30 1960 Satélites
67)ZHONGOLOVIT 6378160 6356771.1 298.20 1960 Satélites
68)KING-HEL 6378160 6356771.1 298.20 1961 Satélites
69)KAULA 6378163 6356777.0 298.24 1961 Combinado
70)BUCHAR 6378163 6356766.9 298.10 1962 Satélites
71)RAP 6378194 6356926.3 299.90 1963 Astrogeodésic
72)SGR-67 6378160 6356774.7 298.25 1967 Combinado
73)SGR-80 6378137 6356752.3 298.25722 1980 Combinado

Para efeitos, adotar-se-á em cálculos neste curso, o raio da Terra de 6367 km que é
a média entre os dois semi-eixos.

Eratóstenes (Séc. II A.C.) determinou pela primeira vez o raio da Terra através de
operações geométricas e devido a algumas coincidências achou resultado muito
próximo do verdadeiro. Naquela época a experiência adotada foi a seguinte:
No dia 21 de junho, solstício de verão no hemisfério norte, foi fixado um bastão em
prumo vertical em Roma e medidas as sombras projetadas. No ano seguinte, os mesmos
procedimentos foram feitos em Alexandria. Era então conhecida a distância entre as
duas cidades.
Uma vez conhecida as distâncias, a variação de latitude e longitude foi indicada
por operações trigonométricas já conhecidas à época e utilizando-se o comprimento da
sombra do bastão, foi possível o resultado.

2.2B) Geóide
Forma verdadeira da Terra subtraída das montanhas e depressões, considerando
que estes elementos são muito pequenos (máximo 9 km no Everest ou 11 km a
profundidade das fossas Marianas no Pacífico) em relação ao diâmetro da Terra (12.734
km). A superfície do geóide não tem definição geométrica ou nem matemática, ela é
definida pelo potencial da gravidade, sendo aproximadamente esférica com suaves
ondulações e achatada nos pólos. Seu diâmetro equatorial é cerca de 43 km maior que o
diâmetro polar. O Geóide pode ser definido como sendo a superfície do nível médio das
águas tranqüilas dos mares prolongada sob os continentes e é utilizada como o modelo
de referência padrão para as medidas de altitudes.
2.2C) Coordenadas Geodésicas ou Geográficas
O sistema de coordenadas geodésicas constitui um sistema eficiente para
localização inequívoca da posição dos objetos, fenômenos e acidentes geográficos na
superfície terrestre.
Neste sistema o modelo elipsóidico da Terra é dividido em círculos imaginários
paralelos ao Equador (0 grau) chamados PARALELOS e em elipses imaginárias, que
passam pelos pólos terrestres (perpendiculares aos paralelos) chamados
MERIDIANOS. O meridiano 0 é chamado de Greenwich, e corta entre outros países a
Inglaterra. É importante, ainda, lembrar que os paralelos são circulares, enquanto
os meridianos são elípticos.

Imagem 6: Ilustração de Paralelos e Meridianos.

São paralelos notáveis: Círculo polar Ártico, Círculo Polar Antártico, Tropico de
Câncer, Trópico de Capricórnio e Equador.
O Trópico de Capricórnio é o paralelo situado ao sul do equador terrestre, delimita a
zona tropical sul que corresponde um limite do solstício que é a declinação mais
meridional da elíptica do Sol sobre o equador celeste. É uma linha geográfica
imaginária que fica localizada abaixo do Equador e indica a latitude 23,439444° Sul
(23° 26′ 22″ de latitude sul). Cartograficamente é representado por uma linha pontilhada
que divide a área tropical do subtropical.
Imagem 7: Trópico de Capricórnio em SP.
Os trópicos notáveis têm sua posição derivada de outros movimentos terrestres que
definem a posição de declinação do sol nas datas de solstício e equinócios.
Nos solstícios de verão, 21 de junho no hemisfério norte e 21 de dezembro no
hemisfério sul o Sol fica a pino sobre o Trópico do hemisfério que está em Verão.
Nos equinócios 22 de março e 22 setembro o sol passa a pino sobre o equador
seguindo no movimento de declinação para o sul ou para o norte conforme as datas do
ano.
Os círculos polares são a delimitação das latitudes onde o sol nunca se põe no
solstício de verão; e onde nunca haverá sol no solstício de inverno.
Cada ponto na Terra terá um único conjunto de coordenadas geodésicas definidas
por:
Latitude Geográfica ou Geodésica (j): ângulo entre a normal ao elipsóide no ponto
e sua projeção equatorial. Vai de 0° a +90°para o hemisfério Norte e de 0° a -90°
para o hemisfério Sul.
Longitude Geográfica ou Geodésica (j): ângulo entre os planos do meridiano de
Greenwich e do meridiano do local. Varia de 0° (meridiano de Greenwich) a +180°
(linha internacional de Data) à Leste e de 0° (meridiano de Greenwich) a -180°
(Linha internacional de Data) Oeste.
Altitude Ortométrica (H): distância vertical que se estende desde o nível médio do
mar (datum vertical) até o ponto considerado. No Brasil, adota-se como datum
vertical os dados obtidos a partir do mareógrafo de Imbituba.

Observação Importante:
Cada grau é composto de 60 minutos e cada minuto, por sua vez é composto
por 60 segundos.
1º = 60’ (minutos)
1’= 60’’ (segundos)

2º) Exercício de Fixação:


Considerando o mapa a seguir, determine com precisão de graus e minutos a Latitude e
Longitude das Capitais a seguir: Natal, João Pessoa, Recife e Maceió.

10º

37º
38º 35º
36º

Imagem 8: Parte da Região Nordeste do Brasil


2.2D) Datum horizontal
Desde os estudos gravitacionais de Newton concluiu-se que o modelo matemático
mais adequado para a representação da Terra é o elipsóide de revolução. Porém, vários
países e continentes adotaram elipsóides de parâmetros ligeiramente diferentes.
Essas elipsóides diferentes foram adotadas devido à micro variações gravitacionais
de um país para outro. Essas micro-variações da gravidade são ocasionadas devido à
heterogeneidade das rochas que compõem o planeta. Onde as rochas são mais densas,
conseqüentemente há mais gravidade gerando uma pequena deformação geoidal.
Com objetivo de que os elipsóides se ajustassem localmente melhor às suas regiões
específicas e produzissem resultados locais mais precisos criou-se então diferentes
datums. O modelo da Terra usado pelos Estados Unidos é um elipsóide diferente do
elipsóide usado pelo Brasil que é, por sua vez diferente do usado pela Rússia. Assim,
existem vários modelos elipsóidicos terrestres locais e a adoção de um modelo terrestre
global, que seria ideal, geralmente esbarra nas fronteiras políticas.

Imagem 9: Elipsóides diferentes e com amarração em diferentes locais produzem datums diferentes.
Datum geocêntrico obtido através de satélites.

Um datum horizontal local (topocêntrico) é definido pela adoção de um


ELIPSÓIDE DE REFERÊNCIA que representará a figura matemática da Terra.
Esse elipsóide deverá amarrar-se em um PONTO GEODÉSICO ORÍGEM e um
AZIMUTE inicial para fixar o sistema de coordenadas na Terra que esse datum
gerará e servir como marco inicial das medições de latitudes e longitudes. O critério
básico para escolha do Ponto Geodésico Origem de um datum local é a ocorrência de
máxima coincidência entre a superfície do geóide e a superfície do elipsóide de
referência adotado, ou seja desvio da vertical e ondulação geoidal nulas.
No Brasil trabalha-se basicamente com apenas quatro Datums, a saber:
1) Sistema de Referência Geodésico para as Américas (SIRGAS) que é o datum
global geocêntrico oficial adotado por lei a partir da R.PR-IBGE-1/2005 de 25/02/2005;
2) South American Datum (SAD-69), que é o datum local topocêntrico oficial
anterior ao SIRGAS e que deverá ser por este completamente substituído até 2015;
3) Córrego Alegre, que é o datum local topocêntrico anterior ao SAD-69, ao qual
existem ainda vários trabalhos referenciados; e
4) World Geodetic System (WGS-84), que é o datum global geocêntrico utilizado
pelo Sistema GPS, cuja tendência é ser adotado como padrão mundial.
Conhecendo-se os parâmetros de transformação, é possível converter posições de
um datum horizontal para outro e vice-versa, através de equações relativamente simples.
Δφ0” = [Δz.cosφ1 - senφ1.(cosλ1. ΔX + senλ1. ΔY) + (a1.Δf + f1.Δa). sen(2φ1) ] / (M1.sen 1”)
Δλ0” = (Δy.cosλ1 - Δx.senλ1) / (N1.cosφ1.sen 1”)
φ2 = φ1 + Δφ0 ;
λ2 = λ1 + Δλ0 ;
onde :
a1 = semi-eixo maior do elipsóide do sistema S1
f1 = achatamento do elipsóide do sistema S1
φ1 = latitude geodésica do sistema S1
λ1 = longitude geodésica do sistema S1
a2 = semi-eixo maior do elipsóide do sistema S2
f2 = achatamento do elipsóide do sistema S2
φ2 = latitude geográfica do sistema S2
λ2 = longitude geográfica do sistema S2
Δa = a2 - a1 ⇒ diferença dos semi-eixos maiores dos elipsóides entre os sistemas S2 e S1
Δf = f1- f2 ⇒ diferença de achatamento dos elipsóides entre os sistemas S2 e S1
N1 = a / (1- e12 . sen2 ϕ1 )1/2 = grande normal ou raio de curvatura da 1a. vertical no sistema
S1
M1 = N1/ (1- e’12 . cos2 ϕ1) = raio de curvatura da seção meridiana no sistema S1
e12 = f1.(2 - f1) = 1a. excentricidade do elipsóide do sistema S1
e’12 = e12/ (1- e12) = 2a. excentricidade do elipsóide do sistema S1

2.2E) Datum Vertical


As altitudes são referidas ao nível médio das águas tranqüilas dos mares, ou seja, à
superfície do geóide. Porém, assim como no datum horizontal, cada país mede e adota o
seu próprio nível do mar. O nível do mar sofre influência de vários fatores tais como
ventos, atração do Sol e da Lua, densidade das massas continentais e dos fundos do
oceano, correntes marítimas, etc. Para obter um valor preciso é necessário tomar
medidas da variação das marés durante um período de aproximadamente 19 anos,
quando os fatores mais expressivos passam a se repetir.
Assim, DATUM VERTICAL é um sistema padrão ao qual devem ser referenciadas
as altitudes de um país ou região. Na prática é a média das observações de um
Marégrafo ou Mareógrafo que tem o registro das variações de marés por um longo
período (pelo menos 19 anos). É fundamental que os dados altimétricos de um mesmo
projeto estejam referenciados ao mesmo Datum para evitar incompatibilidades. Cabe
ressaltar que, salvo numa aproximação grosseira, não tem sentido falar em altitude sem
especificar o datum vertical de referência.

Imagem 10: Esquema Gráfico de um Mareógrafo

No Brasil, usualmente utiliza-se os dados do mareógrafo de Imbituba - SC, porém


com a mudança de bases para deslocamento do nível para outras regiões acumula-se
erro.
Imagem 11: Ilustração do erro tolerável de nivelamento das estações de Datum Vertical.

2.2F) Norte Verdadeiro e Norte Magnético


Em um lugar qualquer do nosso Planeta, o Norte Geográfico é definido pela direção
do meridiano geográfico e o Norte Magnético é definido pela direção da agulha da
bússola.
O Pólo Norte Magnético descreve um lento movimento, aproximadamente circular
e de período secular, em torno do Pólo Norte Geográfico considerado fixo.
Caso esteja-se utilizando uma carta que contenha o dado, geralmente ele é
acompanhado do ano, uma vez que há uma variação constante e esse valor deve ser
corrigido anualmente. Ainda acompanha esse dado o valor da variação anual. No Brasil,
na maioria dos casos, atualmente a declinação é crescente.
Existe, portanto, um desvio angular entre o Norte da bússola e o Norte Geográfico.
A magnitude deste ângulo depende da localização do observador na Terra. Todas as
medidas de azimutes ou rumos feitas com a bússola são magnéticas, já os azimutes
obtidos nas cartas, mapas ou através de cálculos geodésicos são azimutes de quadrícula
ou azimutes geográficos. O Norte de Quadricula é a direção da vertical do mapa que faz
também um discreto ângulo com o meridiano geográfico. Assim, quando se trabalha
com mapas e bússolas (caso da navegação) é necessário fazer a conversão entre esses
tipos de azimutes (magnético, geográfico e de quadricula).
O ângulo de desvio entre o Norte Magnético e o Norte Geográfico é chamado
Declinação Magnética e pode ser obtido através de cartas magnéticas ou através de
modelos digitais do campo magnético terrestre.
O ângulo entre o Norte geográfico e o Norte de quadrícula é chamado
Convergência Meridiana.
É importante esclarecer que o Norte Magnético sofre perturbações de varias
naturezas, sua direção é imprecisa e as melhores bússolas fornecem medidas com erro
de, pelo menos um grau, portanto as bússolas só se prestam para orientações
aproximadas. Orientações precisas devem ser tomadas em relação ao Norte Geográfico
usando métodos adequados.
Imagem 12: Os três Nortes, Magnético, Verdadeiro e Quadrícula. Extraído da Carta SH-22-X-A-III-4
IBGE
3º) Exercício de Fixação:
Atualizar o Norte Magnético das Seguintes Cartas:
 Abreulândia - TO (SC-22-X-D-IV), declinação magnética: 16º 22’ e cresce 8’
por ano.
 Amaniú – BA (SC-24-Y-A-I), declinação magnética: 19º 55’ e cresce 6’ por ano.
 Bom Jardim da Serra – SC (SH-22-X-A-III-4) declinação magnética: 12º 31’ e
cresce 9’ por ano.

2.3) Sistema Geodésico Brasileiro (SGB)


O Decreto Lei 242 de 28/02/1967 estabelece um sistema plano-altimétrico único de
pontos geodésicos materializados no terreno que constitui o referencial inequívoco para
amarração de trabalhos cartográficos, adensamento de redes de pontos de coordenadas
(latitude e longitude e altitude) e georeferênciamento de dados em todo o território
brasileiro. Este referencial chamado de Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) constitui a
infra-estrutura a partir da qual todos os novos posicionamentos serão efetuados e serve
para dar suporte a trabalhos de natureza cartográfica, geodésica ou de navegação. O
SGB é constituído por duas redes geodésicas fisicamente independentes (Planimétrica e
Altimétrica). O órgão responsável pela manutenção do SGB é o IBGE.

2.3A) A Rede Geodésica Planimétrica (horizontal)


Essa rede é constituída por pontos com latitude e longitude de alta precisão e que
formam o referencial planimétrico. Até 25/02/2005 o Datum Horizontal era o South
American Datum de 1969 (SAD69). Este datum utiliza o Elipsóide Internacional de
1967, definido pela Associação Geodésica Internacional ocorrida em Lucerne, no ano de
1967, cujos parâmetros são: a = 6.378.160,00m e f = 1/298,25. O datum SAD69 foi
escolhido para permitir a melhor aproximação entre o geóide e o elipsóide para a
América do Sul é um datum topocêntrico que tem como Ponto Geodésico de Origem o
vértice geodésico CHUÁ da cadeia de triangulação do paralelo 20° Sul, cujas
coordenadas são: Lat = 19°45’41,6527”S, Lon = 48°06’04,0639”W e Ondulação
Geoidal N=0,0 m. A partir de 25/02/2005, através da R.PR-IBGE-1/2005, passou a
vigorar o SIRGAS como datum de referência.
Os pontos da rede planimétrica são monumentados no terreno em locais elevados e
de boa visibilidade, possui a inscrição “Protegido por Lei”, a identificação do ponto e
nome do órgão que implantou. Grande parte dos pontos foi implantada pelo método
geodésico de Triangulação, por isso recebem também o nome de Vértices de
Triangulação. Os pontos têm Latitude e Longitude de alta precisão e possuem também
altitude, porém determinada por nivelamento trigonométrico (de menor precisão). Essa
rede é conhecida como Rede Clássica, recentemente estão sendo incorporadas ao SGB
as redes determinadas por satélites do sistema GPS como A Rede Brasileira de
Monitoramento Contínuo (RBMC) e a Rede Nacional GPS e a Rede incra de Bases
Comunitárias (RIBAC).

2.3B) A Rede Geodésica Altimétrica (vertical)


Essa rede é constituída de pontos com altitudes ortométricas (relativas ao geóide)
de alta precisão, determinadas pelo método de nivelamento geométrico (não possuem
latitude e longitude) e que formam o referencial altimétrico para trabalhos de natureza
cartográfica e geodésica, tendo como Datum Vertical o nível médio do mar definido
pelo Marégrafo da Baia de Imbituba em Santa Catarina.
Os pontos estão localizados ao longo das estradas principais, estações ferroviárias,
igrejas antigas, sedes de prefeituras, etc. Locais de fácil acesso e difícil destruição. São
os conhecidos RN’s.

Imagem 13: Representação dos Marcos do SGB reconhecidos pelo IBGE.

3) Cartografia:
3.1) Sistemas de Projeção
Os mapas (impressos ou digitais) são essencialmente representações planas da
Terra; os mapas são amplamente utilizados por adequarem-se melhor às escalas
necessárias e em vista as dificuldades de construir, manipular e arquivar globos
terrestres.
As projeções cartográficas são assim uma necessidade imperiosa no mapeamento
da Terra devido à impossibilidade de transformar uma superfície esferoidal (caso da
Terra) em um plano (caso do mapa) sem provocar rupturas, estiramentos, dobras e
outras deformações imprevisíveis e indesejáveis.
Uma projeção cartográfica consiste em uma transformação matemática executada
sobre os pontos constituintes dos elementos da superfície curva da Terra, de forma a
representá-los sobre uma superfície plana de um mapa provocando um mínimo de
deformações e tendo essas deformações sob completo controle.
Conforme já visto, o modelo matemático teórico da Terra é um elipsóide de
revolução, pois aceita tratamento matemático, os elementos a serem mapeados são
representados pelas coordenadas geodésicas esféricas (latitude e longitude) na superfície
desse modelo.
As superfícies para projeção do modelo elipsóidico podem ser planos (mapas),
cilindros ou cones, que podem, por sua vez, ser secantes ou tangentes à superfície
elipsóidica, dependendo das propriedades que se deseja conservar ou realçar na
transformação dos elementos da terra para o sistema cartográfico.
A forma projetada (plana) de representação reúne uma série de vantagens práticas
sobre a forma elipsóidica original. Entretanto, qualquer projeção de uma superfície
curva sobre um plano provoca sempre algumas alterações nos comprimentos, nas
formas ou nas áreas dos elementos originais. Um sistema que conserve algum destes
atributos (por exemplo, distâncias), forçosamente deformará os demais (áreas e formas)
e vice-versa. Deste modo, não existe um sistema de projeção ideal que não introduza
qualquer tipo de deformações. Qualquer que seja o sistema escolhido constituirá apenas
a melhor forma de representação da superfície terrestre para um determinado objetivo.
É bom lembrar, que as deformações são produzidas por transformações
matemáticas e, portanto são previsíveis, controláveis, calculáveis e corrigíveis em
qualquer situação. Com as facilidades computacionais atuais é muito simples recuperar
os valores corretos dos elementos cartográficos deformados pela projeção.

3.1A) Quanto às propriedades que conserva as cartas podem ser:


Eqüidistantes – são aquelas que não apresentam deformações lineares.
Equivalentes – são aquelas que não apresentam deformações de áreas.
Conformes – são aquelas que não apresentam deformações angulares – muito
utilizadas em navegação.
Afiláticas – são aquelas que apresentam todas as deformações anteriores, mas
apresentam alguma outra propriedade de interesse.

3.1B) Quanto a natureza da superfície de projeção:


Planas ou Azimutais – quando a superfície de projeção é um plano.
Cilíndricas – quando a superfície de projeção é um cilindro desenvolvível em um
plano.
Cônicas – quando a superfície de projeção é um cone desenvolvível em um plano.

3.1C) Quanto ao tipo de contato entre o elipsóide e a superfície de projeção:


Tangentes – quando o cone, cilindro ou plano de projeção apenas toca a superfície
elipsoidal.
Secantes – quando o cone, cilindro ou plano de projeção corta a superfície
elipsoidal em duas linhas.
Polisuperficiais – quando o cone, cilindro ou plano toca a superfície elipsoidal em
várias linhas ou pontos.

3.1D) Quanto à posição da superfície de projeção em relação ao elipsóide terrestre:


Normal – quando o eixo do cone ou cilindro é paralelo ao eixo de rotação da Terra.
Transversa – quando o eixo do cone ou cilindro é perpendicular ao eixo de rotação
da Terra.
Oblíqua – quando o eixo do cone ou cilindro é inclinado em relação ao eixo de
rotação da Terra.

Imagem 14: Alguns sistemas de projeção.


Imagem 15: Algumas naturezas de projeção.

3.2) Sistemas Planos de Projeção


3.2A) Universal Transversa de Mercator (UTM)
É a projeção cartográfica adotada no Mapeamento Sistemático Brasileiro desde
1955. É uma projeção bastante conhecida, difundida e utilizada em diversas aplicações.
A projeção UTM é um caso particular da Projeção Transversa de Mercator (TM) onde
várias características foram padronizadas por recomendação da União de Geodésia e
Geofísica Internacional (UGGI) para uso no mundo inteiro em mapeamento.
A Projeção UTM caracteriza-se, entre outros fatores por apresentar superfície de
projeção em um cilindro com eixo perpendicular ao eixo polar terrestre. É uma
projeção conforme, isto é, mantém os ângulos e a forma das pequenas áreas, daí
sua utilidade em trabalhos locais e regionais.
O cilindro de projeção é secante, isso é corta o elipsóide de revolução, segundo
dois meridianos, ao longo dos quais não ocorrem deformações de escala da
projeção (K=1). Assim, os mapas na projeção UTM não possuem uma escala
constante. Quando há uma escala de representação em uma carta que está em
UTM, essa escala representa a realidade onde nos meridianos secantes ao plano. As
regiões entre os meridianos de secância sofrem reduções de escala (K<1), enquanto as
regiões fora dos meridianos de secância apresentam escalas ampliadas (K>1). Desta
forma permite-se que as distorções de escala sejam distribuídas ao longo do fuso de 6°
de amplitude.
Imagem 16: Deformação do sistema UTM, meridianos apontam para o MC. Na figura B a secância por 2
pontos no fuso.

O elipsóide terrestre é dividido em 60 fusos parciais cada um com 6° de


amplitude e numerados de 1 a 60.
A contagem começa no antimeridiano de Greenwich (linha internacional de data) e
cresce para Leste. O número do fuso pode ser facilmente encontrado pela relação:
F= [(180 - Long.) / 6] +1 , onde F é o número do fuso.
O coeficiente de redução máxima de escala ocorre ao longo do meridiano central
do fuso (MC) e tem o valor constante K0 = 0.9996 (1 m para cada 2500 m). Os
meridianos centrais são múltiplos de 6° acrescidos de 3° e todos podem ser facilmente
encontrados pela relação:
Dado o Fuso o MC = 183-(6 x Fuso)
Outra propriedade importante do sistema UTM é o Equador ser representado por
uma linha reta horizontal, que assume o valor 10000 (km) para o hemisfério sul e
000000 (km) para o hemisfério norte.
O Meridiano Central representado por uma linha reta vertical, os paralelos
são curvas de concavidade voltada para os pólos e os meridianos são curvas de
concavidade voltadas para o MC. O valor adotado para o meridiano central é 500
(km). Essas constantes são chamadas de falso norte e falso leste.
O coeficiente de deformação de escala Kapa (K) em um ponto qualquer do fuso
UTM varia com o afastamento do meridiano central e é dado de forma aproximada por:
K=K0(1+(E-500.000)2/2R2)
Onde, E é a coordenada Leste UTM do ponto e R o raio médio da curvatura da Terra no
ponto considerado.
A Convergência dos Meridianos (δ) é dada aproximadamente por:
δ = (λ-λMC) Sen.ϕ.
A convergência meridiana é usada para transformar azimute plano em azimute
verdadeiro ou geográfico.
Assim como o sistema é dividido em fusos no sentido leste-oeste, é também
dividido em faixas de 8°de latitudes designadas pelas letras do alfabeto (exceto I e
O). São 20 faixas
A contagem começa em 80° Sul com a letra C e cresce para Norte até a letra X.
Assim coordenadas na faixa de 16° Sul a 24° Sul dentro da zona de MC=45° são
precedidas por 23K, a nossa região. Observar a tabela abaixo:
Latitude inicial Latitude Final Fuso
Região boreal sem UTM
72 Norte 80 Norte X
64 Norte 72 Norte W
56 Norte 64 Norte V
48 Norte 56 Norte U
40 Norte 48 Norte T
32 Norte 40 Norte S
24 Norte 32 Norte R
16 Norte 24 Norte Q
8 Norte 16 Norte P
Equador 8 Norte N
8 Sul Equador M
16 Sul 8 Sul L
24 Sul 16 Sul K
32 Sul 24 Sul J
40 Sul 32 Sul H
48 Sul 40 Sul G
56 Sul 48 Sul F
64 Sul 56 Sul E
72 Sul 64 Sul D
80 Sul 72 Sul C
Região austral sem UTM

A projeção UTM quando comparada a outras projeções apresenta deformações


muito pequenas em todos os aspectos.
Imagem 17: Ilustração dos fusos UTM.

Imagem 18: Ilustração de um fuso UTM


3.2B) Projeção Transversa de Mercator (TM)
As projeções transversas de Mercator utilizam as mesmas formulas da UTM, porém
não obedecem a restrições de largura de fuso e K0 fixos, sendo adequadas para
mapeamentos locais que requerem deformações mínimas. Assim, pode-se reduzir a
amplitude do fuso e as deformações de escala (K) de forma a aproximar de uma
projeção local no plano topográfico. São muito úteis para obras de engenharia,
mapeamento urbano, desenvolvimento de minas entre outros trabalhos de escalas
detalhadas. São comumente conhecidas como coordenadas locais.

3.2C) Conversão entre Coordenadas Planas (UTM) e Geodésicas (Lat-Long)


Existe um número muito grande de sistemas de projeções com diferentes
propriedades e características para atender a diferentes propósitos.
As maiorias dos Softwares de Geoprocessamento trazem funções e facilidades para
conversão entre as projeções mais conhecidas e utilizadas no mundo.
Um dos programas que realiza conversões entre coordenadas é o “Democart”,
criado por Marco Antônio Lemos Perna e que pode ser baixado gratuitamente na
Internet.

Imagem 19: Tela inicial do programa


Imagem 20: Escolha do Elipsóide, entre Hayford (1929) ou South America 1969.

Imagem 21: Escolha do modo de conversão: De Geodésico para UTM = F1 e de UTM para Geodésico =
F2.
Imagem 22: A coordenada de latitude é inserida negativa (por convenção do programa) para todo
hemisfério sul. A longitude é inserida sempre positiva. Para separar dos graus os minutos e segundos é
utilizado ponto. Para minutos de segundos não utiliza-se nenhuma separação.

Imagem 23: Resultado apresentado:


Convergência: 0O 03’ 16’’
Meridiano Central: 45 O
Coordenada Norte: 7814360.344, onde 7814 são as coordenadas quilométricas; 360 são coordenadas
métricas, e 344 coordenadas milimétricas.
Coordenada Leste: 508147.928
Raio médio da Terra no ponto: 6361645,531 metros
Coeficiente de correção de escala (Kapa): 0,999600 (é necessário a adoção de 6 casas decimais)
Declinação Magnética: 20 O 14’ 45.74’’ na data de 16 de fevereiro de 2010
Variação Anual: 5 O.6801(neste caso em medida decimal, para facilitar a correção)
O Democart ainda realiza outras operações, como visto na primeira tela que podem
ser bastante útil para execução de atividades cartográficas. Uma destas é a identificação
em qual carta encontra-se um ponto dado. Para isso utiliza-se a função índice, podendo
realizar a escolha das cartas.

Imagem 24: Função de Índice. Escolha da Escala.

Imagem 25: Indicação da folha na escala pedida.

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