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Instituição essencial à justiça

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA _____


VARA CÍVEL DA COMARCA DE ITAPETINGA.

JOANE DARQUE LIMA DA SILVA, brasileira, divorciada, aposentada,


portadora do RG nº 23364 48 SSP/BA, inscrita no CPF sob o nº 655195315-87, filha de
Antonio Jose dos Santos e Anália Soares Lima, residente à Rua JJ Seabra nº 105,
apartamento 201, Centro, Itapetinga/BA, cep.45700-000, telefone: 91460971 e 91600683,
assistidos pela Defensoria Pública do Estado da Bahia, por intermédio de um dos seus
membros (conforme art. 128, XI da Lei Complementar 80/94, e na Lei Estadual 26/06,
devendo ser intimada pessoalmente, contando-se-lhe em dobro todos os prazos
processuais), com endereço na Rua Coronel Belizário Ferraz, nº 137, Centro,
Itapetinga/BA, vem, perante Vossa Excelência propor

AÇÃO DE GUARDA CONSENSUAL

Em favor de sua neta, LORENA LIMA DA SILVA, nascida em 03/05/1998, residente no


mesmo endereço da Requerente;
em face de LEODEGLARIA LIMA DA SILVA, brasileira , inscrito no CPF de n°
002173735-50 e RG 09409231 14 SSP/BA, nascido em 03/04/1976, domiciliado no Rua
Rio Branco, n° 15, Alto da Colina, Maiquinique/BA ,em razão dos fatos e fundamentos
jurídicos que passa a enunciar.

1. DOS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA

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Inicialmente, postula, a Requerente, o deferimento do benefício da Justiça
Gratuita, por ser pobre na forma da Lei, não podendo prover as despesas do processo
sem prejuízo próprio e de sua família, nos termos assegurados pelo art. 5º LXXIV da
Constituição Federal e art. 4º da Lei 1.060/50.

2. DA PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO

Faz-se mister ressaltar, inicialmente, a prioridade absoluta na tramitação


dos feitos em que seja parte criança e adolescente, em observação ao espírito
protecionista da Constituição Federal e do Estatuto da Criança e do Adolescente, que
aponta o dever do Poder Público, com prioridade absoluta, à efetivação dos direitos
referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência
familiar e comunitária, máxime em seu art. 4º, parágrafo único, b, o qual determina a
precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública, devendo
tal informação constar no rosto dos autos.

3. DOS FATOS

A Requerente é avó materna de LORENA LIMA DA SILVA,


conforme certidão de nascimento em anexo.

Narra a requerente que possui a guarda de fato da menor desde


quando a mesma nasceu e vem promovendo o auxílio material e moral das crianças as
fim de garantir-lhes uma vida digna.

Cumpre salientar que a mãe da menor mora em outra cidade e já


possui outra família, ela não exerce a guarda da filha, pois todas as decisões atinentes a
vida da criança são tomadas pela avó materna, bem como esta vem realizando todos os
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cuidados diários necessários à manutenção da criança. A requerente tem encontrado
dificuldades para resolver determinados assuntos a respeito da vida escolar da menor,
por não possuir a guarda.

Deste modo, evidencia-se a necessidade de regularização da guarda da


menor Lorena Lima da Silva concedendo-a à requerente.

Frise-se que a demandante encontra-se em plenas condições de


desempenhar as funções inerentes à guarda das crianças, bem como já firmou sólida
relação afetiva com esta, fator determinante para o seu desenvolvimento pleno e
regular.

Desta feita, considerando que a requerente é avó da menor, LORENA


LIMA SILVA, e que mantem a guarda de fato da criança, revela-se necessária a
regularização desta situação, através da concessão da guarda judicial à demandante.

4. DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS

Considerando o Princípio do Melhor Interesse que significa que as


decisões judiciais, legislativas e administrativas devem atender, com absoluta
prioridade, às necessidades das crianças e adolescentes, devem respeitá-los como
sujeitos de direitos que são pessoas em desenvolvimento e, levando-se em conta o
relacionamento, a afetividade, a cumplicidade e o bem estar dos infantes junto a
Postulante, não há outra conclusão a se chegar senão a de que a Autora da presente
Ação é quem melhor reúne condições para cuidar de Lorena Lima da Silva.

Cumpre explicitar que a Postulante sempre foi uma pessoa zelosa, idônea,
de conduta ilibada, possui residência fixa, reunindo, portanto, todas as condições
necessárias para obter a guarda da neta em questão.
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O legislador foi perempto ao estabelecer no art; 33, § 2°, do Estatuto da


Criança e do Adolescente que:

“§ 2º Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos casos de


tutela e adoção, para atender a situações peculiares ou suprir a
falta eventual dos pais ou responsável, podendo ser deferido o
direito de representação para a prática de atos determinados”.

Ademais, o pleito da Autora está legitimamente amparado pela Lei


Pátria, conforme reza o § 5º do art. 1.584 do Código Civil, pertinente à espécie:

“Se o juiz verificar que o filho não deve permanecer sob a guarda
do pai ou da mãe, deferirá a guarda à pessoa que revele
compatibilidade com a natureza da medida, considerados, de
preferência, o grau de parentesco e as relações de afinidade e
afetividade”.

Quando o legislador utilizou a preferência pelo grau de parentesco e as


relações de afinidade e afetividade, quis se referir, primordialmente, ao carinho, afeto,
amor, meio social, o local da residência, a escola, etc.

Sobre a concessão da guarda de criança ou adolescente aos avós com, o


Superior Tribunal de Justiça vem decidindo da seguinte forma, levando em conta o
Princípio do Melhor Interesse da Criança:

“GUARDA DE MENOR. Criança criada pelos avós


maternos. - Reconhecido pelas instâncias ordinárias ser
melhor para o menor permanecer na companhia dos avós
maternos, com quem sempre viveu e a quem foi concedida a
guarda depois da morte prematura da mãe, não cabe rever a
matéria em recurso especial, seja porque se trata de matéria de
fato, seja porque estão preservados os interesses da criança.

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Recurso não conhecido”. (RECURSO ESPECIAL
2000/0099383-2, Ministro RUY ROSADO DE AGUIAR,
QUARTA TURMA, DJ 12.02.2001 p. 125) (grifos nossos).

“CIVIL. FAMÍLIA. GUARDA JUDICIAL. PREVALECE O


INTERESSE DA MENOR. - Nas decisões sobre a guarda de
menores, deve ser reservado o interesse da criança, e sua
manutenção em ambiente capaz de assegurar seu bem estar, físico
e moral, sob a guarda dos pais ou de terceiros”( REsp 686709 /
PI
RECURSOESPECIAL 2004/0141582-7, Ministro
HUMBERTO GOMES DE BARROS, DJ 12/03/2007 p. 220).

Nesse contexto, é mister salientar ainda que a guarda é uma situação


provisória, podendo ser deferida a pessoas diversas dos genitores desde que se revelem
mais aptas a exercerem o múnus, in casu a avó materna das crianças.

4. DA GUARDA PROVISÓRIA

No caso em comento, impõe-se a concessão da guarda provisória em


virtude de estarem presentes o fumus bonis iuris e o periculum in mora, consoante restará
demonstrado.
O perigo da demora faz-se presente ante a situação de necessidade de
regularização da situação de fato, cabendo ressaltar que existem atos na vida civil que só
podem ser praticados pelo guardião, a exemplo de atos que englobam a educação e
saúde.

Por sua vez, a fumaça do bom direito está respaldada pelos arts. 227 da
Constituição Federal, bem como pelo parágrafo único do art. 1584 do Código Civil, que
dispõe que a guarda poderá ser deferida à pessoa que não seja o pai ou a mãe, desde que
revele compatibilidade com a natureza da medida, de preferência levando em conta o
grau de parentesco e relação de afinidade e afetividade.

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5.DOS PEDIDOS

Por tudo o que foi exposto, requer:

a) O deferimento do benefício da assistência judiciária gratuita, bem como do


pleito de prioridade de tramitação do feito;

b) A concessão da guarda provisória da menor LORENA LIMA DA SILVA em


favor da Postulante, nos termos do art.33, §1º do ECA;

c) A intervenção do Ilustre membro do Ministério Público no feito;

d) Por fim, a procedência TOTAL do pedido, com a concessão da guarda


definitiva de LORENA LIMA DA SILVA em favor da Postulante.

Protesta pela produção de todos os meios de prova em Direito admitidos,


especialmente testemunhal, cujo rol segue em documento anexado.

TESTEMUNHAS:

MARINA DOS SANTOS OLIVEIRA


Endereço: Rua 7 de setembro n° 94 – Maiquinique/BA;
ALEX ALVES DOS SANTOS
Endereço: Travessa São Luís nº 74 – Maiquinique/BA;
AMELTO SOUZA SANTOS
Endereço: Rua Olímpio Vieira nº 321 – Maiquinique/BA.

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Dá à causa o valor de R$ 678,00 (seiscentos e setenta e oito reais).

Nesses termos, pede deferimento.

Itapetinga-Bahia, 13 de agosto de 2014.

ADRIANA ALMEIDA ALBERGARIA


Defensora Pública

AIANNE RAIMUNDO DE CARVALHO


Estagiária de Direito

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