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A ESSENCIA DA FILOSOFIA VEDANTA

(extraído de "How to read your horoscope" de Nalini-Kantha Das)


Tradução de Indumukhi devi dasi, Curitiba, março 1995

Resumir o conhecimento Védico é de fato uma tarefa difícil. Existem inúmeras obras Védicas,
abarcando tanto o conhecimento material como o espiritual. Contudo há uma essência, que é
auto-realização e realização de Deus. Estas duas realizaçöes são simultaneamente uma só, e
diferentes, conforme exposto pelo Senhor Chaitanya Mahaprabhu... Segundo Ele, a essência
do Vedanta é a doutrina de achintya bhedabheda tattva; ou seja, que toda criação é
simultaneamente Deus, porque ela é Deus sob forma de Sua expansão energética, e também
não é Deus, porque Sua Personalidade transcendental situa-Se à parte de Sua criação.

Tudo é uma emanação de Deus e de Sua energia. Basicamente existem três tipos de energias
do Senhor; a energia material constituída de terra, água, fogo, ar, éter, mente, inteligência e
falso-ego); a energia marginal (ou os seres vivos que se tornaram encobertos por esta energia
material); e a energia espiritual ou interna de Deus (que manifesta o céu espiritual, atualmente
além de nossa visão). Assim como a luz do sol carrega o calor e luminosidade do sol e É o sol,
como extensão do sol, da mesma maneira todas energias são Deus como Sua extensão, porém
simultaneamente não são Deus, pois Ele se situa à parte. O Senhor declara no Bhagavad-gita
9.4:

maya tatam idam sarvam, jagad avyakta murtina


mat sthani sarva bhutani, na caham tesv avasthitah.

"Este universo é permeado por Mim, em Minha forma imanifesta. Todos seres estão em Mim,
porém Eu não estou neles."

Assim as entidades vivas são unas com Deus em qualidade espiritual, mas são diferentes Dele,
porque Ele é o Todo Completo, e a entidade viva é Sua parte e parcela, minúscula em
quantidade.

A auto-realização é explicada também no Srimad Bhagavatam 1.1.11:

vadanti tat tattva vidas, tattvam yaj jnanam advayam


bhrameti paramatmeti bhagavan iti sabdyate.

A Verdade Absoluta é compreendida em três estágios como Brahman, Paramatma, e Bhagavan.


É bem conhecido que as escrituras Védicas pregam que Brahman é a grande Verdade. Mas
não é tão conhecido, especialmente no ocidente, que Brahman é somente o estágio inicial de
auto-realização. Realização do Brahman significa compreender que nosso eu é uma partícula
minúscula, consistindo da energia transcendental do Senhor, que está existindo dentro de um
corpo material. O corpo material é feito de energias grosseiras, terra, água, fogo, ar e éter; e
de energiassutis, mente, inteligência e falso-ego. O eu, que é consciente, na verdade não tem
nada a ver com estas coberturas, a grosseira e a sutil. O corpo material é cheio de designações
tais como "Eu sou preto", "Sou branco", "Sou chinês", "Sou americano", "Sou rico", "Sou
triste", "Sou um ser humano", "Sou um cachorro", "Sou um anjo", etc. Isso tudo não passa de
fachada externa. Todas entidades vivas são iludidas por maya, ou ilusão, levando-as a pensar
que "Sou este corpo". Na verdade o eu é a alma consciente dentro do corpo. O eu é

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Brahman, espírito eterno. De alguma maneira ou outra, a alma caiu no mundo material e está
passando pelas dores do corpo e da mente. O corpo está falsamente se identificando com o
corpo e a mente, pensando que está sofrendo as dores do nascimento, da velhice, doença e
morte. A alma portanto está re-encarnando de um corpo para outro, criando uma civilização
iludida voltada para satisfazer os sentidos do corpo, enquanto que o eu real está adormecido lá
dentro. Pela prática do desapego, pela meditação filosófica e por mantermo-nos apartados da
energia material, podemos chegar a realizar Brahman e compreender nossa identidade
espiritual eterna, à parte da cobertura do corpo e da mente. Assim situado
transcendentalmente, nosso eu pode progredir ao próximo estágio de auto-realização, a
compreensão de Paramatma. Uma alma auto-realizada a seguir deve pensar: "Qual a
natureza, o dever ou a atividade do eu?" Segundo a literatura Védica, o eu é uma partícula
minúscula do Eu Supremo, o Todo Completo, e portanto sua função é cooperar com o Todo
Completo. Quando a alma auto-realizada assim entra para dentro de si e se aproxima da Alma
Suprema, a Alma Suprema pode se manifestar dentro do coração do eu individual. A expansão
de Deus que está dentro do coração de todos seres vivos, e mesmo, dentro de cada átomo da
criação, é conhecida como Paramatma, ou Vishnu. Conforme declarado no Bhagavad-gita
18.61: isvarah sarva bhutanam, hrd deshe arjuna tisthati "O Senhor Supremo está sentado
dentro do coração de todos seres vivos e está dirigindo suas andanças pelo universo." Ou,
conforme os Upanishads: dva suparna sayujya sakhaya, o Senhor acompanha os seres vivos
em sua jornada pelo mundo material, encoranjando-os a olhar para dentro e buscar Deus.
Dhyanavasthita tad gatena, manasa pasyati yam yoginah; a Forma VIshnu do Senhor dentro
do coração é a meta verdadeira da meditação.

Primeiro, auto-realização significa compreender nossa natureza eterna, espiritual, divina. No


próximo estágio, realizamos que o eu é uma parte e parcela minúscula do Senhor Supremo.
Assim como a alma individual tem forma e personalidade, semelhantemente o Todo Completo,
a Verdade Absoluta, também tem Forma e Personalidade. É um conceito errôneo pensar que a
auto-realização consista em abandonar nossa identidade; possuímos uma identidade espiritual,
eterna; apenas precisamos aprender a deixar esta identidade temporária, designada
corporalmente. Por apreciar nossa identidade espiritual e também a grandeza da Identidade
Suprema e realizá-Lo dentro de nosso coração, podemos avançar ao estágio mais elevado de
realização.

O estágio mais elevado de realização é realização da Forma Suprema do Senhor Supremo, a


Fonte de todas energias. Dele, emanam todas energias materiais e espirituais. É Dele que nos
expandimos; Dele se expandem as Formas Vishnu do Senhor e Dele se expandem todas
encarnaçöes do Senhor que agraciaram este planeta através da história. O Senhor Brahma o
explica no Brahma-Samhita:

isvara parama krishna, sac-cid-ananda vigraha


anadir adir govinda, sarva karana karanam

"A Suprema Personalidade de Deus é Krishna. Ele possue uma Forma eterna de êxtase e
conhecimento. Ele é a origem de tudo, a causa de todas causas." Brahma continua explicando
o Senhor Supremo assim: venum kvanantam aravinda dalayataksam; "Ele é de uma cor
espiritual azul, estando de pé no céu espiritual na Sua forma curvada em três pontos, tocando
Sua flauta, atraindo a todos por Sua beleza, poder, graça, etc." Esta forma pessoal do Senhor,
Krishna, é a Pessoa Suprema de quem todas religiöes estão direta ou indiretamente se

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aproximando. Compreendê-Lo e aproximar-se Dele numa relação devocional, num estado
rendido, é a meta mais elevada da vida.

Sua Personalidade só poderá ser compreendida pela prática de bhakti-yoga ou serviço


devocional, conforme declarado no Bhagavad-gita 18.55: Bhaktya mam abhijananti, yavan
yas casmi tattvatah; "Somente pelo serviço devocional exclusivo posso ser conhecido como
sou." Desapego e pensamento puro poderão ajudar-nos a nos compreender como Brahman, e
a meditação pode-nos elevar até realizarmos Paramatma. Mas somente o serviço devocional
rendido pode nos elevar à realização plenamente satisfatória e completa de nossa relação
eterna com Deus.

A prática do serviço devocional é descrita especialmente no Srimad Bhagavatam como


sravanam kirtanam vishnu smaranam, etc. Devemos ocupar-nos em ouvir e cantar sobre, e
adorar Deus ou Krishna. Práticas essenciais são o estudo da literatura Védica conforme dada
pelos devotos puros de Krishna (não por especuladores); adoração do Senhor na forma de Sua
Deidade, e glorificação do Senhor pelo canto de Seu Santo Nome. O melhor mantra para
cantar, conforme ensinado nos Puranas e exemplificado por nosso Mestre, Sri Chaitanya
Mahaprabhu, é o Mahamantra, o grande cantar da liberação:

Hare Krishna, Hare Krishna, Krishna Krishna, Hare Hare


Hare Rama, Hare Rama, Rama Rama, Hare Hare

Assim é incumbência daqueles que desejam compreender a realidade a respeito de si mesmos e


a Verdade sobre a vida, praticar atividades morais e justas, viver uma vida higiênica, e ocupar-
se na verdadeira atividade da vida, auto-realização. Auto-realização é plenamente manifestada
na compreensão de que jivera svarupa haya, nitya krishna dasa; a entidade viva é a serva
eterna de Krishna. Dedicando todas atividades espirituais e mundanas ao serviço de Krishna, e
servindo diretamente a Krishna cantando Seus nomes, chegaremos à perfeição da vida.

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