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OS ESTÍMULOS DE JESUS PARA SEUS DISCÍPULOS Mateus 10.24-39

Nos versículos 5 a 15 Jesus deu instruções aos discípulos para o ministério que eles desempenhariam. E
então, no versículo 18 a 23, ele lhes disse como o mundo reagiria e os sofrimentos que eles teriam. Apesar de Jesus
estar dando instruções e ensino aos seus doze, sabemos que tudo isso se estende além deles, chegando a todos os
que o servirão até a sua segunda vinda.

1- “... O discípulo não está acima...”


Na seção anterior Jesus previu como eles seriam tratados, de onde viriam as perseguições contra eles e
como eles deveriam reagir quando as coisas ficassem difíceis. Agora está mostrando a razão dos sofrimentos que
viriam aos que os seguissem. Os judeus conheciam muito bem a frase que dizia: "O escravo deve contentar-se
sendo como seu senhor."
Se Jesus não é reverenciado, seus discípulos não serão nem mesmo respeitados. Portanto, se o inimigo trata
o aluno ou o escravo com o mesmo desdém que confere ao superior, ou seja, se ele não trata o subordinado de
forma ainda pior, que este fique satisfeito.
Em Mateus 12.24-27 (cf. Mc 3.22-27; Lc 11.15-20), os fariseus chamam Jesus de instrumento de Belzebu
( o nome é derivado de Baal-zebub – 2 Re 1.2,3,6 “senhor das moscas”, no Novo Testamento, Baal foi substituído
por Beel e zebub por zebul, podendo ser traduzida por “senhor da casa” ou “senhor do esterco”. A expressão é
usada para designar Satanás – Mt 12.26,27).
De acordo com João 8.48, dizem que Jesus está endemoninhado. Aqui em Mateus 10.25, somos informados
de que haviam dito que ele mesmo era Belzebu, ou seja, que ele era o diabo em pessoa. Se os inimigos de Cristo
se mostram tão ousados nessa vil maneira de caluniá-lo, o dono da casa (cf. Jo 13.14; Ef 3.15; 4.15; Cl 1.18; 2.10),
não estará muito mais disposto a caluniar e a maltratar "os membros de sua casa" (I Co 12.27; Ef 2.19,20; 5.30),
isto é, seus discípulos?
A palavra traduzida os de sua casa é oikiakoi, que possui em grego um significado técnico que vale a pena
recordar. Significa os membros da servidão de um funcionário do governo; quer dizer, seu séquito ou o pessoal
que colaborava com ele. É como se Jesus dissesse: "Se eu, que sou o dirigente, o líder, devo sofrer, vocês, que são
membros de meu séquito, não poderão escapar às perseguições."
Hoje, vivemos um contexto em que os servos de Deus, em sua maioria gozam de regalias e benesses
principalmente no que diz respeito à política. Estão participando de programas de televisão, dando entrevistas,
participando de eventos em “terreiros de macumba”, de carnaval, posando em revistas masculinas, fazendo filmes
adultos para casais, compram mansões, jatinhos, canais de televisão, têm lugares nas câmaras municipais, nas
assembleias legislativas, na Câmara Federal, Senado, etc. O que deve nos levar a duas conclusões: ou Jesus estava
enganado (e ser seguidor dele não implica em sofrimento), ou a Igreja de hoje está enganada sobre o lugar que
deve ocupar na sociedade e o conteúdo do que é pregado em nossas igrejas é qualquer coisa, menos o Evangelho
de Jesus.

2- “... Portanto, não temais...”


O que no mundo essa frase significa? É um tipo de afirmação obscura e proverbial a princípio, o que isso
significa? Significa simplesmente que um dia Deus vai tirar a tampa de tudo e todas as coisas serão feitas
abertamente. Tudo quanto agora é oculto, um dia será revelado: quem são esses inimigos, o que fizeram, a quem
perseguiram, como serão castigados, etc. Também será revelado quem são os justos, o que fizeram, a quem
honraram, quão preciosos são aos olhos de Deus, como serão recompensados, etc. Ver Ec 12.14; Mt 12.36; 13.43;
16.27; Lc 8.17; 12.2; Rm 2.6; Cl 3,34; Ap 2.6,23; 20.12,13.
Se nos preocupamos com o que o mundo vai dizer – estamos olhando para a coisa errada. Devemos nos
preocupara com o que Deus dirá no final. Rm 14.10; II Co 5.10
Por que Ele nos promete essas coisas? Para nos dar a perspectiva eterna de modo que não estamos olhando
para ser popular, ou olhando para ser justificado nesta vida como o sábio e o nobre, e os heróis da sociedade, mas
estamos dispostos a enfrentar uma sociedade má e deixar que Deus nos recompense na eternidade? E muitos
cristãos vão negociar, vão abrir mão de principios para obter um pouco de popularidade nesta vida e perderão sua
recompensa na eternidade.
Em Lucas 12.1, Jesus diz que as pessoas deevem ter cuidado com o fermento dos fariseus – a hipocrisia.
Eles são falsos. Eles estão usando máscaras. O que isso significa? A verdade está encoberta, algum dia a verdade
será contada. Os hipócritas serão desmascarados e os verdadeiramente justos serão recompensados. v 2.
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3- “o que eu vos digo às escuras...”


Portanto, que preguem pública, franca e corajosamente. Certas questões básicas e importantes já eram
conhecidas dos discípulos, por exemplo: “Arrependam-se, porque o reino do céu está próximo.” Essas coisas têm
de ser proclamadas neste tempo (v. 7). Não haveria o risco de que nessa primeira viagem falassem de coisas que
nem mesmo haviam sido sussurradas em seus ouvidos. A luz de tudo isso, faz-se evidente que, ao serem os
discípulos informados de que deviam dizer à plena luz o que Jesus lhes havia dito no escuro, e proclamar dos
telhados o que lhes fora dito “ao ouvido” (literalmente), a obediência a esse mandamento não poderia ser
plenamente concretizada antes da Páscoa e do Pentecostes.
A ideia toda é esta - o Senhor diz - eu tenho dito a você os segredos em seu ouvido, e eu quero que você
conte ao mundo inteiro. Não há segredos no cristianismo.
No tempo em que nosso Senhor estava ensinando isso, os rabinos treinavam seus alunos para falar e ensinar
ao lado deles e eles falavam em seus ouvidos e então o jovem aprendiz falava o que os rabinos diziam a eles. E o
Senhor está identificando essa técnica simples e dizendo - eu tenho treinado você para pregar e ensinar e falar, e
eu tenho feito isso sussurrando em seu ouvido, falando com vocês na escuridão – depois, vocês dirão isso na luz.
Duas coisas para pensarmos aqui. Primeiro, temos que ouvir nos encontrar com o Senhor e ouvi-lo, num
lugar de quietude, onde ficamos sozinhos com Deus, e com Sua Palavra, e nos debruçamos sobre a Palavra e os
princípios da Palavra penetram em nossa mente, em nossos sentimentos, e derramamos nossos corações diante de
Deus e desse lugar, deste encontro nasce a verdade de Deus em nosso coração. Segundo, devemos falar, clara e
abertamente o que de Deus temos ouvido e experimentado. E sem segredos, sem meias verdades, sem esconder
das pessoas o que esperar na eternidade. Dos perigos que elas correm no mundo sem Deus, sem confessar a Cristo.
Que o inferno é real, e que é lugar de sofrimento, de choro, de ranger de dentes...
Jesus disse que a mensagem deveria ser proclamada dos eirados (telhados). Naquela época era a maneira
mais simples de ser ouvido por uma quantidade maior de pessoas de forma pública. Precisamos gritar onde a
mensagem do Evangelho precisa ser ouvida, mas não podemos falar nada mais que o Evangelho. É por isso que é
tão sério quando os cristãos eliminam parte da mensagem ou quando os cristãos recebem outra mensagem além da
de Deus, e todos ficam confusos sobre qual é a nossa mensagem.

4- “... Não temais...”


Agora, quem é esse? Quem pode matar corpos, mas não almas? Quem? Homens. Isso é apenas uma
designação de homens. Não temais homens. O pior que podem fazer é matar o seu corpo e esse não é o seu
verdadeiro eu. Isso não é você real. Então, não tenha medo deles. Tudo o que eles podem fazer é matar seu corpo
e isso não é grande coisa. "Para mim, viver é Cristo, e morrer é ... o que? ... é lucro". Então isso não é um problema.
Jesus, pois, está advertindo contra o trágico erro de se viver constantemente cheio de medo em decorrência
daqueles que são capazes de matar o corpo, como se o corpo fosse mais importante que a alma. Ede prossegue: ao
contrário, tenham medo de quem é capaz de destruir no inferno tanto a alma quanto o corpo. Quase nem é
necessário acrescentar que o pronome “quem” se refere a Deus. Ao omitir o substantivo, dá-se maior ênfase ao
caráter e atividade de Deus, isto é, sobre o que ele é e o que ele é capaz de fazer. O verbo “destruir” é usado no
sentido não de aniquilamento, mas da aplicação de castigo eterno sobre uma pessoa (25.46; Mc 9.47,48; 2Ts 1.9).
Quanto ao termo, “inferno”, que nesse texto, no original, é Gehenna (e assim também 5.22,28,30; 18.9; 23.15,33;
Mc 9.43-47; Lc 12.5; Tg 3.6), geralmente se refere à morada do ímpio, corpo e alma, depois do juízo final. Quando
essa mesma morada recebe o nome de Hades, a referência é ao tempo antes do juízo final, ainda que Hades tenha
também outros significados na Escritura.
Jesus, pois, está dizendo que há um futuro eterno tanto para a alma quanto para o corpo. Nunca será
aniquilado nem um nem outro. Significa, sim, eterna “destruição” reservada para os que o rejeitam. A tentativa de
salvar o corpo, de modo que continue a existir aqui e agora, por um breve espaço de tempo, enquanto os eternos
interesses da pessoa inteira, alma e corpo, estão sendo negligenciados, é verdadeira loucura, é como transferir
um perigo menor para um maior. Lucas 12.13-21. Ao proclamar a mensagem do reino corajosamente, os discípulos
receberiam a certeza de vida eterna para a glória de Deus. Além disso, seriam uma bênção para seus semelhantes.
Que então temam a Deus. Que reverenciem aquele em cujas mãos eles, em sua alma e seu corpo, estão eternamente
seguros. Que não temam os oponentes terrenos que podem fazer tão pouco dano.

5- “... Não se vendem...”


Os pardais e outras aves pequenas eram apanhados, mortos, depenados, assados e consumidos. Eram
considerados guloseimas. Não surpreende, pois, que houvessem se transformados em artigos de comércio, sendo
comprados e vendidos. O preço, no tempo em que Jesus pronunciou essas palavras, era “dois por um as (ou
assarion)" (cf. 5.26), uma moeda romana de cobre que valia apenas cerca de 1/16 de um denário. Poderíamos
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chamá-lo um centavo; daí, “dois por um centavo”. Pelo preço de dois centavos incluía-se um pardal extra; daí,
“cinco por dois centavos” (Lc 12.6).
Ainda quando em termos relativos esses pardais fossem tão baratos, tão insignificantes em comparação
com artigos de alto custo, Jesus assegura a seus discípulos: “Nenhum deles cairá em terra sem o consentimento de
vosso Pai”. O Criador deles é “vosso Pai”. Jesus declara que não só a alma e o corpo (ver v. 28) dos discípulos são
assuntos de importância para seu Pai celestial, mas até mesmo os cabelos de sua cabeça estão todos enumerados;
e isso no sentido em que ele sabe quantos são e dá sua atenção a cada um e a todos eles. Cada fio desses cabelos é
de algum valor para ele, visto ser o cabelo de um de seus filhos.
Portanto, à parte de seu cuidado soberano e seu amoroso coração, nada pode acontecer mesmo a qualquer
um desses cabelos. Aqui a providência geral de Deus com respeito a todas as suas criaturas e sua providência
especial da qual os homens são objetos abre espaço àquela vigilância muito especial que ele exerce em favor
daqueles que, por virtude não só da criação, mas também da redenção, são sua propriedade peculiar. Não lhe são
eles muito mais preciosos que qualquer número de pardais? Há algo incomparável no amor do Pai por aqueles a
quem escolheu como sua propriedade peculiar, algo especialíssimo. Para apreciar-se a profundidade e ternura de
10.31, deve-se ler não só em seu próprio contexto, mas também à luz de outras palavras de alento, igualmente
belas, ou seja, as que se encontram em Sl 91.14-16; 116.15; Is 49.16; Os 11.8; Mt 11.25,26; Lc 12.32; Jo 13.1;
14.3; 17.24; Rm 8.28; I Jo 4.19; e Ap 3.21, para mencionar apenas umas poucas.

6- “...Pois todo aquele...”


Os Doze estavam sendo enviados para proclamar a mensagem do reino. Não obstante, essa mensagem não
deve ser friamente objetiva, nem uma mera recitação de palavras memorizadas. O coração de cada discípulo deve
estar envolvido em sua mensagem, ou seja, deve professar sua fé em Cristo. Cf. Salmo 66.16. Professar - ou
“confessar” - Cristo significa reconhecê-lo como Senhor da vida daquele que confessa, e isso abertamente (“diante
dos homens”), mesmo aos ouvidos daqueles que se lhe opunham. Negá-lo significa repudiá-lo, recusar reconhecê-
lo como propriamente seu, ou desconsiderá-lo. Na segunda cláusula de cada membro dessa excelente ilustração ou
paralelismo antitético, ou seja, nos versículos 32b-33b, Jesus promete confessar diante de seu Pai celestial os que
o confessaram, bem como negar diante do Pai celestial os que o negaram. Quando Jesus confessa uma pessoa, ele
a reivindica como pertencente a ele e defende sua causa. Que tal atividade intercessória, a qual ele exerce como
Mediador, já havia começado durante seu ministério terreno, é óbvio à luz de passagens tais como Lc 22.31,32;
Jo 17.6-11,15-26. Que ele prossegue exercendo-a no presente, é ensinado em I Jo 2.1. Que ele reconhecerá os seus
no dia do juízo, é evidente à luz de 25.34-36,40. Que ele, num sentido não exatamente o mesmo como em 1 Jo 2.1,
jamais cessa essa obra em favor deles, ante o fato de que ele não só continua a interceder, mas “vive a fazer
intercessão por eles”, é a confortante verdade expressa em Hebreus 7.25.437
Em contrapartida, que diante do Pai celestial ele negará, desconsiderará, repudiará os que persistirem em
negá-lo, sem jamais arrepender-se de sua má conduta, é ensinado em Mt 7.21 -23; 25.41-43,45. Pois para os que
durante o dia da graça se arrependem de seus pecados há perdão e restauração (Lc 22.62; Jo 21.15-17).
O fato de que entre os homens haverá, de um lado, os que confessam a Jesus, e, do outro, os que o negam,
indica que a vinda de Cristo trouxe divisão (ver v. 21). Esse pensamento é expresso de uma forma concisa nas
palavras de Jesus como são registradas nos versículos 34,35
O que Jesus diz aqui leva a pessoa que ouve ou lê a uma chocante surpresa ou descrença. A reação natural
a essa surpreendente afirmação seria: “Como é possível isso ser verdade? Cristo não é “o Príncipe da paz" (Is 9.6)?
Não é ele aquele que chama bem-aventurados os pacificadores (Mt 5.9)? Se ele não veio trazer paz, como as
seguintes passagens seriam verazes: SI 72.3,7; Lc 1.79; 2.14; 7.50; 8.48; Jo 14.27; 16.33; 20.19,21; Rm 5.1; 10.15;
14.17; Ef 2.14; Cl 1.20; Hb 6.20-7.2? Todas elas não proclamam em termos vigorosos a Jesus como o Portador da
paz”?
Não obstante, é mister que nos lembremos de que a característica de muitos mashal é colocar ênfase num
aspecto da verdade em vez de pô-la numa proposição que é universalmente válida. Ver sobre Mt 5.34: “Não jurem
de forma alguma.” O mérito de tais aforismos é que eles fazem uma pessoa parar e pensar por um instante. Assim
também aqui. Uma breve reflexão logo convencerá o atento estudante das Escrituras de que há certo sentido em
que a vinda de Cristo a este mundo não só trouxe divisão, mas continha o propósito de agir assim. Se tal não fora
seu propósito imediato, não estariam todos os homens perdidos (Jo 3.3,5; Rm 3.9-18)? Não teriam todos se
precipitado na condenação? Além disso, mesmo na vida dos que finalmente se salvam, não é verdade que por meio
de muitas tribulações devam eles entrar no reino de Deus (At 14.22)? Não é a vida do crente uma vida de
tempestade e tensão? Seguramente, enfim indo é paz, mas, o mesmo Paulo que exclama: “Graças a Deus por meio
de Jesus Cristo nosso Senhor", também se queixa: “Miserável homem que sou!" (Rm 7.24.25).
Além do mais, haverá amargos oponentes. Aqui “na terra", ou seja, durante esta presente dispensação, os
seguidores de Cristo devem esperar “a espada". Essa palavra é aqui usada para simbolizar o próprio oposto de paz;
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daí, “divisão" (Lc 12.51), resultando em perseguição. É assim que se evidenciará quem está e quem não está do
lado do Senhor. E é assim que “os pensamentos de muitos corações se revelarão" (Js 5.13,14; Mt 21.44; Lc 2.34,35;
20.18). A entrada de Cristo neste mundo o divide em dois: o parte, o corta em dois, e ao fazer assim “põe"
ou “volta" uma pessoa contra a outra.
A fé não só cria divisão entre uma raça e outra, um povo e outro, uma igreja e outra; ainda produz divisão
na família, que na realidade é às vezes a mais aguda das divisões. Quanto a isso, Lc 12.52,53 menciona “cinco"
membros da família que vivem todos sob o mesmo teto: pai, mãe, filha solteira, filho casado e sua esposa (a nora
dos pais). Em decorrência da relação que esses vários membros assumem para com Cristo, há intensa tensão entre
eles. Aqui em Mateus, a melhor interpretação poderia ser que a mãe, por causa de sua fé em Cristo, está recebendo
oposição da filha solteira e da nora; semelhantemente, o pai crente recebe de seu filho.
Entre as ilustrações bíblicas da fé que em certo sentido se torna divisor de famílias estão as seguintes: em
cada caso, o primeiro membro do par é o que se opõe à fé. É ele o real inimigo pessoal, e deve, portanto, levar a
responsabilidade da divisão: Caim versus seu irmão Abel (Gn4.8; cf. 1 Jo 3.12); Maaca se declarou contra seu filho
Asa (l Re 15.13); e Nabal se opôs a sua esposa Abigail (I Sm 25.2,3,10,11,23-31). Nos últimos dois exemplos, a
história enfatiza a reação da fé, em vez da ação do incrédulo.
Uma escolha tem de ser feita. E tem de ser uma escolha certa, mesmo que isso signifique um filho alienar-
se de seus pais, ou vice-versa. vv. 37
Pertencer a Cristo é um privilégio tão inestimável, que nenhuma outra relação pode substituí-lo. E um dever
tão imperativo, que nenhuma outra obrigação é mais obrigatória. Atos 5.29. Se a escolha é entre um pai ou Cristo,
a vontade do pai, não importa quão ardente seja, deve ser rejeitada; se é entre um filho ou Cristo, que a vontade do
filho, não importa quão veemente seja, deve ser sobrepujada. Isso deve ser feito devido à predominância do amor
por Cristo. Os que rejeitam essa suprema lealdade a Jesus “não são dignos” dele, ou seja, não merecem pertencer-
lhe e ser honrados por ele

7- “... Quem ama seu pai...”


A disposição de se sacrificar por Cristo e sua causa deve ser total. A figura de linguagem deriva do costume
então prevalecente segundo o qual a pessoa sentenciada à morte de crucifixão era obrigada a carregar sua
própria cruz até ao lugar da execução (Jo 19.17). Levar a cruz após Jesus tornou-se então um símbolo da disposição
de suportar a dor, a vergonha e a perseguição por amor a ele e à sua causa. Deve-se enfatizar nessa conexão que o
termo, levar a cruz, não está sendo usado apropriadamente, ou seja, no pleno sentido bíblico, quando se faz
referência de maneira muito geral a algum tipo de aflição que acaso tenha visitado uma pessoa durante o curso de
sua vida terrena; por exemplo, reumatismo ou outros problemas de saúde, problemas com o cônjuge, etc.
À luz da plena revelação bíblica, levar a cruz, aplicado ao crente, só pode ter um significado único, a saber,
“levar seu vitupério" de forma submissa e cheia de regozijo (Hb 13.13; cf. At 5.41). Isso procede acerca daqueles
que, vindo como podem, o seguem por onde quer que ele vá, confiam em seu sangue remidor, refletem sua mente
(Jo 13.15; 2 Co 8.7,9; Ef 4.325.2; Fp 2.5; 1 Pe 2.21); e o proclamam.
As palavras de Cristo podem ser parafraseadas assim: “A pessoa que, quando a questão é entre mim e o
que ela considera de seu próprio interesse, escolhe o último, crendo que ao fazer assim está ‘achando’ a si própria,
ou seja, está encontrando uma posição mais firme para sua vida plena, será amargamente decepcionada. Ela perderá
em vez de ganhar. Sua felicidade e utilidade diminuirão e murcharão em vez de aumentar. Por fim perecerá
eternamente. Em contrapartida, aquele que, confrontado com a escolha, entrega a si mesmo, ou seja, nega a si
mesmo por lealdade a mim, dispondo-se, se necessário for, a pagar com um sacrifício supremo, alcançará uma
autorrealização completa. Terá vida, e a terá da forma mais plena, até que, finalmente, participe comigo da glória
da minha segunda vinda e do novo céu e nova terra.” Entre as passagens em que o mesmo ou semelhante
pensamento se expressa, e que derramam luz sobre o significado de Mateus 10.39, são (além de Lc 9.23,24): Mt
16.26; Mc 8.34-38; Lc 17.32,33; Jo 12.25,26.
A luz dos incentivos adicionais encontrados nos versículos restantes, torna-se evidente que nessa ocasião,
em contraste com a do Sermão do Monte (ver 7.27), Jesus caminha para o fim de discurso com uma nota positiva:
40. Quem recebe a vocês, recebe a mim; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou. Tal é a promessa para
os que, a despeito de saberem perfeitamente bem que serão desprezados e talvez até mesmo perseguidos por seus
vizinhos, etc., acolhem e continuam a acolher os discípulos e sua mensagem. São informados de que,
quando aceitam esses homens em sua verdadeira atribuição, como representantes de Cristo plenamente
autorizados, estão aceitando ao próprio Cristo. Não só isso, mas visto que Jesus, por sua vez, era enviado do Pai
(15.24; 21.37; Mc 9.37; 12.6; Lc 4.18; 10.16; Jo 3.17,34; 5.23,24,40; 9.4,7; 10.36; G1 4.4; I Jo 4.9; etc.), ou seja,
do amorável coração do próprio Pai que autorizou a seu Filho a comissionar a esses discípulos (Mt 28.18-20; Jo
17.18; 20.21), eles, de boa vontade, estão aceitando o próprio Pai no coração, na vida e no lar.

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