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Livro de Gênesis

Olá..... Tudo bem? Seja bem vindo. Eu sou o professor Moisés e hoje vamos tratar do livro de Gênesis em
suas características formais e teológicas.

Os cinco primeiros livros da Bíblia são chamados de Pentateuco, ou simplesmente Torá. Os judeus atribuem
à Torá maior autoridade e santidade que ao restante das Escrituras. Nestes 5 livros (Gênesis, Êxodo,
Levítico, Números e Deuteronômio) encontramos muito material: narrativas, episódios, leis, rituais,
regulamentos, cerimônias, registros cronológicos, exortações, novelas, tudo isso juntando-se para formar
uma narrativa histórica unificada

O livro de abertura da Bíblia começa adequadamente com a expressão “no princípio”. Essa expressão
(bereshit) também é usada como o título do livro na tradição judaica.

É o livro dos primórdios ou “origens” do mundo. O título GÊNESIS vem da tradução chamada Septuaginta
(tradução do século terceiro antes de Cristo, do hebraico, para o Grego). Provavelmente toma Gn 2.4a como
referência.

O livro é fundamental para o restante da Torá, para todo o Primeiro Testamento e Segundo Testamento.

É impossível isolar Gênesis dos outros 4 livros da Torá no que se refere a autoria, estilo e mensagem
teológica.

Gênesis cobre um período imensamente longo de tempo, mais longo talvez do que o conjunto do restante da
Bíblia toda. Começa no remoto passado da criação, um evento cuja data absoluta não se pode nem mesmo
especular, atravessa milênios, até chegar em Abraão no final do capítulo 11.

A partir de Abraão, a narrativa fica mais lenta e coloca em foco quatro gerações da família da promessa, à
medida que elas se movem da Mesopotâmia em direção à terra prometida, para somente concluir o livro no
Egito.

Autoria e Composição

Esta é uma das questões que tem separado os estudiosos conservadores das outras correntes de estudo
bíblico. O foco do debate é sobre a autoria mosaica. Debate é uma boa palavra, mas não define literalmente
os fatos, uma vez que estudiosos não-conservadores ignoram os que ainda defendem o ponto de vista
tradicional sobre a autoria. Já os conservadores taxam os não conservadores de não crentes. Ou seja, não há
muito diálogo.

Objetivamente, a Torá é anônima. Nenhuma parte dos cinco livros afirma explicita ou implicitamente que
Moisés é o seu autor exclusivo. Por outro lado, a antiga tradição judaico-cristã (Eclesiástico 24.23, Filo,
Josefo, o Mixná e o Talmude) é unânime em atribuir a Moisés a autoria de Gênesis a Deuteronômio.

Existem várias referências intra texto que afirmam sua atividade de escritor. Deus lhe ordena que registre
determinados eventos históricos (Ex 17.14, Nm 33.2) e leis (Ex 24.4; 34.27), e até um cântico (Dt 31.22).
Embora Moisés não seja identificado como o autor de grande parte da Torá, o texto alega o fato de que ele
foi o receptor da revelação e uma testemunha ocular dos atos redentores.

De acordo com o testemunho bíblico posterior, houve um livro da Lei associado ao nome de Moisés (Js 1.7
e 8). A história de Israel relata que eles se referiam a um “Livro de Moisés” (2Cr 25.4; Ed 6.18; Ne 13.1), ou
seja, são fortes os dados intrabíblicos para uma composição mosaica, embora, não seja específica sobre sua
forma e extensão.

Jesus e a igreja primitiva associaram grande parte, se não a totalidade da Torá a Moisés. (Mt 19.7; 22.24; Mc
7.10; 12.26; Jo 1.17; 5.46; 7.23)

Essas evidências conduziram à crença de que Moisés escreveu a Torá. Mas esta declaração sempre está
limitada pela admissão de que certas passagens foram adicionadas depois da morte de Moisés. Estes são os
chamados escritos pós-mosaicos (por exemplo: Dt 34 – a narrativa da morte de Moisés). Existem outros
problemas, Gn 11.31, que liga a cidade de Ur, a cidade de Abraão, aos caldeus, povo que surgiu muito
tempo depois de Moisés. Gn 14.14 que menciona Dã, uma antiga cidade conhecida por esse nome muito
mais tarde. Existem outros exemplos de anacronismo (Gn 32.32; 35.31, 40.15; Dt 3.14; 34.1, 6, 10).

Também existem passagens que são atribuídas a Moisés que são problemáticas (chamadas não-mosaicas).
Nm 12.3 refere-se a Moisés como o homem mais humilde ou mais manso que já viveu, uma declaração que
dificilmente viria do homem mais humilde da terra.

Dessa forma, a corrente conservadora tem sido sempre limitada pela admissão de elementos não mosaicos
na Torá. Apesar de serem raras, isso demonstra que falar de Moisés como autor do Pentateuco não é o
mesmo que dizer que cada palavra seja o resultado de sua caneta, apesar de não existir caneta no Antigo
Testamento. Pronto, cometi um anacronismo.
Alguns autores conservadores têm falado em “autoria essencial” de Moisés. Essa expressão confirma
enfaticamente Moisés como autor, embora também deixe em aberto a possibilidade de adições canônicas ao
texto.

Precisamos admitir que fontes foram usadas na composição da Torá, além de revelação direta. São pouco
citadas, mas olhos atentos às viram. Por exemplo, Nm 21.14 cita um “Livro das Guerras do Senhor”.
Provavelmente um documento pós-conquista; e Ex 24.7 cita “Livro da Aliança”.

Estudos histórico Críticos

Vários estudiosos e depois diversas escolas teológicas questionaram a coerência literária da Torá. Quero
citar o filósofo Espinosa (1632-1677) e J. Astruc (1684-1766), um médico que desenvolveu um critério
simples para diferenciar duas fontes que ele acreditava terem sido usadas na composição de Gênesis, textos
que usavam o termo Elohim e textos que usavam Javé.

Depois temos um autor do fim do século 19, J. H. Wellhausen, que produziu uma obra gigante sobre a
associação da composição do Pentateuco com a história da evolução da religião israelita. Ele defendeu que
existiriam 4 fontes principais não mosaicas, a J (Javista), a E (Elohista), a D (Deuteronomista) e, fonte P de
priest (Sacerdotal).

Cito também com muito respeito, apesar do afastamento, autores da hipótese documental, crítica da forma e
crítica da tradição: Gunkel, Gerard Von Rad, Martin Noth e Westerman, Gottwald, Lohfink nos estudos do
Primeiro Testamento, e Tillich e Bultmann, nos estudos do Segundo Testamento.

Pessoalmente prefiro não enfatizar o tema. Faço isso por preferir uma análise e aceitação canônica do texto
bíblico e percebo que os grandes eruditos nesta área não concordam entre si. Mas a verdade mesmo é que eu
acredito que o olhar crítico dos textos bíblicos afastam as pessoas da fé bíblica e a comunhão com a igreja
local.

A abordagem crítica do Pentateuco sempre encontrou resistência conservadora tanto dos cristãos como dos
judeus.

Com a humildade que me cabe, pelo que tenho lido durante anos, a crítica tradicional das fontes está
declinando em todos os círculos. O conhecimento de ponta está dedicando cada vez menos energia à questão
das fontes, e investindo mais no estudo da composição final do Pentateuco e dos livros individuais.
O ceticismo gerado por essa espécie de estudo quase, quase, quase me levou ao abandono da fé Bíblica, pois
me fez começar a desacreditar do texto.

Devo agradecimentos à Deus e ao meu pastor Christian Gillis, que na época me serviu de antídoto diante das
perspectivas críticas. Penso que ser cristão engajado com as demandas do Reino de Deus e ao mesmo tempo
ler a Bíblia de forma crítica é uma incoerência. Se alguém consegue, eu respeito, no entanto, diante da
classificação de alienação, eu penso e.... simplesmente aceito a injúria.

Sei na minha carne que aceitar os pressupostos teológicos liberais, e os levar às últimas consequências gera
frieza espiritual, afastamento da fé cristã prática, afrouxamento da ética e criticismo quanto a igreja, e
consequentemente, seu abandono.

Creio que é melhor considerar Gênesis uma unidade literária, não em sua construção ou forma primitiva.

Gênesis é um livro lindo, cheio de um brilhantismo artístico fenomenal e, pelo visto, foi o que Jesus fez. Ele
apenas chamou os textos da Torá como tendo sido escritos por Moisés.

Análise Literária

O texto bíblico é texto. Sendo assim, tem características estilísticas e artísticas. Em Gênesis encontramos
antropomorfismos e antropopatias descrevendo Deus em termos humanos. Javé, como um dos personagens
do drama, aparece como oleiro, agricultor e cirurgião.

Não é todo mundo que gosta, mas eu acho lindo os nomes serem recursos literários. Adão significa
Humanidade, e Eva é aquela que dá a vida; Caim significa forjador de metais. Ele é condenado a ser nad,
peregrino, passa a viver na terra de Node, terra de peregrinação. Enoque significa dedicação e consagração.

Existem semelhanças notáveis entre a literatura mesopotâmica e o prólogo primevo nos relatos do dilúvio.
Na Epopéia de Gilgamesh, O herói mesopotâmico é instruído por canais divinos a construir um barco
incomum e a vedá-lo com piche. Ele deve levar animais para livrá-los de um catástrofe universal. Toda
população é destruída. Depois que as águas do dilúvio baixam, o herói solta aves para verificar se existe
alguma terra seca. Por fim, o barco para numa montanha. Saindo da arca, o herói oferece sacrifício e os
deuses aspiram, o aroma suave.

A ligação do Gênesis mais clara com a Mesopotâmia é o relato da torre de Babel, pois é erguida na
Babilônia. É provável, dizem os autores, que seja um Zigurate, um templo construído de barro, em forma de
montanha escalonada. Babel é a palavra babilônica, Balili, que significa porta de Deus.
Esse relacionamento apenas prova que os babilônicos deram um nome diferente para o mesmo homem, que
a Bíblia chama de Noé. Os deuses mesopotâmicos são personalizações de forças naturais. Eles não possuem
princípios morais: eles mentem, roubam, praticam sexo a vontade e matam. Os homens não tem valor
nenhum para eles, são apenas servos humildes, feitos para lhes prover alimento e oferendas.

Gênesis, afirmam Dillard e Longman, é como uma pizza que pode ser repartida em mais de um modo,
dependendo da perspectiva e dos interesses do leitor. O elemento estrutural mais fascinante é a formula
chamada Toledoth, pois mostra com clareza a estrutura pretendida pelo autor da forma final do texto.

A frase elleh tol dot aparece 11 vezes no livro (Gn 2.4; 5.1; 6.9; 10.1; 11.10; 11.27; 25.12; 25.19; 36.1; 36.9;
37.1) e pode ser traduzida como “estas são as gerações”, ou “está é a história da família” e “esta é a
narrativa”. Sempre depois da frase aparece o nome de uma pessoa que se refere à história a ser contada daí
em diante.

Gênesis tem um prólogo (1.1 - 2.3) seguido de dez episódios, A pessoa nomeada não é necessariamente o
personagem principal, mas ponto de partida daquela parte, que também termina sempre com sua morte.

É possível também dividir o livro em duas partes: 1.1 - 11.32 e 12.1 – 50.26.

A primeira relata a História Primeva ou primitiva do mundo e cobre o tempo entre a criação e a torre de
babel. Esses capítulos mostram um tempo longuíssimo e indeterminável, ou seja, um passado muito distante.
Basta dizer que a palavra para dia no capítulo de Gênesis, yon, pode ser traduzida por eras, período de
tempo.

A segunda parte foca em Abraão e a sua família por quatro gerações. Agora o tempo começa a correr mais
devagar.

Ambas as partes começam com uma criação iniciada por Deus. Em Gn 1.1, Deus cria o universo pelo poder
da sua Palavra; em Gn 12.1, Deus cria um povo especial, povo da promessa, pelo poder, também de sua
Palavra.

Uma subdivisão adicional pode ser feita dentro da segunda parte. Temos 4 partes, as histórias ligadas
diretamente à Abraão, Isaque, Jacó e a novela de José (37, 39 – 50). Nessa última a intenção é mostrar
principalmente como a família de Abraão chegou ao Egito.
O Gênero literário de Gênesis

Gênesis tem uma grande variedade de gêneros literários.

O livro contém uma unidade narrativa de enredo numa estrutura cronológica que leva o leitor desde a
criação do mundo até o Egito. É uma história teológica.

É a explicação do passado de Israel, como um trabalho de história que conta sobre o início e o fundamento
da nação de Israel e entrega da Lei em Êxodo.

A forma de narrar não deseja fornecer uma descrição biológica e genealógica das origens. Mas desejava
explicar a natureza e a dignidade do ser humano junto ao criador.

Eu gostaria muito de falar sobre a arte literária dos arranjos textuais, mas não há tempo para isso. Pesquise a
estrutura quiasmática do texto e a dança dos sons do texto. É de fato uma composição literária
engenhosamente construída.

Mensagem Teológica

Por ser o primeiro livro da Torá e também a obra de abertura do cânon, Gênesis é o livro primordial para que
saibamos dos fundamentos da fé. Ele serve como introdução à lei mosaica e inicia a história da redenção que
ocupa o restante da Bíblia. Vamos apresentar sua mensagem teológica examinando 3 áreas específicas.

1. Gênesis 1-11: da criação à Torre de Babel

A Bíblia pode ser descrita como uma sinfonia em quatro movimentos: da criação à queda, passando pela
redenção e chegando finalmente à re-criação.

Gênesis demonstra os fundamentos para todo o restante da Bíblia, narrando os primeiros dois movimentos,
ao mesmo tempo que inicia o terceiro. E é interessante perceber que o quarto movimento (Apocalipse 21 –
2), o fim da história, é o retorno ao seu começo, o novo Éden.
Neste pequeno trecho da Bíblia temos muita coisa valiosa. Mas quatro temas teológicos centrais. Deus é
Criador; o pecado altera radicalmente a criação original; Deus julga o pecado; Deus sustenta a criação e o
ser humano por sua graça.

O livro começa com a criação. É descrita de tal forma a apresentar Deus como a causa exclusiva por trás da
criação do universo e da humanidade. O capítulo 1 e 2 revelam que Deus é o Criador poderoso e também
que homens e mulheres são criaturas dependentes Dele. O verbo bará é a palavra chave, sendo empregada 7
vezes no relato da criação. Só Deus cria, assim como só Deus salva.

A criação é boa e muito boa. Esta afirmação ensina que nenhum mal foi colocado na terra pela mão de Deus.

O ápice da criação é o ser humano. Imagem e semelhança em português, forma e sombra em hebraico. O
motivo da escolha dessas palavras está na rejeição do Antigo Testamento a todas as formas de representação
de Deus. A humanidade foi elevada acima de todo o restante da criação, foi colocada apenas ao lado de
Deus.

Adam são os representantes de Deus na terra. Eles possuem o direito natural de explorar, dominar e
desfrutar a criação. Adam é moldado a partir do pó da terra. Sobre essa forma, Deus sopra o fôlego de vida.
Sopro aqui é literal. O texto afirma que o ser humano é corpo e vida, não corpo e alma. Há essa dupla
natureza, uma terrena outra divina.

Deus afirma que não é bom que o homem ficasse sozinho. A vida humana é uma vida em conjunto. Aqui a
vida afastada da comunhão humana é uma perversão da natureza.

Nenhum animal é igual ao homem, muito menos superior a ele. Num mundo politeísta essa afirmação é
muito importante.

Sobre a criação não podemos ser muito dogmáticos e certeiros quanto ao tempo decorrido e a ordem do
processo criativo de Deus. Como por exemplo, afirmar dias de 24 horas sem a criação do sol e da lua, no
quarto dia.

O tema de Gênesis 1 e 2 não é como Deus criou, mas que Deus criou tudo. Ele fez isso sem nenhuma
matéria preexistente. Chamamos isso de creatio ex nihilo, em contraste com a crença de outras religiões do
Oriente Médio e Grécia. O capítulo 1 combate a ideia da deificação da natureza, pois ela é fruto de uma
ordem direta de Deus. O sol, a lua, as estrelas, planetas, considerados deuses para outros povos, nem chegam
a ser identificados pelo nome. Há uma demitização do cosmo aqui.
Nos capítulos 3 a 11, nos é apresentado várias narrativas para realçar o pecado e a rebelião das criaturas de
Deus. As histórias narram o rápido declínio moral da humanidade com o passar do tempo. O pecado se
propaga, espalha e aumenta. Deus vai usando de misericórdia com a humanidade nas 5 histórias. Há um
padrão em todas (Queda, Caim, Filhos de Deus, Dilúvio e Babel). O texto narra o pecado, a sentença e o
castigo.

À medida que o tempo passa, o pecado se intensifica. Do Éden à Babel existe um movimento crescente do
pecado até chegar à uma avalanche pecaminosa. A desobediência, assassinato, matança indiscriminada,
luxúria, total corrupção e violência, ao fim, ocorre o completo rompimento da humanidade e seu
relacionamento com Deus.

Junto com o pecado vem o castigo que também aumenta. Ocorre a diminuição do tempo da vida humana. A
mensagem mais forte, ao contrário do que pensamos, é a paciência e o amor de Deus que despeja graça e
mais graça sobre as pessoas rebelde.

O dilúvio é o julgamento de Deus contra os rebeldes do mundo. O dilúvio é um gigantesco passo para trás
na criação. As águas fazem o mundo retornar ao estado caótico do “sem forma e vazia” (Gn 1,2). Noé
representa uma ligação com a ordem da antiga criação, pois de fato, ocorre um novo começo.

As semelhanças são muitas com o texto da criação: ordem para multiplicar-se (9.1,7); a declaração de que o
homem é feito à imagem de Deus (6) e a determinação divina para o restabelecimento dos ciclos diários e
sazonais (8.22).

A história da torre de babel tem uma função especial, além de explicar as várias línguas, ela apresenta a
confusão e serve de base para a história de Abraão. Ou seja, primeiro a história da confusão das línguas e
divisão da humanidade, depois para a pessoa, Abraão, que fundará uma nova nação, o povo de Deus.

Gênesis 12 – 36, 38 – As narrativas patriarcais

Abraão era politeísta. Josué 24.2 afirma que Terá, pai de Abraão, servia a outros deuses.

Deus fez uma aliança com Abraão e começou seu relacionamento com o eleito. A aliança foi ratificada
numa cerimônia solene e misteriosa. Deus colocou-se sob juramento, passando em forma de tocha de fogo e
fogareiro aceso, símbolos ameaçadores da presença divina, entre as metades dos animais que Abraão havia
matado. Deus colocou-se sob uma maldição, caso violasse a promessa.
A religião patriarcal era formada por orações que faziam prostrados, construíam altares e faziam sacrifícios.
Não haviam lugares especiais pra esses ritos nem sacerdócio oficial.

Gênesis 11.27-32 fornece a ligação entre a história antiga e a história dos pais de Israel ao narrar a saída de
Abraão de Ur para Harã em companhia de seu pai. Foi em Harã que Deus falou com ele e as palavras de
Deus valem até hoje para todos os que seguem o caminho de Abraão.

Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai


e vai para a terra que te mostrarei;

de ti farei uma grande nação, e te abençoarei,


e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção!

Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem;


em ti serão benditas todas as famílias da terra.

Deus prometeu a Abraão que ele teria: 1. inúmeros descendentes que formariam um nação poderosa; 2. Uma
terra; 3. Proteção; 4. Ele seria um canal das bênçãos mundiais de Deus.

Com base nesta promessa... Ele foi de Harã para a Canaã. As narrativas seguintes apresentam o tema
constante do cumprimento dessas promessas de Deus. Abraão demonstra a fé oscilante na capacidade de
Deus em cumprir as promessas.

Cada um dos episódios de sua vida pode ser lido como uma reação às promessas de Deus. Quando ele chega
á Canaã, encontra um obstáculo ao cumprimento da promessa da terra quando a região passa por fome e o
obriga a fugir para o Egito (12.10-20). Ele não crê que Deus se preocupe com ele, pois obriga Sara a mentir
sobre a sua relação de esposa para salvar a sua própria vida.

Depois Abraão responde com confiança que Deus está com ele.

O Senhor concedeu muita prosperidade a Abraão e a Ló, seus sobrinho, precisaram procurar pastagens
separadas. Abraão poderia se valer da idade e autoridade que tinha e ter escolhido a melhor terra. Em vez
disso, ele deixa Ló escolher a terra. Ele sabe que é Deus quem o abençoa e não a qualidade da terra.

Mais tarde, Abraão deixa transparecer a sua falta de fé novamente. Ele duvida da capacidade de Deus
cumprir a promessa de ter descendência. Ele usa meios comuns no antigo Oriente Médio para ter filhos
apesar da esterilidade de sua esposa. (Gn 15.3 – adoção de um escravo nascido em sua casa / 16.
Concubinato.
Mas sempre gracioso, Deus aparece a ele para confirmar sua intenção de cumprir sua promessa (15, 17, 18).
Ao esperar a chegada de extrema velhice de Abraão e Sara para lhes dar um filho, Deus demonstra que a
criança é verdadeiramente um presente divino. Isaque não é fruto das faculdades humanas normais.

Depois do nascimento de Isaque, Abraão finalmente demonstra que atingiu uma fé profunda na capacidade
de Deus cumprir suas promessas. Em Gênesis 22, Deus ordena que o filho tão esperado seja levado ao
monte Moriá para ser sacrificado. Agora ele demonstra que confia plenamente em Deus, pois
silenciosamente e sem reclamar atende a ordem divina.

O monte Moriá é o local do sacrifício e depois o local da construção do templo de Salomão. Os patriarcas
ilustram como funciona a vida de alguém que tem fé. Apesar de entraves, incredulidade e tudo o mais, o
cumprimento acontece porque foi Deus que prometeu. Ele sempre cumpre suas promessas.

Podemos selecionar quatro temas teológicos mais importantes nos patriarcas.

A Eleição e as Promessas divinas

Mesmo diante das promessas, só a fé. Tudo que Abraão possuía era a caverna de Macpela. Os 3 patriarcas
foram sepultados ali com suas esposas. Somente com a morte deixaram de ser peregrinos. Ao final do
período patriarcal, os descendentes de Abraão já estavam no Egito.

A Aliança:

Berit, ou cortar uma aliança, é um tema central das Escrituras. É a formação um vínculo obrigatório que não
exige em laços de sangue ou compromissos sociais. É feito um voto geralmente selado numa cerimônia
solene. Com Abraão é Deus que faz o voto, só ocorre a exigência do sinal da aliança, a circuncisão.

Gênesis 37, 39 – 50

A história de José, embora diferente dos relatos dos patriarcas, continua com o tema de que Deus supera
obstáculos para dar cumprimento à promessa.

A família de Deus é ameaçada pela fome que poderia ter facilmente colocado um rápido fim em todas as
promessas. Deus preservou milagrosamente o seu povo.

A história de José é resumida em Gn 50.19-20. Deus transforma o mal em bem.


O Senhor revela-se na vida e na história de José como um Deus que controla todos os detalhes da história.
Da perspectiva humana, parece que José é um injustiçado, vítima da má sorte quando ele é levado de Canaã
para o Egito e da casa de Potifar para a prisão. A sua vida parece determinada por pessoas que desejam
prejudicá-lo (seus irmãos e a esposa de Potifar).

José, aparentemente, está ciente que Deus, por trás dos eventos de sua vida, controla tudo.

O tema do Deus que reverte os maus propósitos de homens e mulheres a fim de salvar o seu povo percorre
todo o Primeiro Testamento.

A história de José é marcada pela promessa e pela eleição divina. O filho favorito, mimado, é odiado pelos
irmãos, vendido como escravo e levado para o Egito. Sabedoria e graça logo o colocam na liderança, pois
deseja que ele salve o povo da fome.

Gênesis e o Novo Testamento

É impossível esgotar os links entre um e outro.

Gn 1-11.

A criação é a base de tudo o que vem em seguida. O jardim do Éden representa tudo o que os homens e
mulheres perderam devido ao seu pecado no passado e tudo o que eles esperam no presente.

A história da queda motiva toda a história da redenção que diz respeito a toda a Bíblia.

Mas é em Apocalipse 21 e 22 que a narrativa da criação sofre eco. O “novo céu e a nova terra” refletem as
características do jardim do Éden.

A história da queda não fala apenas do julgamento e castigo divino.

Então, o SENHOR Deus disse à serpente: Visto que isso fizeste, maldita és entre todos os animais
domésticos e o és entre todos os animais selváticos; rastejarás sobre o teu ventre e comerás pó todos os dias
da tua vida.

Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e
tu lhe ferirás o calcanhar.

Gênesis 3.14-15 ficou conhecido como o proto-evangelho, a declaração mais antiga da boa notícia da
salvação.

A história da Torre de Babel também ecoa no texto de Atos sore o dom do conhecimento de línguas
estrangeiras no Pentecostes.

Gn 12 – 36

A aliança de Abraão mostra que todas as promessas de Deus se cumpriram em Cristo (2Co 1.20). Os cristãos
são considerados a descendência do patriarca (Rm 9.8).
Hebreus 11.8-19, aponta Abraão como um exemplo de lutador da fé. Os cristãos também receberam a
promessa de Deus e enfrentam obstáculos diários. Sendo assim, Abraão é um herói da fé.

Gn 37 – 50

A vida de José é um exemplo prévio de Jesus Cristo. Como José, Deus reverteu as má intenções das pessoas
a fim de realizar a libertação. Jesus foi crucificado por aqueles que queriam o destruir, mas que Ele queria
salvar.

Deus transformou em bondade suprema o maior crime da história humana. Deus revoga o mal para o bem,
sendo assim, o cristão pode descansar feliz na promessa de que “todas as coisas cooperam para o bem
daqueles que amam da Deus” (Rm 8.28).

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