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Agrotóxicos

Visão Geral
Agrotóxicos: definição

• Qualquer substância ou mistura de


substâncias naturais ou sintéticas destinadas a
prevenir, destruir, controlar ou inibir qualquer
praga, seja insetos, roedores, fungos, ervas ou
outras plantas indesejáveis ou destinadas a
ser reguladora da vida vegetal.
Sinonímia

agrotóxicos
defensivos agrícolas
agroquímicos
praguicida
biocidas
pesticidas
prod. fitossanitários
Efeitos à saúde humana
INTOXICAÇÕES AGUDAS
Total: 3 milhões de intoxicações
- 220.000 mortes/ano

INTOXICAÇÕES CRÔNICAS
- 1% das Mortes por Câncer/Agrotóxicos
- 10.000 casos de câncer/EUA
- Organoclorados, orgonofosforados, ácidos fenoxiacéticos, bipiridilos

CONTAMINAÇÃO DE ALIMENTOS
- Resíduos na carne, leite, frutas, verduras, cereais, alimentos
processados e leite materno.
Favorecem as intoxicações
 Brasil: um dos maiores consumidores
 Necessidade de aumentar a produtividade
 Utilização de produtos mais tóxicos
 Falta de informações sobre métodos
alternativos no controle de pragas
 Falta, uso incorreto, desconforto dos EPI’s
 Longas jornadas de trabalho
Circunstâncias de risco
de intoxicação
 Acidental em crianças
 Tentativas de suicídio
 Trabalhadores agrícolas
 Trabalhadores na produção, transporte,
comércio e descarte final de embalagens
 População em geral no consumo de
produtos tratados incorretamente
Doméstico
 Baraticidas
 Inseticidas
 Piolhos/carrapatos
 Acaricidas
 Raticidas
 Fungicidas
 Repelentes
 Fumigantes
 Desinfetantes
 Herbicidas
 Saneantes
 Dessecantes
 Grama e jardim
 Desfolhantes
 Piscina: alvejantes,
 Formicidas algicidas
Usos
Veterinário Saúde Pública
 Carrapatos  Eliminação de vetores
 Piolhos  Controle de endemias
 Sarnas
 Miíase
 Promover crescimento
 Mosca-dos-chifres Outros usos
 Ambientes avícolas  Tratamento de madeira
 Armazenamento de grãos
 Produção de flores
Classificação

 Organismo-alvo
 Classe toxicológica
 Grau de toxicidade
 Identificação no rótulo
 Grupo químico
Organismo-alvo
• Inseticidas: insetos e larvas
• Fungicidas: fungos
• Herbicidas: ervas indesejáveis
• Formicidas: formigas
• Acaricidas: ácaros
• Rodenticidas: roedores
• Nematicidas: nematódios
• ...
Classificação Toxicológica
Brasileira
CLASSE GRAU COR DA FAIXA

Classe I Extremamente tóxicos Vermelha

Classe II Altamente tóxicos Amarela

Classe III Medianamente tóxicos Azul

Classe IV Pouco tóxicos Verde

*Baseada na DL50 oral das formulações líquidas e sólidas


Classificação toxicológica (OMS)
Classe Ia

Classe Ib

Classe II

Classe III

*Baseada na DL50 oral em ratos, por mg/Kg de peso, oral e


dérmica, das formulações líquidas e sólidas
Grupos químicos
Inseticidas Acaricidas
– Organoclorados  Benzilatos
– Anticolinesterásicos: OF e CARB  Tetrazinas
– Vegetais: píretro, piretrinas e  Organitinas
piretróides  Formamidinas

Fungicidas  Herbicidas Rodenticidas


 Clorofenoxi  Anticoagulantes:
 Benzimidazóis
 Bipiridilos cumarina e
 Ftalimidas indandiona
 Triazinas
 Mercuriais
 Glifosato
 Tio e Ditiocarbamatos
 Pentaclorofenol
ESTATISTICA PRAGUICIDAS,
Toxcen - 2015
Agrotóxico agrícola 771

Agrotóxico doméstico 35

Produto veterinário 178

Raticidas 146

Nº Óbito Letalidade
(N=18) %
Carbamato 210 4 1,9
OF 17 1 5,9
2,4 D 31 2 6,4
Paraquat 26 7 26,9
Fosfina 8 4 50,0
Inseticidas de Inseticidas de
uso Agrícola uso Doméstico
Tipos de formulação
 Comprimidos
 Concentrado emulsionável
 Pó molhável / Pó seco / Pó solúvel
 Emulsão concentrada
 Granulado / Microgranulado
 Pasta
 Pastilha
 Solução aquosa e não aquosa
 Óleo emulsionável
Agrotóxicos

agente tóxico organismo vivo

Acaricida Insetos
Algicida Ácaros
Herbicida Ratos
Fungicida Fungos
Rodenticida Plantas/ervas
Desfolhantes indesejadas

intoxicação
Vias de absorção mais comuns
Dérmica Ocular Respiratória Oral

Via de Pele Olhos Sistema Boca


entrada respiratório
► Manuseio em ► Manuseio em geral ► Vapores, pós e gases ► Armazenar em
geral ► Respingos com voláteis vasilhame incorreto
Riscos de ► Partículas mínimas ► Limpar bicos ou
Favorecem durante pulverização abrir embalagens
ocorrência absorção: ► Pulverização em com a boca
 tipo de ambientes fechados ► Comer, beber ou
formulação fumar durante o
 altas
manuseio
temperaturas e
umidade do ar
Tempo de exposição

Quantidade Período

Aguda Grande Curto

Crônica Pequena Longo


Intoxicação

Intoxicação aguda
 Os sintomas surgem rapidamente, de minutos
a algumas horas após a exposição
 Sinais/sintomas: nítidos e objetivos
 Pode ser: leve, moderada ou grave
dependendo da quantidade absorvida
Casos de int/exp por agrotóxicos de acordo com
avaliação, Toxcen 2015
Diagnóstico
2,4% Diferencial
0,4% 3,6%
Ignorado
27,9%
Intoxicaçao
Grave
Intoxicação leve
2,2%
2,2% Intoxicação
58,3% Moderada
Óbito

5,1% Óbito por outra


causa
Sem
Manifestações
Clínicas
Intoxicação

Intoxicação crônica

 Caracteriza-se por exposição a um produto


tóxico ou a vários tipos de produtos, num
tempo muito longo (meses ou anos).

 Acarreta danos irreversíveis


Intoxicação

Diagnóstico

1. História / Anamnese
2. Antecedentes / historia ocupacional
3. Exame físico
4. Testes laboratoriais rápidos
1. Anamnese

 Minuciosa
 Sintomas vagos e inespecíficos: inapetência,
cefaléia, formigamento, emagrecimento,
adinamia, perda da atenção
 Especialmente neuro-comportamentais:
nervosismo, irritabilidade, insônia, alucinações,
manias, impotência, fraqueza muscular
2. História ocupacional

 Ocupações e tempo
 Tipo de atividade: manuseio, aplicação
 Relações de trabalho: empregado, meeiro
 Uso de agrotóxico: nome, tipo, tempo, uso de
EPI, mistura de produtos
 Disposição de resíduos de embalagens
 Hábitos de higiene
 Condições ambientais: clima, água, moradia,
saneamento
3. Exame físico

 Alterações do Sistema Nervoso Central e


Sistema Nervoso Periférico
 Pulmonar/respiratórias
 Renais
 Hepáticas
 Hematológicas
 Dermatológicas
4. Ex. laboratoriais

 Atividade da colinesterase: OF, CARB


 Cromatografia de camada delgada – CCD: OF,
OC, CARB, piretróides
 Outros (clínica e diagnóstico diferencial):
 Hemograma

 Urina

 Rx de tórax
 Eletromiografia
Exposição aos
inibidores da
Acetilcolinesterase
Inibidores da AChE

Conjunto de substâncias de origem química diferente


mas com uma relação estrutura-atividade seletiva
para a inibição da acetilcolinesterase

Ésteres de ác. Fosfórico - Organofosforados


Ésteres de ác. Carbâmico - Carbamatos
Organofosforados

Desenvolvidos durante II Guerra: inseticida e


agentes de guerra
Compostos orgânicos: ácidos fosfórico,
fosfônico, tiofosfórico ou ditiofosfórico
Comercialização: líquidos, diluídos em
solventes (HC)
Inibição “irreversível”: complexo estável
Odor pungente de alho
Carbamatos
 Década de 60
 Derivados sintéticos do ácido carbâmico
 Menos tóxicos que OF
 Inibição reversível: complexo menos estável
Classificação e toxicidade aguda
Agente Comercial® Tipo Classe DL50
Aldicarb Temik C IA 0,93
Disulfoton Altomix OF IA 2,6
Carbofuran Furadan C IB 8
Paration Ekatox OF IA 13
Propoxur Baygon C II 95
Malation Malatol OF III 100
Carbaril Dicarban C II 300

IA – extremamente perigoso; IB - altamente perigoso; II - moderadamente perigoso; III -


pouco perigoso.
Farmacocinética

Absorção
 Todas as vias
 Lipossolubilidade e solventes

Metabolização
 Hepática: hidrólise, oxidação e conjugação
 OF: tion (P=S) malation, paration  ativação a oxon (P=O)
original metabólito mais tóxico
 CARB: tio e ditio  não inibem a AChE
 Recirculação enteroepática
Farmacocinética
Distribuição
 Todos os tecidos
 OF: atravessam bem BHE
 CARB: atravessam pouco barreira
 Altas concentrações: rim e fígado

Meia-vida e Eliminação
 Varia conforme compostos (maioria: curta; lipossolúveis: longa)
 OF: depósito adiposo  maior tempo ação
 Eliminação: urina e fezes (70 - 80% em 48 h)
Acetilcolina
 A acetilcolina (ACh) é uma molécula simples
sintetizada a partir de colina + acetil-CoA através da
ação da colina acetiltransferase

 A hidrólise, é realizada pela acetilcolinesterase (colina


+ ác acético)

Síndrome colinérgica
Acetilcolinesterase
Ação: interromper ação da ACh

 Enzima endógena
 Hidrólise acetilcolina: menor 1 milissegundo
“rapidez do relâmpago” (Dale, 1914)
 Tipos: Verdadeira e Falsa
– Verdadeira ou colinesterase específica
– Falsa, Pseudocolinesterase, Plasmática ou
butirilcolinestere
Acetilcolinesterase
locais de encontro
Verdadeira Falsa
 sinapse colinérgica  amplamente no plasma
 neurônios colinérgicos (cérebro)  músculo cardíaco e liso
 junção neuromuscular  fígado, pele, pâncreas,
 eritrócitos intestino delgado
 menor concentração no
seletiva para ésteres da colina SNC e SNP
hidrolisa outros ésteres
Acetilcolinesterase plasmática
(pseudocolinesterase)

Bom indicador de intoxicação


 até 50%: sem sintomas
 50 – 20%: intoxicação leve
 20 – 10%: intoxicação moderada
 < 10%: intoxicação severa
 A pseudocolinesterase encontrada no soro diminui antes
daquela encontrada nas hemácias, sendo portanto, indicador
biológico da exposição a inseticidas OF
 Após exposições agudas é a primeira a ser afetada
FIBRAS RECEPTORES LOCAIS
Fibras Gl. exócrinas,
parassimpáticas Muscarínicos olhos, TGI, SR,
SCV
Fibras simpáticas e SCV, músculo-
placas motoras Nicotínicos esquelético

Sinapses no SNC Muscarínicos e SNC


Nicotínicos
S. Colinérgica

Síndrome colinérgica aguda

Sintomatologia marcante

Miose
Bradicardia
Acúmulo de secreções
Fasciculação muscular
Manifestações
clínicas
Manifestações muscarínicas
 Sistema Respiratório
– hipersecreção brônquica, rinorréia, broncoespasmo,
dispnéia, cianose
 Trato Gastrintestinal
– náuseas, vômitos, diarréia, tenesmo, dor e cólicas
abdominais, incontinência fecal
 Glândulas exócrinas
– sialorréia, sudorese, lacrimejamento
 Sistema cardio-vascular
– bradicardia, hipotensão
 Olhos
– miose, visão turva, hiperemia conjuntival
Manifestações nicotínicas

 Músculo esquelético
– fasciculações e fraqueza muscular, cãibras,
paralisia, tremores

 Sistema cardio-vascular
– taquicardia, hipertensão, palidez
Manifestações do SNC
 Sonolência
 Letargia  Confusão mental
 Dispnéia  Respiração Cheyne-Stokes
 Coma  Labilidade emocional
 Cefaléia  Convulsões
 Tremores  Depressão respiratória
 Ataxia  Depressão cardiovascular
 Fadiga
Sucesso
Rápida e simultânea
 Manutenção das funções vitais
– Aspirar secreções, oxigenação, IOT, controle das
convulsões, ventilação mecânica
 Correção dos distúrbios colinérgicos
– Atropina
 Medidas de descontaminação
– Lavagem ocular, dérmica, gastrintestinal
Descontaminação
 Ocular
 Dérmica
 Gastrintestinal
– Emese: poucos minutos após ingestão/sem
solventes/pequena quantidade
– Lavagem gástrica: 1 h
– Carvão ativado múltiplas doses + catártico
– Solventes, coma, convulsões: IOT
– Não usar substâncias oleosas
Antagonista

Atropina - Mecanismo ação


► Antagonista de receptor muscarínico com ação
central e periférica
Atropina

Atropina - Mecanismo ação

► Inibe competitivamente os efeitos


muscarínicos da acetilcolina (Ach)
com ação central e periférica

Antagonista
Antagonista

Atropina
Antagonista
 Repetir até atropinização leve
 Retirar gradualmente e restituir se efeitos retornam
 Parâmetros: secreções e FC
 OF: doses mais elevadas/maior tempo
 Corrigir cianose: taquiarritmia
 Taquicardia não contra-indica
 Uso EV, diluição 1:2, em “bolo”
 Outras: IM, endotraqueal, intra-óssea, nebulização
S. Colinérgica
Dose - observações

LEVE
ATROPINIZAÇÃO  AUMENTO FC
 SECURA DAS
O medo de SECREÇÕES
administrar doses
elevadas leva a dose
insuficiente e ao
insucesso do
tratamento
Antagonista

Atropina

 Dose: não existe consenso


 Usualmente:
– Adultos: 2-5 mg/dose
– Crianças: 0,05 mg/kg/dose
 Teste diagnóstico: 0,25-1 mg
 Infusão contínua: 0,02-0,08 mg/kg/h
Atropina
Casos muito graves podem ser
necessárias doses elevadas

Foto D.Campolina
Tratamento sintomático
 Insuficiência respiratória: IOT e VM
 Convulsões: Diazepam® EV, lento
 Fluidos: reposição hídrica e eletrolítica (repor perdas)
 Medidas extra-renais: hemoperfusão com CA, diálise
 não efetivas
 Monitorização cardíaca, Rx tórax
 Contra-indicações: teofilina, fenotiazinas,
depressores do SNC
Complicações
 Pulmonares: mais freqüentes
– Entubação prolongada
– Ventilação mecânica
– Pneumonia aspirativa

 Convulsões: hipóxia

 Insuficiência renal: fasciculações

 Outras: EAP, hiperglicemia, hipertermia,


pancreatite, coagulopatias, arritmias
cardíacas, alergia de contato
Síndrome intermediária
 Agentes relatados:
– Dimetoato, Fention, Paration, Paration metil,
Metamidofós, Monocrotofós
 Hipóteses:
– Existência da síndrome
– Pralidoxima
– Agentes lipossolúveis e pouco hidrolisáveis
 Diagnóstico: clínico
 Tratamento:
– Medidas de suporte: hidroeletrolítico
Polineuropatia tardia
 Agentes relatados:
 Clorpirifós, Fention, Fenofosfon, Isofenfós,
Leptofós, Metamidofós, Merfós, Malation
 Hipótese:
 Esterase neurotóxica (Neuropathy Target Esterase)
 Diagnóstico: Clínico/NTE/Eletromiografia
 Fisioterapia e exercícios
 Alta: acompanhamento neurológico
 Casos leves: recuperação variável
 Casos graves: sintomas persistentes
principalmente espasticidade
Diagnóstico diferencial
NEUROPATIA
S. INTERMEDIÁRIA
TARDIA
Início agudo, 24-96 h tardio, 2-4 semanas

consciência mantida, Não obrigatório crise


Característica
sem fasciculações colinérgica

Fraqueza ou paralisia proximais distais

Músculos cervicais + -

Nervos cranianos III, VII, X -


Sintomas
- +
extrapiramidais
Obrigada!

Fim.

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