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Instituição essencial à justiça

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA _____


VARA CÍVEL DA COMARCA DE ITAPETINGA.

PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO
CRIANÇA E ADOLESCENTE

ISABELLY SOUZA NUNES, brasileira, menor, nascida em 18.07.2004,


devidamente representada por sua genitora, ISLÂNIA SILVA SOUZA, brasileira,
casada, multioperadora de máquinas, portadora do RG de n° 12604315-92 SSP/BA,
inscrita no CPF/MF sob o nº 008.434.555-19, filha de Braz Souza e Valdenice Alves da
Silva, residentes e domiciliadas na Rua Sol Nascente, nº 43, bairro Vila Aurora,
Itapetinga/BA, Tel: (77) 9173 -9803, assistida pela Defensoria Pública do Estado da
Bahia, por intermédio de um dos seus membros (conforme art. 128, XI da Lei
Complementar 80/94, e na Lei Estadual 26/06, devendo ser intimada pessoalmente,
contando-se-lhe em dobro todos os prazos processuais), com endereço na Rua Coronel
Belizário Ferraz, nº 137, Centro, Itapetinga/BA, vem, perante Vossa Excelência propor,
com fulcro no art. 732, CPC, propor

AÇÃO DE EXECUÇÃO DE ALIMENTOS

em face de ELIEZER NUNES DA SILVA, vulgo “LILI DO QUEIJO”, brasileiro,


solteiro, empresário, com RG e CPF ignorados, filho de Laudionor Nunes da Silva e
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Luzia Nunes da Silva, residente e domiciliado na Rua Camilo de Jesus Lima, nº 95,
Bairro Presidente Médice, Itarantim/BA, Tel: (77) 8114-7185, pelos fatos e fundamentos
adiante elencados:

I – DOS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA

Requer a Justiça Gratuita por serem carentes na forma da lei, não podendo
arcarem com as custas judiciais e os honorários advocatícios, sem prejuízo do próprio
sustento, com lastro no artigo 1º e parágrafo único do art. 2 º, ambos da Lei n o 1.060/50,
em conjunto com o artigo 5o, LXXIV, da Constituição Federal.

III - DA PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO DO FEITO

A priori, faz-se mister ressaltar a prioridade absoluta na tramitação dos feitos


em que seja parte criança e adolescente, em observação ao espírito protecionista da
Constituição Federal e do Estatuto da Criança e do Adolescente, que aponta o dever do
Poder Público, com prioridade absoluta, à efetivação dos direitos referentes à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, máxime em
seu art. 4º, parágrafo único, b, o qual determina a precedência de atendimento nos
serviços públicos ou de relevância pública, devendo tal informação constar no rosto
dos autos.

IV – DOS FATOS

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Foi homologado por sentença ACORDO DE ALIMENTOS, tombado sob o
processo de número 000071-05.2011.8.05.0130, que tramitou na Vara Cível da Comarca
de Itarantim/BA, oportunidade em que foi determinado o pagamento de alimentos no
importe de 35% do salário mínimo vigente.

Desta feita, sucede que, injustificadamente, o genitor não vem cumprindo


de forma regular com o pagamento do valor acordado a título de pensão alimentícia,
deixando sua filha desassistida materialmente.

Assim, essa execução refere-se aos meses não abarcados no rito do art. 733,
isto é, período anterior às três últimas parcelas, no montante equivalente a R$ 11,990.00
(onze mil, novecentos e noventa reais), devendo-se adotar o rito do art. 732 do Código
de Processo Civil, nos termos expostos pela tabela de calculo que segue em anexo:

V - DA EXECUÇÃO PELO ART. 732 DO CPC

Seguindo a sistemática utilizada pela melhor doutrina, senão vejamos o


entendimento da Ilustre Maria Berenice Dias, nos transcritos do seu artigo “A reforma
do CPC e a execução dos alimentos”:

“Pretendendo o credor fazer uso de ambos os procedimentos, isto


é, quando quiser cobrar tanto as parcelas vencidas há mais de
três meses como a dívida recente, mister que o pedido de
execução sob a modalidade de prisão seja veiculado em apartado.
A diversidade de rito entre as duas formas de cobrança
certamente retardaria o adimplemento da obrigação se
processadas em conjunto.”

(…)

“Os alimentos podem e devem ser cobrados pelo meio mais ágil
introduzido no sistema jurídico.”

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É certo que cabe ao Exequente a escolha do rito a ser seguido na execução de


alimentos, sempre observando os princípios basilares do direito, bem como a garantia a
tutela jurisdicional efetiva, conforme entendimento jurisprudencial colacionado:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE ALIMENTOS.


ESCOLHA DO RITO PELA PARTE AUTORA. POSSIBILIDADE.
A execução de alimentos pode processar-se tanto pelo rito a que
remete o art. 732 do CPC, quanto pelo rito do cumprimento de
sentença. Cabe à parte exequente, dentre os dois ritos, qual o que
melhor atende às suas pretensões. AGRAVO PROVIDO. EM
MONOCRÁTICA. (Agravo de Instrumento Nº 70030406953,
Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Rui
Portanova, Julgado em 03/06/2009)

Cumpre ressaltar que com a edição da Lei nº. 11.232/05, o silêncio do


legislador acabou por semear discórdia em sede doutrinária no que diz respeito à
execução de alimentos, sendo questionado se a simplificação dos atos de cumprimento
da sentença alcançou os encargos de natureza alimentícia.

Ocorre que não houve expressa revogação, nem sequer alteração no Capítulo
V do Título II do Livro II do CPC, que trata "Da execução de prestação alimentícia".
Também não há nenhuma referência à obrigação alimentar nas novas regras de
cumprimento de sentença, inseridas nos Capítulos IX e X do Título VIII do Livro I: "Do
Processo de conhecimento" (CPC 475-A a 475-R). Diante disso, a doutrina majoritária
sustenta que a nova lei não se aplica a execução de alimentos.

A questão foi bem enfrentada pela digna agente do Ministério Público, Dra.
Ida Sofia S. da Silveira, exaradas nos seguintes termos:

A questão não enseja maiores delongas.

Isso porque a Lei 11.232 de 2005, que inseriu as novas disposições


atinentes ao cumprimento de sentença, não revogou as
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disposições específicas atinentes às execuções de alimentos,
cabendo à parte credora, portanto, escolher o rito que pretende
seja executada a verba alimentar, ou seja, se pelo disposto nas
novas disposições insertas ao cumprimento de sentença, prevista
no art. 475-J e seguintes do Código de Processo Civil, ou se na
forma do rito expropriatório, previsto no art. 732 do mesmo
diploma legal. Logo, nada impede prosseguimento da execução
na forma do art. 732 do Código de Processo Civil. (Citado no
AgRg no Recurso Especial n° 822.486 – RJ, STJ, 3ª Turma, Rel.
Min. Sidnei Beneti).

Ademais, após uma hesitação inicial, a jurisprudência consolidou-se,


sobretudo no Superior Tribunal de Justiça, no sentido de realizar a execução de
alimentos nos moldes do art. 732 do CPC.

HABEAS CORPUS - EXECUÇÃO DE ALIMENTOS -


ALIMENTOS DEFINITIVOS FIXADOS EM MONTANTE
INFERIOR AOS PROVISÓRIOS - PRISÃO DO ALIMENTANTE -
POSSIBILIDADE RESTRITA AO DÉBITO REFERENTE AOS
ALIMENTOS DEFINITIVOS - DIFERENÇA A SER COBRADA
COM BASE NO ART. 732 DO CPC - SÚMULA 309/STJ -
APLICAÇÃO - ORDEM CONCEDIDA. 1.- A prisão civil de
devedor de alimentos, no caso de fixação, pela sentença, de
alimentos definitivos em valor inferior aos provisórios, somente
será admitida diante do não pagamento com base no novo valor,
estabelecido pela sentença. 2.- Cumprida a obrigação alimentar
limitada ao valor das prestações vencidas no importe de 3 (três)
salários mínimos mensais, correspondentes aos alimentos
definitivamente fixados, a diferença entre eles e os
provisoriamente arbitrados deve ser buscada nos termos do
artigo 732 do Código de Processo Civil, afastando-se a medida
coercitiva de privação da liberdade. 3.- Ordem concedida.
(STJ - HC: 271637 RJ 2013/0178095-1, Relator: Ministro SIDNEI
BENETI, Data de Julgamento: 24/09/2013, T3 - TERCEIRA
TURMA, Data de Publicação: DJe 02/10/2013)

Dessa feita, resta patente a aplicação do art. 732 do Código de Processo Civil,
haja vista tratar-se de execução das parcelas vencidas há mais de 03 (três) meses.

VI - DOS PEDIDOS
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Pelo exposto, requer de Vossa Excelência:

a) a concessão dos benefícios da justiça gratuita;


b) seja deferido o pedido de prioridade de tramitação do feito;
c) seja o Executado citado para efetuar o pagamento do débito, atualmente no valor
de R$ 11,990.00 (onze mil, novecentos e noventa reais), no prazo legal. Em caso
de não pagamento, seja expedido mandado de penhora e avaliação nos termos
do CPC;
d) a intimação pessoal do Ministério Público para intervir no feito;
e) a produção de todas as provas em Direito admitidas;
f) a condenação do demandado ao pagamento das custas processuais e dos
honorários advocatícios de sucumbência, este último no importe de 20% (vinte
por cento) sobre o valor da causa, nos termos do art. 20, § 4º, do CPC, devendo
ser revertido em favor da Defensoria Pública do Estado da Bahia, ex vi o artigo
6º, inciso II, da Lei Complementar Estadual nº 26/2006 (Lei Orgânica da
Defensoria Pública do Estado da Bahia) em Conta Corrente 992.831-6, Agência
3832-6, Banco do Brasil S/A (DPE BB arrecad FAJ DPE BA).

Dá à causa o valor de R$ 11.990,00 (onze mil, novecentos e noventa reais).

Itapetinga/BA, 02 de fevereiro de 2016.

AFONSO FERREIRA NETO


Defensor Público do Estado da Bahia

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