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Alunos:
Jocinei Godói – RA 17752106
José Vilela – RA 17752072
Julio Ferreira – RA 17229204
Mateus Batista – RA 17478801
Data: 30/04/2018
Obra:
DUARTE, Newton. Concepções afirmativas e negativas sobre o ato de ensinar. Cad.
Cedes, v. 19, n. 44, p. 85-106, 1998.
Resumo da obra:
O texto de Newton Duarte defende a pedagogia vigotskiana (da experiência histórica
acumulada e socialmente necessária) como contraponto às ideias defendidas pelo
Construtivismo. Partindo de um viés iluminista, postula-se o trabalho educativo como o
ato de produzir humanidade em cada indivíduo, a partir de uma apropriação histórica dos
elementos culturais necessários à sua humanização, isto é, afirma-se uma ideia
emancipadora do ato educacional, através da relação professor-aluno em que há ação
direta do educador. Ao contrário do Construtivismo, criticado pelo autor, que possui
postura negativa ao diminuir a ação do professor e descaracterizar seu papel, dando certa
autonomia ao educando, eliminando a relação dialógica do ato de ensinar (relação entre o
professor, quem ensina, e o aluno, quem aprende).
Citações:
“O que o trabalho educativo produz? Ele produz, nos individ́ uos singulares, a
humanidade, isto é, o trabalho educativo alcança sua finalidade quando cada individ́ uo
singular apropria-se da humanidade produzida histórica e coletivamente, quando o
individ́ uo apropria-se dos elementos culturais necessários à sua formaçaõ como ser
humano, necessários à sua humanizaçaõ " (DUARTE apud SAVIANI, 1995, p. 17).
Ideação:
A partir da leitura do texto, o conceito de trabalho educativo merece que a atenção seja
sobre ele depositada: é bastante acertada a leitura da ação pedagógica sob tal perspectiva.
Imprimir em cada indivíduo concreto as produções da humanidade é atestar que somos
seres de intensa racionalidade e que podemos perceber, compreender e nos apropriar da
Natureza. Além disso, podemos significar tanto a Natureza como nossas idealizações
sobre ela. Porém, tal atitude de compreensão e apreensão não escapa da dialética entre o
dominante (a razão) e o dominado (a matéria, natureza), sendo o trabalho (trabalho, nesse
sentido, como toda ação racional humana sobre a realidade material bem como suas
significações) tanto atividade humana como reconhecimento pelo homem de sua própria
atividade. O trabalho educativo, portanto, é uma atitude totalmente emancipadora do
espírito humano ao passo que, se bem aplicado, afirma esta dialética. Já no campo da
pedagogia, o Construtivismo, por exemplo, nega essa dialética ao propor que o aluno
pode, salvas as proporções, construir por si próprio o conhecimento ou, melhor dizendo,
reduz a ação do professor a um mero incentivador – e não co-construtor – do processo de
aprendizagem. Deixar que o indivíduo caminhe por si mesmo, principalmente em fase de
aprendizagem, pode não ser o melhor caminho. Entretanto, não se trata de defender aqui
posturas totalitárias ou superestimar o todo em relação a parte, mas de preservar a
educação como uma postura essencialmente dialógica e de partes que dependem umas
das outras (quem ensina e quem aprende).